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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Um fenômeno dos tempos atuais, que tem chamado muito a atenção de psicólogos e mesmo de áreas ligadas à antropologia e à sociologia, tem deixado em estado de choque não apenas os país em muitas famílias, mas vem tendo seus reflexos negativos notados agora também em muitos setores da sociedade e sobretudo dentro do governo e da política.
Trata-se da chamada Síndrome do Imperador. Diagnosticado nos fins do século XX por psiquiatras europeus e que, em sua origem, foi observada apenas no comportamento voluntarioso de certas crianças dentro do círculo familiar. Essa síndrome decorre basicamente do comportamento narcísico dos pais, que através de uma postura “neuro-ótica” e, de certa forma, doentia, passam a acreditar na ideia de que têm a obrigação de fazer seus filhos felizes a qualquer custo, com isso constroem um mundo em torno da criança onde a frustração ou quaisquer tipos de obstáculos da vida desaparecem como por um passe de mágica. Dessa maneira, os pais vão dando vida aos pequenos tiranos que são impedidos de crescer e de sentir as múltiplas contrariedades reais apresentadas pela vida.
Esses pequeninos não são capazes de esperar, criar, negociar, ceder ou se frustrar. Da família, que é a célula da sociedade, esses “adultos-mirins” saem e vêm compor hoje muitos setores da vida adulta, inclusive dentro do Estado e do governo. E é aí que o perigo mora. É verdade que ainda são muito insipientes as pesquisas que indicam, dentro de parâmetros científicos, que essas e outras características dessa síndrome estão presentes em indivíduos com relevantes cargos ou funções dentro dos governos. Não só no Brasil, mas em muitos outros países na atualidade.
Ocorre, no entanto, que esse comportamento exótico tem sido observado com frequência cada vez maior nas atitudes e mesmo na condução de assuntos de grande importância para toda a sociedade, e, não raro, culminam em atitudes que deixam transparecer sinais de que se tratam de adultos com comportamento infantil e birrento e que não admitem contestações, são intransigentes e não cedem a argumentos mesmo quando estão diante de fatos indiscutíveis.
Em alguns casos, quando alçados a posições em que lhes permitem confeccionar ou executar leis, não se intimidam em criá-las ou impô-las, visando objetivamente dar proeminência a si e aos seus grupos de apoio.
Tem sido cada vez mais comum associar o comportamento de certos políticos com a Síndrome do Imperador. Um apanhado mais atento na biografia de algumas dessas destacadas autoridades da atualidade revela que muitas dessas lideranças que aí estão, conduzindo os destinos de nações inteiras, apresentavam, desde a infância, características fortes e marcantes que compõem o perfil do indivíduo com a Síndrome do Imperador.
Isso é um problema evidente dentro do mundo político, embora se saiba, desde a fundação do Estado, que o poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce não apenas a força física, mas as vontades e os humores dos mandatários.
Não é por outro motivo que muitas prioridades da sociedade passam a ser subordinadas às prioridades do grupo dominante e intransigente. Assim é que esses “imperadores” começam a reivindicar também o monopólio da força, dentro de princípios de relações antagônicas que reduzem o Estado ao choque de amigos contra inimigos, como num jogo de disputa infantil. A política para esses novos imperadores se resume numa guerra constante. Com isso, a própria atividade política perde seu mais alto e maduro objetivo que é o espírito republicano. O pior, é que a ausência de um comportamento equilibrado passa a ter influência negativa sobre a sociedade, já que a ética da vida pessoal passa a se estender à ética do Estado. De fato, parece que estamos vivendo num mundo cada vez mais infantilizado e isso é perigoso, já que o bem comum passa a ficar em segundo plano, prevalecendo tão somente o desejo do poder desses imperadores modernos.
A frase que foi pronunciada:
“A cadeirinha não foi proibida. Se você precisa de lei para proteger o seu filho, o problema não é o Bolsonaro, é você.”
Frase anônima, solta na Internet, mostrando a inutilidade de toda celeuma ocorrida à época da intenção de substituir a multa por advertência.
Partida
Dr. Paulo Andrade de Mello, neurocirurgião, cientista dedicado ao trabalho, sempre atento aos estudos da profilaxia das doenças do cérebro. Um entusiasta pelo ser humano. Pioneiro ativo da cidade, um gênio com uma humildade impressionante. Ajudou a formar os neurocirurgiões da cidade e, pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, teve o projeto de treinamento reconhecido como um dos programas mais importantes do mundo. Recebeu um prêmio em Boston por isso, fato registrado por essa coluna. Fica o reconhecimento pelo trabalho de importância fundamental exercido pelo Dr. Paulo Andrade de Mello. Nossos sentimentos à família. A seguir, entrevista publicada por Vera Pinheiro, em 11 de out de 2012, na qual o Doutor Paulo Mello fala sobre sua trajetória até a medicina.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Até hoje o ministro Tancredo Neves não referendou o decreto 51394, de 20 de novembro de 1961. Trata-se da anunciada reclassificação do pessoal do IAPI, que recebeu apenas a assinatura do sr. João Goulart. (Publicado em 24/11/1961)
Educar a família e a sociedade antes de educar as crianças é a única saída
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Transformadas de escolas em centros de reabilitação de menores, vários colégios se limitam a cumprir o que manda o conteúdo programático e a carga horária, mantendo-se o mais distante possível de qualquer envolvimento maior para a própria segurança de seus profissionais.
Por outro lado, as delegacias e a justiça muitas vezes não dão o pronto atendimento e atenção a esses casos, deixando os professores à própria sorte. Desse modo, envoltas em problemas estranhos ao processo de educação e que, em muitos casos, são de ordem social ou mesmo de polícia, muitas escolas e professores não conseguem se inserir nas comunidades em que se encontram, sendo raros os casos de uma relação saudável e amigável entre esses atores.
Como a devida responsabilização, perante o Estado, de pais e responsáveis de alunos é ainda uma possibilidade distante, o adequado processo de ensino vai sendo empurrado para um futuro incerto e sem solução à vista. Nossas escolas, sobretudo as públicas, ficaram paradas no tempo, preparando os alunos para um mundo que já não é o mesmo e que requer outro tipo de profissional, com outras habilidades. Além disso, tem que lidar com problemas que antes eram resolvidos dentro das famílias, no âmbito das relações entre pais e filhos. Sabe-se que as escolas são o espelho da sociedade em que estão inseridas.
No nosso caso, as escolas públicas, principalmente aquelas localizadas nas regiões mais carentes, estão imersas numa sociedade onde a violência é um fato corrente no dia a dia dos alunos. Em muitos lugares, é comum os bandidos da região mandarem fechar as escolas. Em outros, os intensos tiroteios impedem que os estudantes possam ir às aulas. O tráfico de drogas e o consumo de álcool é uma realidade dentro e nos entornos das escolas. Para aqueles estabelecimentos onde não há um policiamento ostensivo, como é o caso dessa CAIC na Ceilândia, os casos de violência são uma constante e amedrontam os professores, o que tem reflexos diretos no processo de ensino e no funcionamento das escolas. Não há como pensar em ensino de qualidade, capaz de colocar o país nos primeiros lugares nesses rankings internacionais de avaliação do ensino, enquanto não forem solucionados problemas básicos no âmbito de nossa sociedade, como é o caso da violência endêmica, suas causas e suas múltiplas consequências.
No dilema atual que propõe resolver os problemas sociais de nosso país, por meio da educação, é colocado outro que aponta que somente vamos resolver as questões da melhoria de nossa educação pública quando pudermos educar também as famílias e a sociedade conjuntamente.
A frase que foi pronunciada:
“O envolvimento dos pais é importante na educação por vários motivos:
- Determinar objetivos com as crianças e acompanhar de perto o resultado;
- Monitorar as notas e trabalhos para ter certeza de que estão no caminho certo;
- Usar com frequência aplicativos adotados pela escola para acompanhar o desenvolvimento e atividades dos filhos;
- Estimular a relação social entre as crianças e professores;
- Pais e professores unidos podem cobrar mais verbas dos municípios, estados e união ou mesmo apresentar novos projetos.”
Justificativas para a participação dos pais nas atividades da escola descritas pela NEA – Associação Nacional de Educação (norte-americana, fundada em 1922)
Brasília
Ipês Roxos têm poder de redimensionar o turismo em Brasília nesses meses. Se as cerejeiras do Japão o fazem, em termos de beleza estamos bem perto. Faltam um projeto bem desenhado, divulgação no Brasil e no mundo e convencimento para as áreas de turismo do governo e universidades darem o primeiro passo.
Atleta
Fila Skates foi quem acreditou na atleta brasileira Camila Cavalheiro, que vai competir na modalidade Inline Downhill, a modalidade mais rápida da patinação. Com alto desempenho no esporte, Camila foi convocada pela Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) para participar do World Roller Games 2019, em julho. Sem dinheiro, começou uma campanha para arrecadar fundos na Internet, mas a alta performance convenceu patrocinadores que vão bancar a atleta. Agora é só torcer. Leia mais sobre a atleta a seguir.
Patinadora brasileira é a primeira mulher nas olimpíadas Roller Games 2019 em Barcelona
Camila Cavalheiro irá competir na modalidade Inline Downhill, a modalidade mais rápida da patinação
Na busca de qualidade de vida e lazer, muitos brasileiros estão se tornando adeptos da patinação. De acordo com uma pesquisa feita em 2017 com 1141 brasileiros pelo maior portal de patinação do Brasil, Adreninline, a prática de andar de patins é recente, pois a maioria, 80,1%, pratica o esporte há menos de três anos, sendo que deste total, 52,8% estão no esporte a menos de um ano. A ascensão do esporte fez com que atletas ganhassem notoriedade, como é o caso da Camila Cavalheiro, primeira brasileira que irá competir na modalidade Downhill nas olimpíadas Rollergames 2019 em Barcelona.
Tudo começou apenas como um hobby no ano de 2013. “Eu estava passando por uma loja de artigos esportivos, até que os patins me chamaram atenção após eu assistir um vídeo dentro do próprio estabelecimento sobre o esporte”, explica Camila. A paixão por patinar foi tão intensa que já no ano seguinte ela participou do primeiro campeonato em Curitiba (PR) de nível nacional e obteve seu primeiro pódio, 1º no Jump e 3º no slide. No total, a atleta já participou de sete competições de Freestyle slide.
O início de tudo
Natural de Maringá (PR), Camila hoje tem 30 anos e mora na região da Penha (SP). Apesar do reconhecimento, sua trajetória foi de altos e baixos até conseguir o reconhecimento como a primeira e única patinadora feminina que irá participar deste grande evento internacional. “Infelizmente o esporte ainda não tem tanta visibilidade se comparado aos demais, e a situação se torna ainda mais complicada pelo fato de ser uma mulher competindo, já que não temos ainda o mesmo espaço que os homens, tanto que as próprias jogadoras da seleção do Brasil de futebol fizeram um apelo”, ressalta a atleta.
Patinadora brasileira é a primeira mulher nas olimpíadas Rollergames 2019 em Barcelona
Camila será a primeira mulher que irá competir na modalidade Inline Downhill no World Roller Games que acontece em Barcelona, além de ser a primeira brasileira que participa da competição. A modalidade é a mais rápida da patinação, e pode alcançar velocidades acima de 100km/h.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A medida foi uma das corajosas iniciativas do governo do sr. Jânio Quadros, consolidada, agora, no regime parlamentarista. (Publicado em 24/11/1961)
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Ao longo das últimas décadas, depois de seguidas reformas em nosso modelo de educação, do ensino básico ao superior, temos que constatar, à luz do que mostram os diversos rankings internacionais de avaliação de aprendizagem, em que aparecemos sempre nas derradeiras posições, que a maioria de nossos projetos para a melhoria do ensino tem fracassado.
A razão para isso é que em todos modelos impostos ao processo educativo, elaborados de cima para baixo, a maioria deles deixa de lado ou não prioriza, conforme deveria ser, a participação da família em todo nessas atividades. Com isso, todo o esforço de renovação e melhoria é descartado ao não considerar o grupo familiar do aluno como partícipe dessa empreitada. Dissociado da família, qualquer modelo de aperfeiçoamento do ensino torna-se capenga e não se completa.
O ciclo integral de todo o processo educativo deve ser composto por alunos, professores e pais ou responsáveis. Sem essa tríade, mesmo os mais elaborados e revolucionários programas de ensino ficam a meio caminho. Esse tem sido o calcanhar de Aquiles de todo o processo brasileiro de ensino e que revela não apenas um descompromisso no envolvimento da escola com a comunidade, mas, principalmente, uma desconsideração da importância de se firmar um acordo sério entre todas as partes envolvidas nesse mecanismo.
Um fato que comprova essa tese e que demonstra, na prática, essa falha é que é comum, em muitas escolas, que professores e orientadores desconheçam, por completo, quem são os pais e responsáveis da maioria de seus alunos. Não conhecem e muitas vezes não sabem sequer em que contexto social esse e aquele aluno vivem. Sem essas informações e sem o conhecimento do meio em que vivem seus alunos, seu cotidiano, suas origens, o que os pais fazem, como é a rotina da família e outros dados preciosos, qualquer modelo tende a falhar.
Ocorre que, em muitos casos, é a própria família que não deseja estreitar qualquer laço com a escola que seus filhos frequentam. Usando esses estabelecimentos de ensino apenas para cuidar de suas crianças, alimentá-las e dar-lhes alguma segurança enquanto se ocupam em outras tarefas. Há casos em que o pai ou mãe está cumprindo pena judicial em algum presídio e a escola não toma conhecimento. Ou de pais e responsáveis alcoólatras ou viciados em drogas. Ou ainda lares onde essas crianças foram abusadas ou vivem sob condições de violência diária.
Sem um levantamento minucioso de todos esses dados, sem uma ficha completa que mostre o verdadeiro perfil de seus alunos, qualquer modelo de educação é inócuo. Para complicar uma situação corriqueira, que em si já é dramática, há ainda os recorrentes casos de violência envolvendo alunos e professores ou dos próprios pais com os professores.
Nessa semana, no CAIC Bernardo Sayão, em Ceilândia, uma mãe desferiu um tapa no rosto de uma educadora social que presta serviço voluntário naquele estabelecimento, apenas porque a profissional questionou, depois de um desmaio da aluna em sala de aula, se a criança havia se alimentado direito em casa.
Casos como esse se repetem toda semana em muitas escolas da rede pública do Distrito Federal. Não só os pais ameaçam e agridem os professores. Também se tornaram comuns os casos de alunos agredindo os professores e qualquer profissional de educação dentro das escolas. Esse fenômeno tem feito com que muitos docentes simplesmente abandonem a profissão, o que provoca, ainda mais, um isolamento das escolas em relação ao seu entorno e isso acaba repercutindo, negativamente, no processo de ensino.
De fato, como tem ficado comprovado, os professores e a própria escola têm medo de seus alunos e muitos sequer ousam questionar a realidade deles.
A frase que foi pronunciada:
“Peço só 1 minuto, Sr. Presidente, para que eu possa formular um raciocínio. O que quer dizer isso, Srs. Parlamentares? Criança — e, conforme a lei, é menor de 12 anos — que quiser mudar o sexo vai poder fazê-lo mesmo sem o consentimento dos pais. Ora, os Parlamentares que são contra a redução da maioridade penal entendem que um menor de 16, 17 anos, que pode votar, não tem concepção intelectual, amadurecimento psíquico para responder pelos seus atos, vão querer que crianças, com menos de 12 anos, conforme a lei, possam mudar o sexo, mesmo sem o consentimento dos pais? É isso que querem os nobres Parlamentares. E esta Casa vai aceitar isso?”
Vitor Valim, deputado federal pelo Ceará sobre o projeto de autoria do Deputado Jean Wyllys e da Deputada Erika Kokay — PL nº 5.002 que dispõe sobre o direito à identidade de gênero e altera o art. 58 da Lei nº 6.015 de 1973.
Injustiça
Incompreensível que uma ambulância, com placa que não seja do DF, seja multada por usar a via BRT. Ambulância leva pacientes de emergência. É preciso revisar esse estatuto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No dia Universal de Ação de Graça, às vésperas das comemorações da intentona comunista, o Brasil reatou relações comerciais e diplomáticas com a União Soviética. (Publicado em 24/11/1961)
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Praticamente todos os governos que vieram a assumir o comando do Distrito Federal, depois da chamada maioridade política, trataram, a seu modo, de realizar algum tipo de reforma na Rodoviária do Plano Piloto. Algumas dessas reformas, na verdade, não foram muito além da maquiagem superficial do local, com a realização de pintura, limpeza dos azulejos, modernização de banheiros e outras remodelações para conferir um mínimo de apresentação desse que é o ponto central da cidade, visto por todos que aqui residem ou estão de passagem.
Dentro do projeto de concepção de Brasília, a Rodoviária ocupou, desde logo, o ponto central para onde convergiriam todos os eixos traçados no desenho original e de onde partiriam essas mesmas linhas que formariam o desenho característico do “pássaro” de asas abertas no sentido Norte Sul. Nesse sentido, a Rodoviária seria, na concepção do urbanista Lucio Costa, o ponto inicial ou marco zero da capital ou, como afirmou em sua biografia, “o gesto primário de quem assinala um lugar e dele toma posse.”
No início dos anos sessenta, era o local de peregrinação e de passeio para os primeiros moradores das Asas Sul e Norte. No mezanino que corta em sentido transversal toda essa estação, havia, naqueles longínquos tempos, uma agência dos Correios e Telégrafos, uma estação telefônica de onde eram realizadas todas as chamadas interurbanas para os mais distantes pontos do país, uma pequena lojinha de suvenir e um charmoso restaurante, frequentado pela gente elegante aos domingos. Era o ponto central da capital nos fins de semana.
Com o crescimento da cidade, a Rodoviária, embora tenha pedido um pouco dessa freguesia candanga para a W3 Sul, ainda mantinha seu charme e era ponto de encontro das pessoas na cidade. Infelizmente, o inchaço populacional, provocado diretamente pelo processo de emancipação política da capital nos fins dos anos oitenta, desfigurou completamente essa estação, que passou a ser sobrecarregada de veículos e pessoas.
Com isso, as plataformas inferiores foram invadidas por dezenas de instalações comerciais improvisadas, transformando-se numa verdadeira feira ao ar livre, onde se vende e compra de tudo, de comida a vestuário. Hoje o local é o retrato do descaso, sujo, com maus odores frequentes, perigoso e extremamente decadente.
Quando a noite cai, seus arredores são tomados por viciados, mendigos e menores de rua, o que faz do local um risco para qualquer um. Seis décadas depois de sua construção, a Rodoviária do Plano Piloto é tudo o que seu criador sonhou que não existiria na nova capital, um local pensado para ser a casa do homem novo, de um novo país, mas que ainda reflete os problemas de um velho Brasil, triste e desigual.
A frase que foi pronunciada:
“Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso, tão poucos se dediquem a ele.””
Henry Ford empreendedor e engenheiro mecânico estadunidense.
Volta
Foram os próprios alunos da 5ª série do Colégio Marista da Asa Sul que conseguiram reduzir em 80% o uso de copos descartáveis. A escola espalhou mais bebedouros e o resultado foi mais que positivo. As crianças voltam a usar os antigos copos retráteis.
Voto já
Talvez os ouvidos moucos da Câmara Legislativa deem mais força ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral – MCCE. A Mesa da Câmara retirou da pauta o Projeto de Resolução nº61 de 2018, que permite a coleta de subscrições digitais ou eletrônicas em projetos de lei de iniciativa popular. A cobrança é do MCCE, o mesmo que conquistou, pela vontade dos assinantes, a Lei Contra a Compra de Votos (Lei no 9840 de 1999) e a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar no 135 de 2010).
Não se procura emprego
É preciso saber se a taxa de desemprego alcança a população que não quer trabalhar porque vive às custas do Bolsa Família. Uma observação importante se dá no Paranoá, Santa Maria, Ceilândia. Basta dar uma volta no dia de semana à tarde pelas principais avenidas. Adolescentes e mulheres passeando, no parque, nas praças.
Para meditar
Por falar nisso, esses projetos tidos como sociais que dão imóveis precisam ser revistos com urgência. Os imóveis, apesar da proibição, são vendidos. Correto seria o governo cobrar um aluguel de valor proporcional à renda da família. Assim a propriedade seria do governo. Arruaças, drogas, ou qualquer prática ilícita seria motivo para ser declarado despejo imediato.
Casa da mãe Joana
De repente, deputados federais resolveram colocar placas nos corredores da Casa marcando o gabinete como “Rua Marielle”, “Lula Livre”, “Marginal Lula”, “Tá preso babaca”, “Avenida Operação Lava Jato”. A diretoria geral explicou que apenas a Comunicação Social da Casa autoriza a fixação de placas. Algumas já foram retiradas.
Divas
Gloria Menezes e Fernanda Montenegro estão internadas.
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Charge desenhada em um muro nos arredores da cidadezinha americana de Brownsville, no Texas, próxima à fronteira com o México, mostra o presidente Donald Trump sentado em sua mesa de trabalho na Casa Branca, construindo solitário, tijolo por tijolo, um muro ao seu redor. A imagem chama a atenção para o endurecimento da política imigratória adotada pelo atual presidente daquele país, mostrando que a persistência de Trump em construir um gigantesco muro, separando esses dois países, acabará por provocar seu próprio isolamento perante o mundo, aprisionando-o em sua retórica. Obviamente que se trata de uma manifestação que vem crescendo dentro do próprio país norte-americano e diz respeito, também, aos esforços da oposição local par conter uma possível reeleição do atual presidente, como indicam muitas pesquisas. É preciso notar ainda que essa foi uma promessa de campanha e que lhe rendeu a maioria dos votos daqueles americanos que querem, de fato, pôr um fim na entrada de estrangeiros naquele país, principalmente oriundos do terceiro mundo.
Na verdade, desde os atentados de 2001, tem crescido entre os americanos uma onda de xenofobia que, de resto sido vista, também em muitos outros países da Europa. Paralelamente, o governo Trump vem empreendendo uma campanha sistemática de deportações de imigrantes, com os estrangeiros ilegais sendo cassados de casa em casa, algemados e levados para os centros de detenção onde aguardam decisão da justiça.
A toda a hora as televisões exibem cenas mostrando a atuação da polícia de imigração realizando batidas contra esses estrangeiros ilegais, o que muitos interpretam como sendo uma política velada de muitas redes de notícia a favor dessas medidas. Trata-se de uma política interna e que diz respeito apenas àquele país, mas que tem despertado não só indignações em muitas partes do planeta que indicam, claramente, que os países desenvolvidos mudaram radicalmente de comportamento com relação aos imigrantes, justamente quando se assiste uma das maiores ondas de movimentação de pessoas de toda a história da humanidade.
Fotografias que circulam agora nas redes sociais, mostrando o caso de pai e filha afogados no Rio Bravo, quando tentavam chegar a nado em território americano, falam por si e remete à outra foto, também trágica, que mostrava uma pequena criança síria afogada numa praia da Turquia e que retrata com precisão a enorme crise dos refugiados. Aqui mesmo, na América do Sul, o drama dos refugiados da Venezuela, Nicarágua e de outros países do nosso continente também chamam a atenção para um fato histórico e sem precedentes que irão ficar registrados nos anais de história para todo o sempre e que no futuro irão compor parte dos mesmos registros que mostraram a indiferença de muitos, durante o início do século XX para o caso do genocídio dos judeus, dos armênios, poloneses, sírios, curdos, hindus, sikhs, congoleses, eslavos e de outros povos.
A frase que foi pronunciada:
“Na verdade, na verdade os imigrantes tendem a ser muito mais norte-americanos do que a população nascida aqui.”
Chuck Palahniuk Choke, um escritor estadunidense de ascendência ucraniana.
Editora Chiado
Bastidores de 1964. Os momentos antes das decisões, personagens, histórias pessoais, poder, interesses, confabulações. Murilo Prado Badaró convida para o lançamento do segundo livro de sua autoria. Às 19h30, no Carpe Diem, Comercial da 104 sul, do dia 2 de julho, uma terça-feira. Baseado em documentos, o livro conta a história de um repórter investigativo que, no desenrolar da trama, traz ao leitor desfechos surpreendentes.
Anjo
Todas as farmácias da cidade poderiam adotar a iniciativa de Sílvia Letícia. Ela trabalha na Drogasil da 111 Norte. Bilhetinhos encorajadores são deixados para os clientes. Uma ideia tão simples e desprendida que pode ajudar a mudar um dia do choro para o sorriso.
Cantar
Chega a notícia pelo amigo Limongi de que o cantor Agnaldo Timóteo, internado na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, teve boa recuperação. “Quero voltar a cantar”, disse Timóteo tão logo os aparelhos foram retirados, permitindo que falasse normalmente.
Em busca do equilíbrio
Inúmeras mulheres de diferentes faixas etárias praticam exercícios aeróbicos na quadra de esportes situada na Av. Araucárias, em Águas Claras, em frente ao posto de vacinação. As atividades iniciam ao entardecer e logo fica noitinha. Ocorre que a quadra não possui iluminação artificial, situação que tem prejudicado os exercícios. O recado do leitor Renato Mendes Prestes é o seguinte: “Senhor administrador, como cavalheiro e em prol da preservação da saúde e beleza das nossas mulheres, providencie a instalação de luzes. Elas agradecem!”
Táxi aeroporto
Não faz sentido viajantes e familiares levarem multas constantes ao pararem no aeroporto, enquanto taxistas passam horas dentro do carro, numa fila com dezenas de motoristas aguardando passageiros em lugar absolutamente privilegiado. Certo seria um líder chamar pelo rádio na medida da necessidade de transporte.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ainda não foi nomeado o presidente do Banco do Nordeste. O presidente da República está esperando que terminem as brigas no Ceará, para tomar uma decisão que já estaria pronta. (Publicado em 23/11/1961)
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No livro “Morte e Vida de Cidades”, de Jane Jacobs, lançado em 1961, e que viria a ser, imediatamente, um best-seller na área de desenvolvimento do planejamento urbano das grandes cidades, sua autora ousou, em pleno apogeu do movimento modernista na arquitetura, época marcada principalmente pela construção de Brasília, criticar o modelo funcional dessas novas cidades, sobretudo, a falta de consideração de muitas delas em relação ao indivíduo, à escala humana e ao desprezo das necessidades sociais das populações que residem nesse espaço.
Obviamente que esses pontos fundamentais foram meticulosamente pensados pelo idealizador da nova capital, Lúcio Costa, que, de certa forma, conseguiu contornar esses problemas, graças, a sua ampla formação humanista e ao alto conhecimento técnico e inovador de seu projeto. Dessa forma, por exemplo, projetou e ordenou os espaços em quatro grandes escalas, de forma a dar mais racionalidade à vida de seus ocupantes, dando o mesmo nível de importância a todas as necessidades básicas. Essa era, na sua visão, uma questão de suma importância, já que, em suas próprias palavras “é o jogo de escalas que vai caracterizar e dar sentido à Brasília(…) a escala residencial ou quotidiana(…) a dita escala monumental, em que o homem adquire dimensão coletiva; a expressão urbanística desse novo conceito de nobreza(…) e finalmente a escala gregária, onde as dimensões e o espaço são deliberadamente reduzidos e concentrados, a fim de criar clima propício ao agrupamento. Podemos ainda acrescentar mais uma quarta escala, a escala bucólica das áreas abertas destinadas a fins-de-semana lacustres ou campestres.” É claro que, nesse sentido, a crítica de Jacobs aos processos de reurbanizações que ocorriam por todo o mundo não se encaixavam plenamente no conceito elaborado para a nova capital.
Brasília, no modelo pensado por Lúcio Costa, possuía uma escala humana bem marcada e disposta em todas as superquadras. Mas há que notar que, da mesma que forma que experimentam os seres humanos, também as cidades parecem cumprir um ciclo natural que vai da sua fundação, passando por sua expansão máxima, até a sua decadência e, em muitos casos, a sua própria morte.
Brasília, apesar de sua tenra idade, em relação a outras pelo mundo afora com milênios de existência, passa por um tipo peculiar de envelhecimento precoce. Isso decorre não por culpa de seu projeto de concepção original, mas, tão somente, por causa dos seguidos descaminhos tomados pela capital, principalmente, a partir da introdução da chamada maioridade política, quando a cidade passou a ser modificada pelos caprichos e incúria de cada um de seus novos governantes, juntamente com o auxílio do nefasto pragmatismo político de sua câmara de representantes.
É a esse ciclo perverso que faz com que a cada quatro anos a cidade vá inchando e adquirindo novos problemas, que tornam precoce nosso processo de envelhecimento. É nesse sentido também que se insere a nova polêmica de transformar a área do Setor Comercial Sul, vocacionada a esse setor, em área residencial, sem que, contudo, as autoridades entendam que esse não é um problema apenas pontual que diz respeito ao SCS, mas, e sobremaneira, integra um problema muito maior, que começa justamente pela renovação total de todo o eixo que compreende as W3 Norte e Sul e englobam os setores comerciais dessas duas asas. O mais correto e preliminar seria obrigar os governantes a lerem o livro do autor da cidade, intitulado “Registro de uma Vivência”, de Lucio Costa, antes de quererem, “cometer” e pôr em prática, qualquer alteração momentânea numa cidade pensada para ser um exemplo para o mundo.
A frase que foi pronunciada:
“Não é função do Estado proteger o cidadão do mal que causa a si mesmo, mas é seu dever defendê-lo do que possam fazer contra ele.”
Drauzio Varella, médico sanitarista.
Mais uma
Sem o menor respeito ao consumidor, empresas aéreas continuam articulando para administrar overbooking. A impressão que há é de parceria pronta com hotéis baratos, para compensar o dano. A Copa, empresa com vários prêmios de pontualidade, começa a sujar a própria imagem adotando a mesma prática.
Espirro
Pesquisa divulgada pelo Journal of the Royal Society Interface da Virginia Polytechnic Institute and State University, dos Estados Unidos informa que um ambiente fechado pode passar horas infectado por um espirro. O ar chega a ser deslocado até 160 Km/h. Os germes podem alcançar até 9 metros de distância. Em tempo de secura, o GDF e até mesmo o governo federal precisam investir em campanhas publicitárias para educar a população a espirar na parte de dentro do antebraço. Veja, a seguir, o resultado de diversas formas de proteção do espirro e deles possui maior eficiência.
Assista mais em: What Is the Best Way to Sneeze?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Bloco 7 da 208 não vai no melhor dos mundos. No térreo, jogo a dinheiro, e em cima, boate aos sábados. Os moradores estão reclamando. (Publicado em 23/11/1961)
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É fato demonstrado pela história que todo e qualquer governo que almeje ser respeitado e acatado, em seus atos e decisões, por toda a sociedade e mesmo pelas oposições, necessita conduzir suas decisões políticas pelo caminho do meio, onde o equilíbrio de seus projetos tem maiores possibilidades de atingir a todos indistintamente e onde possa estar numa posição de árbitro, capaz de enxergar a justiça em ambos os lados.
Não se trata de uma situação fácil e cômoda para muitos. Ainda mais quando se observa hoje os extremos e radicalismos adotados pelas oposições e por muitos que abertamente, e sem princípios éticos, atacam o governo, visando apenas angariar simpatias etéreas. Num país em que praticamente não tem existido, em tempo algum, uma política de consenso nacional ou uma espécie de “concertación” em nome da República, fica difícil para um presidente seguir um caminho que não seja aquele adotado por seu ego e seu faro político do momento. Tem sido assim, desde sempre, o nosso modelo de governo e com isso vamos, mais e mais, nos prendendo em ciclos fechados e sistêmicos de crises institucionais. Incapazes de enxergar outro método que não seja o de conduzir seguidos governos ao labirinto das crises, nossos políticos não se intimidam em pôr em risco o futuro da nação se isso for, de alguma forma, vantajoso para seus interesses. Com isso, já se pode perceber que na raiz de todas as nossas crises está o individualismo político e egoísta.
Levamos para a política a máxima de que é preciso levar vantagem em tudo. Mesmo à custa de muitos. É desse ciclo fechado de problemas que se repetem que o novo governo deve se libertar o quanto antes. A melhor, e talvez a única, rota seja a adoção do caminho do meio. É nesse sentido, por exemplo, que o governo Bolsonaro deve adotar uma política de conciliação no caso dos seculares e sensíveis problemas indígenas, assumindo uma posição baseada estritamente no que almejam esses povos, livres das amarras de grupos internos e mesmo de ONGs que possuem interesses escusos nesses casos. Trata-se de uma situação delicadíssima e que, mais uma vez, vem ganhando viés ideológico e de pressões de poderosos grupos do agronegócio nacional e estrangeiro. Afirmações como a feita recentemente pelo presidente do tipo “quem demarca terra indígena sou eu”, ou que os “índios têm terras demais”, ou ainda que os “índios são como nós, querem televisão, internet e cinema” e outras platitudes, em nada ajudam o governo e ainda contribuem para levar o tema para o terreno árido das discussões onde sempre acaba predominando o interesse do homem branco e indiferente à questão.
A teimosia em transferir a questão da demarcação das terras indígenas para a pasta da agricultura, levando a Funai para o ministério da Mulher, família e dos Direitos Humanos, contrariando os próprios povos indígenas, é um exemplo desse tipo de ação política que despreza o caminho do consenso e só ajuda na radicalização da questão, adiando um problema que não foi criado pelos índios, mas que surgiu quando, em 1500, Pedro Álvares Cabral, o primeiro invasor branco, ocupou suas terras.
A frase que foi pronunciada:
“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.”
Abraham Lincoln
GDF estacionado
Existe forma mais barata de ganhar dinheiro? Estacionamentos não têm rede de esgoto, ligações de água, não precisam de muitos funcionários, não cumprem papel social algum. Alguns estacionamentos estampam sem pudor que não se responsabilizam por objetos de valor deixados nos carros. Privatizar apenas para encher as burras de uns poucos?
Absurdo total
Começam a se estender as invasões entre as quadras e o comércio. Mas é óbvio! Sem fiscalização, tudo ficou mais fácil. Na 105 Sul, a invasão é escandalosa. E tudo continua mesmo que quem pague os impostos continue protestando.
Malemolência
E continua. Na capital federal, a área pública é tratada como particular até em prédios. Os que estão localizados perto de comércio com muito movimento já deram um jeitinho brasileiro. Inventaram uma lei que não existe e colocaram uma plaquinha justificando falsamente a razão da proibição de carros estranhos nas vagas do prédio.
Na onda
Uma pílula francesa está deixando mulheres de todo o mundo em alerta. Trata-se de um medicamento que promete queimar a gordura abdominal mantendo o colesterol e a pressão sanguínea em níveis saudáveis. Na composição, não há produtos químicos, apenas ingredientes naturais e sem estimulantes. Trata-se do Oxi-Trim.
Sonhar
Por falar em medicamentos, em uma entrevista sobre o assunto, um consumidor contava que parou de tomar Rivotril. A razão foi peculiar: o produto não o deixava mais sonhar. Antes de administrar o produto, o pouco sono que tinha vinha com sonhos. Interrompeu aos poucos a prescrição, com o auxílio médico. Preferiu manter os sonhos que, dia a dia, foram estendidos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Será fácil, entretanto, moralizar, considerando-se que na telefônica fica registrado o número do aparelho para onde foi feita a ligação. (Publicado em 23/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Desde que o veneziano Marco Polo empreendeu sua viagem às longínquas terras chinesas de Kublai Kan, no século XIII, narrando o que viu no famoso Livro das Maravilhas do Mundo, o interesse dos ocidentais em explorar o planeta ganhou um impulso que jamais perderia.
De lá para cá, novos mundos foram sendo descobertos e explorados e a ânsia em viajar e ver novas culturas cresceu e invadiu o espírito de muitos. Dando um salto de sete séculos no tempo, esse desejo em conhecer novas terras não amainou nos homens e ainda foi enormemente multiplicado, gerando um fenômeno moderno e que vem chamando a atenção das autoridades por todo planeta. Trata-se do crescimento exponencial do turismo de massa, que vem ocupando, como uma tropa invasora, não apenas as principais metrópoles do planeta, mas também muitas áreas que, a princípio, deveriam ser preservadas da ação predatória das grandes multidões de viajantes curiosos.
A situação tem chegado a um tal ponto de inflexão que, em muitas cidades, como é o caso de Veneza, na Itália, as hordas de turistas incontroláveis, que chegam a bordo de grandes navios superlotados, acabam causando prejuízos e danos ao patrimônio artístico e histórico local. Não é por outra razão que, em muitas dessas cidades famosas, já se observam a adoção de medidas legais que visam limitar o número de pessoas em trânsito nesses delicados sítios famosos.
Para entender melhor esse fenômeno atual, nada melhor do que observar com atenção uma foto que tem corrido pelas redes e que explica essa invasão irracional melhor do que mil palavras. Na fotografia, tirada recentemente a poucos metros do cume do Monte Everest, anteriormente um dos maiores desafios de escalada para os solitários alpinistas profissionais, uma imensa fila, formada por centenas de escaladores amadores de todas as partes da Terra, aguardam sua vez de chegar ao cimo e de lá tirar sua selfie para recordação e álbum de família.
Despreparados e afoitos em se tornar também uma celebridade, muitos desses alpinistas, atraídos por guias gananciosos, têm perdido a vida nesse tipo de turismo improvisado e arriscado. Também causam enormes prejuízos ao meio ambiente local, onde deixam, todos os anos, toneladas de lixos e de materiais que não suportam carregar na empreitada louca.
Somente no ano passado, onze pessoas morreram durante a escalada, transformando a inóspita paisagem num verdadeiro cemitério de turistas aventureiros. De tão intenso e com alto poderio de transformação das culturas locais, o turismo vem, em muitos lugares, deixando de ser uma atividade geradora de renda e de incremento na economia, para se transformar numa dor de cabeça para as autoridades.
Nos lugares mais famosos e, portanto, mais atrativos para os turistas, multiplicam-se também os casos de maus tratos aos viajantes, principalmente aqueles grupos que demonstram pouca educação e respeito aos costumes locais. Existe hoje, inclusive, algumas localidades onde os turistas não são bem-vindos, mesmo aqueles com as malas cheias de dinheiro para torrar. São sinais do tempo e que mostram, por outro ângulo, no tempo e no espaço, as novas invasões bárbaras.
A frase que foi pronunciada:
“Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.”
Chico Xavier
Direitos
Problema sério continua na Asa Norte: prostitutas, brigas, drogas. Falta cortar pela raiz. Em área residencial, não é lugar para isso.
Maçante
Os musicais de Nova York não são mais os mesmos. Transformaram-se em matinê. Frozen, Rei Leão, Aladim, Harry Potter. Interessante que, nas filas, crianças, jovens e mulheres.
Tensão
Um drone foi destruído no Irã, pela Guarda Revolucionária, por ter violado o espaço aéreo. Imediatamente, os EUA proibiram aviões americanos de sobrevoar o espaço aéreo sob a guarda do Irã no Golfo Pérsico e no Golfo de Omã. Houve preparo para um contra-ataque, mas foi abortado, segundo a Associated Press.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O deputado Dirceu Cardoso fez um discurso pedindo um inquérito para o número de telefones feitos em nome da Câmara. Agora, os usuários dos telefones, que fazem ligações interurbanas, continuam pedindo as mesmas ligações, mas dão o nome do deputado do PSD do Espírito Santo. (Publicado em 23/11/1961)
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Manter a população de adolescentes brasileiros dentro das escolas tem sido um esforço cada vez mais penoso. De fato, nossas escolas públicas, com raríssimas exceções, possuem condições de manterem aceso o interesse dos jovens pelo ensino, sobretudo aquele praticado nos moldes de sempre, com professores ditando ou copiando deveres na lousa, com os alunos escrevendo de forma mecânica em cadernos. A garantia de que os alunos, nessa fase etária, venham a permanecer nas escolas, a fim de que o governo cumpra a programação prevista dentro do Plano Nacional de Educação de 2014, vem se mostrando um objetivo cada vez mais inatingível para a consecução da chamada universalização do acesso à educação básica. A evasão escolar em todo o país é ainda um dado de nossa realidade atual.
Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística dão conta de que 4 em cada 10 jovens de até 19 anos não concluíram ainda o ensino médio. Muitos, inclusive, estão fora da escola (62%) e outros (55%) simplesmente abandonaram a escola. Trata-se de um dado deveras preocupante, quando se sabe que esse será o contingente de cidadãos de aproximadamente 1,1 milhão de pessoas que não terão acesso a empregos de qualidade ou quaisquer perspectivas de melhoria nas condições socioeconômicas. É justamente nesse ciclo fechado de infortúnios que milhões de brasileiros passam a engrossar, a cada ano, o número de pessoas de baixa ou baixíssima renda. O mais preocupante é que esses números têm repercussões diretas e nocivas na desigualdade social, o que acaba por refletir ainda na elevação da violência e em outros dados prejudiciais ao Brasil.
Mesmo sendo direito previsto na Constituição de 1988, que obriga o Estado a prover o ensino fundamental e médio a todos os brasileiros, as disparidades regionais e pouco interesse de muitas autoridades em implementar esses avanços prejudicam qualquer plano nesse sentido, principalmente a médio e longo prazo. Economistas estimam que essa população que vai ficando, a cada ano, à margem do ensino médio, cause um desperdício da ordem de R$ 35 bilhões ao ano para o país por não integrarem efetivamente no mercado de trabalho. Essa preocupação é ainda acrescida pelo fato de que, a cada novo ciclo de aproximadamente 5 anos, esse mesmo mercado de trabalho passe a exigir maior especialização da mão de obra, dentro de uma renovação tecnológica que não para de se sofisticar. Essa é, segundo especialistas no problema, uma tragédia silenciosa que vem ocorrendo a cada ano em todo o país e que explica boa parte de nosso subdesenvolvimento sempre adiado e que, fundamentalmente, está na raiz de todos os nossos problemas, de ontem, de hoje e de amanhã.
A frase que foi pronunciada:
“Isso é um ataque às instituições. É uma invasão criminosa por um grupo criminoso organizado, que tem, por objetivo, ou invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, ou obstaculizar investigações que ainda estão em andamento e que ainda podem atingir pessoas poderosas, ou simples ataques às instituições brasileiras.”
Ministro Sergio Moro em depoimento no Senado
Triscaidecafobia
O número 13 quebra a perfeição dos 12 meses, 12 tribos de Israel ou 12 constelações do Zodíaco. Foi no dia 13 que a bolsa de NY quebrou. Não existe carro 13 na Fórmula 1, a Air France dispensou a fileira 13 em alguns voos, e 80% dos prédios em Nova York do 12° andar passa para o 14° sem maiores explicações. Isso porque eles não viveram os tempos do partido 13! Se a moda pega no Brasil… Veja um exemplo a seguir.
Quanta diferença!
Difícil compreender o Decreto Presidencial 9.731 que dá ao norte-americano o direito de isenção do visto para entrar no Brasil. Bem singelo o objetivo. Que essa facilidade aumente o fluxo de turistas no país. Fica o flanco aberto para a biopirataria e outras estripulias. Enquanto isso, o brasileiro pode ser obrigado a fornecer senha do e-mail, Facebook e outras redes sociais se quiser entrar nos Estados Unidos.
Mais dificuldades
Por falar nisso, o atraso no Serviço de Imigração dos Estados Unidos para liberar o trabalho a estudantes estrangeiros está prejudicando centenas de jovens. Formandos da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, ou mesmo de Yale, que já receberam oferta de emprego tiveram que declinar pela falta de documentação.
Perigo à vista
Na Pista de atletismo entre o Paranoá e o Itapuã, a CEB colocou um transformador muito mal protegido.
Sem educação
Há a necessidade de começar pelas escolas, já que as famílias não receberam instrução suficiente. No Paranoá é bastante comum ver crianças e adultos jogarem lixo displicentemente no chão. O resultado é uma cidade imunda.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Por sua vez, o TCB, cujos ônibus mal dão para a população normal, não pôde transportar a criançada, como o rádio anunciara. Os automóveis particulares é que concorreram com as caronas. (Publicado em 23/11/1961)
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Ao longo da história, e os exemplos têm comprovado, à toda reforma de costumes e mudanças no status quo vigente, correspondeu uma chamada contrarreforma. Foi assim, por exemplo, com o movimento da Reforma Católica de 1545, para se contrapor à Reforma Protestante, empreendida por Martinho Lutero. Essa tem sido uma constante e, de certa forma, tem ajudado a evolução da humanidade e a superação de períodos de marasmo ou estagnação das civilizações. A dúvida foi, sempre nesses casos, a mãe das grandes ideias e das revoluções. Nesses casos também, a neutralidade tem sido comumente apontada como aliada ao atraso e à sobrevida do passado.
Nesse sentido, os escândalos provocados pela escuta telefônica clandestina envolvendo o atual Ministro Sérgio Moro e o Procurador Deltan Dallagnol, pelo site “The Intercept Brasil”, demonstram, como avaliaram diversos senadores presentes na audiência pública, que essa operação não foi apenas meticulosamente armada por pessoas dentro e fora do país, mas também representa, por seus detalhes até agora levantados pelas autoridades, um verdadeiro contra ataque das forças que desejam um retrocesso e uma reviravolta em todas as investigações pretéritas reveladas até o presente pela Lava Jato.
Dessa forma, é oportuno afirmar que as escutas da Intercept se inserem dentro de um amplo projeto para reestabelecer a credibilidade dos governos da esquerda, perdida justamente em decorrência dessa exitosa operação do Ministério Público, juntamente com a Polícia Federal. Obviamente que aqueles políticos e outras autoridades que até agora têm se mantido neutros e calados sobre esse episódio estão, de certa forma, aliados ao passado e não plenamente convencidos da luta contra a corrupção endêmica que varreu esse país. É importante nesse caso que o atual ministro da justiça siga, não só aprendendo com a experiência da vida política, como aprendendo também, como tem feito o ministro da economia, Paulo Guedes, a responder os ataques com a mesma ênfase e assertiva.
Aqueles que vêm acompanhando esse caso desde o início não têm dúvidas de que a atividade e toda a maquinação desses hackers, visando desacreditar a justiça e as instituições do país, serão desvendadas na sequência e na oportunidade certa. Para algumas autoridades, fossem esses grampos e escutas clandestinos realizados contra os políticos que desejam a volta ao passado, as revelações seriam sim recheadas de conteúdos incriminatórios que perpassariam todo o código penal. Apesar de sua serenidade, o ministro Sérgio Moro perdeu a grande visibilidade proporcionada pela audiência pública do senado para fazer um apelo, dirigido a toda a nação e particularmente aos políticos do país engajados no combate à corrupção, no sentido de união de esforços, visando levar, até o fim, o projeto de construção de uma República fundada na ética e longe desse passado que tem envergonhado a todos brasileiros de bem.
–> Assista a audiência com o Ministro Sérgio Moro no link: Ao vivo: Moro fala à CCJ sobre troca de mensagens com coordenador da Lava Jato
A frase que foi pronunciada:
“Pode mudar à vontade, desde que não mexam no meu bolso.”
Diogo Mendez, funcionário público, sobre o interesse pessoal, a âncora que não deixa o país avançar.
Alegria
Veja, a seguir, a foto dos alunos de Circo que agora trabalharão com a segurança jurídica e apoio do governo. Uma foto nada convencional, que mostra a alegria contagiante, tão necessária em nossos dias. Parabéns ao Plínio Mosca, que saiu de Brasília para espalhar sementes de cultura pelo sul do país.
Recepção
Ruthe Phillips, Ricardo de Figueiredo Lima, embaixador Enio Cordeiro e o Ministro Fernando de Oliveira Sena receberam, no consulado do Brasil em Nova York, a maestrina do Coral do Senado, Glicínia Mendes, e a diretora do grupo, Maria Tereza Mariz Tavares.
Consumidor
É bom que todos os brasileiros saibam que, nos Estados Unidos, o site “Reclame Aqui” chama-se Yelt.com. Não só reclamações são bem-vindas, mas elogios também. Para reclamações sobre motoristas de taxi o número 311 ou nyc.gov/311.
Link de acesso ao site: About NYC311
Social
Importante evento acontecido ontem. A Caixa firma um acordo para o Centro Paraolímpico, que passará a ser chamado “Centro Paraolímpico CAIXA”. Serão recebidas 550 crianças PcD de 10 a 17 anos, alunos das redes públicas municipal e estadual. Serão oito modalidades oferecidas: atletismo, natação, judô, futebol de 5, vôlei sentado, bocha, goalball e tênis de mesa. No projeto, as crianças receberão todo o material esportivo necessário para as atividades, lanches, transporte adequado e contarão com professores e estagiários qualificados.
Declaração
Para o presidente da instituição, Pedro Guimarães, o acordo de cooperação reafirma o compromisso da CAIXA em prol da inclusão da pessoa com deficiência, por meio do esporte, da cultura e da educação. “Reforçamos o posicionamento da CAIXA como o Banco da Inclusão e o seu interesse em fortalecer as políticas públicas paradesportivas como instrumento de inclusão social.”
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Por sua vez, o TCB, cujos ônibus mal dão para a população normal, não pôde transportar a criançada, como o rádio anunciara. Os automóveis particulares é que concorreram com as caronas. (Publicado em 23/11/1961)