O papel do Brasil nas mudanças climáticas

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ARI CUNHA – In memoriam

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        Com relação ao combate às mudanças climáticas globais, existe pelo menos um consenso pacificado entre todos cientistas e especialistas que estudam o observam esse assunto: a união de esforços de todos os países do planeta é fundamental para, ao menos, minorar as múltiplas consequências nefastas que se preveem toda a humanidade até o final desse século.

      O importante agora, afirmam os cientistas, é conseguir esse apoio em âmbito global o mais rápido possível, de forma que essas medidas cheguem antes que seja tarde demais. É certo que nesse esforço, envolvendo todos os países, o Brasil terá um papel e uma tarefa importantíssima e não pode, por circunstâncias internas momentâneas, virar as costas para o mundo num momento tão grave e decisivo para todos indistintamente.

         Em relatório elaborado agora, a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta todos os países para unir esforços, a fim de limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau Celsius, de modo a evitar o que chama de catástrofe climática sem precedentes.

         A bem da verdade, mesmo sem esses alertas científicos, já é possível constatar em várias partes do planeta que as mudanças climáticas já estão efetivamente entre nós. De acordo com o último Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), realizado na Coreia do Sul, ainda há tempo de minimizar as rápidas mudanças do clima, mas, para tanto, será preciso a adoção de medidas e transformações radicais no modo como os seres humanos têm vivido até hoje.

       No documento de 400 páginas, cientistas pedem que a humanidade comece a empreender modificações nas fontes energéticas que têm sido usadas até hoje, alterando, inclusive, o modo e a própria maneira como temos produzido nossos alimentos.

         Entendem os especialistas que o limite de temperatura do planeta já foi atingido, e qualquer aumento acima de 1,5 grau Celsius provocará sérias consequências nos ecossistemas e na biodiversidade do planeta, acarretando graves problemas para todos os seres humanos. Atingimos o ponto limite, dizem. Para tanto é preciso reduzir, agora, os níveis de emissão de dióxido de carbono em cerca de 45% até 2030, ou seja, já na próxima década.

     Até 2050, as emissões de CO² terão de ser zeradas, o que acarretará em mudanças significativas e sem precedentes em nosso atual estilo de vida. Para o Brasil estão reservadas tarefas que certamente irão trazer profundas modificações principalmente no setor do agronegócio.

         Para um país que conseguiu atingir um nível de excelência mundial nas áreas de produção de grãos e de criação de animais para abate, a missão que terá pela frente, para ajudar a humanidade a enfrentar o maior desafio de todos os tempos à sua existência, é colossal.

         A agricultura e a pecuária feitas em larga escala afetam profundamente o meio ambiente de diversas formas. A criação de gado para a produção de carne é hoje responsável por 14,5% do total mundial de gases do efeito estufa, além de destruir matas nativas e utilizar uma quantidade imensa de água. Para cada 500 gramas de carne produzidas, são necessários 7 mil litros de água. “O mundo poderia alimentar sua crescente população, sem causar danos irreparáveis ao meio ambiente, se as pessoas consumissem menos carne, cortassem pela metade o desperdício de comida e adotassem melhores práticas agrícolas, afirmam os cientistas do IPCC.

A frase que foi pronunciada:

“A amizade duplica as alegrias e divide as angústias ao meio.”

Francis Bacon

Pronta

Joenia Wapichana promete longas batalhas como deputada federal. Advogada, a indígena foi eleita por Roraima. A principal meta dela é impedir a venda de terras dos índios.

Foto: oglobo.globo.com
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Prévia

PSDB já deu uma ideia do que acontecerá durante a tentativa de aprovação da Reforma da Previdência. Se tirar o direito de quem estiver para se aposentar perderá apoio.

Proposta

Senadora Ana Amélia deve deixar o Senado com uma missão cumprida. Menos burocracia para o registro de insumos e medicamentos inovadores importados.

Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Release

O Departamento de Estradas de Rodagem informa que, neste domingo, serão bloqueadas quatro faixas de rolamento sobre a Ponte do Bragueto sentido Lago Norte, das 7h às 17h, para a instalação de estruturas metálicas. Durante a interdição, será executado um pequeno desvio para possibilitar o acesso à pista contrária, que irá funcionar, com mão e contramão (sentido duplo), até o final da ponte do Bragueto.

Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press
Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press

História de Brasília

Para um encontro com quinze bispos, viajou ontem a Goiânia o deputado Paulo de Tarso, cujas conferências em todo o país vêm chamando a atenção sobre a interpretação à encíclica “Mater et Magistra”. (Publicado em 31.10.1961)

Um novo e problemático mundo se anuncia

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ARI CUNHA

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Charge: marlivieira.blogspot.com
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          Se prosseguimos em nossa marcha insana de destruição da terra sob nossos pés, em pouco tempo não restará lugar algum onde possamos sentar para ao menos refletir sobre nossos problemas do dia a dia. As grandes migrações que ameaçam todo o continente europeu, muito mais do que os conflitos mundiais, colocam em risco a estabilidade mundial, criando problemas geopolíticos de tal ordem que até mesmo os atuais organismos internacionais se vêm impossibilitados de resolver.

      Num mundo interdependente, não há como fechar os olhos para essas questões globais. Mesmo nossos problemas internos, estampados diariamente nas manchetes de jornais, perdem sua importância e primazia diante do que vem se desenhando no planeta. As mudanças climáticas globais, da qual nós temos uma parcela imensa de responsabilidade pela forma criminosa como estamos lidando com o meio ambiente, trarão consequências para todos indistintamente. Cientistas que se debruçam em questões ambientais são unânimes em reconhecer que as alterações climáticas irão aumentar, sobremaneira, a vinda de estrangeiros para o Brasil, gerando problemas ainda maiores do que já enfrentamos. Mesmo aqui no Continente, o degelo dos Andes, já iniciado, provocado pelo aquecimento nas temperaturas globais, ao comprometer o abastecimento de água de muitas populações locais, irá provocar intensos movimentos migratórios de difícil controle.

           As extensas fronteiras terrestres entre o Brasil e esses países do continente serão empurradas para dentro, com a ocupação massiva, não só da região amazônica, mas das regiões do Cerrado, indo engrossar, ainda mais, as periferias das grandes cidades do país.

        Simultaneamente, enquanto esse movimento irá ocorrer com mais frequência de fora para dentro, internamente prosseguimos na destruição e no desmatamento da Amazônia e do Cerrado para atender ao mercado externo por commodities agrícolas. O século XXI será, sem dúvida alguma, uma época de encruzilhada e provações gigantescas, redesenhando o planeta e trazendo questões vitais para a humanidade, jamais pensadas.

         Internamente, nossa política de migração terá que se adaptar às novas demandas mundiais, não sendo poucos aqueles que acreditam que haverá um endurecimento nessa questão, semelhante ao que já ocorre na Europa e nos Estados Unidos.

      Para os ecologistas, haverá uma intensificação cada vez maior das secas e dos fenômenos como tornados e furacões, obrigando o grande deslocamento de populações. Populações de países como o Peru, Equador, Guiana, Colômbia, Haiti e mesmo a Venezuela irão, segundo os especialistas no assunto, exercer grande pressão sobre o Brasil, criando problemas que nem mesmo num futuro próximo teremos condições de solucionar.

       O derretimento do gelo dos Andes, já visto hoje como o mais rápido e crítico de todo o planeta, prejudica, principalmente, aquelas cidades que fazem uso das águas dessas geleiras milenares. A questão dos imigrantes ambientais no continente é ainda um assunto que tem passado ao largo nas preocupações de nossas autoridades, mas a realidade que se anuncia, quando milhões de deslocados passarem a pressionar até mesmo a soberania nacional, mudará, obrigatoriamente, uma mudança de atitude.

        Medidas já são urgentes. Antes que a calamidade seja global, não é possível ignorar os fatos ou improvisar no caos.

A frase que foi pronunciada:

“A luta contra o aquecimento global é mais do que uma questão ambiental. É condição essencial para fornecer ao mundo comida e água, para salvar a biodiversidade e proteger a saúde, para combater a pobreza e a migração em massa, para desencorajar a guerra e promover a paz ao final do dia, para dar ao desenvolvimento sustentável e à vida, uma chance.”

Laurent Fabius, ministro francês e presidente da COP 21

Charge: relacoesbiodiversas.blogspot.com
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Políticas públicas

Dia 4 de julho, na sala Nexus da Enap (SAIS Área 2 A), pesquisadores lançarão o Caderno Capacidades Estatais para produção de políticas públicas. Serão apresentados os resultados da pesquisa sobre o perfil, funções e capacidade dos servidores públicos federais de administração direta no processo de produção de políticas públicas. As inscrições podem ser feitas no e-mail pesquisa@enap.gov.br.

Conjunto

Foram 375 internautas que elogiaram o estacionamento do Conjunto Nacional, na página do shopping. Realmente merece reconhecimento. É moderno, flui bem, tem espaço para os pedestres e o valor não extrapola a razão.

Foto: conjuntonacional.com.br
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Lacuna

A Rádio MEC FM do Rio sempre nos envia convites para os concertos que promove. Bem que a rádio MEC AM de Brasília poderia se transformar em FM e continuar com a maravilhosa programação. Já que a Brasília FM deixou de ser cultural para apresentar uma programação totalmente sem sal, o espaço está aberto.

Imagem: radios.redecol.com.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Goiânia da gente de Goiás velho, gente do Norte do Estado, gente de todos os Estados do país. Goiânia simpática, que abriga o forasteiro com o carinho de irmão, Goiânia dos flamboyants floridos, que esperam o aniversário da cidade para fazer as ruas amanhecerem com seu tapete de flores. Bom dia, Goiânia. (Publicado em 24.10.1961)