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Desviar os olhos do próprio umbigo e vislumbrar o futuro do Brasil
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Comentaristas políticos, que analisam a cena nacional com lupa de grosso cristal têm razão quando observaram que, ao longo de quase trinta anos sentado numa cadeira da Câmara dos Deputados, o presidente Bolsonaro, nesse ofício, aprendeu pouco, mas não esqueceu nada também. Talvez motivado por uma espécie de auto isolamento que impôs a si, exilando-se da maioria das negociações e acordos que constantemente ocorrem naquela Casa, o atual presidente jamais figurou em lista alguma como parlamentar de destaque, resumindo sua atuação à defesa das Forças Armadas, de onde era oriundo, e às Polícias Militares, fazendo coro junto à Frente Parlamentar da Segurança Pública.
Aliás é esse mesmo grupo, conhecido como Bancada da Bala, que, no atual governo, passou de algo em torno de 100 deputados para 308 integrantes que mais têm sido fiel às propostas oriundas do Executivo. Ainda assim, a atual crise opondo o Palácio do Planalto e o Congresso em torno dos recursos do Orçamento demonstrou, na prática, que o presidente parece não ter aprendido e aperfeiçoado a arte da negociação política. O que pode ser bom para o povo brasileiro com uma mudança radical na performance de se governar ou, o outro lado da balança, pode despencar com as manobras já conhecidas para tirar da corrida quem rejeita as regras.
Até mesmo a formação de seu gabinete, ocupado em boa parte por militares, deixa claro que o trânsito do atual presidente em meio a classe política é restrito. Essa pode ser uma característica boa para sua biografia e pode, ao mesmo tempo ser um entrave e tanto em seu governo. Ao fechar a porteira do Estado ao atacadão do toma lá-dá-cá, rejeitando o tradicional presidencialismo de coalizão, o presidente se colocou, sabidamente, numa posição em que ele se veria, mais cedo ou mais tarde, refém do Legislativo, toda vez que qualquer negociação fosse posta sobre à mesa. Esse mesmo Legislativo que assina o preâmbulo da Constituição como ‘representante do povo”.
Nesse ambiente hostil de parte a parte e em que o próprio Palácio chegou a admitir a existência de clima de chantagem explícita, a história do presidencialismo no Brasil ensaiava se repetir como farsa, ao se ouvir, no meio das raposas políticas a palavra, impeachment por suposto crime de responsabilidade. O caminho mais curto para alcançar um impeachment de um presidente é pela ausência de uma bancada expressiva no Congresso. Essa regra é conhecida. A senha para contornar essa deficiência numérica no Legislativo, foi usada, mais uma vez ao apelar pelo apoio das ruas.
Seguindo o mesmo roteiro já ensaiado por outros presidentes, essa tem sido uma espécie de botão vermelho do pânico, quando a situação ameaça sair do controle. Nessa legislatura, as mídias sociais eletrônicas refletem o que pensa a população, não mais seus representantes no Congresso.
A convocação pelas manifestações do próximo dia 15, pode até mostrar uma resposta satisfatória a esse pedido de SOS vindo do Palácio, mas, sobretudo, deixa patente a deficiência do atual modelo de presidencialismo e de relação entre os Poderes. Essa situação de ameaças recíprocas chega ao paroxismo, quando se sabe que com negociação haverá necessariamente o retorno antiético do balcão de negócios. Sem essas negociações o que se tem é o impasse e as chances de um novo impeachment no horizonte. É essa lógica marota, popularmente conhecida como “dá ou desce”, que, nesses tempos de baixaria, é preciso ser debelada o quanto antes, à bem do futuro do País.
A frase que foi pronunciada:
“Como amigo tenho uma série de imperfeições, mas como inimigo, sou perfeito.”
Jânio Quadros, ex-presidente do Brasil
Urnas
Essa questão de desconfiança na veracidade das eleições, proporcionadas com a adoção das urnas eletrônicas, ganhou maiores repercussões com trocas de acusações entre defensores e detratores do modelo, a partir das eleições de 2014, quando o tucano Aécio Neves perdeu as eleições para Dilma Rousseff por uma pequena margem de votos. De fato, qualquer candidato que acenda a chama da discussão sobre a violabilidade das urnas, um vento carregado de interesse escuso a apaga.
Pela democracia
Para o TSE, a instalação do voto impresso em todo país exigiria um investimento de até R$ 1,8 bilhão por eleição. Na ponta do lápis, a democracia vale muito mais do que o que já foi decomposto pela corrupção.
Na prática
Peritos da Polícia Federal defendem o voto impresso. Já aconteceu de um representante dos peritos ter extraído a chave secreta que protege as urnas eletrônicas e enviado ofício para os políticos que defendem o voto impresso sobre as possibilidades de fraudes nas urnas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Condói a qualquer ser humano ver um semelhante com fome, mas a solução menos indicada é humilhar um homem sem trabalho, com um prato dado de graça para que ele possa viver. (Publicado em 16/12/1961)
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Ninguém, em sã e ética consciência, e de posse de toda a capacidade de se indignar, pode aceitar, de forma serena, que o ex-presidente Lula, depois de devidamente investigado, processado e condenado a trinta anos de prisão, segundo as leis brasileira, deixe a cadeia de luxo, onde passou a residir há pouco mais de um ano, e saia pelo mundo afora pregando livremente contra o Brasil e suas instituições, tudo às custas dos pobres contribuintes, deixados à míngua nas imensas filas de desempregados.
Ladeado nesse tour de primeira classe, pela também ex-presidente Dilma, ré em outros processos que correm na justiça, a dupla de corruptos viaja, como não podia deixar de ser, pela Europa capitalista, desfrutando de todas as mordomias do Estado. Obviamente que aqueles países aos quais há suspeitas de que despejaram somas bilionárias dos recursos do erário nacional, como Angola, Cuba, Venezuela e outros, não estão no roteiro, primorosamente preparado por seus “assessores” e asseclas.
A dupla de comunistas de fachada e de bom gosto, hospeda-se nos mais caros hotéis do continente, apreciando os mais requintados acepipes, seguidos das melhores safras de vinhos do velho mundo, tudo, obviamente, às custas dos contribuintes brasileiros, os mesmos aqui deixados aos milhões por seus governos, no desamparo e nas imensas filas do desemprego.
O mais incompreensível em toda essa história, que parece surreal, é que essa dupla de malfeitores segue em sua turnê pela Europa, em comícios fechados, onde pregam contra o Brasil, contra suas instituições, envergonhando a todos aqueles cidadãos de bem, mentindo e apresentando suas narrativas falsas sobre esse triste período da nossa história recente. Além dos muitos crimes que cometeram durante seus governos e que estão devidamente descritos nos anais da justiça e nos enciclopédicos processos judiciais, essa versão tupiniquim e mal-ajambrada de Bonnie e Clyde, presta um enorme desserviço ao Brasil, quando usam a pouca informação e mesmo o desinteresse sobre nosso país, para inventar mentiras que denigrem nossa imagem no exterior e causam grande prejuízo, afugentando investidores e desestimulando futuros projetos de interesse nacional.
Todo esse périplo por países que, até há pouco tempo, acusavam de imperialistas, faz parte de uma agenda ardilosamente elaborada para, a partir do exterior, onde se ocupam da tarefa pateticamente de desestabilizar o Brasil e suas instituições, angariar apoio de parte do mundo Ocidental para um processo de retomada do poder. Com as urnas eleitorais da maneira em que se encontram corremos seriamente esse risco.
Internamente essa possibilidade é, no momento, uma missão impossível de ser empreendida, dado o alto grau de desaprovação e mesmo de hostilidade que a maioria dos brasileiros nutrem por esses personagens e seus partidos. Cumprida essa primeira e tresloucada etapa do plano petista, o passo seguinte vai ser reunir todos os bilhões desviados dos cofres públicos, por mais de uma década e que estão espalhados pelos quatro cantos do planeta, para recomeçar um retorno ao poder de onde foram escorraçados pelos brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O cachorro só é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro.”
Maine de Biran, filósofo francês (1766-1824)
Sem resposta
No cafezinho da Câmara, a dúvida de um grupo de visitantes parou na seguinte pergunta que ficou sem resposta: Qual o entendimento da Previdência Social no caso de aposentadoria de trabalhadores que se desdobram em dois empregos? Recebem mais, mas o leão avança com vontade e além disso é descontado pela Previdência Social nos dois empregos.
Solidões
Casos de pais drogados, mães que não conseguem manter os filhos, crianças que ficam sozinhas em casa constantemente. O Programa Família Acolhedora, pouco conhecido da comunidade candanga, será apresentado pelo grupo Aconchego, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF. A prioridade é a convivência familiar. O programa nada tem a ver com adoção. É só aconchego. “Queremos sensibilizar a comunidade para a importância deste tema, esclarecendo as dúvidas e transmitindo mais segurança para as pessoas que queiram aderir ao programa”, explica a psicóloga e coordenadora do programa no Aconchego, Júlia Salvagni.” A palestra será na UNIP 913 Sul, sábado 14 das 9h às 12h. Mais informações 39635049. Entrada livre.
Princípio, meio e fim
Foi-se o tempo em que políticos exibiam broches funcionais para impor respeito. Depois das Mídias Sociais, muitos perdem a paz nas ruas, restaurantes, aviões. Pelas facilidades cibernéticas, a população se deu conta que são pessoas de carne e osso. Com o mesmo princípio e fim que todos teremos. Mas com opções diferentes de meios.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Até que enfim, o Nordeste terá um plano de obras para ser executado com a garantia da SUDENE. Deixarão de existir, então, as obras de estradas feitas a mão para fazer favor ao trabalhador atingido pela seca. (Publicado em 16/12/1961)
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Intenção como um plano, uma ideia ou aquilo que se pretende realizar, tem sido, desde sempre, do ponto de vista de nossa classe política, um desejo a esconder propósitos ou, mais usualmente, tudo aquilo que pode render grandes vantagens aos seus proponentes, mesmo em prejuízo da imensa maioria da população.
Com relação a esse ponto e considerando a questão atual que envolve o controle de parte do Orçamento e que coloca em campos opostos o Executivo e a Câmara dos Deputados, algumas conclusões podem ser retiradas dessa afirmação. Primeira e mais importante: quais seriam as verdadeiras intenções por detrás do desejo da Câmara e das suas principais lideranças, em reter em mãos, R$ 30 bilhões do Orçamento da União, em ano eleitoral, e quando se sabe que esse montante faria imensa falta aos compromissos já pré-estabelecidos pelo Governo, comprometendo as contas públicas de maneira drástica?
Essa é realmente uma questão onde os princípios da matemática econômica e da contabilidade são deixados de lado, em nome de um pragmatismo político vantajoso apenas para 513 indivíduos e prejudicial para outros 200 milhões de cidadãos. Muito mais do que os princípios das ciências exatas dos números, esse é um exemplo claro de uma estratégia ardilosa a esconder reais propósitos. Como pode o Poder Legislativo, que redige as leis e ao mesmo tempo fiscaliza as ações do Executivo, se transformar, de uma hora para outra, em gestor do Orçamento que ele mesmo debateu, julgou e aprovou?
Muito mais do que o montante em jogo, trata-se aqui de um caso clássico de hipertrofia do Legislativo. Nessa toada, o próximo degrau seria aumentar esse valor a cada nova rodada anual de discussão sobre o Orçamento, seguindo a mesma fórmula, já realizada, de aumentos paulatinos dos fundos partidários e eleitorais. A cada ano, esse valor seria corrigido para cima, até a obtenção de 100% do Orçamento da União.
Nessa trilha é possível prever que, no fim dessa escalada, seria proclamando o sistema parlamentarista, branco ou de qualquer outro matiz da jurídica. Nessa sequência, o ministério da Economia seria declarado extinto e incorporado ao Legislativo. Todo esse imbróglio, aparentemente político, esconde uma queda de braço.
Ocorre com o atual governo pelo fim unilateral do chamado presidencialismo de coalizão. Esse fato foi agravado pelos recentes vazamentos de conversa em que um ministro do governo classificou o Congresso de fazer chantagens. Com a declaração desse conflito institucional, foi aberta oficialmente a temporada de aprovação de projetos bombas a serem lançados sobre o Palácio do Planalto.
Se esse é um ano eleitoral, é também um ano que, na agenda do país, consta uma manifestação popular preparada para o próximo dia 15 e que, pelo crescimento no número de adeptos verificado nas redes sociais, promete balançar as estruturas. O mais delicado nessa questão e nessa crise é que um novo protagonista, na forma de uma população bastante insatisfeita, parece ter entrado nessa briga para decidir a parada.
A frase que foi pronunciada:
“Os covardes podem até durar mais, mas vivem menos.”
Sofocleto, escritor, político e poeta peruano.
Acorde
Encontro importante para quem tem dificuldades para dormir será realizado em Brasília de 13 a 19 desse mês. Sonos e sonhos melhores para um mundo melhor. Todas as informações disponíveis a seguir.
Obediência
Havia um semáforo em funcionamento perfeito e uma fila de pessoas do Partido dos Trabalhadores para atravessar a N2, na segunda-feira dessa semana. Um líder do grupo quis parar o trânsito para as pessoas passarem. O primeiro motorista da fila gritou: Espere o sinal fechar! E passou o sinal verde. Levou um tapa no teto do carro. Deve ter doído na mão do rapaz petista.
Aniversário
Seria um presente e tanto para Brasília – 60 anos, se o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, autorizasse a reedição do livro Arborização Urbana do Distrito Federal. Trabalho hercúleo de Ozanan Coelho. Todas as espécies da região catalogadas, com as dicas de plantio, frutos, sementes. Foi um sucesso a parceria entre o Senado e o GDF que merece ser repetido.
613 Sul
L2 IP é o nome do instituto de pesquisas que está aceitando receber pessoas com Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa. Os inscritos vão receber remédios, agendar consultas e exames sem gastos. O telefone para mais informações é 3445-4300.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os postes de iluminação do pátio de manobras do aeroporto já estão prontos. Falta apenas o gabinete do ministro mandar uma comissão técnica receber o trabalho executado. (Publicado em 16/12/1961)
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Ao leitor esclarecido pode até não importar de que lado se posiciona política e ideologicamente a linha editorial de qualquer órgão de imprensa, desde que não seja contaminado por ela. Importa, isso sim, que o respeito aos fatos e a verdade sejam seguidos sem titubeios. Ocorre que essa condição, por si só, já demonstra ser irreal. Praticamente todos os órgãos de imprensa expressam simpatias por uma ou outra ideologia. É quase impossível, em nosso país hoje, encontrar um veículo de comunicação que não possua, de forma clara ou dissimulada, uma preferência determinada por um partido ou uma ideologia política. A própria dependência econômica da imprensa em relação ao governo pode afetar sua linha editorial.
Com isso posto, logo de saída, é possível verificar que o referencial relativo à verdade dos fatos fica comprometida ou sujeito as tintas e matizes ideológicos existentes tanto internamente como de fora para dentro. Tão impossível quanto a crítica aos erros dos companheiros é o elogio aos opositores
Há muito se sabe que onde quer que esteja a verdade sobre um fato, não pode restar espaço para versões subjetivas e tampouco para explicações com viés do tipo político-partidário. A grande armadilha hoje a aprisionar, em nichos fechados, boa parte da nossa imprensa nacional e do restante do mundo, e consequentemente em gerar descrédito junto ao leitor, decorre basicamente dessa tomada de posição política. Aos órgãos da chamada imprensa livre, não cabe assumir posições políticas, qualquer que seja ela.
Ocorre que, mais uma vez, essa neutralidade inexiste. A razão chega a ser pueril. Pessoas em carne e osso fazem a imprensa e elas, logicamente, assumem posições e um lado. Fato inconteste é que uma impressa livre é fundamental para a sociedade. Sem ela não há democracia que valha nem cidadania digna do nome. Em tempos de explosão das mídias sociais e em que os fatos passam a ser divulgados até mesmo antes de acontecer, passou-se a exigir também uma nova postura a ser assumida pela imprensa tradicional.
Essa tomada de posição deve ser renovada tendo como ponto de partida e chegada apenas à verdade dos fatos. A ilustrar esses esclarecimentos preliminares, temos agora a crise que abala os Três Poderes da República.
Cada órgão de imprensa escolheu seu lado nessa batalha de versões. Falam tanto em tentativa de implantação de uma ditadura nos moldes militares, pelo Executivo, como numa hipertrofia do Legislativo, contrariado pelo não atendimento de seus pleitos e ganâncias. Falam em parlamentarismo branco com apoio e aval do Supremo. Falam também em revolta popular instigada pelo próprio presidente da República, diante do reconhecimento de sua fragilidade contra a investida de outros poderes e dos próprios políticos contrariados.
Nessa questão multifatorial, a busca pela verdade torna-se uma tarefa árdua, pois ela se espraia por diversos pontos. Numa analogia próxima, seria como se um arqueiro ao lançar sua flecha e atingir o centro do alvo, desprezasse todo o infinito espaço que circunda esse ponto e que também integraria o alvo.
A frase que foi pronunciada:
“Esconder a verdade é tão ruim quanto alimentar a mentira faz crescer músculos duros.”
Israelmais Ayivor, página principal dos líderes: ideias de liderança de 21 pensamentos de Martin Luther King Jr.
Em ordem
Só indo para compreender. Impressionante o que fez o governador Rollemberg em Sobradinho na área conhecida como Buritizinho. Moradores em área de risco aguardaram a infraestrutura da região, foram transferidos para lá e depois receberam a escritura.
Para a imprensa
WhatsApp do Ministério da Saúde disponibiliza número de aplicativo para tirar dúvidas e desmentir boatos: as fake news. Se você receber alguma mensagem sobre doenças e tratamentos, pode enviar para o ministério e checar se é verdadeira. O número é (61) 99289-4640.
Jogos Paralímpicos
Alana Maldonado é o nome mais falado no judô do Brasil.
UnB
Subiu demais o preço do Restaurante Universitário. Alunos reclamam.
História de Brasília
Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)
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Analistas que acompanham de perto o desenrolar da atual crise política, entre o Poder Executivo e Legislativo, vislumbram, entre as diversas possibilidades de desdobramento de mais esse período de instabilidade institucional, a união do Congresso em torno da ressurreição de projetos que tratam da adoção do parlamentarismo como modelo de governo. Essa seria, na visão de muitos políticos utilitaristas, um remédio do tipo oportuno, capaz de fazer cessar as tormentas cíclicas que abalam a harmonia entre os poderes. Examinado de perto e com mais vagar, essa estratégia traria, isso sim, o ingrediente que falta para detonar uma crise sem precedente e com resultados imprevistos. O que se observa, a partir dos bastidores, é que esses atritos vêm acontecendo como resultado da intromissão indevida e sistemática de uns poderes sobre os outros. Fenômeno dessa natureza vem ocorrendo, sintomaticamente, desde a promulgação da Carta de 88, o que faz supor que algum dispositivo contido na Constituição ou não está sendo acatado ao pé da letra, ou padece de maior clareza em sua interpretação.
De qualquer forma, essas crises cíclicas opondo os três Poderes da República parecem decorrer do desaparecimento paulatino das fronteiras legais e de atribuições entre essas instituições. À cada um conforme sua competência. Nas últimas décadas, não têm sido poucos os problemas de relacionamento entre os Poderes. Da politização da justiça, passando pela judicialização da política e indo até a confecção de medidas provisórias e decretos-leis, tudo tem contribuído para a desarmonia.
Esse imiscuir-se, tantas vezes cometidos entre os Poderes, tem sido uma regra e não uma exceção. Para a Psicologia, essa confusão de atribuições teria sua origem centrada num desvio de conduta de indivíduos com o ego demasiadamente inflado pela posição que momentaneamente ocupam nessas instituições, reforçadas pelas mordomias infinitas e inexplicáveis que lhes são postas ao alcance e que os fazem sentir diferentes dos demais mortais. Seja como for, um fato a reforçar essa tese é o pouco preparo, não apenas intelectual, mas inclusive moral, de algumas dessas chamadas lideranças colocadas em posições tão significantes para o país. O que esperar de um país que obriga um postulante ao cargo de porteiro de um ministério ter formação escolar, preparo técnico e uma ficha de antecedentes completamente limpa para ser apenas declarado apto ao cargo e não exige nada de pessoas que irão ocupar o topo da hierarquia da administração pública? Pelo sim, pelo não, notícias têm dado conta de que o presidente da Câmara dos Deputados está em visita oficial à Espanha, conversando com políticos locais e com o próprio Rei Felipe VI sobre parlamentarismo e as relações bilaterais entre aquele país e o Brasil, com uma postura digna de um verdadeiro primeiro-ministro.
Tudo isso depois de obrigar o Palácio do Planalto a entregar ao Legislativo R$ 30 bilhões do Orçamento para serem distribuídos pelos políticos a suas bases eleitorais e depois de garfar outros R$ 3 bilhões para gastos dos partidos com as campanhas. O parlamentarismo branco, enfiado goela abaixo do presidente Bolsonaro, vai, aos poucos, tornando-se a condição sine qua non e um ultimato dado ao chefe do Executivo. O presidencialismo de coalizão, desprezado por Bolsonaro, começa a cobrar o preço alto da fatura.
A frase que foi pronunciada:
“Seja a mudança que você deseja ver no mundo.”
Mahatma Gandhi, especialista em ética política
Sem explicação
Policiais penam com a falta de conservação do 4º Batalhão de Polícia Militar (Guará) e o 15º Batalhão de Polícia Militar (Estrutural). Na estrutural, nem banheiro feminino existe. No Guará, poderia ser melhor. Não dá para entender a razão de o Centro Olímpico estar jogado às traças. Aproveitaram o espaço para que o batalhão funcionasse ao lado da favela Santa Luzia.
Por quê?
Vídeo de Alessandro Loyola é um dos mais compartilhados das redes sociais. Veja a seguir.
Sumidade
Que surpresa agradável reencontrar a professora Lois Gretchen Fortune, doutora em Linguística pela Universidade de Brasília. Gretchen traduziu a Bíblia para o Karajá. Está aposentada, o que favoreceu com que ela se dedicasse mais à pesquisa sobre a linguística indígena, sua paixão.
Omissão
Por falar em Bíblia, veja o que diz o padre Luiz Fernando da Catedral de São Dimas em São José dos Campos, em sua homilia. Os fiéis o aplaudiram de pé. Confira a seguir.
Prevenção
Crianças de 6 a 12 anos, da rede pública, receberão cuidados ortodônticos, preventivos e interceptivos pelo menos 1 vez por ano. Os objetivos são melhorar o bem-estar psicológico, autoestima e melhorar a saúde bucal. Especialistas em ortodontia e cirurgiões dentistas farão a prevenção de irregularidades faciais e dentárias.
Boa pauta
Foi aprovado no Senado e encaminhado para a Câmara, o PLS796/2015 proposto pelo do senador Roberto Rocha (PSDB-MA), que dá estabilidade provisória no emprego para trabalhadora adotante.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Em meio a isto, o dr. Paulo Nogueira deu a explicação: é que estavam vindo das solenidades comemorativas da fixação do Núcleo Bandeirante. (Publicado em 16/12/1961)
E as vozes das ruas não serão mais roucas. Viva a mídia social.
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Boa parte da sociedade está com a memória viva em relação à longa crise social, econômica e política dos últimos anos. As redes sociais tiveram o condão de mudar a percepção de boa parte da sociedade não somente para os problemas do país, mas sobretudo para aumentar o desejo e a atitude de muitos em direção aos valores próprios, fazendo brotar nos brasileiros um sentimento mais individualista e voltado exclusivamente para as necessidades imediatas e a longo prazo das pessoas. Parece resultar da noção de que o Estado pouco ou nada faz pelos brasileiros. Muitos consideram hoje que a melhor estratégia é partir para a luta individual, ao invés de esperar por qualquer amparo do governo.
É preciso salientar que esse individualismo, cada vez mais presente na sociedade, pode inverter a própria lógica do Estado, fazendo com que o governo passe a depender, cada vez mais, da vontade de uma população indiferente e distante, propiciando, inclusive, a considerar a hipótese da desobediência civil.
Dados os efeitos da corrupção sistêmica, conforme implantado pelos governos petistas e que tinham como objetivos diretos o enfraquecimento do Estado paulatinamente ao empoderamento do partido, apesar das investidas da polícia e de toda a revelação da trama, deram frutos diversos; uns bons, outros nem tanto. Ao aumentar a descrença na política, retardou a consolidação plena da democracia. As revelações feitas pela polícia e pelo Ministério Público apresentaram, para o distinto público, uma elite corrupta e disposta a tudo para enriquecer rápido e sem esforço.
Para um país que conta com mais de 700 mil presos, em condições sub-humanas de cárcere, essas revelações serviram muito mais como que um simples incentivo para a ação continuada no mundo do crime. Deu a essa parcela da população a certeza de que a cadeia ainda é lugar para pretos e pobres.
Entender a corrupção como algo moldado pela herança histórica ibérica, onde o patrimonialismo cartorial era a tônica, mostra apenas as raízes ancestrais do problema e que fazia parte inerente do sistema mercantilista e colonialista da época. Se antes a exploração e os desvios tinham origem em vontades vindas do exterior, com o desenvolvimento do capitalismo de compadrio, é muito mais rentável a uma empresa cooptar políticos e agentes públicos buscando negócios fabulosos com o Estado em troca de propinas e outros meios ilícitos. Além das empresas privadas, sempre dispostas a servir aos políticos de forma geral, as estatais cumpriam seu papel de facilitadoras dos negócios nebulosos da elite dirigente.
Transformadas em moedas de troca, dentro do toma lá dá cá generalizado, as nomeações políticas para altos cargos nas estatais tinham um peso crucial na expansão dos casos de corrupção, servindo como ponta de lança dos partidos para se apoderarem dos recursos da nação. Torna-se compreensível o discurso de muitos dirigentes políticos no sentido de o Estado manter controle das estatais.
Obviamente que não se trata de nacionalismos ou protecionismo da economia nacional, mas tão somente de reservar esse nicho de mercado à sanha desmedida dos partidos políticos. Por aí se vê a razão da redução do tamanho do Estado, que incomoda tanta gente. Se por um lado os muitos casos de corrupção do passado revelados serviram para mostrar como é fácil desviar dinheiro público, por outro mostrou que impondo um fim a institutos como o foro privilegiado, a possibilidade de nomeações políticas para cargos técnicos e maior agilidade e presteza nas decisões da justiça trazem a fórmula mágica para reduzir, da noite para o dia, tão imenso volume de caos de malversação dos recursos públicos.
Seis pilhas de um metro quadrado de área por cinco metros de altura cada, contendo notas fictícias de R$ 100, ficaram expostas por um longo período na Boca Maldita, principal rua de Curitiba. O monumento simbolizava o montante de R$ 4 bilhões recuperados pela força tarefa da Lava Jato. É pouquíssimo, se comparado ao volume fantástico de dinheiro desviado por grupos políticos diversos, apenas na última década. É, contudo, muito dinheiro, para os padrões de um país como o Brasil, onde historicamente a impunidade e corrupção sempre foram tratadas de forma parcimoniosa pelas autoridades, sempre constrangidas em punir pessoas e grupos do mesmo estamento social, político e econômico.
Segundo estimativas feitas por técnicos no rastreio de dinheiro de origem suspeita, o Brasil perdeu por ano, em média, R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção. Somente com relação à Petrobras, calcula-se que foram desviados, apenas nos governos petistas, entre R$ 30 e R$ 40 bilhões, embora, de forma oficiosa, a estatal tenha divulgado um “prejuízo” de apenas R$ 6 bilhões com desvios de dinheiro dos cofres da empresa. Para se defender de processos no exterior, a estatal tem apresentado sua defesa em cima da tese de que foi vítima da ação dos corruptos, embora a justiça dos Estados Unidos e de diversos outros países, que possuem recursos investidos na empresa, afirmem que há muitos funcionários de carreira da Petrobras envolvidos diretamente nestes esquemas nebulosos.
De toda a forma, o cerco que vai se fechando aqui e no exterior, cedo ou tarde, chegará a um resultado bem próximo da verdade. A última notícia é que um suíço brasileiro foi considerado culpado por cumplicidade em suborno e lavagem de dinheiro. Essa é uma sentença importante porque trata da prova de pagamentos de mais de US$ 35 milhões feitos por sete anos (2007-2014) por meio de mediadores na Suíça e no Brasil a funcionários da Petrobras.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
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Aquele que não aprende com as lições da história e da vida, já dizia o filósofo de Mondubim, está condenado, contra a própria vontade, a repetir os mesmos erros, transformando seu destino numa farsa insuportável. Advertência como essa, serve tanto para um indivíduo como para uma nação inteira.
No caso das manifestações populares, programadas para acontecer em 15 de março, esse aforismo tem o atual governo como o endereço certo. De quebra serve também para todos aqueles envolvidos nesses acontecimentos, tanto para aqueles que querem ver o país pegar fogo, como para os que sonham em tirar proveito dessa situação.
Cabe ao governo e a todas as autoridades, com responsabilidade sobre os destinos do País, cuidar para que o Estado siga firme no caminho da estabilidade institucional. Exemplos vindos do passado ensinam que qualquer desvio de rota ou atalhos a opções fora do script da Carta Maior, as consequências indesejáveis tendem a recair, de forma inexorável, sobre os ombros da sociedade.
Tem havido muito cruzamento de informação, o que só tem servido para aumentos e distorções da verdade. Hoje é preciso ficar atento às ciladas representadas pelas redes sociais, principalmente pelos mecanismos de plebiscitos instantâneos, como modelos para democracia do tipo direta. As vozes das ruas, muitas vezes soam como cânticos de sereias, atraindo incautos para o fundo do poço.
O apoio recebido das mídias das mídias sociais nas eleições é uma coisa, outra, muito diferente, é e apoiar nesse mundo virtual para mudança de trajetória. Boatos ou não, o fato é que o noticiário em todo o país, tem chamado a atenção para o aumento preocupante de tensão entre o Poder Executivo e o Legislativo.
É verdade que desde que assumiu, o presidente Bolsonaro não tem tido uma boa relação com o Congresso. O motivo, segundo quem acompanha de perto as atividades diárias desses poderes, estaria na mudança de rumos adotada pelo atual governo com relação ao modelo de presidencialismo de coalizão.
De forma sucinta, o Palácio do Planalto teria cerrado as portas do antigo balcão de negócios, do toma lá da cá, interrompendo uma prática nefasta e antiga, que permitia o prosseguimento tranquilo da governabilidade. Sem uma base disciplinada e coesa dentro do Congresso, o presidente navega em mares revoltosos dentro da Câmara e do Senado, numa reedição, mal arrumada do que foi o governo Collor.
Por outro lado, tem razões de sobra o governo, que pela boca do general Heleno, reconheceu que o Executivo está acuado e se julga chantageado pelos políticos. Para piorar uma situação que é tensa, é sabido que o presidente Bolsonaro tem atrás de si a pressão de seus filhos, inexperientes nas artes de governo e pouco afeitos ao entendimento.
O loteamento de postos chaves do Palácio do Planalto por militares de alta patente, é outro complicador nessa questão. Principalmente para quem não coloca o país em primeiro lugar.
Para os políticos também a situação é delicada. Desde sempre se sabe que o que os políticos mais temem é povo nas ruas, principalmente para aqueles políticos que só mantêm relação pessoal com a população em épocas de eleições.
A frase que foi pronunciada:
“A verdade sai do poço, sem indagar quem se acha à borda.”
Machado de Assis, escritor brasileiro
Resultado
Paulo, Marcos, e outros funcionários de quiosques da Mc Donald’s agradecem a notinha da coluna onde reclamava um banco para os empregados se sentarem. Hoje não são mais obrigados a trabalhar em pé.
Sem manutenção
Na Estrada Parque Paranoá Norte- DF 005, perto da curva da dona Dionísia, há crateras perigosas principalmente para motoqueiros.
De boa
A nota abaixo trata de um problema social que acontece com o Bolsa Família. Muita gente opta só pelo benefício que dá perfeitamente para sobreviver em troca da oportunidade de um emprego. É preciso repensar a política.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. (Publicado em 16/12/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Em tempos de crise, é comum aos homens, desde o surgimento das primeiras civilizações, se fecharem em si em busca de um caminho individual que resguarde a sua integridade e a dos seus entes próximos. Nesse caminho individual em busca de salvação, e longe das convenções e da sociedade, a única estrada a ser trilhada é aquela que aponta em direção oposta às multidões e, principalmente, à política dessas multidões e ao seu modo de vida coletivizado, sem identidade e sem ética.
Tem sido assim desde os primórdios e, de acordo com a natureza humana, será dessa forma ainda por muito tempo. Esse parece ser o contexto exato em que o Brasil, assim como muitos países pelo mundo, vive neste momento. Há na civilização ocidental um claro descrédito em relação aos modelos atuais de governo. No Brasil, esse fenômeno é mais claro e tem sua origem não especificamente no modelo de governo, mas na qualidade dos políticos e dirigentes que orbitam os Poderes da República e que, para a maioria da população, está num patamar entre o medíocre e o ruim.
Claro que o descrédito nos homens que operam o governo acaba se refletindo no próprio conceito do que seja política. Como consequência desse desencanto generalizado, a população tende, na primeira oportunidade que surge, votar e eleger candidatos que se apresentam contra o sistema. Não importando quem sejam eles.
A renovação parlamentar, que, na última eleição, ficou em quase 50%, a maior em muitas décadas, assim como a eleição do presidente Bolsonaro, um candidato pouco expressivo e que justamente se autoproclamava antiestablishment, demonstrou, na prática, a tendência dos eleitores em votar com o objetivo apenas de derrotar o que acreditam ser a velha política. É o voto contra. E esse é um tipo de voto que tem seu custo elevado as alturas e que, não raro, decepciona.
A velha política se apresenta mais resistente que o voto de protesto e mesmo que o ato de não votar, e por um motivo básico: tem, entre nós, raízes históricas e bem fundadas, pois trata de promover financeiramente todos aqueles que a ela aderem sem quaisquer freios éticos. Para isso, a filiação e a possibilidade real de qualquer novo postulante vir a ser lançado como candidato oficial de uma legenda, por si só, já representa um filtro realizado pelos donos dessas agremiações.
Disso depreende-se que votar em novos candidatos filiados a velhos partidos na esperança de derrotar o antigo modelo Estado que muitos denominam de cleptocracia jamais será possível sem uma reforma política que acabe com o modelo de partidos que temos na atualidade.
Outro meio, e talvez mais curto, para inaugurar o que seria uma nova República é aceitar a fórmula de candidaturas em avulso, com postulantes libertos das algemas partidárias. De toda a forma, o perigo maior está em os eleitores deixarem de lado o voto de protesto, por sua ineficácia, e partirem, em massa, para uma atitude antipolítica, com desinteresse total pela política, o que poderia, de uma vez só, escancarar as portas do Estado para governos de características anárquicas e extremistas.
Posto dessa maneira, não é difícil imaginar que é do ovo chocado no ventre das dezenas de legendas que aí estão que podem nascer o governo e o Estado que todos temem.
A frase que foi pronunciada
“Tudo o que pode ser dito, pode ser dito claramente.”
Ludwig Wittgenstein, filósofo austríaco, naturalizado britânico. Foi um dos principais autores da virada linguística na filosofia do século XX
Biblioteca
A Câmara dos Deputados e o Senado preparam um evento no auditório Nereu Ramos, a partir das 9h, com várias reuniões de discussão sobre o tema.
Sem rodeios
Rosely Sayão, educadora, foi indagada por uma mãe sobre por que razão é tão difícil dizer não a uma criança. Como se diz não ao pequeno? Perguntou a marinheira de primeira viagem, numa angústia indisfarçável. “Olha para ele e diz ‘não”. A verdade é que os pais não querem bancar o que vem depois do não. A birra, o choro, a revolta. Mas tem de bancar, pois é função deles fazer com que a criança faça aquilo que é bom para ela. Porque isso, ela não sabe. A criança só sabe o que gosta e o que não gosta.
Incomum
Maria Teresa Belandria, embaixadora extraordinária da Venezuela em Brasília, reconhecida por Juan Guaidó, trabalha em um quarto de hotel com computador e impressora. Elabora a agenda, encontros e jantares. No Setor de Embaixadas, o prédio é ocupado pelo staff de Maduro.
História de Brasília
Doutor Valmores Barbosa, com as obras no aeroporto, o estacionamento está desorganizadíssimo. Os abusos dos chapa-brancas e verde-amarelo, então, são incontáveis. Ou é proibido o estacionamento a todo o mundo, ou então não é para ninguém. (Publicado em 16/12/1961)
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Quem teve a oportunidade de acompanhar alguns dos últimos depoimentos colhidos durante o desenrolar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News pôde constatar que, muito além da preocupação na difusão de notícias falsas, seja pela mídia tradicional, seja pelas redes sociais, o que de fato interessa aos partidos, todos eles, é conhecer, de perto, toda a tecnologia disponível hoje nos meios eletrônicos para ajudar na propaganda política.
Por detrás da encenação e da briga fake que empreendem os parlamentares durante as oitivas, está o interesse pela captura dessa ferramenta, sua ampla utilização, os truques para criar armas de bombardeios de mensagens e outras mágicas, até ilegais, para alcançar o eleitor e, de quebra, tirar o concorrente do caminho, por meio da difusão de boatos e difamação do oponente.
Todo o resto é teatro. De fato, o que já se sabe hoje é que todos os partidos, com exceção, talvez, do Partido Novo, utilizam-se dos meios eletrônicos para fazer propaganda e espalhar notícias inverídicas. Além de um caso de polícia, e não de política, a CPI das Fake News necessitava ser acompanhada por psicanalistas, capazes de fazer uma leitura nas entrelinhas dos depoimentos e mesmo nas perguntas capciosas que a toda hora levam os debates para as cordas do ringue.
Muito antes do advento das mídias eletrônicas, o uso de fakenews já era uma prática corrente no mundo político nacional. A diferença é que, no passado, o uso desses estratagemas criminosos miravam muito mais a vida íntima dos candidatos, através de expedientes que buscavam desmoralizar o opositor de campanha, por meio de calúnias e difamações.
Quando, em dezembro de 1939, Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa Propaganda (DIP), o objetivo não declarado era, além de fazer divulgação dos feitos de seu governo, supervalorizando suas ações, espalhar rumores sobre seus opositores, do mesmo modo que faziam muitos jornais da época, como a Tribuna da Imprensa. Para os estudiosos dos costumes brasileiros, a calúnia e a difamação sempre foram elementos muito usados ao longo de nossa história, para barrar o avanço dos antagonistas.
A frase que foi pronunciada:
“A ilusão do autor é um dos mais finos estratagemas da Criação.”
Joaquim Nabuco, político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista brasileiro
Secretário
Nossa equipe desvendou o mistério do caso das casinhas de corujas e árvores plantadas pela Asa Norte que até hoje aparecem sem autor. Ele não quer o nome divulgado. “Pode me chamar de secretário de São Francisco”. Disse que é devoto do Santo e já plantou centenas de árvores além da confecção de dezenas de abrigos para as corujas. Tudo em homenagem ao Santo. Veja a foto a seguir.
Liberdade vigiada
Carnavalescos terão o apoio do Centro Integrado de Operações de Brasília no monitoramento da alegria. Baderneiros e ações criminosas terão a máxima atenção das autoridades para a imediata repressão. O delegado Anderson Torres e equipe estão com tudo pronto.
Crise e oportunidade
Nesse ambiente alarmista causado pelo coronavírus, é o momento certo de os Ministérios da Saúde e Educação elaborarem uma estratégia para divulgar pelo país a forma mais higiênica de se espirrar: na dobra do braço. É científico o corte da proliferação dos germes. Veja a seguir a experiência feita em laboratório da Califórnia sobre o alcance da contaminação de um espirro. Com a palavra o ministro Luiz Henrique Mandetta.
De longe
Paulo Roberto Mattos, diretor da Orquestra de Corda da Ilha, convida as autoridades e moradores de Santa Catarina, que agora moram em Brasília, e a população da capital a comparecerem no concerto de 25 de março em Florianópolis. Repertório Carlos Gomes e Alberto Nepomuceno. Ney Rosauro interpretará obra própria.
Antes que…
Odailton Charles deve ser o nome da operação para investigar casos de corrupção nas escolas. Leitora adverte que, se houver apuração legal, vai arrastar muita sujeira que estava debaixo dos tapetes das escolas. E dá a dica: Vargem Bonita.
Parabéns
Hoje é aniversário de um dos nossos colaboradores, Mamfil, Manoel Andrade. A equipe faz a festa!
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Hoje, é o aniversário de um homem tímido, inteligente, capaz, seguro, às vezes ingênuo, que confia nos homens, acredita nas palavras alheias. Hoje, é o aniversário de um homem simples, que tem tudo para ser orgulhoso. Hoje, é o aniversário de um gênio. Bom dia, doutor Oscar Niemeyer. (Publicado em 15/12/1961)
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Com a expansão das mídias pelas redes sociais, a sensação é de que esses casos passaram a se repetir de hora em hora, incentivados pela leniência de parte dos órgãos fiscalizadores, com apoio também de parcela do próprio judiciário, afoito em conceder habeas corpus aos convivas do mesmo andar social. Para os muitos brasileiros de bem, essa rotina malsã não tem sido capaz ainda de entorpecer a capacidade de se indignar e de manter alguma esperança de que, em algum momento, a rapinagem irá cessar, quer pela exaustão das riquezas, seja pela revolta popular ou pela tomada de consciência da parte sadia da justiça.
Enquanto isso não ocorre, furtam, como dizia Padre Antônio Vieira já em 1655, “pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre aqui deixam raízes, em que se vão continuando os furtos.” São tantos casos seguidos que um canal de televisão até já criou uma espécie de logomarca padrão, que aparece sempre ao fim do noticiário policial, bem no rodapé da TV, em que se lê entre parênteses: “O que dizem os citados”.
Começa então o desenrolar das ladainhas das mais estapafúrdias justificativas de cada um desses envolvidos no que parece ser o maior cipoal de ladravazes já reunidos, de uma só vez num mesmo Estado.
A vingança que muitos enxergam para esses gatunos é que o produto de suas rapinagens acabará, ao fim de um longo processo, na algibeira de seus obsequiosos advogados, em forma de honoráveis honorários, transformados em mansões, carros de luxo, relógios sofisticados, vinhos finíssimos e outros itens tão ao agrado dessa gente que forma uma casta aparte da nação e que, ao fim, ao cabo, é tudo farinha do mesmo saco.
Quem assiste, lê ou ouve nas rádios os principais noticiários de nosso cotidiano, geralmente ao fim do dia, depois de uma longa e exaustiva jornada de trabalho, vai para a cama cada vez mais convencido de que esse é realmente um país sui generis e de riquezas inesgotáveis. De outra forma, como seria possível ao Brasil não ter ainda desaparecido do mapa mundi e resistido a mais de quinhentos anos de pilhagem contínua?
Esse, sem dúvida, é um mistério que parece caber bem nos contos ao estilo realismo fantástico. A sequência ininterrupta com que desfilam impávidos e, na nossa cara, os mais inusitados e escabrosos casos de desvios de dinheiro público, praticados, na sua maioria, pelas principais lideranças políticas do país, é tamanha que, para caber na nossa realidade, se transforma numa espécie de rotina, em que a banalização do mal é vista sem maiores sustos.
A frase que foi pronunciada:
“Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos atenciosos e comprometidos possa mudar o mundo. Na verdade, é a única coisa que já houve.”
Margaret Mead, antropóloga cultural norte-americana.
Paciência
Regina Ivete Lopes simplesmente não conseguia mais fazer Pilates com as músicas que a academia adotava. Diplomaticamente, sugeriu ao professor, que acabara de se formar, a ouvir uma coletânea de Mozart como contraponto. O rapaz nunca ouviu falar no compositor austríaco.
Essa não
Contando o ocorrido para as amigas veio outra bomba. Num curso de línguas, o assunto foi Beethoven. Alguém disse de imediato que conhecia. Era aquele cão São Bernardo protagonista de um filme. Fazer o quê?
Fim de linha
Outro dia, em uma universidade particular, o professor quis saber se alguém identificaria Napoleão Bonaparte em uma gravura. O único que arriscou disse que era São Jorge.
Chega de funk
Como dizia Ariano Suassuna, o fato de só darem osso não significa que o povo só gosta de osso. Experimente dar filé. São vários os projetos para crianças vulneráveis que levam a música erudita, esportes, ballet e tudo é muito bem recebido.
Segredo
Pela primeira vez em Brasília, será o encontro de uma das classes profissionais mais importantes do país, os práticos. Tudo organizado pelo Conselho Nacional de Praticagem. O evento será no dia 6 de fevereiro no Clube Naval.
Erro de cálculo
São muitos os pensionatos de moças em Brasília. Mas os preços estão bem fora da realidade. Enquanto se é possível alugar uma quitinete por R$700, um quarto para duas pessoas custa R$ 600.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quem construiu a Escola Classe da superquadra 108, que vá ver a belezinha de impermeabilização do prédio. Ontem, a entrega das notas dos alunos foi feita dentro de uma sala de aula, com água pingando do teto, e dois candangos com um rodo evitando o empoçamento. (Publicado em 15/12/1961)