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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Após o período mais intenso das queimadas que esse ano varreram boa parte de nossas matas, matando milhares e milhares de espécies de animais e plantas, de Norte a Sul do país, é necessário, a exemplo do que fazem os bombeiros nos rescaldos dos sinistros, a realização de um levantamento sério, para que se conheça os reais prejuízos causados pelas queimadas em 2019.
De certo, os prejuízos, apenas no âmbito da diversidade biológica, serão catastróficos. O que aconteceu esse ano equivale, em termos de pesquisas científicas e de preservação, a dezenas de incêndios como aqueles que consumiram os Museus Nacionais nos últimos anos. E pena que esse sentimento de perda irreversível só seja sentido por pesquisadores e cientistas que estão mais envolvidos com essas riquezas pouco cuidadas por nós.
Pela extensão das queimadas nesse ano, é provável que algumas espécies de plantas e de animais, que sequer tínhamos correto conhecimento, tenham se perdido para sempre. Sem o devido conhecimento do bioma que nos cerca e qual sua importância para nosso meio ambiente, em termos de simbiose e outras trocas, é certo que, a longo prazo, outras espécies venham sentir essa perda e acabem por desaparecer também. O equilíbrio do meio ambiente é delicado e sente as interferências humanas. Pelo o que conhecem os cientistas, e não é muito quando se trata do vasto bioma, algumas espécies de aves só se alimentam de determinados frutos, produzidos por determinada planta. Com o desaparecimento dessa espécie vegetal, também essas aves estão condenadas. O inter-relacionamento entre as espécies é um mecanismo delicado que trabalha como um relógio, o desaparecimento de uma peça, produz um colapso em série para todo o sistema.
O mais triste em todo esse episódio que expôs o país à um vexame internacional, é que essas tragédias parecem não ter surtido grande efeito internamente. Prosseguem as derrubadas de árvores, as queimadas para plantio e pasto e os garimpos ilegais e não, avançam indiscriminadamente em toda a região Norte. O apoio recebido do governo pelos garimpeiros e por outros poderosos lobbys que agem em cima da dilapidação do meio ambiente, cria a sensação de que explorar essas riquezas, sejam por que meios, é lícito e permitido aos brasileiros e aos índios.
O sinal errado emitido pelas autoridades tem funcionado como um incentivo para a depauperação das riquezas naturais do país. Esse nacionalismo às avessas, que age com o pensamento de que “é meu e faço com ele o que quiser” é um caminho que leva seguramente a perda não só dessas riquezas em si, mas a perda da autoridade moral de posse sobre esses bens.
Não bastasse essa tragédia, o tráfico e contrabando de espécies de vegetais e animais ainda é uma prática corrente em nosso país. Trata-se da terceira maior atividade ilegal de todo o mundo, responsável, segundo os pesquisadores, por retirar do meio ambiente dezenas de milhões de espécies a cada ano. Além de exportar ilegalmente espécies de animais para todo o mundo, o Brasil passou também a importar de outros países, espécies estranhas ao nosso meio ambiente, o que tem acarretado graves problemas para o equilíbrio ecológico interno. “A fauna exótica introduzida pode se tornar invasiva, conquistar áreas muito maiores do que as previstas, suprimir a fauna nativa e transmitir novas doenças. Mais de 180 tipos de zoonoses transmitidas por animais já são conhecidos”, alertam os cientistas.
No dia consagrado à São Francisco de Assis, protetor dos animais, e em que igrejas em todo o mundo abençoam os animais, é preciso um olhar de atenção com as espécies que habitam esse mesmo espaço e que aqui estão, muito antes da chegada dos homens e da civilização.
A frase que foi pronunciada:
“A Legislação tem sido sempre interpretada ao sabor das conveniências, das circunstâncias e dos interesses localizados.”
Senador Álvaro Dias, sobre as decisões do STF
Europa
De malas prontas para partir nesse domingo, em direção à Polônia. A convite da Opera Baltycka Gdansk, o maestro Jorge Antunes viajará para assessorar nos últimos ensaios de sua ópera Olga. A estreia europeia da ópera acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de outubro, e outras cinco récitas acontecerão em novembro de 2019 e em março de 2020. Depois dos sucessos de Carlos Gomes na Europa no século XIX, é a primeira vez que uma “grand-opéra” brasileira é levada a palcos europeus.
Consulta
Volta e meia seu celular toca, ou mesmo o telefone fixo, com um número de outro estado: 5535338300. Há um site onde você consulta números estranhos para saber a origem e um pequeno histórico sobre tentativas de golpe, presidiários, cobranças infundadas, etc. Veja em Últimos registros no Devo Atender?.
Vistorias
Cintos de segurança, extintores vencidos, freios e pneus são os maiores problemas dos transportes escolares.
Sucesso
Brazil Expo Florida reúne mais de 4 mil pessoas no Broward Convention Center Evento com a presença, na cerimônia de abertura, do Cônsul-Geral do Brasil em Miami, Embaixador João Mendes Pereira; do Vice-Governador do Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith; do Senador Eduardo Girão, além do Vice-Prefeito do Condado de Broward, Dale V.C. Holness.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quem chefia o gabinete do prefeito é o Paulo Nogueira. Deixou Nova Iorque por Brasília, e não alega nunca este seu gesto, que só pode ser interpretado como a favor do Distrito Federal. (Publicado em 30/11/1961)
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Fatos seguramente relevantes para a vida da sociedade possuem, junto aos historiadores, a capacidade de assinalar marcos que delimitam e fixam fronteiras temporais, separando tempos com características distintas. São as chamadas datas históricas que funcionam como uma espécie de coordenada temporal, facilitando, de forma didática, o entendimento de cada período dentro da história humana. Assim é que é o fato que melhor registra e delimita a entrada da civilização Ocidental no século XXI: o ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001.
A partir daquele instante, estava inaugurado um novo tempo em que as ameaças de grupos terroristas e suicidas iriam levar uma inquietude nunca vista pelos países desenvolvidos. Era como se as Cruzadas medievais iniciassem um caminho contrário, partindo agora do Oriente Médio, em direção ao Ocidente, opondo os guerreiros de Alá aos cristãos do mundo moderno e rico.
Da mesma forma em que o século XXI era marcado por esses ataques sangrentos e indiscriminados, o século passado terminava melancolicamente com a queda simbólica do Muro de Berlim. Com esse evento, ocorrido em 9 de novembro de 1989, era posto um fim à Guerra Fria e a divisão do mundo em dois blocos. Mais do que a reunificação das duas Alemanhas, a queda desse muro de 65 quilômetros, dividindo um mesmo país em parte Oriental e Ocidental, representou para muitos historiadores um marco que anunciava, de modo patente, o grande fracasso representado pela experiência do sistema socialista, em sua tentativa de igualar, à força, os desiguais e assim resolver essa que é a maior das contradições humanas.
Três de Outubro passou a ser a data oficial que marca a reunificação Alemã e que passou a ser chamada de Dia da Unidade Alemã (Tag Der Deutschen Einheit). Dessa forma, o conturbado e revolucionário século XX terminava de maneira triste, deixando em ruínas o que seria o grande sonho do marxismo, com a tomada do poder pelo proletariado. Na verdade, o que ocorreu, durante todo esse período, nada mais foi do que a tomada do poder pela nomenclatura do partido comunista, deixando os trabalhadores na miséria.
Nesse sentido, o século passado deixou ainda um enorme passivo para os cem anos posteriores que se iniciavam, entregando ao sistema capitalista a responsabilidade de pôr em ordem a questão das desigualdades, um problema aparentemente sem soluções à vista, mas que requer a tomada de um conjunto de providências capaz de evitar colapsos futuros.
Com o fim do socialismo e do estatismo sobre a economia, se cumpria a perspectiva proposta por Hegel no século XIX de que os últimos 25 anos do século XX seriam marcados pelo equilíbrio entre o liberalismo e a igualdade jurídica confirmado, no caso aqui, pelo chamado Estado do Bem-Estar Social, com o advento dos Direitos Trabalhistas e outras conquistas alcançadas pelos trabalhadores, como é o caso da previdência.
Para alguns historiadores, como Francis Fukuyama, a queda do Muro de Berlim significou “O fim da História”. Do comunismo, afirmou Fukuyama, não sobrará nem o rastro.”
A frase que foi pronunciada:
“A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo.”
Vladimir Maiakóvski, poeta, dramaturgo e teórico russo.
Dois
Já são dois os senadores que não aguentaram a seca do cerrado. O senador potiguar, Styvenson Valentim, e o senador capixaba, Marcos do Val. Receberam cuidados médicos para amenizar o mal-estar.
Sem cartaz
Na embaixada do Brasil em Berlim, uma iniciativa do Partido dos Trabalhadores em protestar contra as queimadas na Amazônia foi uma vergonha. Dez manifestantes ocuparam o local.
Desafio
Lançado nesse ano, pelo Conselho Nacional de Justiça, os procedimentos relativos a pessoas indígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade. Trata-se de orientações a Tribunais e Magistrados. Não sabemos, mas durante o caso Denílson, ficou claro que crimes envolvendo índios trabalham com uma nova ótica, conceitos multiculturais e necessitam equalizar o Estatuto do Índio, a Constituição e Convenções Internacionais de Direitos Humanos.
Leia mais em Manual Resolução 287/2019
Engraçado
No Hospital Brasília, uma placa indica a sala dos injetados com contraste. Abaixo, há o espaço para a tradução em inglês. Deixaram o espaço para o “english text”. Quem repara mostra um sorriso de soslaio. Veja a seguir.
Manutenção
Por falar em manutenção, é preciso uma manutenção nos semáforos da cidade. São muitos os que estão com o botão verde sem acesso aos pedestres durante a travessia.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Niemeyer é que anda meio triste. Acha a cidade meio parada, o povo diferente. Eu acho que é ciúme, natural em quem lega uma criação de muita estima. (Publicado em 30/11/1961)
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No Dia Internacional da Não-Violência, comemorado em todo o mundo em 2 de outubro, em homenagem ao pacifista Mahatma Gandhi, a ferocidade da nossa espécie ainda persiste como um dos maiores e mais graves fenômenos a acompanhar a história dos seres humanos sobre o planeta e que, em pleno século XXI, ainda está longe de ser erradicada de forma definitiva ou satisfatória. Matamos desde que existimos.
Os historiadores consideram que boa parte da história humana tem sido escrita com sangue e que esse aspecto bestial de nossa formação está intrinsecamente presente na própria dualidade de nossa personalidade a abrigar, num mesmo espaço, o Eros e o Tânatos, ou seja, os instintos de vida e os instintos de morte.
Mesmo para os mais otimistas sobre a raça humana, não há como compreender e estudar o comportamento dos homens, ao longo da história, simplesmente descartando seu lado violento e os seguidos impulsos de destruição. De fato, vivemos como sobre escombros que são ciclicamente destruídos e reerguidos num processo sem fim. A história de toda e qualquer nação sobre o planeta, mesmo a brasileira, comporta um vasto número de episódios violentos que, à luz da razão, envergonham e mancham o passado de muitos, mesmo dos mais civilizados.
Não é por outra razão que também os mártires pela paz, ou aqueles que lutaram e morreram sonhando com um mundo de concórdia entre os homens, somam-se aos milhares, embora o propósito de suas batalhas ainda ressoe, em todas as partes do planeta e em todos os tempos, como uma possibilidade e uma meta a ser buscada. Ao contrário dos antigos que acreditavam no niilismo ou que para erguer novos mundos era preciso destruir os antigos e recomeçar do zero, hoje essa crença, não totalmente abandonada, perdeu muito de seu vigor original.
Falar em estatísticas e números que comprovam a persistência do fenômeno da violência no mundo, e particularmente no Brasil, servem apenas à guisa de ilustração e de nada adiantam para entender a raiz dessa questão e como debelá-la. Importa muito mais, nesse exíguo espaço, mencionar fatores que seguramente contribuem para minorar o problema da violência e que tem sido testado aqui e em todo o mundo com grande êxito.
O primeiro e talvez mais importante diz respeito ao incentivo de uma educação verdadeiramente voltada pela paz, com respeito aos direitos humanos e às diferenças. Infelizmente não se vê entre nós quaisquer resquícios desse tema nos currículos escolares do básico ao universitário, sendo um assunto pouco abordado e muito menos falado em salas de aula. De concreto, sabe-se que, nos países onde a educação é tratada como prioridade absoluta, os índices de violência são baixos, comparados a outras nações. Dos elementos reconhecidamente necessários a uma educação pela paz, a grande maioria dos pedagogos, das mais diferentes vertentes do ensino, apontam as artes como a ferramenta mais eficaz na diminuição das estatísticas de violência, capaz de aproximar o aluno dos aspectos fundamentais do humanismo.
Também com relação a esse tema, é sabido que na maioria das escolas públicas em nosso país, falar de educação artística é quase uma heresia, dado o pouco valor prático que as autoridades enxergam nessas disciplinas. Se para os pedagogos e didáticos esse é o caminho correto para a diminuição da violência, para os economistas e sociólogos é preciso, antes de tudo, diminuir as desigualdades sociais, dando acesso a toda a população a serviços públicos de qualidade.
Em nosso caso particular, é consenso que ainda não conseguimos resolver nem o problema de uma educação de qualidade, inclusiva e que pregue a não-violência como tema diário, nem tampouco a questão da desigualdade social, o que faz de nosso país um dos campeões mundiais em violência. Ocorre também que o que nos coloca e garante nossa posição no alto desse pódio é o fenômeno da corrupção sistêmica, em si uma das maiores violências, equivalente a crimes como genocídio e que ainda estamos longe de nos ver livres.
A frase que foi pronunciada:
“A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.”
Mahatma Gandhi, advogado, nacionalista, anticolonialista nascido em Porbandar, na Índia
Consumidores
Começou hoje o 9º Encontro Regional dos Produtores de Maracujá no Pipiripau e Fruticultores em Planaltina. Felipe Camargo, engenheiro-agrônomo, declarou que os produtores estão percebendo que as frutas têm o manejo e cultivo mais fáceis e a produção está crescendo. A parceria entre a Emater e Ceasa-DF é uma possibilidade de preços mais baixos, com o custo menor de transporte.
Novidade
Estudos sobre o desenvolvimento de uma linha de caminhões movidos a gás chegam ao Brasil. A Cummnins e Agrale se uniram e já estão prontas para mostrar o resultado na maior feira do transporte rodoviário de carga do país, a Fenatran, que vai acontecer em São Paulo.
Instituto
Ney Ferraz, do Iprev-DF, e assessoria garantiram que identificariam as pessoas que fazem saques usando cartões de servidores públicos que já morreram. Ainda não temos o resultado.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A torre de televisão, nem se fala. A catedral, também. É melhor mudar de assunto, e passar para o Tribunal de Contas. A obra recomeçou, e serão obedecidos, mesmo, os cálculos do Cardoso. (Publicado em 30/11/1961)
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No último dado apresentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2018, até 2050, o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará próximo de 2 bilhões, o que equivalerá à aproximadamente um quinto da humanidade.
Dentro desse quadro, é preciso destacar que, há exatos três anos, o Brasil já possuía a quinta maior população idosa do mundo, o que não é pouca coisa. Entre 2012 e 2018, o número de brasileiros com mais de 65 anos cresceu 26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma população de 207,8 milhões, 10,5% desse total é formado hoje por indivíduos com idade superior a 65 anos, o que equivale a 21,872 milhões de pessoas.
Pelas projeções dos estatísticos, daqui a uma década, nosso país terá um número de idosos superior ao de crianças na faixa de zero a 14 anos. Isso significa que a população brasileira está envelhecendo numa velocidade muito superior a qualquer outra do planeta.
Ocorre que nos países desenvolvidos tem havido tempo, disposição e recursos para preparar a mudança no perfil etário de suas populações. No Brasil, apesar de todos os alertas dados por especialistas no assunto, não parece haver qualquer movimento por parte das autoridades para preparar nosso país para essa nova e séria realidade.
De fato, o Estado e a própria sociedade não estão preparados para essa mudança, não se observa políticas públicas nesse sentido. Enquanto no Legislativo se observa a formação de poderosas bancadas políticas, com grande poder de pressão e lobby sobre o governo, como é o caso das bancadas do agronegócio, da bíblia, da segurança e outras, não há resquícios sequer de uma bancada dos idosos, capaz de levar os governantes e parlamentares à formulação de leis e políticas públicas próprias para enfrentar esse futuro anunciado.
Como a maioria das ações adotadas pelo Estado, o que parece estar acontecendo é que, quando o problema se instalar de vez, de modo irreversível, as autoridades vão analisar as possíveis políticas para enfrentar essa questão e quem sabe adotar medidas de afogadilho. Nesse caso, como sempre acontece, serão atendidos em primeiro lugar as próprias elites políticas e todos aqueles do alto da pirâmide, o restante, ver-se-á.
Nem mesmo a tão propalada e difícil reforma da previdência, nos moldes como está sendo confeccionada agora, parece possuir os instrumentos para enfrentar a grave mudança no perfil demográfico de nosso país. Trata-se de um problema que, a exemplo de outros que parecem não render votos e visibilidade, está sendo empurrado para frente a cargo dos governantes que virão. Ocorre que, nesse caso, as políticas públicas com um olhar para a população idosa necessitam de tempo de elaboração, justamente pela complexidade do tema, que irá necessitar de um laborioso, metódico e paciente plano que adapte nosso país para os novos tempos. Em outras palavras, essa preparação irá requerer um trabalho minucioso de relojoeiro, ajustando cada pequena peça no seu lugar, de forma que o conjunto trabalhe em harmonia.
Enquanto não for adotado um programa suprapartidário, contínuo e de longo prazo para começar a elaborar esse conjunto de medidas para o Brasil do futuro, os idosos têm que, por conta própria, ou se preparar para o pior, ou adotar providências para pressionar o Estado, acordando-o da letargia.
A frase que foi pronunciada:
“Mesmo com toda libertação feminina essa grande “paciência” que nos caracteriza não deve nunca acabar. É uma riqueza de infinitos alcances que aumenta os poderes de paz do Universo.”
Simone de Beauvoir, escritora
Coletiva
Hoje o presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, anunciará o funcionamento da opção pela sistemática de Saque Aniversário, a nova modalidade de saque do FGTS. A notícia será divulgada em breve.
Mais CVV
Centro de Valorização da Vida comemora 40 anos firmando parceria com a Fundação BB e mais voluntários. Nossa sociedade está caindo em depressão e consumindo cada vez mais medicamentos tarja preta, inclusive crianças. Os laboratórios faturam, suicídios aumentam e o CVV busca mais gente para poder atender a demanda que é bem maior que a estrutura existente.
Auditoria cidadã
Maria Lucia Fattorelli diz que o PLP 459/2017 representa autorização para pagamento por fora de controles orçamentários mediante desvio de arrecadação tributária durante o percurso dos recursos pela rede bancária, além de geração ilegal de dívida onerosíssima.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quem não vai bem é o Zé Paula Viana. Já está cansado de pedir equipamento para o DTUI, e desde o tempo do “professor”, não recebe nada. Mesmo assim faz o que pode. (Publicado em 30/11/1961)
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Originário da língua polinésia, o termo tabu, significando alguma coisa sagrada, perigosa, proibida ou pouco limpa, ganhou no idioma português, além do sentido próprio, certa noção de discriminação imposta pela sociedade a tudo que possa ir contra à religião, às opções sexuais, ao estilo de vida comumente aceito, entre outras manifestações discriminatórias ao diferente, ao revolucionário.
O maior inimigo do tabu é justamente a ação transformadora do tempo, que age sobre cada nova geração, modificando continuamente a percepção da realidade. No Brasil, o ato de quebrar certos tabus diz muito sobre nossas origens e nosso processo civilizatório.
O colonialismo com suas características inerentes ao escravismo, ao patriarcalismo, às crenças religiosas, não só europeias, como indígenas e africanas, moldaram nosso jeito de ser, miscigenando não apenas as três raças de três continentes, mas nosso íntimo, nossas crendices e tabus. Somos o que somos, selvagens e arredios inseridos no século XXI. Jesus, Maria, José, Ogum, Oxossi, Oxumaré, mesclam-se à Tupã, Anhangá, Sumé, gerando o que somos: civilizados com bicho de pé.
A mudança, que se acredita radical, entre governos de tendências ideológicas antagônicas, fez com que muitos tabus, que se pretendiam ser colocados no fundo do mar, viessem à tona, trazidos à luz pela necessidade premente de serem, ao menos, repensados nesse momento.
Um desses tabus que urge que seja quebrado pelo bem de milhares de brasileiros é justamente o que regula o uso medicinal de medicamentos à base de canabidiol, não só para os que sofrem os sintomas da epilepsia, mas os portadores de Esclerose Múltipla, Mal de Parkinson, Esquizofrenia, Aids, efeitos colaterais provocados pela quimioterapia do Câncer, vários tipos de Depressão severa, Ansiedade, doenças degenerativas, entre outras.
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), portadora de tetraplegia, é uma das defensoras do uso medicinal do CBD. Em sua luta para que se estabeleça uma legislação regulamentando essa questão, a senadora lembrou que mais de 40 países pelo mundo afora já decidiram o assunto, institucionalizando o uso do medicamento, como é o caso de boa parte dos Estados Unidos, vários países da Europa e até Israel.
Hoje no Brasil os pacientes que buscam essa terapia são obrigados a pedir autorização judicial e importar esse tipo de medicamento a custos elevadíssimos e depois de vencer um trâmite surreal de burocracia. É preciso, segundo ela, e outros parlamentares que defendem um projeto de lei específico sobre o assunto, que sejam autorizadas e incentivadas as pesquisas e a produção desses remédios em todo o país, não só para barateá-los, como também para torná-los acessíveis a todos os brasileiros que necessitam. “Se a saúde das pessoas não emociona os parlamentares, então vamos falar de economia”.
Na Colômbia, foram criados 1,7 mil empregos. […] O mercado legal de cannabis é um dos segmentos da economia global que mais cresce. A taxa é de 22% ao ano. No Brasil, a estimativa de crescimento é de R$ 1,1 bilhão. Isso reverteu o desemprego na Flórida. E o desemprego é uma das maiores doenças do Brasil”, afirma a parlamentar, mostrando também pesquisa de opinião pública mostrando que três em cada quatro brasileiros apoiam o uso desse medicamento. Mesmo na contramão da aprovação de uma lei tratando desse assunto, pesquisa sobre a importação desse medicamento mostra que seu uso, para fins medicinais, vem crescendo a um ritmo acelerado.
Em apenas um ano (2015), mais de 78 mil unidades de produto foram importadas para uso terapêutico. O Senado aprovou na Comissão de Direitos Humanos a sugestão legislativa para uso medicinal do CBD. O autor do relatório foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
A frase que foi pronunciada:
“— Se a gente aprovar um projeto permitindo só o canabidiol, o medicamento que inclusive eu tomo, vai ser proibido. Isso vai fazer com que eu perca a minha força laboral. E, poxa, alguém aqui já me viu alucinando em algum canto do Congresso? Alguém aqui já me viu falando besteira? Alguém aqui tem algum senão quanto à minha dedicação, à minha seriedade no meu trabalho?”
Senador Mara Gabrilli
Na verdade
Carregados de dados e emoção, os depoimentos dos coordenadores do Centro de Valorização da Vida na Câmara e no Senado. O caso é que quem conhece potenciais suicidas não tem à mão um serviço de emergência ou quem não pode pagar por remédios caros ou profissionais competentes fica mesmo à deriva. Acesso à prevenção de suicídio é restrito.
Prática
Uma música inicia o atendimento no número telefônico 188. “Sua chamada é a….40.” Difícil acreditar que o CVV funcione desse jeito. Além disso, são voluntários. Eles recebem algum tipo de capacitação? Algumas pessoas que já foram atendidas acreditam que não. Muito ruim o serviço.
Passagens subterrâneas
Hora da faxina nas passagens subterrâneas. Cheiro de urina, e algumas com fezes, mostram a falta de manutenção. Quem quer se proteger do trânsito usando esses corredores é obrigado a suportar esse descaso.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O dr. Laranja, de quem falavam mal, que não conhecia a cidade, e não sei mais o quê, está se revelando na Novacap. Reuniu o que havia de melhor para a diretoria, e está indo muito bem. (Publicado em 30/11/1961)
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Como todo assunto que requer uma pausa no preconceito , obrigando as pessoas a repensar o que acreditam ser o monólito onde estão esculpidos “seus valores e dogmas”, quaisquer questões que envolvam mudança de paradigmas, são, logo de saída bombardeadas sem ao menos terem tido a possibilidade de manifestarem-se.
Foi assim com a questão do divórcio, um assunto tabu e que sofreu grande resistência por parte da Igreja e de parte da sociedade conservadora, embora as tentativas de institucionalização dessa questão aparecesse, de forma tímida, desde a proclamação da República em 1889. Foi somente em 1977, com a emenda constitucional número 9, que o divórcio foi instituído oficialmente pela Lei 6515. De autoria do ex-senador Nelson Carneiro, a controversa lei gerou grande polêmica naquele período também. Lembrando que nos anos 40, 50 e 60, mulheres desquitadas ou que decidiram deixar seus maridos, por violência ou outros motivos justos, sofriam horrores e preconceitos de toda a ordem, sendo taxadas de “mulheres de vida fácil” entre outros maus dizeres.
Até mesmo a sua colocação no mercado de trabalho, era tarefa difícil, vivendo marginalizadas, perseguidas e mal faladas. Em outras questões fundamentais e que dizem respeito à evolução e transformação natural da sociedade, persistem ainda certos tabus em assuntos como o feminismo, a educação sexual de adolescentes, o papel da mulher na vida moderna, orientação sexual, percepção de gêneros, aborto entre outros temas que mostram a dinâmica social como um fenômeno ligado a própria história humana.
Nesse sentido merece reflexão profunda também a questão hodierna da regulamentação do uso medicinal de remédios à base de canabidiol. Como todo assunto tabu, a aceitação do princípio farmacológico desse produto, tem merecido, por parte das autoridades as mais controversas avaliações, sendo, como toda novidade nesse país, bombardeada com os mais estapafúrdios argumentos. Curioso observar sobre esse e outros temas tabus, que a antiga resistência feita pela Igreja Católica a certas mudanças nos hábitos e condutas sociais, vão sendo substituídos hoje pela oposição ferrenha das igrejas neopentecostais, principalmente porque essas adquiriram certo status político dentro do Congresso e, portanto, maior poder de influir em assuntos nas esferas cíveis.
Em depoimento contundente e emocionado a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), comentou sua própria relação e experiência com os remédios à base de canabidiol, sensibilizando seus colegas da Comissão de Direitos Humanos (CDH) a aprovar, através de um projeto de Lei que irá tramitar na Casa, o uso desse tipo de medicamento. Segundo a parlamentar, que ficou tetraplégica há algumas décadas atrás, por conta de um acidente. Há significativos avanços em seu tratamento desde que começou o uso medicinal dessa substância à base de THC. “Eu mexo muito pouco do pescoço para baixo, mas eu mexo muito mais do que eu já mexi um dia, porque eu era uma pessoa deitada, que respirava numa máquina, que não falava, que não sentava, que não sentia e que não se mexia. […] Sabe por que eu faltei tanto tempo aqui, fiquei de licença? Porque durante todo o período que fiquei sem ter o THC, eu desenvolvi uma epilepsia refratária” , confessou a senadora, ressaltando que além dela, milhares de pessoas em todo o país sofrem com o mesmo problema e com outros tipos de complicações, justamente pela falta desse tipo de medicamento.
Na sua avaliação, é preciso que o Congresso não evite que outros brasileiros possam ter a mesma qualidade de vida e de saúde. “Temos que legislar também com o coração” disse a parlamentar, lembrando que hoje o THC é fundamental em sua vida. “Quando ele entra no meu corpo é como tirar o desconforto e a dor com as mãos”, confessa.
A frase que foi pronunciada:
“E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.”
Gênesis 1:12
Câmara Legislativa
É muito interessante o PL 333/2019 onde permite a entrada de cães em asilos. Mas se quiser ver um idoso feliz realmente é só encher a casa de crianças. Esse contato é saudável tanto para o futuro, com crianças que respeitam os idosos quanto para o passado, resgatando a alegria do idoso.
Sucesso total
No restaurante do Sesc, no Senado uma homenagem ao Rio de Janeiro. Dos aventais dos garçons à decoração da mesa, tudo sobre o tema carioca – “Rio de Janeiro – Sabor em todos os sentidos”. Teresa Corção, a chef embaixadora de cozinha brasileira do Senac RJ, impressionou em todos os aspectos, inclusive no detalhe de uma florzinha comestível enfeitando a rabanada.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O dr. Jaime Almeida é, agora, diretor financeiro. Cada vez que viaja para o Rio, os empreiteiros vão ver se ele embarca mesmo, e, quando volta, as mesmas pessoas vão ver se a pasta veio mais “reconfortante”. (Publicado em 30/11/1961)
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Não é de hoje que a ex-presidente Dilma Rousseff vem num périplo frenético pelo planeta para, basicamente, fazer o que mais aprendeu, não apenas durante o período que integrava a cozinha dos movimentos de guerrilha, mas, sobretudo, quando foi alçada ao poder pelo chefão petista, e que pode ser resumido em mentir, falseando a verdade e os fatos históricos, de forma a colocá-la numa posição quer de vítima, durante o regime militar, quer de presidente afastada por impeachment por um suposto golpe urdido pelo Congresso.
O desconhecimento e mesmo o desprezo com que o mundo desenvolvido acompanha o desenrolar desses tipos de acontecimentos no Brasil, um país visto como exótico, distante e perdido no tempo, tem ajudado essa senhora a expor sua narrativa ficcional a plateias basicamente formadas pelo que restou da esquerda radical no mundo contemporâneo. De toda forma, esse tour, ao mesmo tempo em que reforça a imagem negativa do país, prejudica os negócios do Brasil lá fora. Com ponto ou sem ponto no ouvido.
Depois de mais de uma década da razia promovida pelos governos petistas ao erário e que quase transformou o país numa ruína gigantesca, com milhões de desempregados e uma inédita depressão econômica, todo esse cenário é, em sua versão, debitado unicamente aos opositores e à classe política dominante.
O mais curioso é que os custos desse passeio, do outro lado do Atlântico, são feitos exclusivamente em países de primeiro mundo, onde se hospeda nos mais caros hotéis do lugar e onde frequenta os mais requintados restaurantes, nos quais saboreia acepipes dignos de um monarca.
Tudo isso, é claro, colocado na conta do pobre contribuinte brasileiro. De um modo geral, é reconhecido que, desde que chegou ao poder, para exercer uma espécie de governo tampão entre 2010 e 2014, até o retorno do chefão, e talvez até antes, quando ocupou o Ministério das Minas e Energia e a Casa Civil, Dilma é sem dúvida a presidente que mais deu prejuízos em toda a história do país, quer por sua gestão desastrada, ou pelo fato de dar continuidade ao processo sistemático de corrupção que se instalara no governo de seu antecessor. Somente em uma única empresa pública, a Petrobras, Dilma e seus auxiliares provocaram um rombo que ascende a bilhões de reais.
Hoje, fora da presidência, sua equipe de oito assessores entre seguranças e secretários custa, aos pagadores de impostos, R$ 5,5 milhões ao ano. Somente no ano passado, Dilma espetou no erário uma conta de meio milhão de reais ao Palácio do Planalto. É de longe a presidente que mais gasta em viagens e outras mordomias. Segundo informações do próprio Palácio, os custos com sua equipe no ano passado, sem contar dos salários, foi de R$ 632,2 mil. Desse montante, R$ 587 mil foram gastos em diárias e passagens em primeira classe.
Em Madri, por onde anda agora, Dilma tem repetido, à plateia da Central Sindical do Partido Comunista da Espanha, que Bolsonaro é um neofascista que está destruindo a Amazônia e a soberania do Brasil e que o golpe que sofreu visou apenas a implantação do modelo neoliberal.
O mesmo fala em relação ao ex-presidente Lula que, em sua narrativa, foi condenado e preso para não disputar as eleições que, em sua visão, venceria com facilidade. A ex-presidente também repete o mantra de que a Operação Lava Jato foi feita exclusivamente para mirar em Lula e nos petistas, deixando o restante dos envolvidos do lado de fora.
De tanto semear essas mentiras, Dilma acredita que um dia elas poderão germinar como verdadeiras, da mesma forma como quem semeia feijão e colhe laranjas. No terreno baldio da cabeça da ex-presidente tudo é possível.
A frase que foi pronunciada:
“Onde foi que erramos?”
Juca Kfouri, em entrevista no seu canal, pergunta à “ex-presidenta” Dilma, que ficou sem palavras, sem resposta.
Doação
Projeto UDF sem Fronteiras está arrecadando livros infantis para a Casa da Paternidade. A iniciativa é das professoras Elisa Muniz e Josilene Moura.
Talento
Já desfilava desde os 13 anos. Sabe o que quer. Já morou em dezenas de países. Agora com 18 anos, está em Hong Kong. Gosta tanto que chama de Home Kong. Veja a seguir algumas fotos da modelo Mariana Dominicini.
Desburocratizar
Hoje, o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, proferirá palestra em São Paulo durante o Seminário “Desburocratização e Eficiência Estatal”. O evento é promovido pela Federação das Indústrias do Estado da capital paulista. O debate gira em torno do papel da Advocacia-Geral da União e do Judiciário na modernização da gestão pública.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Não sei que significado darão a essa palavra, com o amontoado de casebres existentes, sem que ninguém queira sair de onde está para passar uma rua, ou uma praça. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Em qualquer cidade do mundo, uma das grandes atrações, preferidas por 9 em cada 10 turistas, é poder caminhar com tranquilidade pelas ruas e avenidas, observando as pessoas, as praças, o comércio local e as vitrines das lojas, com suas variedades de produtos e preços. Nesse tipo de esporte, andam-se quilômetros sem perceber. É assim em Nova Iorque, Paris, Londres, e na maioria das grandes cidades, onde as ruas são limpas, iluminadas, seguras e aprazíveis. Sentar em um banco, ver o público se movendo de um lugar para outro, fazer um lanche, tomar um café, repor as energias e seguir desbravando a cidade, a pé, conhecendo seus segredos, sua gente.
Não apenas turistas buscam esse prazer, mas os próprios moradores também buscam as ruas para se distrair. A rua é a extensão natural da casa e uma necessidade do ser humano para interagir, conversar, encontrar amigos, se divertir. Muito mais do que um lazer, as ruas representam um fator de saúde para muitos que vivem fechados em espaços exíguos e com poucos movimentos.
Em Brasília, essa necessidade foi amplamente pensada e posta à disposição de seus moradores, principalmente dentro do Plano Piloto, que, à época da construção da capital, se acreditava ser o espaço principal e único da cidade. Dentro dessa concepção é que foram projetadas as avenidas W3 Norte e Sul.
Com uma extensão de aproximadamente 13 quilômetros, incluindo o trecho em que corta perpendicularmente o Eixo Monumental, essas duas avenidas, outrora o centro nervoso da capital, são reconhecidas, pela maioria dos urbanistas, como o principal e potencial eixo de comércio da cidade. Com um desenho e uma topografia para lá de favoráveis a todo o tipo de atividade comercial e de lazer, essas, que poderiam ser duas das maiores e mais aprazíveis avenidas do mundo, continuam esquecidas e adormecidas numa espécie de sono profundo
Com isso, um processo lento e gradual de decadência foi-se instalando nessa vital artéria, propagando seus males para as várias ruas adjacentes. Os prejuízos econômicos para a capital, ao longo de todos esses anos de abandono, são incalculáveis e, se corrigidos, dariam para construir uma outra capital.
Inconcebível que numa moderna vitrine do que de melhor se fez em arquitetura e urbanismo nesse país, uma longa via como essa, praticamente esperando uma oportunidade para acontecer e brilhar, não se tenha um projeto racional e belo que possa restituir a vida a essa avenida.
Enquanto esse dia não chega, os shoppings, que se aproveitaram dessa leniência de seguidos governos continuam faturando. Do estacionamento aos preços de qualquer produto, o custo pela manutenção desses edifícios gigantes são repassados aos consumidores. Um simples cafezinho, que na rua você encontra por até R$ 4, nos shoppings chegam a custar R$ 10. Essa majoração de preços assustadora vem por conta dos altos alugueis e de outros custos que esse tipo de mercado geram para os lojistas.
Revitalizar as avenidas W3 Sul e Norte é acabar com esse tipo de monopólio de comércio que gera lucro apenas para os donos do empreendimento. O renascimento das W3’s significa a geração de milhares de empregos, aumento na oferta de produtos, concorrência mais intensa e melhores preços para os consumidores, além de uma excelente opção para os turistas e para os habitantes da cidade, que terão a oportunidade de fugir dos ambientes monótonos, caros e sempre iguais dos shoppings.
A frase que foi pronunciada:
“Susana estava mais W3 do que nunca.”
Nicolas Behr, candango construtor de poesias
Dia desses
Alegre e rodeado por amigos, o general Mourão se deliciava num restaurante especializado em carnes, na asa norte.
De olho
Em 19 de outubro de 1961, essa coluna publicava sobre o uso indevido de carros oficiais. Os abusos continuam 57 anos depois.
Cores e perfumes
Sucesso o FestFlor. Produtores como o seu Francisco Araújo puderam trocar cartões com negócios prósperos. O lucro foi satisfatório na mostra. Segundo a Emater, são 139 produtores de flores e plantas ornamentais que recebem capacitação pela instituição. Dados revelam que em Brasília, por consumidor, são gastos R$ 44,23 por ano na compra de flores contra R$ 26,27 da média nacional, movimentando cerca de R$ 200 milhões anuais até o consumo final.
Pega mal
É preciso o pessoal da página do governo do DF ficar mais atento às informações repassadas aos leitores. Há uma aba na página do GDF que chama a atenção pelo nome: “espalhe a verdade”. Ao acessar a url (http://www.brasilia.df.gov.br/category/espalheaverdade/), a notícia mais atualizada é de abril de 2017.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A cidade livre está se acabando em matéria de comércio, e aumentando demais em miséria. É um horror, a gente ver aquilo que foi o núcleo pioneiro. As fossas estouradas, jogam esgotos na rua e a câmara aprova a “urbanização”. (Publicado em 30/11/1961)
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Fosse dito, há um ano atrás, que Jair Bolsonaro iria abrir a 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), poucos acreditariam. Ainda mais que diria em seu discurso, perante o mundo, que o Brasil ressurgiu das cinzas depois de estar à beira do precipício socialista.
Para aqueles que, a essa altura dos acontecimentos, já possuem uma ideia do estilo do atual presidente, seu discurso não se diferenciou daquilo que vem propondo desde sua campanha em 2018. Surpreso mesmo ficaram aqueles que duvidavam que o presidente teria a ousadia de desafiar os variados regimes socialistas com assento na ONU. Para esses, Bolsonaro desfilou uma série de fatos que apresentam essas esquerdas como culpadas diretamente pelo subdesenvolvimento crônico, corrupção generalizada, altos índices de criminalidade, além de ataques aos valores familiares e religiosos que formam a maioria dos povos do continente. O mesmo que os brasileiros puderam, em grande parte, vivenciar durante os governos petistas. Nesse sentido, o presidente Bolsonaro deixou muito claro seu posicionamento ideológico diante de nações como Cuba, Venezuela, Nicarágua e outras onde os sistemas socialistas continua persistindo no desmonte das liberdades individuais, da economia de livre mercado, entre outros valores da democracia e do liberalismo.
Nesse ponto, acusou o regime cubano de escravizar seus médicos, de interferir na América Latina para impor, pela força, o sistema socialista, incluindo também, nesse rol, a Venezuela, onde a ditadura impôs a pobreza generalizada, expulsando pela fome e violência mais de 4 milhões de compatriotas que foram buscar refúgio em outros países, inclusive no próprio Brasil.
Para marcar seu posicionamento, Bolsonaro deixou claro também os esforços de seu governo em trabalhar conjuntamente com países como os EUA para que se restabeleça a democracia nos países da América do Sul, pondo fim às ditaduras socialistas que ainda insistem no continente.
Para se situar de forma coerente entre aqueles que não se intimidam em reconhecer sua posição totalmente contrária à dialética das esquerdas, o presidente Bolsonaro fez referência também ao Foro de São Paulo que, para ele, se trata de uma organização criminosa criada por Fidel Castro e Hugo Chávez para difundir o socialismo na América Latina, alertando que esse organismo continua ainda vivo e, por isso, tem que ser combatido. “Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica e vice-versa”, enfatizou o presidente em seu discurso marcado por um posicionamento político e ideológico firme.
Obviamente que as esquerdas cuidaram logo, nas redes sociais, de apontar como vexaminoso e falso esse discurso. Uma olhada também nas milhares de opiniões que se seguiram nas redes e que expressam a maioria da população brasileira: Bolsonaro falou exatamente o que os seus eleitores e outros queriam ouvir.
A frase que foi pronunciada:
“Bolsonaro com B de Brasil”
Faixa em NY
Cuidados
Depois das vistorias da vigilância sanitária em salões de beleza, seria interessante a visita de fiscais do trabalho nesses mesmos salões. São funcionárias sem direito algum, que dividem o salário apenas para ter um local para trabalhar.
Segredo
Por mais placas e sinalizações, são inúmeros os visitantes perdidos no Senado Federal. Em breve, a Casa oferecerá aos visitantes um aplicativo como o Waze, que funciona especificamente no perímetro da Casa. Mas, por enquanto, é segredo.
Visita
Marcelo Ferreira da Silva, administrador do Lago Norte, está sempre ligado à comunidade. Com o WhatsApp a postos, ouve todas as reclamações e resolve quando é possível. Em outubro, vai tomar café com os moradores do trecho 9 do SMLN.
Receitas
Em Manaus, há um concurso de melhores receitas regionais da alimentação escolar. Essa é uma boa ideia para o secretário da educação, João Pedro Ferraz dos Passos, implementar. Afinal, Brasília é a casa de todos os estados.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No lado dos ministérios militares, cada dia um palanque diferente. E as rodinhas brancas dos condecorados de 25 de agosto ainda registram, na calçada, o trajeto do “professor” antes da renúncia. (Publicado em 30/11/1961)
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Juntando as peças do imenso e delicado quebra-cabeça que forma o momento histórico atual, já é possível vislumbrar o que parece ser um novo fenômeno mundial que vai se desenhando no vácuo do poder deixado pelo descrédito inédito da maioria das lideranças políticas nesse início de século XXI. A instantaneidade das informações, propiciada pelas redes de computadores, a relativa liberdade no fluxo de mensagens, estão ligando jovens em todo o planeta em tempo real em prol do que se percebe como a salvação urgente do planeta.
As manifestações que vêm ocorrendo em diversos países do Ocidente possuem dois elementos em comum: são formadas por jovens de todas as idades, imbuídos por um desejo sincero de salvar o planeta e, por extensão, a própria raça humana do que já é considerada, por muitos cientistas, a maior encruzilhada já experimentada pelos humanos, desde o seu surgimento sobre a Terra. Na verdade, são eles que herdarão essa Terra que aí está, degradada por um modelo de exploração que não prevê futuro algum à frente. A descrença crescente que marca muitas das atuais lideranças políticas dessa parte do Globo tem aberto caminhos por onde os jovens vão tomando a liderança de um movimento que não pode aguardar mais soluções burocráticas e atreladas a uma agenda puramente econômica. A questão aqui é de sobrevivência.
Por conta disso, os jovens, em boa parte do mundo, já perceberam que o tempo político é por demais elástico para acompanhar os acontecimentos que vão num crescendo alarmante e, por isso, pretendem o protagonismo nessa questão. Obviamente que os políticos, com receio de seus embustes, fazem orelhas moucas a essas reivindicações, considerando-as apenas mais uma manifestação sem lastro. Parece que desta vez os políticos estão errando em suas avaliações. Muitos daqueles que vêm acompanhando essas manifestações acreditam estar assistindo a um verdadeiro ponto de inflexão na questão ambiental. De fato, o que se sabe, a essa altura dos acontecimentos, depois de imagens que correm o planeta mostrando incêndios devastadores, inundações, desmatamento, desaparecimento de geleiras e de muitas espécies de animais e plantas, é que na maioria dos países desenvolvidos, as manifestações em prol da preservação do meio ambiente estão tirando o sossego dos líderes políticos, ameaçando seus governos e fazendo os eleitores se afastarem da velha agenda e de seus postulados.
Pela proporção que esses fatos ligados à sobrevivência do planeta ganharam em muitos países, não só os políticos foram ofuscados e tornados obsoletos, mas muitos organismos, que lhes serviam de palanques, perderam a luz própria. O movimento Fridays for Future parece ter tomado a dianteira e a agenda de fato dessa questão. Num mundo interligado, atento e atônico com seu próprio futuro, as lideranças mais velhas perderam o rumo e a capacidade de conduzir. Até mesmo as Organizações Não Governamentais parecem estar fazendo um papel de plateia e de figurantes para essa nova geração que quer agora a direção e o comando do planeta.
A frase que foi pronunciada
“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos. E, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”
Khalil Gibran, filosofo libanês.
BTS
Foi uma grande ideia aproveitar o nicho de passageiros no setor de clubes. Com contratos de fretes, a empresa faz parceria com diversas instituições localizadas naquela área.
Vigilância
É comum ver carros da polícia judiciária rondando os estacionamentos dos tribunais, já que a arquitetura favorece uma longa caminhada dos funcionários. Como o final do expediente termina já à noite, a área é bastante vulnerável.
Clubes
Assefe aproveitou bem a área do clube dos funcionários do senado para instalar a creche. Ambiente maravilhoso para o desenvolvimento da criançada. Fica o exemplo para outras associações.
História de Brasília