Dívida histórica

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Arte: todamateria.com

 

Que o Brasil é reconhecidamente um país onde as desigualdades econômicas e sociais estão entre as maiores do planeta, isso não é segredo para ninguém. No entanto, o que muita gente faz questão de não enxergar, até mesmo por um sentimento de culpa coletiva, é que esse fato esconde uma realidade ainda mais cruel e que está por detrás do enorme apartheid social motivado, em grande parte pela questão do racismo ou mais simplesmente pela cor da pele.

Obviamente que esse é um problema visto em muitos países do globo. Ocorre no Brasil, essa questão, decorrente da própria formação histórica do país, possuindo raízes mais profundas que remontam no tempo. Até pouco tempo atrás, essa era uma discussão que parecia não incomodar a sociedade, justamente por se acreditar ser esse um tema já superado pelo poder da miscigenação massiva da população.

Ocorre que essa dissimulação, um tanto quanto fantasiosa, servia apenas para esconder uma realidade presente em todos os aspectos da vida brasileira, quer nos romances, na poesia, no samba, nas novelas. O racismo em nosso país é um problema que vem nos acompanhando desde o período colonial, principalmente com a introdução da escravatura por meio do chamado comércio negreiro, entre meados do século XVI até fins do século XIX, época em que a decretação da Lei Áurea em 1888 pôs fim a esse sistema desumano de mão de obra.

De fato, como reconhecem os historiadores, os escravos eram os pés e as mãos dos senhores de engenho, o que significa que, sem essa força de trabalho, seria impossível todo e qualquer desenvolvimento durante, não apenas no período do Brasil colonial, mas, inclusive, no período posterior. Passados todos esses séculos esse ainda é um passivo histórico em aberto e que precisa ser quitado de forma justa e permanente.

Estudo elaborado há pouco pelo Google, em parceria com o Data Folha e a Mindset-WGSN, intitulado “Consciência entre urgências: pautas e potências da população negra no Brasil”, mostrou que o racismo institucional e estrutural é o segundo tema mais urgente para 44% dos 1.225 entrevistados de todas as classes sociais. “Sete em cada dez negros não se sentem representados pelos governos brasileiros, sendo que 68% não se sentem também representados pela publicidade em geral”, avaliam os entrevistadores, ao concluir que quanto menor a escolaridade, a idade e a renda, maior se mostra a urgência em debater temas como genocídio e feminismo negro.

Outro elemento levantado pela pesquisa mostrou que o ativismo e o engajamento das novas gerações, sobre esse e outros assuntos ligados à população negra, tem sido grandemente impulsionado pelas redes sociais da internet. No Distrito Federal, onde 57% da população se declara negra, o Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) comandado pela promotora de Justiça Mariana Nunes, tem empreendido enormes esforços não só no combate ao racismo e à injúria, mas promovido projetos que viabilizam a reflexão e consciência por parte dos autores de crimes raciais, quer através do pagamento de pesadas indenizações por reparação de danos morais em favor das vítimas, quer obrigando os autores desses crimes ao comparecimento pessoal em juízo, periodicamente para informar e justificar suas atividades; proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização; participação em curso ou palestra sobre igualdade racial, além de outras medidas restritivas.

Nesse dia 20, em que se comemora o Dia da Consciência Negra, esse ainda é um tema a ser discutido em busca de soluções que diminuam esse hiato social/racial, de forma que o Brasil encontre um caminho que leve ao desenvolvimento verdadeiro, que é aquele construído pela inclusão e igualdade de oportunidades.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados!”

Makota Valdina, educadora, líder comunitária e ativista brasileira.

Foto: Divulgação.

 

 

Exagero

Ninguém compreendeu a exigência da comitiva chinesa. Bolquear o Royal Tulip, retirar todas as câmeras, até aí tudo bem. Mas pedir para eliminarem todo quebra-molas da redondeza foi um pouco demais.

Foto: crusoe.com

 

 

Um parque

Já está avisado. O governo federal anunciou que até dezembro venderá o terreno da Octogonal 3. Trata-se de um espaço cuidado pelos moradores que têm plantado árvores ao longo de uma década com a esperança que seja transformado em parque da região.

Foto: Divulgação/Facebook

 

 

Ponto final

Corre à boca miúda que já existe um projeto com 10 blocos com mais de 12 andares cada um. Imaginem o fluxo de carro naquela região para abrigar um condomínio desse porte. O protesto é organizado. Os moradores, gente antiga e poderosa da cidade, não vão deixar isso acontecer.

Foto: Divulgação/Facebook

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O presidente do Uruguai vai receber duas homenagens oficiais: uma, do presidente da República, em Brasília, naturalmente. Outra, do Primeiro ministro, no Rio, naturalmente. (Publicado em 06/12/1961)

A gangorra de Lula e Bolsonaro

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Foto: Lula e Bolsonaro | Arquivo Google

 

Entre sístoles e diástoles, à direita e à esquerda, o movimento político no Brasil oscila, insuflado por um ciclo sem fim, de culto à personalidade. Tem sido assim desde 1889, com o advento brusco da República. Historiadores e filósofos concordam que, com o fim da monarquia, houve apenas a retirada de um imperador intrinsecamente republicano para a entrada de republicano intrinsecamente monarquista.

O personalismo na política, uma herança que na América Latina remonta ao século XIX, tem sido também a nossa principal característica política. O que surpreende é que esse sistema vindo de um passado que se acreditava morto, parece querer adentrar agora pelo século XXI, trazendo os mesmos vícios e prejuízos da velha política que tantos males causaram ao Brasil.

A reforçar essa tese, que para os historiadores não é nenhuma surpresa, análises feitas à luz dos conceitos formais do que seja, de fato, direita e esquerda nesse Brasil inzoneiro, tem-se que nunca houve no poder nenhuma nem outra dessas matizes ideológicas na sua forma pura. Isso significa dizer, apenas para ficar nas últimas duas décadas de nossa história, que nem Lula é um político de esquerda, nem Bolsonaro um líder de direita. Na verdade, ambos não sabem nem o que isso significa em termos de conceitos de ciência política embora todos reconheçam que para esses personagens pouco importa essa diferença.

O exercício do poder, para essas duas lideranças do Brasil contemporâneo, está fincado em esteios de ordens carismáticas, correndo à margem da democracia representativa, servindo-se de alguns elementos desse sistema, como é o caso da filiação partidária, apenas para exercitar o mando.

Situados mais nas bordas extremas desses matizes políticos, Lula e Bolsonaro não escondem a forte inclinação autocrática, disfarçada, às vezes, com discursos políticos dúbios que oscilam entre uma margem e outra. Aproveitando-se do fato de as ligações político-partidárias serem, em nosso país, fluídicas e, portanto, dispensáveis, tanto Lula como Bolsonaro buscam agir acima das legendas, dispensando interlocutores e formalismos protocolares.

Não é por outra razão que um se porta como aquilo que é, ou seja, dono da sigla, colocado acima de todo e qualquer estatuto partidário. Bolsonaro, com a possível criação da sigla Aliança pelo Brasil, vai na mesma direção, confeccionando um partido onde possa exercer livremente seu poder de mando. Para tanto, terá que costurar também um estatuto que lhe franqueie o exercício pleno, sem contestações. Curioso observar que nesse ponto o atual presidente não tenha absorvido, como lição, as experiências vindas desse modo de agir de seu opositor e que tanta ruína tem causado ao próprio Lula e à sua agremiação.

Estabelecer uma legenda apenas com base na popularidade política e momentânea de um indivíduo é estabelecer prazo de validade para o partido. Popularidade, e Lula sabe disso, é como nuvem: dispersa e muda constantemente, ao sabor do vento. Sem uma reforma partidária séria e profunda, a velha política, vitaminada pela força do fundo partidário e do fundo eleitoral, ainda terá vida longa entre nós.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil vive a síndrome do impasse. Exageramos de tal maneira nossos problemas que estamos perdendo a obrigação de enfrentá-los”

Jaime Lerner, urbanista brasileiro

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

 

Muita luz

Aumentam as reclamações daquele anúncio luminoso colocado na decida do Colorado em direção à Asa Norte. É realmente um ladrão de atenção. Isso não é bom para quem dirige.

 

 

 

Proatividade

Está passando da hora de uma revisão nas marquises da W3, tanto Norte quanto Sul. São muito antigas e, com o passar do tempo, peso, movimento de carros, ônibus, clima, chuva… afinal já são quase 60 anos!

Foto: globoplay.globo.com

 

 

Curiosidade

Pelo visto, também dá espaço à hermenêutica o juramento dos ministros do STF. Ao contrário dos votos, é um texto bem simples. “Prometo bem e fielmente cumprir os deveres de ministro do Supremo Tribunal Federal, em conformidade com a Constituição Federal e as leis da República”.

Charge do Aroeira

 

 

Desolador

Informativo da Semace, Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará, informou que pelo menos oito trechos de pontos das Praias no Ceará estão impróprias para banho. Mucuripe, Vila do Mar e Barra do Ceará também.

Foto: Reprodução / Semace

 

 

Governo

Até agora nenhum comunicado à população sobre o consumo de peixes. Parece que as comemorações da Páscoa de 2020 vão mudar.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Numa recepção social, gente importante, comentando a atividade do Primeiro ministro, limitou-se a chamá-lo de Tancredo Neris. (Publicado em 06/12/1961)

A ideia é deles o problema é nosso.

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Foto: pelomundodf.com

 

Todo esse empenho do governo de Brasília para a criação de um novo bairro para assentar milhares de famílias, por mais humanitário que possa parecer à primeira vista, não funciona quando se percebe que, sem um minucioso planejamento urbano de infraestrutura de suporte, o projeto fica solto no espaço e capenga.

Em linhas gerais, esse tem sido o processo recorrente e decidido por nove em cada dez governantes da capital, respaldados claramente e por razões óbvias, pelas bancadas com assento no Legislativo local.

O que decorre desse jeito especial de administração é também sentido por todos. Deixando de lado as questões de carência e mesmo inexistência no abastecimento de água, de rede de esgoto, de asfalto, segurança, e de escolas, para ficar apenas nesses quesitos, esses novos bairros, surgidos do nada, passam a pressionar os serviços públicos que servem às outras regiões, criando o caos no atendimento.

A ideia irracional de se criar um problema e depois as soluções para esse problema, ao inverter a lógica, deixa para todos os habitantes, indiscriminadamente, só aperto. Para se ter uma ideia das consequências desse tipo de política, feita de trás para a frente, e apenas para focar no problema específico do atendimento público de saúde.

Basicamente todos os hospitais e postos de saúde das administrações regionais vivem superlotados, sem um número de profissionais adequados. Pacientes continuam a morrer nas filas de espera. Não há leitos, não há medicamentos. Os atendimentos são precários.

Apesar dessas mazelas as cifras dispendidas no funcionamento da rede de saúde local são altas e sempre crescentes. A demanda por saúde é tão intensa que nem mesmo a criação de novos hospitais daria conta do recado. O ministério Público local, diariamente tem que recorrer e fiscalizar para o sistema não entrar em colapso. E pensar que todo esse drama diário poderia ser evitado lá atrás com a adoção de um simples e consistente planejamento urbano, tantas vezes menosprezado e negligenciado.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil vive a síndrome do impasse. Exageramos de tal maneira nossos problemas que estamos perdendo a obrigação de enfrentá-los”

Jaime Lerner, urbanista brasileiro

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

 

Pesquisa

Gabriel Vasconcelos, doutor em Engenharia Elétrica pela PUC-Rio, pesquisador na Universidade da Califórnia, Irvine, Yuri Fonseca, doutorando em Decisão, Risco e Operações na Universidade de Columbia, NY, João Madureira, doutorando em Modelagem Computacional, pela Universidade Federal de Juiz de Fora, elaboraram uma pesquisa minuciosa sobre os boots e ataques coordenados no movimento de impeachment de Gilmar Mendes. Todos os detalhes desse material podem ser vistos, na íntegra, a seguir.

Análise de dados do Twitter para campanha de impeachment contra Gilmar Mendes

 

Twitter

Ao todo, foram analisados 17.913 tweets #GilmarMendesVaiCair, no dia 15 de novembro de 2019. Esse número foi fixado dentro das limitações de download da API do Tweeter. As conexões entre os usuários são realizadas com o conceito de seguir (são unilaterais). A API do Twitter permite que diversos aplicativos se conectem a ele para os mais variados fins. A partir de sua API, o Twitter começou a ser utilizado em aplicações rodando em dispositivos móveis, periféricos, entre outros.

 

 

Total

Bot, diminutivo de robot, também conhecido como Internet bot ou web robot, é uma aplicação de software concebido para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, da mesma forma como faria um robô. Gráficos da pesquisa apresentada pelo blog do Ari Cunha mostram que dos 17939 tweets analisados foi identificado um total de 5479 usuários, ou seja, uma taxa de 3,27 tweets por usuário. Em um universo de 300 mil tweets, o número de pessoas participando seria próximo de 100 mil. 99,8% dos tweets com #GilmarMendesVaiCair não são de bots.

Foto: AFP / EVARISTO SA

 

 

Universo

Interessante notar sobre os retweets dessa campanha contra o ministro do STF. Chegam a 72%. Exatos 1794 pessoas replicaram a mensagem, o que na matéria da vortex mídia parece que esse número ficou limitado aos que se manifestaram a favor da saída do ministro. Na verdade, o universo de internautas é de quase 100 mil.

Veja a matéria na íntegra: Campanha no Twitter por impeachment de Gilmar Mendes tem marcas de ação coordenada

 

 

Veja só

Artistas por toda parte do país mostram com humildade que se arrependeram do voto dado nas últimas eleições. Veja a seguir alguns vídeos disseminados pela Internet. As razões do arrependimento, as dicas e o amor pelo país. Regina Duarte, mantém o que sempre disse: foi firme na tempestade e agora mostra a razão.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outro argumento, para acabar com a história: governo quando é bom, tanto faz aqui como na China. É bom em toda a parte. (Publicado em 06/12/1961)

Sem planejamento é o caos

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Áreas desocupadas pela Agefis no Setor Habitacional Sol Nascente — Foto: Agefis/Divulgação (g1.globo.com)

 

Explicar aos governos que, a cada quatro anos, vem e vai, no comando do Distrito Federal, a importância vital que o planejamento possui para a sobrevivência e futuro da cidade, tem sido, ao longo dessa década, uma tarefa inglória; e mormente aqueles técnicos que se atrevem a fazê-lo são postos de lado, sendo seus pareceres descartados na lata do lixo.

Muitos problemas que poderiam ser equacionados com certa facilidade, transformam-se em questões insanáveis e seríssimas a complicar a vida de todos e a diminuir a qualidade de vida da população como um todo. Os políticos, por sua visão pragmática e de curto prazo, com um horizonte que normalmente não ultrapassa os quatro anos, não percebem que, a cada medida tomada no calor das decisões imediatistas, criam mais problemas do que soluções.

Esse acumular de projetos açodados acaba indo parar nas próximas administrações que terão que resolver o imbróglio criado. Dessa forma, pequenas medidas, de caráter puramente político e eleitoral, vão se avolumando ao longo dos anos, moldando uma espécie de um monstro que, cedo ou tarde, acabará literalmente sentado no colo do cidadão contribuinte para ser resolvido ou pago de forma compulsória.

Dentre as muitas decisões desse gênero, tomadas nas últimas décadas, sobretudo, com vistas à formação de verdadeiros currais eleitorais, talvez a mais importante e mais impactante para a capital tenha sido justamente a criação de um grande número de regiões administrativas sem os mínimos critérios de estudo, de planejamento e de viabilidade técnica. Aos governos isso pouco importa.

Tomada a decisão, no âmbito do Executivo, e depois de pesadas as vantagens políticas dessa medida, aos poucos técnicos capacitados é dada a ordem de retirar do papel, o mais rapidamente possível, a ideia do gênio, por hora, instalado no Palácio. Em questão de dias, os técnicos burocratas, cuja a chefia é exercida por um político nomeado e que nada entende do métier, entregam a encomenda que nada mais é do que um rascunho mal traçado e impensado sobre a criação de um novo bairro para assentar milhares de famílias.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“País subdesenvolvido é aquele que importa, como novidade, o que os países desenvolvidos já abandonaram como obsoleto.”

Urbanista brasileiro

 

 

Passo importante

Preparar os menores de idade apreendidos com uma profissão é tarefa fundamental para a ressocialização. Fossem nossas prisões locais apropriadas para preparar o interno para uma vida de trabalho, grandes problemas seriam resolvidos. A Câmara Legislativa do DF aprovou o projeto de lei que cria o serviço voluntário, mas de natureza indenizatória e eventual. Será um passo, com boa gestão, para a falta de efetivo nas unidades de internação.

Foto: Carlos Gandra/CLDF

 

 

Fiel involuntário

Se os fãs de academia fizessem uma pesquisa pelas principais capitais do país, ficariam estarrecidos com as abusivas exigências de fidelização feitas por aqui. Para uma corrente do código do consumidor, se você conhece as regras e assina o contrato é porque concorda. Para outros, essa forma é abusiva e ilegal. É preciso garantir a autonomia da vontade. A impressão é que essa necessidade de fidelização se dá apenas por uma razão: o serviço nem sempre é bom.

Foto Eduardo Montecino/OCP

 

 

Divulgação

O Parque de Uso Múltiplo Denner, localizado entre a QE 40 e o Polo de Modas do Guará II, será a próxima unidade a receber as obras de melhorias da força-tarefa parques, inserido no Programa GDF Presente. Nesse contexto, será realizada, na próxima segunda-feira, 18/11, às 8h30, a primeira reunião de trabalho com o objetivo de avaliar e decidir as ações necessárias ao local.

Foto: guara.df.gov

 

 

 

Imprensa

Nesse domingo termina a competição paralímpica de bocha. Eduardo Vasconcelos, de 16 anos é estreante e representa Brasília. “Eu consegui a vaga no regional do Centro-Oeste, realizado em julho, em Uberaba. Lá eu fiquei com a prata”, contou o atleta da categoria BC2, que viajou por meio do programa Compete Brasília.

Foto: O único representante do Distrito Federal é o estudante Eduardo Vasconcelos, 16 anos. (agenciabrasilia.df.gov)

 

 

 

Pauta

Bocha é praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca. Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros. A Secretaria de Esporte e Lazer realiza no dia 22 de novembro, a seletiva do Futuro Campeão na modalidade.  Será das 14h às 17h, no Centro Olímpico e Paralímpico de Ceilândia – Setor O.

Banner: agenciabrasilia.df.gov

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quanto à energia elétrica, que às vezes falta, e contra a qual reclamamos aqui, mas não lembramos das faltas do Rio nem de S. Paulo, há isto: estão completando a segunda fase de Cachoeira Dourada, a hidrelétrica do Paranoá, e a termelétrica do SIA.

Um no cravo, outra na ferradura

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Foto: perfil oficial do presidente Jair Messias Bolsonaro no Instagram

 

Para retirar o país da maior crise econômica de todos tempos, uma herança verdadeiramente maldita e eivada na corrupção, legada pelos descaminhos de uma esquerda doidivanas, perdida nos descaminhos da egolatria, o presidente Jair Bolsonaro e sua excelente equipe têm empreendido múltiplos esforços, e em várias frentes, em busca do tempo perdido.

Dentro do papel que lhe cabe como chefe do Poder Executivo, Bolsonaro tem acenado tanto à União Europeia, como aos Estados Unidos, cedendo à exigência, buscando acertar os ponteiros internos, para atrair os investimentos tão necessários ao desenvolvimento. Parte desse esforço é feito agora com a reunião dos BRICS, realizada aqui em Brasília. Toda essa empreitada, guiada nos bastidores pela equipe do ministro Paulo Guedes, visa mostrar aos países desenvolvidos que o Brasil tem perseguido, com afinco, um amplo programa de ajustes internos, retirando barreiras e outros entraves burocráticos e protecionistas na tentativa de se apresentar como um país moderno e um parceiro confiável e aberto a negócios.

Uma investida dessa natureza, feita nas mesas de negociações, onde bilhões de dólares estão em jogo, requer, por parte do Brasil, uma transparência inequívoca em todos os contratos, presentes e futuros. E é justamente no quesito translucidez e compliance que o Brasil deixou muito a desejar. De fato, os escândalos de corrupção, seguramente um dos maiores de todo o planeta, emitiram para os países, com os quais o Brasil busca parceria, sinais opostos.

De um lado, o mundo ficou ciente de que havia, internamente, esforços de um setor minoritário do Estado que buscava acabar com as práticas criminosas entranhadas na máquina pública. De outro, ficou também sabendo da existência de um contra-ataque, de forças poderosas que resistiam passar o país a limpo e manter o antigo status quo.

As experiências frustradas, vindas da Itália, com a Operação Mãos Limpas, indicavam que o Brasil seguia num mesmo rumo, com parte da justiça e dos políticos cuidando para enterrar, por aqui também, os esforços para pôr fim a corrupção secular.

Nessa altura dos acontecimentos, o presidente Bolsonaro já percebeu que, caso não desate o nó da economia, o Brasil e ele próprio correm o risco de naufragarem ainda no porto. Possivelmente, o primeiro e talvez maior passo que o Brasil podem dar em direção a uma integração econômica satisfatória e lucrativa com o restante do mundo, seja sua entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 36 países e onde nosso país pleiteia uma vaga com grande empenho. Ocorre que uma missão, denominada Grupo de Trabalho sobre Suborno da própria OCDE, uma espécie de força-tarefa de vanguarda, está em visita agora em Brasília para checar de perto as razões e consequências da medida tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de suspender todas as investigações com base em dados de órgãos de controle como o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Banco Central e da Receita Federal, sem autorização prévia do próprio STF.

Esse mesmo grupo tomou conhecimento agora de que o próprio Toffoli determinou ao Banco Central o envio de cópia de todos os relatórios de inteligência financeira (RIFs) elaborados nos últimos três anos. Mais de 600 mil dados de pessoas físicas e jurídicas estão em suas mãos, o que, segundo membros do Grupo, pode motivar uma espécie de filtração dessas informações, beneficiando uns em detrimentos de outros à critério apenas dele próprio.

A preocupação desse Grupo da OCDE é que a suspensão de milhares de investigações possa inibir o combate efetivo à corrupção, à lavagem de dinheiro, beneficiando a ação de grupos terroristas e outros criminosos do colarinho branco. Caso essa situação persista, o Grupo de Trabalho sobre Suborno não descarta a aplicação de medidas contra o Brasil, incluindo-o na lista negra. Seriam em vão os esforços do nosso país de se integrar na comunidade econômica internacional um sonho ainda mais distante.

Enquanto o presidente Bolsonaro parece acertar no cravo, incluindo o Brasil em várias rodadas de negociação pelo mundo, a justiça, ou o a própria Suprema Corte, desfere um golpe errado na ferradura.

Para o nosso filósofo de Mondubim, o que um presidente parece fazer com as mãos o outro desfaz com os pés.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”

Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia. 429 a.C.

Charge do Alpino

 

 

Nova Era

Empresas anunciantes se unem pelo desenvolvimento do país contra o “quanto pior, melhor” e suspendem contratos de publicidade com os meios de comunicação que têm se mostrado inerte em relação à divulgação das mudanças positivas feitas para um país melhor. A omissão de notícias, a falta de apoio à vontade popular pelo fim da corrupção ou mesmo programas onde a instituição familiar é atacada são os pontos que têm convencido o encerramento dos contratos.

 

 

Stopover

Em parceria com a TAP, governos do país entrarão no circuito stopover. Trata-se de uma forma para atrair turistas de todo o mundo. Da mesma forma como existe em alguns países da Europa, o stopover dá ao viajante a oportunidade de permanecer no país entre 2 a 5 dias, conhecendo várias regiões sem que precise pagar novas passagens. A intenção é divulgar as praias brasileiras e também o pantanal e cerrado. O governador Ibaneis está animado com a novidade.

Presidente da Embratur, Teté Bezerra, participou da solenidade de lançamento do programa, em Lisboa. Foto: Divulgação/Embratur

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Esta, vale também como argumento para os que querem a volta da capital. E mais: nós temos em reserva, a todo instante, 90.000.000 (noventa milhões mesmo) de litros d’água em estoque para abastecimento da cidade. (Publicado em 06/12/1961)

A cultura na alça de mira das ideologias

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Foto: sede do Ministério da Cultura em 2017 (diariodopoder.com)

 

Ao longo da história humana é possível observar que, dentre todos os elementos que concorreram para a formação e moldagens das diversas civilizações pelo mundo afora, a cultura, sem dúvida alguma, desponta como o principal fator que melhor traduz a alma de um povo, seus costumes, tradições, crenças, seu folclore, enfim, sua própria identidade. Por isso mesmo é que todos os povos que almejaram dominar e conquistar uma outra população e um outro território, anexando pela força outras civilizações, tomavam como primeira iniciativa a destruição da cultura e dos valores imateriais dos conquistados, de forma a atingir, na alma, esses seres apoderados.

Dessa forma fica evidente que um povo sem essa alma, propiciada pela cultura, torna-se presa fácil para aqueles que desejam dominá-los. Embora reúna em si os mais fortes e duradouros laços a unir um povo, a cultura também é um elemento tênue, capaz de se desmanchar no tempo, quer por ação de uma outra cultura externa, quer, principalmente pela ação e interesse de governos e, principalmente de ideologias. Assim é que toda a vez que se observa a mudança de governo e sobretudo de orientação político-ideológica, o primeiro setor da sociedade a experimentar e a sentir na pele essa mudança de rumo, é justamente a área cultural.

A queima de livros na Alemanha nazista, na Espanha de Franco e de Salazar em Portugal, a perseguição aos artistas e intelectuais na China de Mao, as prisões nos Gulags na União Soviética de Stalin, as censuras e prisões da Ilha dos Castros e muitas outras intimidações e mortes aconteceram tanto por ditadores de direita, como da esquerda política, sempre contra a cultura e seus protagonistas ao longo do tempo de história da humanidade.

Um fato, porém, pode ser destacado: foi somente em países que optaram pelo sistema capitalista que a cultura encontrou os mais livres caminhos para percorrer e florescer. Foi assim na Itália renascentista, no início do capitalismo comercial, em Florença e outros sítios pelo mundo. Tem sido na Europa Ocidental do pós-guerra, nos Estados Unidos e em muitos outros países. Isso demonstra que a liberdade é o melhor mais propício para germinar a semente da cultura. Em países como o nosso, onde tradicionalmente a cultura, produzida no meio urbano, foi, em sua maior parcela, sempre atrelada e alimentada por recursos do Estado, falar em produção de artes independente de governos é sempre uma exceção.

A existência de um ministério da cultura, de uma secretaria de cultura, de fundações ligadas às artes, a existência de museus e outras instituições do estado vinculadas à produção de arte e cultura denotam, no Brasil, o vínculo estreito entre um ente ligado ao governo e à cultura. Desse modo fica difícil falar em cultura e seu fomento, sem mencionar o Estado e o governo. É sob esse viés que tem funcionado todo o sistema de cultura de nosso país, mesmo em seus aspectos ligados ao folclore regional, explorado pelas agências de turismo de cada estado.

Com uma ligação umbilical como essa, não seria espantoso verificar que a mudança de sinais ideológicos da esquerda para a direita, operado com a saída do petismo do poder, dando lugar ao governo de Bolsonaro, necessariamente iria se refletir no mecanismo estatal que fomenta a cultura. Artistas e manifestações de arte ligados ao antigo governo perderam suas fontes originais de financiamento. Do mesmo modo, artistas e obras com viés de direita ou que foram assim taxados, também eram impedidos e até perseguidos pela esquerda no passado.

Infelizmente, tanto para um lado como para o outro, é complicado para qualquer dirigente do Estado liberar o financiamento de obras que, ao fim ao cabo, irão tecer críticas ao seu governo. Posto dessa maneira, fica claro que o inimigo da cultura é a ideologia de plantão. Tanto esquerda como direita são nocivas à produção de artes e cultura. O difícil é explicar e convencer os governos que vêm e vão dessa realidade.

Enquanto a cultura nacional depender das benesses do Estado será assim. É como um menor de idade que vive com os país: tem sua independência atrelada à certos controles, que tolhem a plena liberdade.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os quadros que eles penduram nos restaurantes não são muito melhores do que a comida servida nos museus.”

Peter de Vries, novelista de Chicago (1910-1993)

Foto: amazon.com

 

 

Lembrança

Dentre as comemorações dos 60 anos de Brasília, os moradores são convidados a escolher a árvore mais bonita da cidade. Era uma paineira maravilhosa que ficava num balão da Vila Planalto e foi eliminada sem a menor necessidade.

Ipê amarelo registrado pelo fotógrafo e morador do Gama, no Distrito Federal, Diney Cordeiro — Foto: Diney Cordeiro/Arquivo pessoal

 

 

Alienação Parental

As advogadas Sandra Vilela e Giselle Groeninga sugerem à imprensa um estudo mais aprofundado no assunto Alienação Parental. Matérias sensacionalistas não ajudam, em nada, milhares de crianças que sofrem esse fenômeno social. “A mídia tem levantado a discussão sem nenhum fundamento legal, trazendo matérias sensacionalistas, surgindo a necessidade urgente de amplo debate acadêmico sobre essa lei”, diz Sandra Vilela. “Tais argumentações acabam por dificultar que se iluminem os pontos a serem aperfeiçoados na lei. E, ainda, a ligação da alienação parental com pedofilia presta um enorme desserviço ao necessário combate dessa prática nefasta”, avalia a psicóloga e advogada Giselle Groeninga. Vejam a seguir um documentário sobre o assunto.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

De mal a pior, o serviço telefônico. Mas, mesmo assim, as estatísticas mostram que a maior demora já verificada, na espera do ruído em Brasília, foi inferior à normal do Rio de Janeiro. (Publicado em 06/12/1961)

Já vai tarde

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Por certo, nenhum motorista brasileiro irá sentir saudades ou a falta do DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), que será extinto a partir de 2020, segundo prevê a medida provisória nº 904, publicada ontem. O seguro, criado em 1974, e que tinha como objetivo a cobertura em casos de morte, invalidez permanente ou assistências médicas por lesões causadas por acidentes de trânsito, era um dos campeões de reclamações, justamente no quesito seguro, sendo por diversas vezes apontado como ineficiente, burocrático e nada transparente. Esse tipo de negócio, entregue há décadas à iniciativa privada era “fiscalizado” pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e vinha seguidamente apresentando problemas pelo grande volume de reclamações feitas pelos segurados. Apenas num levantamento de 2018, foram descobertos 11.898 casos de fraudes, o que colocava a Seguradora Líder no topo de reclamações feitas junto à Susep. Até mesmo o Tribunal de Contas de União (TCU), sempre moroso em seus processos, já havia denunciado que o DPVAT, acumulava milhares de ações judiciais nessa corte, por diversos motivos, principalmente pelo não atendimento de segurado.

Segundo têm publicado alguns jornais, a decisão do presidente Bolsonaro em extinguir o DPVAT e o DPEM, que é o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas cargas, teria um objetivo político específico de atingir o atual presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), controlador e presidente do conselho de administração da seguradora Excelsior, uma das maiores do Nordeste nesse ramo e credenciada na cobertura do DPVAT.

Dados da Susep mostram que a Excelsior detém 2% da Seguradora Líder, consórcio que administra o DPVAT em todo o país. A própria atuação do deputado Luciano Bivar dentro da Câmara dos Deputados indica que, por diversas vezes, esse parlamentar atuou diretamente em benefício dos negócios desse tipo de seguradora.

Num dos projetos apresentado pelo deputado, o PL 7038/2017, ficava estabelecido que o consumidor era impedido de escolher a oficina em que levaria seu carro para conserto. Estabelecia ainda que caberia às seguradoras escolher suas próprias oficinas para reparos dos segurados.

Em longa reportagem apresentada pelo programa televisivo Fantástico, da Rede Globo, apresentado ainda em 2015, mostrava que o montante das fraudes no DPVAT ultrapassava a cifra de R$ 1 bilhão por ano. Segundo apuraram o Ministério Público e a Polícia Federal naquela ocasião, diante de uma total ausência de controle, diversas quadrilhas de fraudadores vinham aplicando golpes sistemáticos no sistema de seguros em todo o país. Protegidos pela certeza de impunidade e pelo próprio mecanismo burocrático dos seguros, esses bandidos deixaram um rastro de prejuízos e mostraram a fragilidade desse tipo de negócio.

Desde que assumiu a Susep, Solange Vieira ficou incomodada com o que viu sobre o DPVAT. Foi até à Câmara e abriu o livro. Duas pessoas importantes nesse processo também são o delegado Marcelo Freitas, que hoje é deputado, e o Promotor do Ministério Público de Minas, Paulo Márcio. Eles fizeram uma pesquisa cirúrgica sobre procedimentos suspeitos e hoje têm toda a justificativa cientificamente comprovada para que o DPVAT deixe de ser o que é. Já vai tarde!

 

Acesse a reportagem no link: Segundo PF e MP, fraudes do DPVAT podem chegar a R$ 1 bilhão ao ano

 

 

 

 

Frase que foi pronunciada:

“O modelo tinha muitos problemas, era ineficiente e havia uma corrupção enorme”.

Solange Vieira, superintendente da Susep, sobre o DPVAT

Foto: revistacobertura.com

 

 

Fala governo

A senadora Soraya Thronicke sugeriu, por projeto, que as emissoras de TV, canais abertos, concessionários públicos, sejam obrigados a transmitir entre 19h e 22h “A imagem do Brasil”. Seriam 18 minutos distribuídos entre notícias do Executivo, Legislativo e Judiciário. A parlamentar pede apoio da população para a aprovação do projeto. Trata-se de mostrar ao povo brasileiro o outro lado das notícias.

Foto: senado.leg

 

 

Torrente

Tem gente querendo saber a razão da 202 Norte alagar daquela forma desproporcional. Também tem gente que descobriu a razão. A tubulação de águas pluviais é usada por moradores de rua como lixeira. Panelas, lonas, pedaços de pau, tudo jogado na galeria no eixinho.

 

 

Ainda

Continua a montanha de lixo em frente ao Drive-in. Já contamos 5 dias.

Foto: Ricardo A (jan de 2017) – tripadvisor.com

 

 

Contrapartida feita

Quando fez o convite aos parlamentares para aparecerem no espaço Evandro Lima para o autógrafo do livro distopia, o senador Paim esclareceu sobre o valor do livro. “Quanto é? Nada! Ou seja, vocês já pagaram com o imposto, por isso eu usei minha cota para publicar o livro. O livro é do cidadão brasileiro.”

Fonte: Senado.gov.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E parece que ficaremos com a segunda hipótese, porque não há líderes políticos. Todo o mundo está calado para ver de que lado fica, na hora da onça beber água. (Publicado em 06/12/1961)

A prioridade em infraestrutura de estradas metálicas

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Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

 

Do montante do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que em 2018 foi de R$ 6,8 trilhões, somente 1,8% foi destinado a investimentos em obras de infraestrutura. Para um país com a continentalidade e a complexidade do Brasil, esse percentual chega a ser irrisório. Especialistas nessa área estimam que seria necessário um investimento da ordem de 6% do PIB somente para dar início às obras necessárias e mais urgentes.

Claro que esses investimentos também podem vir de fontes estrangeiras, mas o importante é que haja projetos executivos bem detalhados, com prazos realistas e segurança jurídica para esses aportes. Até esse ponto há uma unanimidade. Investimentos em logísticas são fundamentais para um país que se pretende exportador de matérias primas. Nesse setor, o Brasil ainda é um vexame. Principalmente em nichos como transportes e estradas.

Estudiosos da história econômica das nações apontam, como fator comum aos países desenvolvidos, o enorme esforço realizado na construção de estradas, principalmente ferrovias. Pouco Antes da independência dos Estados Unidos e do Brasil, esses dois países, descobertos na mesma época, apresentavam o mesmo nível de desenvolvimento. Um dos fatores que impulsionaram os EUA a tomarem a dianteira econômica no continente foi justamente a construção de uma enorme malha ferroviária cruzando todo o país, do Atlântico ao Pacífico, unindo regiões distantes e antes inacessíveis. O Brasil, por razões históricas diversas, sempre retardou a implantação de ferrovias, o que tem custado caro ao desenvolvimento do país. Exceção pode ser feita ao Imperador Dom Pedro II: dos 29 mil quilômetros de ferrovias existentes hoje no país, nada menos do que 10 mil quilômetros foram construídos durante o reinado desse Imperador. Não é por outro motivo que muitos historiadores vêm empreendendo agora um esforço enorme numa releitura do governo desse monarca, (1840-1889) mostrando o quanto o Brasil retrocedeu, política e economicamente com a adoção do modelo importado e açodado de República.

O chamado rodoviarismo teve início justamente no governo republicano de Washington Luís (1926-1930) com o lema “governar é construir estradas”. É desse tempo a construção da primeira rodovia asfaltada do país, ligando Rio de Janeiro à Petrópolis, e a rodovia Rio-São Paulo, sendo seguido, anos depois, por Juscelino Kubitschek (1955-1960), impulsionado pela implantação da indústria automobilística. Em todo o período republicano, as ferrovias foram deixadas de lado ou simplesmente sucateadas. O modal rodoviário representa hoje algo em torno de 60% de todo o transporte realizado no país. São mais de um milhão e meio de rodovias não pavimentadas e cerca de 200 mil asfaltadas, ainda assim em precárias condições de conservação e segurança. Não é preciso dizer que, diante desse quadro, o país não apenas perde competitividade, como produz prejuízos internos pela impossibilidade de escoamento da produção.

Quem mais amarga prejuízos é justamente o setor que é o carro chefe da economia que é o agronegócio, seguida pela mineração. O problema com a instalação de uma malha ferroviária num país com dimensões como Brasil é que esse tipo de investimento custa caríssimo e exige um longo tempo para finalização das obras. Como em nosso país nenhum grande projeto pode exceder o tempo de mandato de um governo, obras dessa natureza ficam pelo caminho. Para se ter uma ideia dessa defasagem, apenas o Japão, com um território do tamanho de São Paulo, possui mais linhas ferroviárias de que todo o Brasil.

Estudo apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015 revelou que 61% de toda a carga transportada pelo país é feita por rodovias. Apenas 21% utiliza a malha ferroviária que é muito mais segura, mais barata, transporta mais volume de carga e é eficiente. Com isso, o custo de nossos transportes permanece entre os mais caros do planeta, principalmente quando se trata de grandes volumes que têm de percorrer grandes trechos até os portos ou aos centros consumidores. Basta ver que, enquanto uma carreta transporta 30 toneladas, um trem de tamanho médio, transporta 3 mil toneladas.

Além do transporte de riquezas, as linhas férreas poderiam incrementar o transporte de passageiros ligando uma cidade à outra, trazendo maior riqueza para o setor do turismo. Com uma malha de ferrovias ligando todo o país, especialistas acreditam que o incentivo dado ao comércio, como um todo, seria capaz de criar milhões de empregos num espaço de poucos anos.

Com tantas vantagens desse modelo de transporte, a pergunta que persiste há décadas é por que ele ainda permanece dormitando no fundo das gavetas da burocracia estatal?

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Com o que nós planejamos, a gente tira a participação do modo de transporte ferroviário de 15% para 29% em oito anos”.

Ministro Tarcísio Freitas

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Estes, são os retornistas descarados, que não querem enfrentar uma luta direta e vivem buscando “soluções”. De soluções em soluções é que nós chegamos ao que somos hoje: um país às vésperas de uma revolução, às vésperas de uma ditadura. (Publicado em 06/12/1961)

Tamanho é destino

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Charge do Amarildo

 

Não restam dúvidas de que o século XXI, que teve seu início oficial com a derrubada das Torres Gêmeas em setembro de 2001, já pode ser seguramente considerado um dos mais desafiadores para o futuro de toda a humanidade. As múltiplas questões a serem enfrentadas nesse início de século irão requerer, de todos os países do globo, esforços tão ou mais enérgicos do que aqueles realizados nos períodos das duas grandes guerras mundiais.
        É preciso salientar que nesse trabalho em busca de um prolongamento do futuro da espécie humana sobre o planeta, o Brasil, diferentemente de outras épocas, em que sua participação nos problemas mundiais foram periféricas ou sequer notadas, deverá ocupar lugar de grande importância, não sendo exagerado supor que, nesses grandes desafios que se apresentam, nosso país acabe adquirindo um protagonismo central. Continentalidade é destino e compromisso.
        Talvez esteja, nessa missão que se descortina, a oportunidade de acordar de vez o gigante adormecido em berço esplêndido. Para tanto, e apenas para manter essa questão no âmbito interno, a despeito do crescimento vertiginoso da população mundial versus a degradação do meio ambiente, dentro ainda de um contexto de aquecimento global, que papel caberá ao Brasil para dar sua contribuição efetiva à população no que parece ser a maior encruzilhada já experimentada pelos terráqueos? Eis aqui uma indagação que necessita ser respondida com rapidez e racionalidade necessárias diante da magnitude da questão.
        Obviamente que, seguindo uma sequência lógica e de prioridades, o que se impõe logo de saída é que o Brasil resolva de imediato seus grandes e graves problemas de ordem interna. A começar pela diminuição das flagrantes desigualdades econômicas e sócias existentes, não apenas pelo caminho fácil da distribuição de renda, mas, sobretudo, pela distribuição de oportunidades.
        Resolvido esse primeiro nó, a segunda investida deverá ser feita no campo da modernização da infraestrutura do país, dotando o Brasil continental daquilo que vem sendo adiado por séculos, que é a construção de uma malha moderna e eficaz de ferrovias que esquadrinhe o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Sem essas veias de aço, por onde corre o progresso, nada de concreto pode ser alcançado. Para alguns, problemas dessa ordem, que afligem o planeta, não devem constar da agenda de nossos governos que possuem outros planos mais imediatos e com curtíssimo prazo a cumprir.
       No entanto, para aqueles que têm acompanhado os rumos trilhados pela humanidade nesse início de século, mais cedo do que se imagina, o mundo carente e em busca de salvação irá bater à porta do Brasil. Ao se apossar de um imenso e valoroso pedaço do globo terrestre durante a Idade Moderna, os portugueses legaram, talvez sem saber, aos futuros habitantes dessa parte do mundo, um destino e uma missão ciclópica.
        Diante de um planeta que parece arder em chamas, caberá ao gigante gentil e dorminhoco estender a mão ao mundo, dando sentido a sua vastidão de terras.

 

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:
Edir Macedo e Lula não têm nada em comum. Mas os seguidores dos dois são idênticos.”
Dona Dita, pensando com a pulga atrás da orelha.

 

 

Sem educação
O processo seletivo interno de tutores da Escola Superior de Magistério da FUNAB (Fundação Universidade Aberta do DF) foi cancelado por força de uma sentença da 7º Vara da Fazenda Pública do DF, originada por Ação Civil Pública apresentada pelo MPDFT, e mantida pelo TJDFT; atualmente este acórdão desafiou recursos aos Tribunais Superiores e aguardam decisão quanto a sua admissibilidade no STJ e STF.

Foto: Reprodução/TV Globo

 

Amigo
Limonge e sua fina pena nos corrige. Joaquim Barbosa não é ex-ministro do STF, mas ministro aposentado da Suprema Corte.

Foto: especiais.gazetadopovo.com

Bandeira branca
Por falar em correção, fomos acusados de não entender nada de Petrobras ao comentar a inércia da estatal diante do derramamento de óleo em 409 praias brasileiras. Talvez não entendamos mesmo. Mas avisamos aos navegantes que ninguém da equipe dessa coluna fez parte da organização daquele leilão fracassado, onde as impressões gerais se resumiram em decepção e competição fraca.

Foto: exame.abril.com


Futuro próximo
Assuntos importantes serão discutidos pela cúpula dos BRICS, no dia 13. A secretaria executiva da Confederação Nacional da Indústria tratará das parcerias para viabilizar o comércio descomplicado entre o bloco além da regularização de patentes. O diretor de Desenvolvimento Industrial da entidade, Carlos Abijaodi, acredita no sucesso do encontro.

Foto: brics2019.itamaraty.gov

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Mas eu já sei que o senhor está pensando nisto. Pois olhe. O outro lado não dorme. Já há a tese de que o regime parlamentarista só funciona em região demográfica que abranja dez por cento da população do país. (Publicado em 06/12/1961)

O bolo preparado pelo Supremo

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Imagem: g1.globo.com

 

Depois do bolo assado é que se pode saber se a receita estava correta. Assim também vale para a decisão final dada pelo Supremo Tribunal Federal, acabando com a prisão em segunda instância. Os desdobramentos práticos dessa decisão, com a possibilidade de abertura dos presídios e soltura de detentos, incluindo nesse bolo os mais importantes protagonistas dos megaescândalos de corrupção, darão o exato alcance dessa medida.

Em 2014, o ex-ministro Joaquim Barbosa, pouco antes de sua saída do STF, motivada, entre outras razões, pela sequência de ameaças que vinha sofrendo, previa que, num futuro não muito distante daquele ano, no qual muitos mensaleiros de alto coturno foram condenados, haveria a formação de uma maioria de ocasião dentro da Corte para, obviamente, promover retrocessos e manter o antigo status quo. Como bem observado também por colunistas políticos de todo o país, todo esse julgamento, por mais que os ministros tenham dissimulado, tinha um objetivo preciso e oculto, traduzido no fim da Lava-Jato para a soltura oficial de Lula, sob a bênção da própria Justiça que o havia condenado.

Não se pode negar de forma alguma, que nunca antes o bordão “nós contra eles” fez tanto sentido. De fato, a sociedade se mostra claramente dividida sobre essa decisão anacrônica. Uma das questões que se coloca agora é como retroagir todo um país no tempo. Na verdade, o que foi feito com a aprovação da medida, equivale, numa imagem, a retirar a escada do pintor, simbolizado pela Justiça, deixando-o suspenso no ar, seguro apenas pela broxa. A tal da insegurança jurídica, potencializada pela aprovação da Lei contra o Abuso de Autoridade pelo Congresso e, de certa forma, alimentada também pela possibilidade de os políticos utilizarem as verbas bilionárias do fundo partidário para o pagamento de advogados de defesa, é hoje um fator a depor contra a própria Justiça em favorecimento direto aos fora da lei.

Com isso, volta a se organizar a contrarreforma, de olho no passado. Impossível para um observador isento, mesmo dotado do mais alto grau de conhecimento jurídico, não reconhecer que essa decisão, por seu peso político específico, dentro do atual cenário do país, não tenha sido orientada, desde o começo, por viés claramente político.

Os pretensos abusos da Operação Lava-Jato, apontados como desculpa para a marcha à ré na lei, colocam um ponto de interrogação de difícil resposta. A indiferença desse alto tribunal às pesquisas de opinião pública, que apontavam inconteste preferência nacional pela prisão em segunda instância, contrasta abertamente com o fato de que toda a discussão, desde o primeiro dia, foi amplamente contaminada e absorvida pela assombração do chefão petista preso.

A tese marota para que haja a prisão imediata apenas para condenados de crime contra a vida não se sustenta de pé, quando se verifica que a corrupção, como bem lembrou o ministro Barroso em seu voto a favor da prisão em segunda instância: “É um crime violento. Mata na fila do SUS, na falta de leitos, na falta de medicamentos. Mata nas estradas sem manutenção adequada. O fato de o corrupto não ver nos olhos as vítimas que provoca, não o torna menos perigoso”. Por enquanto, melhor ficar apenas de olho no bolo saído do forno, desconfiar, sem levá-lo à boca.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Engraçado. Não estou revoltado. Estou morrendo de vergonha do meu país. Aqui, o certo é errado e o errado é certo. Já nem sei mais como educar meus filhos. Resumindo é isso. Brasil: seja corrupto ou deixe-o.”

Conversa no banco da frente de um ônibus que parou perto do STF

Cartaz na página oficial do MBL no Instagram

 

 

Relaxando

Domingo é dia do Grupo Cultural Azulim. A apresentação da União Charme Dance, Soul Family e Dança Terapia será de 12h as 21h, no Estacionamento da Administração de Sobradinho 2 – Quadra, Ar 13 Conjunto 11, 01 – Sobradinho II. A programação contará com feijoada completa disponível a um preço simbólico de R$ 15 para ajudar com as despesas do Azulim que é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

 

 

Céu caiu

Um pandemônio previsto com a chegada das chuvas. Tomara que os vídeos amplamente divulgados pelas redes sociais norteiem o governador e equipe para as próximas obras. Não há vazão para água pluvial.

 

 

Movimentação

Quase tudo pronto para receber os chefes de Estados que integram o BRICS nos dias 13 e 14 de novembro. No Senado, discussões sobre riscos e oportunidades durante a visita.

Foto: Alan Santos/PR

 

 

Colarinho branco

Câmara aprova em 2° turno PEC que cria polícias penais. Acabaram de perguntar para quê. É que, apesar da importância da iniciativa, o assunto é mal relacionado ao recente julgamento do STF que relaxa a prisão de quem pode pagar advogados.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil, até o fim do ano, terá 999 apartamentos prontos. Mudará, também, mais da metade. E pronto. O resto vem no faro. (Publicado em 06/12/1961)