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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Em 2018 os brasileiros pagaram entre impostos e outros tributos algo em torno de R$ 2,5 trilhões, sendo que essa foi a primeira vez que o impostômetro, instalado na Rua Boa Vista, Centro de São Paulo, desde 2005, registrou essa marca espantosa.
Em relação à 2017, houve um aumento perto de 9%. Isso em pleno período de contração da economia, com forte desemprego e queda nos índices de arrecadação. Mesmo para uma máquina pública de um país continental e desigual como o nosso, os níveis de tributos são elevadíssimos, se igualando a de países plenamente desenvolvidos do Norte. Com a diferença de que lá, o retorno em serviços públicos é amplamente mais visível e eficiente.
Para operar essa máquina fabulosa, o Estado dispõe de 11,5 milhões de servidores que, juntos, chegam a custar aos contribuintes R$ 725 bilhões todos os anos. Lembrando do desequilíbrio nas aposentadorias do Legislativo e Judiciário, totalmente fora do padrão.
Segundo estudos do Ipea, desde a promulgação da Constituição de 1988, tem havido um processo contínuo de municipalização nos serviços públicos. Com os aumentos sucessivos no número de municípios, a cada ano esse processo vem se intensificando. Nas últimas duas décadas, houve um avanço de 175% na municipalização dos serviços prestados à população, o que é bom e demonstra que está havendo uma descentralização nesses serviços.
Hoje, do contingente de funcionários públicos em todo o país, quase 60% estão espalhados em mais de cinco mil municípios. Professores, médicos, policiais, enfermeiros e outras categorias compõem essa legião de servidores. Esse é, em resumo, uma das variáveis a ser levada muito a sério quando for buscado o equilíbrio nas contas da Previdência.
Não é preciso ser um economista brilhante para entender que, em poucos anos, com a oscilação para cima no número de servidores, chegaremos ao absurdo de gastar metade de tudo o que é arrecadado apenas para custear salários para o pessoal do setor público, se a essa conta se juntar os gastos com Previdência.
Algo na casa dos R$ 768 bilhões, praticamente tudo o que foi arrecadado em forma de impostos e tributos, terá como destinação a manutenção do quadro de pessoal do Estado, dos trabalhadores do setor privado e dos militares. Há ainda, nessa conta, os gastos obrigatórios com saúde, educação e segurança, hoje em torno de R$ 230 bilhões.
Fossem essas as únicas variáveis negativas na equação de balanço da Previdência, o problema teria solução mais facilitada. Ocorre que nessas variáveis há que registrar também o enorme grau de má gestão não apenas no setor da previdência, mas sobretudo, com relação ao descontrole nas contas públicas.
No conjunto da má gestão das contas públicas, entre outros subitens, persistem ainda a corrupção, as fraudes, o desperdício e o descontrole propiciado pelo desrespeito às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal. Correndo, por fora desses números vermelhos, está não só a inflação, mas a pouca capacidade de investimentos por parte do governo, recursos em projetos de desenvolvimento e infraestrutura, o que acaba por aumentar prejuízos e diminuir a margem de lucro e concorrência da produção nacional frente aos mercados internacionais.
Sem dinheiro para investir em infraestrutura e tendo que administrar contas no vermelho, com as folhas salarias inchadas e com um imenso e crescente contingente de trabalhadores inativos, chegar a uma fórmula que resolva os problemas do tesouro nacional é tarefa mais complicada que os doze trabalhos de Hércules.
A frase que foi pronunciada:
“A Previdência é uma fábrica de desigualdades. Quem legisla tem as maiores aposentadorias. Quem julga tem as maiores aposentadorias. O povo brasileiro, as menores.”
Verdade sentida pelos brasileiros e dita pelo ministro Paulo Guedes
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Muito boas as declarações do cel. Dagoberto sobre o destino dos ladrões dos Correios e Telégrafos. Há uma malta assaltando as malas com valores e violando correspondência, dando mostra de irresponsabilidade advinda da impunidade em que eles viviam. (Publicado em 14.11.1961)
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Desde sempre, os especialistas na área de educação defenderam a ideia de que a indisciplina é uma forma de violência que mina não apenas as relações entre professores e alunos, mas torna impraticável, de modo explícito, que o processo ensino-aprendizagem se desenvolva naturalmente, impedindo que as escolas exerçam sua atividade mais básica e elementar: a de educar para a cidadania, instruir para vida.
Mesmo os pedagogos mais modernos enxergam na questão da indisciplina um elemento não a ser melhor trabalhado e entendido em seu contexto, mas a ser banido das salas de aula. A razão para um posicionamento desses, aparentemente tão radical, é que, na vida prática em sociedade, adulto algum consegue inserção adequada sem respeitar as regras básicas do jogo, se as regras frouxas das salas de aula.
O laissez faire, laissez passer, que tão bem funciona nas economias liberais e que, em síntese, significa deixar as coisas acontecerem naturalmente, ao sabor dos desejos e sem imposições, definitivamente não se aplica às escolas e ao mundo da educação.
Em entrevista que ficou célebre, a especialista em educação Inger Enkvist, do Ministério da Educação da Suécia, um dos países mais avançados quando o assunto é didática de ensino e pedagogia, reconhece a necessidade de os alunos desenvolverem hábitos sistemáticos de trabalho. “Aprender, diz, requer esforço e, quando se deixa os alunos escolherem, simplesmente não acontece.” Segundo ela, o que a nova pedagogia tem conseguido ao reivindicar um papel mais ativo por parte dos alunos, com o fim das aulas expositivas entre outras alterações, é promover a anti escola. Enquanto em países que já atingiram um nível de excelência em educação o problema maior é de ordem metodológica, no Brasil essa questão ganha contornos mais dramáticos e primitivos, quando se verifica que o fenômeno da indisciplina, que vem tomando conta das escolas públicas em todo o país, tem tido como resultado a violência explícita.
Nesse quadro desolador de discentes perdidos e violentos, é possível rastrear a origem chegando em uma família negligente e desajustada, onde o jovem não é querido, considerado nem recebe o conhecimento de geração a geração passado sobre ética, moral e civismo. Não são só famílias abastadas capazes de transmitir essas lições. Pelo contrário. Muitas delas parecem ter medo dos filhos como um sentimento de culpa por lutar pelo conforto no lugar do amor.
Famílias sem renda também ensinam que não se pode achar nada na rua. O que não é seu não deve ser apanhado. Ensinam a respeitar os mais velhos, cumprimentar as pessoas olhando nos olhos, mostram como é bom abrir a porta para as mulheres passarem. Educar os filhos independe da conta bancária. Depende mesmo da presença do patriarca ou da matriarca, com pulso firme e um colo sempre disponível para o acalanto.
As brigas opondo alunos contra alunos e alunos contra professores vem ganhando uma dimensão preocupante com a repetição dos casos de agressão contra professores. Somente essa semana que antecedeu o Carnaval, uma dezena de casos foram registrados em todo o país.
Aqui em Brasília, no Centro de Ensino Fundamental 25, em Ceilândia, um professor de matemática foi violentamente agredido por um adolescente, com socos, pontapés e uma chamada “voadora” depois de uma discussão banal. Hoje o Brasil ostenta as últimas posições nos índices de qualidade da educação, sendo, no entanto, um campeão absoluto, quando o assunto é violência nas escolas e particularmente contra os professores.
Os esforços no sentido de instituir a chamada, erroneamente, de escola militarizada, defendida por uns e atacada por outros, deixa claro que os níveis de violência em nossos estabelecimentos de ensino, chegaram a seu ponto mais alto, sendo necessário a introdução de um regime de educação rígido dentro das escolas. Como medida emergencial, diante da crise, tudo bem. A questão, e todos sabemos disso, é que essa medida é paliativa, não vai no cerne do problema.
Experiências exitosas e de comprovada eficácia em outras localidades, para diminuir os índices de violência nas escolas, demonstram que o incremento de práticas artísticas e desportivas no currículo escolar tem maior poder de ação e de durabilidade, reduzindo esses índices a níveis de primeiro mundo. Música, teatro, artes visuais, corrida, ginástica olímpica, judô e outras práticas têm, junto aos jovens, o apelo que outras medidas para disciplinar as escolas e reduzir a violência, jamais conseguiram. A questão aqui é de apresentar outras opções aos jovens proporcionando a eles escolhas que nem eles próprios imaginaram que existiam.
A frase que foi pronunciada:
“A primeira ideia que uma criança precisa ter é a da diferença entre o bem e mal. E a principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade.”
Maria Montessori
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Já está mais do que fora de dúvidas, que o dr. Waldemar Alcântara não serve para o cargo. E para os que não acreditam, fiquem sabendo: o Banco do Nordeste vale muito mais do que pensam. (Publicado em 14.11.1961)
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Que a reforma do sistema de previdência pública é uma necessidade urgente e inadiável, a maioria dos especialistas no assunto não duvida. A questão é que em nenhum momento é vista, com clareza, a possibilidade de se fazer uma revisão total nos benefícios recebidos pelos aposentados, a começar pelas aposentadorias milionárias e exóticas, recebidas, na sua totalidade pelos altos escalões do funcionalismo público, por políticos em geral e por membros do Poder Judiciário, em particular.
Sem um nivelamento linear dos proventos das aposentadorias, que coloque todos os beneficiários da Previdência num patamar de absoluta igualdade, na mesma linha que vem sendo seguida por muitos países desenvolvidos, o que o atual governo conseguirá, de fato, com o projeto que tem em mãos, é obter um alívio imediato nas contas desse sistema, lançando para um futuro mais distante, as verdadeiras correções que a seguridade necessita agora e sempre.
As distorções, que foram sendo acumuladas no sistema de previdência ao longo dos anos, são de tal monta que, corrigindo-se apenas as mais visíveis, é possível conseguir um grande alívio nas finanças do atual modelo. Em relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência (CPI), ainda de 2017, num calhamaço de 253 páginas, foram levantados, entre outros problemas, a adoção de um mecanismo de combate às fraudes mais rigoroso, bem como um maior empenho e eficácia na cobrança aos grandes devedores, juntamente com o fim dos desvios de recursos das aposentadorias para outros setores da economia. Já seria de grande ajuda para manter o tão desejado equilíbrio nas contas do sistema previdenciário.
De lá para cá, nenhuma dessas medidas foram implementadas ou sequer levadas em consideração pelas autoridades. Na verdade, cada novo governo que chega, juntamente com cada nova composição do legislativo que assume, o tema da reforma da Previdência retorna a pauta com destaque.
Esforços, reuniões e comissões de trabalho sobre o assunto são criados, propagandas sobre o problema são veiculadas, gastam-se fortunas do dinheiro público com movimentações e ensaios de reformas, mas nenhuma de importância e profundidade consegue decolar de fato.
Quem recebe acima do teto da Previdência trabalha contra porque tem a caneta para se salvar. As empresas privadas, que juntas devem mais de R$ 450 bilhões à Previdência, conseguem se livrar das cobranças. O próprio governo, a quem cabe, até por questão de obrigação administrativa, resolver a questão, diante das pressões e dos possíveis prejuízos que advirão sobre seu futuro político, desiste.
A CPI da Previdência, que não deu em nada, ao menos deixou registrado no Relatório final que maior do que o déficit do sistema é a reiterada má gestão que vem se sucedendo a cada governo. A esses desmazelos com um sistema tão necessário a milhões de brasileiros, vem se juntar também a praga da corrupção endêmica que assola de alto a baixo as contas públicas.
Também há retirada de dinheiro da Previdência, destinando-o a outros fins e com outros propósitos, totalmente diversos dos interesses do sistema. Isso vem se repetindo a cada nova gestão do país, sem que medidas sejam tomadas para pôr fim a esses descaminhos.
Somente em renúncias e outros incentivos concedidos, sabe-se lá a troco de quê, os prejuízos à Previdência somam mais de R$ 50 bilhões ao ano. O pior é que esses são problemas que podem ser vistos acima da linha d’água.
O restante do Iceberg da Previdência encontra-se submergido, longe da percepção dos trabalhadores do país, envolto em águas turvas e geladas.
A frase que foi pronunciada:
“Devem-se escolher os amigos pela beleza, os conhecidos pelo caráter e os inimigos pela inteligência.”
Oscar Wilde, de origem irlandesa, foi escritor, poeta e dramaturgo.
Direito de Família
Familiares de desaparecidos na tragédia de Brumadinho teriam a dor e o sofrimento minimizados se pudessem ter um documento nas mãos que atestasse a morte presumida de seus entes queridos, para efeitos legais. Essa é a opinião do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, que sugeriu uma Medida Provisória sobre o assunto ao Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Dornelles Lorenzoni.
Olimpíada de Língua Portuguesa
O Itaú Social e o MEC abriram as inscrições para a 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Com o tema “O lugar onde vivo”, o programa incentiva alunos e professores da rede pública do Ensino Fundamental e Médio a produzirem textos nos gêneros poema, memórias, crônica, documentário e artigo de opinião. Na última edição, em 2016, mais de cinco milhões de estudantes participaram das oficinas de leitura e escrita em cerca de 4.870 cidades. As inscrições vão até 30 de abril no site: www.escrevendoofuturo.org.br. Os ganhadores serão anunciados em dezembro.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ainda não foi nomeado o presidente do Banco do Nordeste. A situação chegou a tal ridículo, que o PSD, para impor um médico sanitarista para o cargo, ameaça romper com o governo. (Publicado em 14.11.1961)
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Reconhecer os próprios erros, fazendo em público um sincero mea-culpa, pedindo indulto pelas falhas cometidas, é, para a maioria das pessoas e mesmo para grandes empresas e instituições, de uma dificuldade extrema, ainda mais quando o que está em jogo é auto estima conferida pela elevada posição social, econômica ou política do transgressor.
Obviamente que o simples reconhecimento do erro não exime o sujeito e instituições das possíveis condenações. Mas, para muitos, é um sinal evidente de civilidade, o que acaba por abrir pequenas brechas, para que o pedido de perdão seja, ao menos em parte, levado em consideração. Humildade para reconhecer as faltas cometidas parece ser um dos primeiros obstáculos a serem vencidos por aqueles que querem realmente a absolvição. A não aceitação das próprias faltas é vista, não só como prova de culpa, mas, sobretudo, como uma possibilidade clara de que o erro voltará a se repetir a qualquer momento.
Em linhas gerais, esse é um problema que tem sido visto com muita frequência não só aqui no Brasil, mas em outras partes do mundo, envolvendo autoridades e instituições, algumas, inclusive, seculares e acima de quaisquer suspeitas.
No nosso caso, pode ser citado como exemplo, os episódios envolvendo o ex-presidente Lula e seu partido. O longo prolongar de seu ocaso vai se dando à medida em que as evidências e as condenações vão acontecendo, não havendo, ao logo de todos esses anos em que esses escândalos vão se desenrolando, o mínimo reconhecimento de que graves faltas foram cometidas. A simples admissão de erros, por parte de Lula e do PT, teria o condão de abrir, junto à população e ao seu eleitorado, as esperanças de que novos tempos, com correção de rumos seria possível. Ao negarem reiteradamente as próprias faltas, o ex-presidente e sua legenda aumentaram ainda mais a avaliação negativa feita pelos brasileiros às suas condutas. É tarde para isso. A população sabe que não há consciência para os erros cometidos.
Outro caso que chama a atenção é com relação a empresa Vale. Depois dos acontecidos em Mariana, a empresa custou em reconhecer as falhas de engenharia de sua represa, o que vem atrasando uma solução final para os atingidos. Pouco mais de três anos, o fato se repetiu em Brumadinho, com mais mortos, e pelos mesmos erros não reconhecidos anteriormente. Mesmo agora, nos primeiros momentos desse que foi o maior acidente de trabalho de toda a história do país, essa empresa de mineração tem relutado em admitir não só as falhas seríssimas na construção de sua represa de rejeitos, como nega ter tido conhecimento prévio de que um acidente de grandes proporções estava para acontecer a qualquer momento, conforme relato dos próprios técnicos presos. Para alguns, simbolicamente, permanecer sentado durante o minuto de silêncio em homenagem aos mortos da tragédia é um sinal de descaso. A mesma coisa na tragédia do Flamengo. Negligência e fuga da responsabilidade.
Um outro exemplo que chama a atenção de muitos, principalmente dos católicos, é quanto aos casos de abusos sexuais contra menores dentro da Igreja e que por décadas foram mantidos em sigilo. A prisão agora e a eminente condenação do número três da cúria romana, George Pell, na Austrália, demonstra o quão difícil é, para essas grandes autoridades e empresas, a simples constatação dos erros. Quantos males teriam sido evitados pela simples admissão prévia desses e outros erros e quantas vidas teriam sido poupadas?
A frase que foi pronunciada:
“Um sistema de legislação é sempre impotente se, paralelamente, não se criar um sistema de educação.”
Jules Michelet (1798 -1874) filósofo e historiador francês.
Comércio
No domingo de carnaval o comércio está autorizado a funcionar. A notícia foi confirmada pelo Sindicato do Comércio Varejista. Na segunda e terça, tudo fecha e, na quarta-feira de cinzas, shopping e comércio de rua voltam a funcionar normalmente.
Hino
O Sr. Mário Madeiros traz a informação sobre a Lei 5.700/71 (que trata sobre os símbolos nacionais), que em seu art. 39 já traz a obrigação (não estímulo) das escolas perfilarem os alunos para entoar o Hino Nacional. Diz a Lei: “Art. 39. É obrigatório o ensino do desenho e do significado da Bandeira Nacional, bem como do canto e da interpretação da letra do Hino Nacional em todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou particulares, do primeiro e segundo graus.”
Alethéia
“Espalhe a verdade”, diz o portal do GDF. O internauta que tiver curiosidade vai se deparar com uma página sobre o festival gratuito de curtas até 23 de abril no Cine Brasília. Era de 2017. O portal do GDF até hoje não está atualizado. Contatos, matérias, telefones, falta muito para se comunicar com a população com eficiência.
Cuidados
O mais triste nessa história toda de bombeiros e grileiros é que inscritos nos últimos concursos receberam a informação da vizinhança de que a corporação teve o cuidado de visitar residência por residência dos contratados em potencial, perguntando sobre a índole, os pais, a infância e tudo mais o que pudesse garantir moral e ética para entrar no seleto grupo de militares bombeiros.
Política pública
Ontem a UnB sediou as apresentações sobre os resultados da pesquisa “Projetando lugares com idosos: rumo às comunidades amigas do envelhecimento”. Os organizadores afirmam que as contribuições são de grande importância para a implementação de ações dirigidas a esse segmento da população que, a cada dia, se torna mais numeroso em nossa cidade. O projeto está vinculado ao Laboratório de Psicologia Ambiental (LPA) da Universidade de Brasília (UnB), sob a responsabilidade da Prof.ª Dr.ª Isolda Günther e de suas assistentes de pesquisa Dayse da Silva Albuquerque e Natália de David Klavdianos.
Leia mais em: Günther Isolda de Araújo’s research while affiliated with University of Brasília and other places
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Já que o Harry Stone está aqui, uma reclamação para ele: os habituais do Cine Brasília estão reclamando a péssima qualidade dos filmes exibidos. São filmes velhos, abacaxis, e a “safra” nacional tem sido grande demais. (Publicado em 14.11.1961)
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Com o fatiamento estratégico do pacote de lei anticrime, enviado ao Congresso, deixando de fora a importante medida de criminalização do caixa 2, estão, mais uma vez, postas as condições para que os desvios e o mal emprego dos recursos dos fundos partidários e eleitorais prossigam em frente, sem qualquer penalização para seus autores.
Caixa 2, como bem definiu a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, é, além de crime, uma agressão à sociedade brasileira, pois compromete a própria democracia. Quando da decisão de proibir o financiamento empresarial para as campanhas, feito justamente para pôr um fim as inúmeras ocorrências de fraudes, corrupção, lavagem de dinheiro e outros graves crimes, muita gente chegou a acreditar candidamente que um capítulo importante dos casos de corrupção que há décadas comprometiam e jogavam na lama a credibilidade de nosso mundo político, estava definitivamente encerrada. Obviamente que isso não aconteceu.
Uma reforma política, feita sob medida, foi providencialmente posta em andamento, não para corrigir as distorções grotescas de nossa democracia representativa, mas para providenciar, com urgência, que os fartos recursos para os partidos e para as eleições que antes vinham de pessoas jurídicas interessadas na contrapartida desses financiamentos, prosseguissem por outros caminhos. A maneira encontrada foi retirar dos contribuintes quase R$ 3 bilhões, na forma de dois fundos, para dar prosseguimento à farra em que se transformaram nossas eleições e a constituição dos partidos.
No entanto, houve quem desconfiasse de que colocar tal soma de dinheiro nas mãos dos mesmos políticos, muitos deles com denúncias na justiça, não iria resolver a questão da malversação de recursos públicos, apenas iria transferir, para o ônus do cidadão, uma conta que cabia completamente e unicamente às legendas. O escândalo dos chamados laranjais, comprometendo não apenas o partido do presidente Bolsonaro, mas muitas outras siglas partidárias, vai deixando claro, para todo mundo, que os fabulosos fundos eleitorais e partidários servem a muitos e duvidosos propósitos, só não se prestam mesmo para corrigir os mesmos desvios de condutas e outros vícios, fartamente denunciados na atividade política nacional.
Nessas últimas eleições, não foram poucas as denúncias de utilização de uma nova espécie de caixa 2, mais sofisticada, porém com os mesmos potenciais criminosos. Diante das revelações que vêm vindo à tona, sobre o financiamento de laranjas, sem expressão política, apenas para desviar recursos para os caciques da cúpula dos partidos, já há quem considere pedir o fim desses dois fundos, em nome da moralidade e ética pública. Segundo uns poucos parlamentares que, por enquanto, acampam essa ideia, a lei que criou, principalmente, o fundo de financiamento de campanha, não possui critérios claros, deixando em aberto o uso desse dinheiro pelos políticos, sobretudo pelos donos das legendas.
Na realidade, como entidades privadas, os partidos políticos deveriam ter como fonte de seus recursos, a contribuição de seus associados e filiados, e não obrigando os cidadãos a custear a existência dessas siglas, que funcionam como verdadeiros clubes particulares e exclusivos, cujo o único objetivo é o enriquecimento de seus membros.
A frase que foi pronunciada:
“Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício.”
Mahatma Gandhi, líder do Movimento pela Independência da Índia
Vem para o remo
Tanto o Minas Brasília Tênis Clube quanto o Clube Nipo são plenamente receptivos para cadeirantes animados a remar pelo lago.
Cantar
Bom mesmo seria se fosse lei estimular a criançada a cantar o Hino Brasileiro e hastear a Bandeira Nacional toda sexta-feira na escola pública e particular. Não há vergonha alguma em ser patriota. No Instituto Nair Valadares, uma creche do Riacho Fundo, as crianças de 5 anos cantam o hino do começo ao fim pronunciando cada palavra com segurança. De fazer inveja a muitos marmanjos.
Cidadania
Fernando Gomide conclama a comunidade a participar do Dia Nacional das Pessoas com Doenças Raras. Hoje será a criação da Frente Parlamentar de Doenças Raras. São 20 milhões de famílias com alguém nessa situação. À noite, a cúpula e o anexo principal da Câmara dos Deputados ficarão iluminados de lilás e azul. E o lado do Senado, de rosa e verde.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Não tenho confirmação, mas a informação que há, é a de que os supermercados estão reduzindo as cotas de carne, propositadamente, atendendo a interesses dos donos de casas de carnes de Brasília. (Publicado em 14.11.1961)
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Assédio Moral, o que os especialistas definem como sendo a exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, só pode ser entendido exatamente, e em todas as suas dimensões e efeitos, por aqueles que já sofreram na própria pele esse tipo de tratamento desumano e autoritário.
Paras as vítimas dessa infâmia, e que foram atingidas em sua dignidade e integridade física e psíquica, as cicatrizes adquiridas ficarão para sempre, marcadas a ferro e fogo na alma. Não é raro que profissionais que sofreram assédio moral venham a desenvolver doenças e transtornos psíquicos permanentes, havendo casos, inclusive, de trabalhadores que cometeram suicídio em decorrência dos efeitos nocivos desse tipo de abuso.
No Código Penal Brasileiro de 1940 (Decreto nº 2848), o assédio moral é tipificado como sendo o tratamento de “desqualificar, reiteradamente, por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou imagem do servidor público ou empregado em razão de vinculo hierárquico funcional ou laboral.” Considerada pela organização Internacional do Trabalho (OIT) como um fenômeno gravíssimo, por atingir milhões de trabalhadores em todo o mundo, o assédio moral já chegou a ser apontado na Suécia como o responsável por até 15% dos suicídios acontecidos no país em 2001.
Pioneira no Brasil sobre o assunto, a Dra. Margarida Barreto, depois de anos pesquisando e atendendo vítimas de assédio moral, considera que a ausência de punição, no âmbito do trabalho e mesmo por parte da justiça, está no grande número de casos verificados, principalmente no setor público, onde esses casos são corriqueiros. “As pessoas, muitas vezes, não acreditam que poderão ser punidas, pensam que ninguém vai se incomodar com isso porque é um ambiente do governo, ou porque é concursado e tem estabilidade e nada vai lhe acontecer.”
Para essa pesquisadora, nas empresas privadas, situações como essas também são comuns, porque a demissão pode acontecer a qualquer momento. Considerada por outros especialistas na área como um comportamento análogo ao da tortura, o assédio moral deveria receber um tratamento duríssimo por parte da justiça, por se tratar de uma prática visivelmente criminosa e que não dá chances à vítima de se defender. Juristas têm insistido, inclusive, no endurecimento das leis para combater essa prática, colocando-a no mesmo patamar de outros crimes inafiançáveis, insuscetíveis de graça ou anistia.
De olho na possibilidade de tipificar essa prática como crime hediondo, a nova bancada feminina, formada por 77 parlamentares com assento na Câmara dos Deputados, apontou como prioridade imediata a votação do projeto de lei 4.742, de autoria do ex-deputado Marcos de Jesus, e que vem dormitando nas gavetas do Legislativo há exatos 18 anos.
O projeto já está pronto para a votação em plenário, o que pode acontecer ainda essa semana. Caso venha ser aprovado também no Senado como está, o projeto abrirá a possibilidade de as vítimas processarem criminalmente os assediadores, pondo um fim há séculos de uma prática odiosa e que, na sua maioria, atingia principalmente as mulheres no ambiente de trabalho.
Os maus tratos morais, advindos do assédio no trabalho, muito mais do que os físicos, produzem, nas vítimas, feridas abertas e invisíveis, que sangram e ardem como um fogo eterno, com isso a tipificação dessa prática, como crime abominável, deveria ser tão ou mais gravosa do que outros crimes perpetrados contra a humanidade.
A frase que foi pronunciada:
“Quanto mais nos odiamos, mais queremos que os outros sofram. ”
Dan Pearce, jornalista e escritor
Pode
No espaço do servidor, no Senado Federal, estavam Eduardo Girão e Styvenson Valentim, parlamentares do Ceará e Rio Grande do Norte respectivamente, almoçando com pequena parte da equipe. Funcionários da Casa sempre reparam quando algum senador divide o mesmo espaço sem cerimônias.
Cuidado
No total, são 113.427 eleitores do DF que até agora não deram satisfação pela ausência do voto. Caso não procurem o cartório eleitoral para sanar as pendências, poderão ter o título de eleitor cancelado. O prazo para regularização vai até 17 de maio.
Dardos
Chega o mês de março e o Leão toma as páginas dos jornais. Dessa vez as notícias não são só sobre as abocanhadas do fisco. Em 2019, os auditores que revelam irregularidades avançam para o campo criminal e isso não está agradando os donos das canetas. Pode ser que o leão receba uma boa dose de tranquilizante.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E sobre os supermercados, voltamos a chamar a atenção com relação às frutas. Nos saquinhos para venda ao público, há frutas de classificações diferentes. No caso das laranjas, encontramos, às vezes, laranjas de três classificações por dúzia. (Publicado em 14.11.1961)
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Alimentar expectativas quanto a mudanças de comportamento dos políticos, com base apenas na renovação da bancada, com novos nomes, por diversas vezes, ao longo de nossa história, tem se mostrado frustrante. O filósofo de Mondubim repetia que na raiz da infelicidade está o desejo. Cessa o desejo, cessa a infelicidade, dizia. O mesmo vale com relação as apostas quanto a uma possível tomada de consciência por parte da classe política.
Conhecerás o caráter de um indivíduo à medida em que lhe forem franqueadas as portas do poder. Dizem as escrituras que até Cristo, durante seu jejum de quarenta dias, sofreu pesado assédio para se corromper, sendo oferecido a Ele não trinta moedas, mas todo o planeta. Diz a crônica que um político francês, a quem ofereceram um milhão de francos para ficar em silêncio sobre o desenrolar de um negócio escuso, teria replicado: Dê-me dois milhões e permitam-me também contar tudo. Se decepção matasse, muitos brasileiros, mesmo os mais otimistas, já teriam morrido.
Nem bem iniciou seu governo e o presidente Jair Bolsonaro, a exemplo de inúmeros outros no passado, se vê às voltas com o tradicional assédio dos políticos, que já adiantaram o valor da conta a ser cobrada pelo bom andamento das reformas. Sem as tão necessárias e prometidas reformas da Previdência e da Segurança Pública, o atual governo se desmancharia no ar. Os políticos sabem dessa possibilidade e aumentam, sem o menor pudor, o valor da nota promissória. Rasgam o voto de confiança dado pelos eleitores.
Foi um erro a Carta Magna trazer no preâmbulo “Nós, os representantes do povo”. Seguindo os legisladores mais experientes deveria estar escrito na Constituição do Brasil: “Nós, o povo brasileiro”.
O mecanismo do toma lá, dá cá, presente em todas as legislaturas passadas, está mais vivo do que nunca. Os jornais já anunciam inclusive o novo valor a ser creditado na conta dos deputados, para as chamadas emendas parlamentares: R$ 10 milhões para cada um. Os mais afoitos para receber essas prebendas, são os parlamentares que formam o chamado “centrão”.
Com a apresentação dos textos que tratam dessas duas importantes reformas para o país começar a sair da crise, imediatamente foram erguidos os antigos e odiosos balcões de negócios. Neles, tudo é barganhado, desde cargos na estrutura do Estado para os indicados políticos, passando por emendas ao Orçamento, até outros agrados feitos pelo governo às bases eleitorais desses políticos.
Ciente dessas aspirações pragmáticas e ambiciosas da classe política, que sempre existiram, o governo, que prometeu pôr um fim nessas modalidades de “negociações”, corre atrás do prejuízo e tenta definir um conjunto de medidas e critérios para atender os políticos no preenchimento das funções de confiança na administração pública.
Na realidade, o tempo para os trâmites dos projetos oriundos do Executivo no Congresso é praticamente todo consumido apenas durante esses acordos de bastidores que definem as vantagens obtidas por cada um. Com isso, a governabilidade fica submetida a uma espécie de mercadão político.
Apenas para resgatar a história de Brasília, com a instalação da Câmara Legislativa no Distrito Federal, passou a vigorar o mesmo modelo de negociação.
Em almoço agora, com os deputados distritais o governador Ibaneis Rocha (MDB) prometeu a liberação de R$ 43 milhões em crédito para emendas parlamentares aos 16 novos políticos eleitos.
Os antigos já teriam assegurado seu quinhão antecipadamente. Para o governo local que se inicia, esse é um gesto simbólico de aproximação. Para a população, principalmente aquela formada por pessoas de bem, o nome dado a esse tipo de acordo é outro.
A frase que foi pronunciada:
“Cuidar de uma criança é melhorar a hipótese de ser bem cuidado, quando a idade te tornar novamente criança.”
Ditado em Moçambique
Reconhecimento
Depois do sucesso da palestra em Nova York, Tereza Borges fez questão de convidar Ilana Trombka para a segunda edição do programa que forma lideranças femininas, promovido pela universidade de Nova York Columbia, Women’s Leadership Network. Esse projeto reúne um grupo de 20 mulheres que ocupam cargos estratégicos no setor público e promove treinamentos estratégicos, atividades de networking, mesas redondas, seminários e sessões de mentoria no Brasil e no campus da Universidade de Columbia.
Contrato
Depois do suposto sequestro de duas crianças por uma babá no Cruzeiro Novo, seria importante, para a cidade, ter um cadastro único de todos os trabalhadores domésticos com todos os dados pessoais. Seria uma segurança mínima para as famílias. Só o fato de precisar ser cadastrado já convida os mais sérios.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Uma comissão criteriosa nomeada pelo senhor, poderia estudar melhor o assunto, dando aos supermercados a autonomia para comprar verdura sem nota de produtor. A concorrência dos supermercados seria o suficiente para colocar o caso em seus devidos termos. (Publicado em 14.11.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Fôssemos somar os prejuízos causados aos contribuintes brasilienses pelas construções dos mastodônticos Estádio Mané Garrincha e pelo Centro Administrativo (Centrad), o resultado mostraria um número surpreendente, até mesmos para os padrões da capital.
Ao todo, o erguimento desses dois legítimos elefantes brancos consumiu perto de R$ 3 bilhões dos cofres públicos. Não admira que obras tão suntuosas e caras, construídas pelos mesmos consórcios que aparecem nos episódios da Lava Jato, tenham gerado por aqui também seus próprios escândalos, levando empresários e parte da elite política local as barras dos tribunais.
O Estádio Mané Garrincha, em razões desses dribles fantásticos que só nossos políticos são capazes de aplicar contra a ética e a coisa pública, passou a ser apontado como uma das mais caras arenas do planeta. Isso numa capital onde os times e os jogos da liga profissional em nada se diferem das equipes amadoras de várzea.
A dinheirama desperdiçada nessas duas empreitadas inúteis daria para construir e equipar uma boa quantidade não apenas de hospitais e postos de saúde, mas de escolas públicas e de creches e ainda sobrariam recursos para uma infinidade de obras de real interesse aos donos do dinheiro, a população. Para os cidadãos, o que fica como lição desses recentes e amargos prejuízos é a certeza de que a falta de planejamento, quando aliada a malversação dos recursos públicos só podem gerar rombos e escândalos, além de deixar, como herança, monstrengos que continuam a sugar o dinheiro do contribuinte para sua manutenção.
Visto de maneira clara, o simples enxugamento da máquina administrativa do Distrito Federal, com redução de secretarias, de pessoal, além da modernização nas formas de trabalho, com a adoção do teletrabalho, permitiria, tranquilamente, a acomodação de todo o pessoal nos espaços já existentes, sem a necessidade de alugar ou construir repartições extras.
Por outro lado, o advento dos computadores associados a rede mundial da Internet, ao instituir em todo o mundo o chamado “não lugar”, isso é, tornando desnecessário a presença física em determinado ponto geográfico para a execução de determinadas funções, deixou, bem clara a possibilidade do trabalho em qualquer outro espaço, inclusive na própria residência.
Com a racionalização na prestação dos serviços públicos, recursos preciosos seriam economizados para serem aplicados onde é mais necessário. Não é com a ocupação tardia do Centrad, numa área remota e distante do Plano Piloto e onde já se observam sérios problemas viários, que o governo local irá emprestar melhor qualidade às finanças públicas da capital. Ainda mais quando se sabe que essas mesmas instalações não possuem o mobiliário necessário e já reclamam por novas reformas.
Melhor faria o GDF, se transformasse essa obra numa universidade voltada para a formação de administradores públicos de excelência. Quem sabe assim, sairiam dessa faculdade técnicos capacitados a administrar corretamente os recursos da população, sem aventuras políticas e, sobretudo, com muito planejamento e estudos prévios. Afinal, o dinheiro do contribuinte é sagrado e escasso.
A frase que foi pronunciada:
“Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males”.
Voltaire, o iluminista
Levantando a bola
Na terra da senadora Leila do vôlei, a campeã Paula Pequeno tem três escolinhas do esporte. No colégio JK, da 413 norte, no Rogacionista, do Guará II e no Colégio Projeção, de Taguatinga Norte.
Flamengo
Pela verba do Flamengo, não haveria necessidade de pechinchar indenização para as famílias dos garotos mortos pela negligência dos responsáveis pelo time. Não pagar para ver. Isso sim é que os brasileiros deveriam fazer para punir os responsáveis. Nada de jogo. Chega.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E há mais: há granjas onde o repolho está sendo dado aos porcos, por falta de compradores. Enquanto isto, os preços são altíssimos. Estão criando a indústria do atravessador em Brasília, para dar ao nosso abastecimento, os mesmos vícios do Rio e São Paulo. (Publicado em 14.11.1961)
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Fica mais evidente, para todos os cidadãos brasileiros, que as diversas modalidades de corrupção, que vêm sendo detectadas em muitas de nossas instituições públicas, estão na origem dos crimes comuns que infernizam a vida de todos e diz muito sobre o aumento assustador da violência em nosso país.
Há um consenso, inclusive, de que existe uma estreitíssima relação entre a corrupção praticada contra o Estado e a criminalidade, inclusive no que diz respeito à intensificação das ações do crime organizado. Somente um Estado liberto da praga da corrupção nos órgãos públicos consegue manter a paz interna. Dessa forma, as ações de combate aos altos índices de criminalidade e violência que flagelam o país hoje, só surtirão os efeitos esperados se começarem por um processo de depuração minuciosa da máquina pública, extirpando agentes corruptos onde quer que eles atuem.
A construção de mais presídios, o aumento no contingente de agentes de segurança, a intensificação das ações de repressão e mesmo o aumento nas penalidades previstas, não trarão maiores consequências para o abrandamento da criminalidade e da violência em nosso país, enquanto não forem sanados, por completo, os múltiplos casos de corrupção endêmica que se apoderaram da máquina do Estado. Com isso, aumentar os gastos em segurança pública, além de inócuo, só resultará em mais prejuízos para os contribuintes.
Trata-se, como é perceptível, de um problema interno, gestado no seio do Estado e que se dissemina lentamente pela sociedade adentro, contaminando os organismos, inclusive aqueles a quem caberia controlar e vigiar a boa aplicação dos recursos públicos.
A captura dos órgãos de Estado por grupos políticos e não técnicos, que dominam a paisagem nacional há décadas, é um fato concreto, atestado pelos inúmeros casos de corrupção que vão sendo revelados à medida em que as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal avançam. Daí por que torna-se fundamental para o bom funcionamento da administração e dos gastos públicos que se dê toda a atenção e apoio às iniciativas, visando reformar, urgentemente, os Tribunais de Contas, não só dos estados da federação, mas, sobretudo, do Tribunal de Contas da União (TCU). A questão prioritária que se coloca para reforçar a necessidade de alterações nesses órgãos é que, na quase totalidade dos escândalos de corrupção que aconteceram recentemente, chama a atenção a completa omissão desses tribunais para proteger o dinheiro do cidadão.
A falência econômica dos estados e mesmo da federação decorre em grande parte dessa omissão. E não é por falta de recursos financeiros ou de pessoal que os Tribunais de Contas não têm dado conta do recado. Por ano, todas essas cortes juntas custam aos contribuintes mais de R$ 10 bilhões. Por detrás dessa inoperância, estão causas já conhecidas dos brasileiros como a composição desses tribunais, formada, na sua grande maioria, por indivíduos indicados diretamente por políticos. Isso explica, em parte, por que muitas contas de governadores, prefeitos e mesmo presidentes, são aprovadas sem ressalva alguma. Com isso, torna-se premente acabar com indicações políticas para essas cortes, nomeando-se, por concurso público, conselheiros com plena formação acadêmica e técnica para essas funções, livrando os Tribunais de Contas da ação predatória de políticos.
Os episódios recentes ocorridos no Rio de Janeiro mostram de forma cabal a necessidade de uma a ação de profilaxia geral nesses órgãos o quanto antes, sob pena de inviabilizarmos todos os esforços de passar o país a limpo. Para tanto, é primordial o apoio irrestrito de toda a população, não só pressionando o Congresso para que adote medidas saneadoras nesses órgãos, como em apoio a movimentos como o Muda Tribunal de Contas, cuja rashtag é ( #MudaTC ).
A frase que foi pronunciada:
“O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder.”
William Shakespeare, escritor, dramaturgo, poeta e ator inglês.
O de boné
Responda se puder. O leitor Renato Prestes registra que servidor que atua no plenário da Câmara do Deputados, mais precisamente atrás da mesa diretiva, se apresenta de boné, com um visual totalmente oposto ao que manda a etiqueta da Casa. Diferente do Deputado Nelson Barbudo (PSL-MT), que usa chapéu em plenário, pois, o mesmo tem como marca registrada no seu perfil político. A postura do servidor não seria um desrespeito ao Parlamento?
No local
No Paranoá, o projeto de atender a comunidade, quadra por quadra, tem sido um sucesso. No dia 28 desse mês, estará na quadra 11, fazendo diversos atendimentos. Brincadeiras para as crianças enquanto os pais resolvem os problemas mais diversos. A promessa do Administrador Sergio Damasceno é levar aos órgãos competentes o que não puder resolver na hora.
Fica a dica
É uma dificuldade para os desempregados da cidade se fazerem ouvir. Nos portais de empresas, a cada passo, depois do “fale conosco”, é um mundo de informações, inscrições e o pior, a necessidade de efetuar um pagamento. Está na hora de algum aluno esperto criar um aplicativo gratuito de empregos só para os empregados. A empresa que precisar acessa.
Sem agilidade
Por falar em sites amigáveis, há muito o que melhorar na página da DRCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos). Pessoas que roubam dados de cartão usam o dinheiro alheio para comprar e receber em algum lugar. Não parece tão difícil investigar os larápios. Mas as dificuldades burocráticas são um ponto final na intenção de registrar a ocorrência.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Pois bem: nesses mesmos mercadinhos, o tomate custa 45 cruzeiros o quilo. Sabendo-se que uma caixa tem, em média, 25 quilos de tomate, nota-se logo que alguém está com a parte do leão. (Publicado em 14.11.1961)
Onde estava o tribunal do público para esses desvios? Não vi.
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Chama a atenção a notícia dando conta de que o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) autorizou a continuidade do processo licitatório para a gestão privada do agora chamado Arenaplex, que inclui além do Estádio Nacional Mané Garrincha, do Ginásio Nilson Nelson e todo o Complexo Aquático Cláudio Coutinho. Quem toma conhecimento dessa notícia, de forma displicente ou pela primeira vez, pode não enxergar nessa medida maiores problemas, afinal trata-se de delegar, à iniciativa privada, a administração de grandes estruturas, sobretudo o Mané Garrincha, que há anos vem dando prejuízos ao contribuinte.
A questão aqui, e que passa desapercebida por muitos, é durante todo o tempo em que se deu a construção do gigantesco Estádio Mané Garrincha, para receber uns poucos jogos do mundial de futebol da FIFA de 2014, e que naquela ocasião foi considerado uma das mais caras arenas do planeta, em nenhum momento o referido Tribunal, cujo os “conselheiros” possuem cargo vitalício e, portanto, acompanharam todo o processo, estranharam os custos do erguimento de um tamanho elefante branco.
Com isso, permitiram aos diretamente envolvidos nesse escândalo, talvez o maior de toda a curta história da capital, prosseguir livremente nessa empreitada, apontada, aqui mesmo nesse espaço, como algo flagrantemente eivado de suspeitas. A condenação pela justiça dos envolvidos nessa mega construção provou que as suspeitas, desde o início, eram fundamentadas.
O que soa até como zombaria é que, no voto em que liberou a entrega desse monstrengo para o processo licitatório, Paulo Tadeu, indicado para o TCDF pelo petista Agnelo Queiroz, então governador do Distrito Federal, se diz “sensibilizado” com os altos custos de operação e manutenção do complexo esportivo Mané Garrincha.
“Acolho, diz no voto, a sugestão da própria Terracap no sentido de, por meio de ajustes periódicos e contínua fiscalização, viabilizar um modelo de gestão capaz de atender ao interesse público nessa difícil conjuntura econômica em que o país se encontra”. O que seria capaz de atender, de forma incontestável, o interesse público, seria o Tribunal de Contas ter impedido, naquela ocasião, a construção de uma arena desse porte, com estes custos feitos, hoje se sabe, exclusivamente, para desviar recursos públicos, durante o triste e sombrio período dos governos petistas.
A “difícil conjuntura econômica em que o país se encontra”, conforme consta no voto desse conselheiro, é o resultado da ação predatória e trágica de treze anos de antigos correligionários desse conselheiro no comando do país. Com isso, vai ficando mais do que evidente e necessário prosseguir com o movimento, iniciado em 2017, de reforma nos tribunais de contas. Não para acabar com essas cortes, mas para reformá-las, para que situações surreais como essas não voltem a acontecer, nunca mais. A questão central aqui, e para usar uma língua corrente nesse meio é: “Ubi erat atrium auditorum illis deviationibus competentia non vidistis.”
A frase que foi pronunciada:
“Cuidado com a fúria de um homem paciente.”
John Dryden, poeta, crítico literário e dramaturgo inglês (1631/1700)
Em 2015
Dar uma passeada por jornais antigos nos remete sempre ao caminho oposto numa esteira. Andamos por anos, mas não saímos do lugar. Foi o então senador Raimundo Lira quem garantiu. As próximas eleições teriam voto impresso. Saiu uma nano reforma política e as desculpas mais esfarrapadas do país para evitar o voto impresso: “Não há verba”, o “voto impresso atinge o sigilo do voto” e a pior de todas: “Não é livre para votar quem pode ser chamado a prestar contas do seu voto, e o cidadão não deve nada a ninguém, a não ser a sua própria consciência”. Há verba, ninguém vai levar o voto para casa e será impossível chamar o eleitor para explicar a escolha feita na urna. Absurdos que a população deixa passar.
Muito estranho
Falando em assédio moral, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, Vicente Almeida, do Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário) denunciou que, na Embrapa, o assédio é institucionalizado. Três assuntos não saem pela boca de funcionários da Empresa: agrotóxicos, transgênicos e Código Florestal.
Ainda
Mais participação das mulheres na política. Essa é a estampa. Na realidade, os homens até hoje ditam as regras.
Atual
Fayga Ostrower, artista com quadros em vários órgãos públicos no Brasil, dá uma lição de sabedoria dizendo: “Os acasos acontecem em estranhas coincidências. Eles nos acenam. E nós já sabemos do que se trata: uma nova compreensão de coisas que no fundo sempre existiram em nós.”
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Doutor Laranja, aqui está um caso para o seu Departamento de Agricultura: as granjas que estão produzindo, verduras, estão vendendo aos locatários dos mercadinhos da W-4, uma caixa de tomate por 120 ou 150 cruzeiros. (Publicado em 14.11.1961)