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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Mesmo diante de um mundo em marcha rápida para um processo irreversível de globalização, nossas Relações Exteriores foram transformadas, de instituição do Estado, numa espécie de apêndice do governo, a experimentar as mais vexaminosas atuações nos foros internacionais. Ainda nos dias atuais, essa atuação apagada e sem o brilho e personalidade de outrora, permanece como um sinal desses tempos de mediocridade e de flagrante despreparo e falta de ética de nossas elites políticas.
Com a nossa diplomacia esvaziada e colocada a reboque dos anseios do governo e com o reconhecimento tácito de que nossas Forças Armadas, dificilmente, conseguiriam retaliar uma suposta tomada da região Amazônica por forças estrangeiras, não seria exagero acreditar que apenas a sorte ou um tipo qualquer de milagre assegura efetivamente a soberania do Estado Brasileiro sobre essa imensa região.
Diante de uma constatação como essa e diante dos conhecidos titubeios dos organismos internacionais em conter disputas territoriais, a sorte sobre os destinos da Amazônia está muito mais entregue às suas populações locais, do que propriamente ao governo. O governo já provou sua incapacidade total em combater e vencer inimigos como o fogo, os madeireiros, as invasões de terras, os pecuaristas, os mineradores e outros ecocidas dessa região.
Se nem mesmo esses destruidores desarmados são vencidos numa batalha interna, que dirá caso essa região venha a ser invadida por forças estrangeiras, sob o pretexto de preservação do ecossistema do planeta. Numa hipótese como essa e que não pode ser descartada, tendo em vista a situação global de alarme que atravessamos, de que adiantariam as bravatas e os apelos patrióticos e panfletários como os feitos pelo atual governo?
A Amazônia é nossa, na medida em que possamos demonstrar ao mundo nossas reais capacidades de cuidarmos dela comme il faut. Convenções, tratados e outros acordos podem muito bem serem desconsiderados e tornados letras mortas. A emergência do aquecimento global pode também, numa situação desse tipo, se sobrepujar aos conceitos abstratos como patriotismo, nacionalismos e outros ismos de apelo populista. A instalação de um general, como uma espécie de interventor nessa região, tem provado a pouca eficácia em conter o avanço de uma destruição que é acompanhada par i passo, ao vivo e a cores por todo o mundo. As declarações de êxito nessa missão são desmentidas a cada imagem de satélite que é publicada nas redes mundiais.
Numa emergência dessas proporções, o mais sensato, se é que se pode falar em sensatez nesses tempos atuais, seria a transferência provisória da capital para àquela região, com a concentração total de esforços para assegurar a preservação dessa região, que tem nos pertencido muito mais por questões de acidente geográfico do que por merecimento.
Não bastassem as ações tímidas e pouco eficientes desse governo em contornar essa que é uma crise, ao mesmo, tempo interna e externa, a atuação do atual ministro do meio ambiente vai na contramão do que se espera de uma pasta dessa importância numa época como a que atravessamos. A importância desse tema parece escapar à percepção de nossas autoridades, muito mais preocupadas com o processo eleitoral do que com a realidade debaixo do nariz.
Na Europa e nos Estados Unidos, a Amazônia e agora o Pantanal têm sido temas de discussões e preocupações nos diferentes fóruns de debates. Ameaças como as feitas pelo candidato à presidência dos EUA, Joe Biden, alertando nosso governo para parar de destruir a floresta ou vir a ter que enfrentar consequências econômicas, podem muito bem escalar para outros níveis, caso essas advertências não venham a se concretizar em ações de fato.
O mais trágico numa situação como essa é que, em caso de conflagração para retirar a soberania brasileira sobre essa região, terá que ser enfrentada não diretamente pelos responsáveis que erigiram essa tragédia, mas pelas mesmas populações de pés descalços e famintas que, há séculos, assistem a sequência de descaso do governo e os casos de corrupção que drenam recursos preciosos dessa região secularmente. Tal como na obra: “A Oeste nada de novo”, de Eric Maria Remarque (1898-1970), e que agora completa quase um século de sua publicação, fica a lição: as guerras não possuem nenhuma lógica do ponto de vista de quem está no front. Esses conflitos só interessam aos generais, ministros e outros membros da alta classe, que lucram com a morte de jovens inocentes.
A frase que foi pronunciada:
“A Justiça é tão poderosa e necessária no mundo, que o próprio Júpiter não tem direito de ser injusto, uma vez estabelecidas as leis do universo.”
Plutarco
Carroças
Foi o então presidente Collor quem trouxe carros melhores para substituir as “carroças” dos anos 80 que haviam como única escolha no Brasil. Dê uma espiada no blog do Ari Cunha. Em termos de carros, continuamos com verdadeiras carroças. Veja o Mercedes Benz AVTR.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Vou pedir ao Nauro Esteves para redesenhar a área interna das superquadras, para que os carros possam atingir os postos de assistência apenas por um lado, mantendo interrompido o tráfego na W-1. (Publicado em 17/01/1962)
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Da África, talvez o continente mais economicamente sofrido e espoliado na história da humanidade, vem um dos muitos e bons exemplos que precisamos para nossa salvação futura. Na Etiópia, um dos países mais populosos e pobres daquele continente, o governo empreendeu uma jornada em que, em apenas 12 horas, uma força-tarefa, atuando em mais de mil áreas daquele país, conseguiu a façanha de plantar mais de 350 milhões de árvores. Um recorde mundial.
Também a Índia, castigada pelos desflorestamentos, vem empreendendo um grande esforço para recuperar, ao menos, algumas de suas florestas. Na última empreitada, 800 mil voluntários plantaram mais de 50 milhões de árvores em 2016 e prosseguem plantando. Na China, parte ociosa do que seria o maior exército do planeta tem sido deslocada para a mesma tarefa no Norte do país. São mais de 60 mil soldados empenhados nessa tarefa. Os fuzis cedem lugar às ferramentas agrícolas. A intenção do governo é criar uma nova floresta na região de Hebei, numa área de mais de 84 mil quilômetros quadrados. Para todo o país, a meta é atingir uma cobertura de mais de 23% daquele grande continente até o final deste ano.
São esforços pontuais e que podem fazer a diferença num futuro não muito distante. Cientistas acreditam que, pelo estágio atual de degradação do planeta, será preciso, ao menos, o plantio de mais de 1,2 trilhão de novas árvores, apenas para arrefecer a Terra e livrá-la dos efeitos maléficos do aquecimento global, que já está atuando entre nós.
A situação, que é bem do conhecimento dos técnicos das Nações Unidas, tem estimulado ações dessa Organização com vistas a um projeto já em andamento, cuja a meta é plantar 4 bilhões de novas árvores nos próximos anos.
Por todo o mundo, projetos semelhantes estão em andamento, uns ambiciosos e outros mais modestos, mas já são de grande valia em seu conjunto. Entre todos, os mais ambiciosos são os que vêm sendo erguidos nas bordas do grande deserto do Saara, também na África. Em nenhum lugar do planeta, as mudanças climáticas são mais impactantes do que as que ocorrem nos países margeados por esse grande deserto. O deserto vem aumentando de área num ritmo assustador nos últimos anos. Com ele, vem o clima cada vez mais inóspito à vida, com temperaturas que ficam numa média próxima aos 50 graus centígrados.
Com esse fenômeno, vem também a escassez de água, cada vez mais assustadora e já motivo de conflitos permanentes na região. Financiado pelo Banco Mundial, pela União Europeia e pelas Nações Unidas, projeto unindo vários países locais visa erguer uma gigantesca barreira verde de árvores, que irá cobrir uma área de mais de 8 mil quilômetros, atravessando todo o continente africano na parte sul do deserto do Saara, formando uma enorme muralha para conter o avanço da areia. A meta é erguer essa Grande Muralha Verde até 2030, cobrindo com reflorestamento uma área de 247 milhões de acres ou, aproximadamente, 100 milhões de hectares.
Em nosso mundo, em todo o tempo e lugar, sempre existiram homens movidos pela paixão de plantar árvores, como se recebessem essa missão diretamente das mãos de Deus. Não precisamos ir muito longe para descobrir alguns desses personagens raros e muito caros a todos nós. Aqui mesmo na capital, entre tantos anônimos que contribuem para uma capital mais verde, um nome vem à memória sempre que paramos para apreciar a beleza dos Ipês multicoloridos e de outras muitas espécies de árvores que foram plantadas ao longo de décadas.
Trata-se do saudoso agrônomo cearense, Ozanan Coelho, um personagem que o Correio Braziliense já nomeou como sendo o homem que, durante mais de 30 anos, foi o responsável por ter plantado grande parte dos belos jardins da capital e que hoje fazem de Brasília uma cidade bucólica, como pretendida por seu idealizador Lúcio Costa.
A frase que foi pronunciada:
“Se não erro ao decifrar a voz dos vegetais, eis que suspira a muda de pau-ferro no silêncio do ser: – Eu sei que fui plantada com música, discurso e tudo mais, para alguém no futuro, oferecer sem discurso e sem música o prazer da derrubada.”
Carlos Drummond de Andrade, um dos mais influentes poetas brasileiros
Classe média
Contratos de aluguel começam a receber ajuste de até 13%. Em tempos de pandemia, o assunto precisa ser melhor estabelecido.
Programa
Veja, no link No Sofá Amarelo com Tânia Fontenele, sobre a vida das mulheres durante a construção de Brasília. Vale a pena!
Exemplo
Importante divulgar o trabalho da UnB em relação a um grupo de profissionais que oferta apoio psicológico à comunidade universitária durante a pandemia. Nos próximos dois meses, o projeto Laços na Saúde irá organizar um cine debate sobre o documentário Silêncio dos Homens, e mesas com os temas: Alimentação e ansiedade; Finanças e emoções; Trabalho remoto: desafios e avanços e Resiliência: vamos pôr em prática?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Do Banco Comercial do Estado de São Paulo recebo a comunicação de que tão logo a Prefeitura plante as árvores em sua quadra, ele e o City Bank ficarão responsáveis pela sua conservação. Ajude a cidade. Participe da campanha de apadrinhamento das árvores da W-3. Você que mora nessa avenida, ou tem sua casa de comércio, telefone para 2-2803, e se aliste para defender as árvores. (Publicado em 16/01/1962)
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Recebi, muitos anos atrás, de Helival Rios, um link, da sociedade Canadá, de um filmete contando a história “O homem que plantava árvores”. Quem já leu o livro de Jean Giono (1895-1970), com o mesmo título publicado em 1953, deparou-se com a frase: “…os homens poderiam ser tão eficazes como Deus em algo mais que a destruição.” Com isso, o autor quis dizer que os homens poderiam, se assim dispusessem, imitar o Criador, erguendo e cuidando de todas as formas de vida sobre a Terra, e não destruindo e reduzindo a cinzas como faz a morte, ao deixar escombros e aridez por onde passa.
A observação de Jean veio a propósito da incansável atividade de Elzéard Bouffier, o personagem principal, que, durante a maior chacina de nossa história, representada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), continuava, dia após dia, plantando carvalhos numa região agreste dos Baixos Alpes franceses, já abandonada pela população local, devido ao desmatamento secular promovido pelos carvoeiros naquela região.
O contraste, entre quem cuidava de recuperar a vida da região e o morticínio irracional da Guerra de 14/18, é flagrante e mostra, de forma crua, como os homens podem, ao mesmo tempo, abandonar de lado a vida em sua plenitude e seguir os passos da morte, mesmo sabendo dos resultados dessa opção.
O texto, que chegou ao Brasil num curta metragem, foi publicado em livro, e parece cada vez mais atual, justamente por mostrar a capacidade do ser humano em mudar o mundo ao seu redor, tanto para o bem, quanto para o mal. Nesses tempos, em que o nosso planeta experimenta, por meio do fenômeno do aquecimento global, o que talvez seja o seu maior desafio de todos os tempos, e que pode pôr um fim à existência da própria espécie humana na Terra, nada mais hodierno e premonitório do que as mensagens contidas nesse texto escrito ainda no século passado.
Buscar o exato significado para as árvores, num tempo em que ainda se acredita não existir nenhum, é uma tarefa e um desafio que pode nos colocar hoje entre permanecer por essas paragens ou ter que sair de fininho para outros mundos para não perecer. O desafio gigante que, na obra, é realizado por um só homem, durante mais de 30 anos em que plantou, naquela região, milhões de árvores, pode ser uma das respostas para esse dilema da atualidade.
Embora pareça uma tarefa impossível recuperar o planeta da degradação imposta pelas consequências da Revolução Industrial em sua ânsia por adquirir matérias-primas, o livro mostra que bastou a persistência de apenas um indivíduo para mudar a realidade local. “Um único homem, reduzido a seus recursos físicos e morais, foi capaz de transformar um deserto em uma terra de Canaã”, diz o autor.
O que conhecemos hoje por meio da palavra muito em moda: resiliência, que significa a capacidade de resistir e se adaptar às mudanças, tanto pode ser aplicada ao homem como à própria natureza, desde que lhes sejam ofertados a oportunidade. A esse fenômeno, que muitos classificam como um sinal e uma semente da própria vida, é que pode estar a redenção, ou não, da humanidade.
Obviamente que os exemplos a seguir não devem se resumir a uma obra de ficção. Mas podem nela se inspirar para promover as mudanças necessárias e urgentes que o momento exige. Toda grande obra pode ter seu início apenas movida pela inspiração trazida pelos belos exemplos, sejam eles reais ou não. O primeiro passo é o das ideias, dado ainda no mundo abstrato dos projetos mentais. Pode vir a ser realidade concreta, pelo esforço físico, o que é uma mera consequência da capacidade de pensar. Nesse caso, pensar num mundo em que a vida seja ainda uma possibilidade real e que valha a pena.
A frase que foi pronunciada:
“As árvores são poemas que a terra escreve sobre o firmamento. Derrubamos para transformá-las em papel registrando nosso vazio.”
Kahlil Gibran, ensaísta, poeta e pintor de origem libanesa
Vítimas Unidas
Se os algozes têm a proteção da lei, as pessoas atacadas pela violência resolveram se unir formando o grupo Vítimas Unidas. Recebem ameaças constantemente, a ponto de terem pedido socorro à ministra Carmen Lúcia, quando presidia o STF.
Visto
Em parceria com o memorial JK, o Conselho Editorial do Senado lançou o segundo volume de “Memórias do Brasil”, com os discursos de JK feitos em 1957. O primeiro volume, lançado em 2019, trazia os discursos de 1956, primeiro ano do mandato presidencial de Juscelino. Veja, no blog do Ari Cunha, a transmissão da TV Senado aberta pelo senador Randolfe Rodrigues.
Lido
O assunto da abertura de hoje e de amanhã está coincidentemente tratado nas historinhas de Brasília publicadas em 1962, que podem ser lidas abaixo da coluna. A capital tinha um defensor: o titular Ari Cunha, que sempre procurou o que era melhor para a cidade.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Continuam fumando livremente, os cigarros ou charutos que bem entendem os passageiros da TCB. Efeito excelente vem surtindo a nossa campanha, par apadrinhamento das árvores da W-3. Afora as firmas já publicadas, aderiram à campanha a Mercearia Pirapora (6 árvores), Lourival Almeida, da Drogaria Juvenal, na Quadra 9, Floricultura Brasília, Bimbo – refeições rápidas, Vasp, Síntese, Arte e Decorações, da quadra 8. (Publicado em 16/01/1962)
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Cartaz exibido por uma jovem manifestante em Milão, na Itália, durante a marcha realizada em vários países contra o aquecimento global, resume bem o que pretendem as novas gerações sobre essa questão tão delicada e vital para a humanidade: “Mudemos a política, e não o clima”, dizia resumidamente com propriedade o letreiro.
Essa pode não ser a direção a ser tomada pelos 200 países representados na COP 25, a cúpula do clima, reunida em Madri de 2 a 13 de dezembro, mas, com certeza, é um excelente mote para esse encontro, com mais de 29 mil pessoas, em busca de um caminho viável e urgente para evitar os impactos catastróficos provocados pelos humanos no clima do planeta. De fato, pouquíssimos são os países que seguem o cronograma acertado ainda em 2015 pelo Acordo de Paris, quanto à redução na emissão dos gases de efeito estufa.
A grande maioria dos países que vêm discutindo esses acordos ainda busca internamente meios de reduzir essas emissões sem afetar questões como a produção e os empregos. A substituição das fontes poluentes por energia limpa e renovável ainda parece uma meta distante para muitos. Os governos sabem que essa questão, no âmbito interno de cada uma das economias e de suas características básicas de produção, permanece sendo um problema político de difícil resolução a médio e curto prazo.
Para muitos políticos, seguir a cartilha de Paris, na contenção dos gases de efeito estufa, provocados pelas indústrias, sem um desaceleramento no ritmo do crescimento de seus países, é um problema que ainda não possui um horizonte seguro. Por outro lado, pressentem também que se não agirem a tempo de evitar uma catástrofe mundial, estarão cometendo um crime contra a humanidade.
O slogan adotado para essa cúpula em Madri, reflete também a urgência de um problema que é de todos igualmente: “Hora da Ação”. Os alertas feitos pelos maiores especialistas e cientistas sobre questões climáticas, acerca do progressivo aumento nas temperaturas no planeta, não deixam dúvidas de que os avisos são verdadeiramente sinistros e preocupantes.
A possibilidade de que esses acordos avancem, além daqueles que foram fixados há quatro anos, cabe agora à forte pressão que vêm fazendo os jovens em todo o mundo, particularmente nos países industrializados. A conscientização crescente de que serão justamente as próximas gerações aquelas que herdarão, talvez, um planeta inabitável e inóspito vem turbinando esses protestos mundo afora. Essa interrupção secular na guerra contra a natureza é o que pretendem os novos herdeiros do planeta, cientes de que essa batalha do bem é a única que importa nesse momento crucial da humanidade.
A frase que foi pronunciada:
“O clima está mudando mais rápido do que as ações para lidar com a questão.”
Barack Obama, ex-presidente norte-americano
Mudança de hábito
A cada limpeza de bueiros, o pessoal da Caesb encontra pneus, móveis e outros objetos que deveriam ser descartados de forma correta. Falta uma campanha educativa para que a população compreenda que ela mesma é prejudicada com esse tipo de atitude.
Desrespeito
Anote esse número: 0800 704 0465; é do atendimento da Gol. A lei do telemarketing prevê várias formas abusivas desse tipo de abordagem. Agora, um passageiro precisar de atendimento e aguardar por mais de 20 minutos ao telefone é um desrespeito que pode ser acabado com uma bela multa para as empresas.
Ócio
Açougueiros serão demitidos em massa se o preço da carne continuar como está. Nos mercados, os preços abusivos foram suficientes para debandar as filas.
Novidade
Marconi Gonçalves Brasileiro de Sant’anna e Bruna Alencar do Amaral executarão o Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Defensoria Pública e a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais. O objetivo é atender aos pedidos de acesso a certidões pela Plataforma da Central de Informações de Registro Civil de Pessoas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ainda não se deu uma explicação, no caso da firma que construiu a rede de esgotos pluviais, porque estas galerias não têm capacidade de escoamento. Nos dias de chuva a cidade fica inundada, os trevos intransitáveis, a cidade imunda. (Publicado em 07/12/1961)
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Enquanto o Brasil se ocupa em discussões paroquiais e frívolas tais como as crises cíclicas geradas de modo artificial pelo núcleo palaciano, o mundo desenvolvido se debruça sobre um assunto verdadeiramente substancial e que diz respeito à sobrevivência da própria espécie humana, dentro de um cenário, envolvendo, por um lado, o aumento da pobreza e, por outro, a destruição do meio ambiente e do delicado equilíbrio do planeta.
Em boa hora, a premiação do Nobel de Economia foi concedia a um trio de pesquisadores, Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer, que desenvolveu um amplo estudo sobre a redução da pobreza e os incentivos necessários para beneficiar essa parcela majoritária da população mundial que cresce em um mundo que parece caminhar para a recessão.
Em paralelo a essa premiação, está sendo apresentado agora também um estudo que mostra que a natureza já não pode mais sustentar devidamente os humanos. Intitulado Natural Capital Project, os estudos feitos por diversos cientistas mostram que metade da população mundial irá sofrer com a redução dos mecanismos naturais como a polinização por insetos e aves e a limpeza das águas nas próximas três décadas.
Com a destruição paulatina dos recursos naturais e o incremento dos efeitos do aquecimento global, o aumento da pobreza, por escassez de alimentos e falta de água potável, poderá conduzir a humanidade a um dos seus mais dramáticos cenários desde o surgimento dessa espécie sobre o planeta. Se, por um lado, os economistas premiados vão em busca de estudos e análises que possam, ao menos teoricamente, melhorar nossa capacidade de combater a pobreza com a adoção de novas tecnologias e novos parâmetros na produção de alimentos, por outro ângulo, diversos cientistas têm insistido nas sérias consequências que estão por advir em razão da desestabilização profunda provocada nos diferentes ecossistemas e processos biológicos.
Em um ponto, esses pesquisadores concordam: é a espécie humana a principal responsável pelo seu destino final. Nesse sentido as ações antropogênicas estão por trás dos efeitos causados ao meio ambiente. Já há alguns anos, os cientistas vêm alertando para a morte das abelhas, causada principalmente por agentes químicos presentes em muitos defensivos agrícolas.
Em todos os lugares do planeta onde se verificaram o uso desses pesticidas, centenas de milhões de abelhas apareceram mortas. Pelo papel insubstituível que exercem no processo de polinização das plantas, as abelhas foram reconhecidas recentemente como o ser vivo mais valioso e fundamental para a existência de muitas espécies, inclusive do próprio ser humano.
O efeito estufa, o uso de combustíveis fósseis, o aumento nos níveis de mar, a poluição das fontes de água potável, a expansão do agronegócio com desmatamento, uso de transgênicos e de pesticidas extremamente venenosos para o ecossistema planetário somam-se ao aumento da pobreza em muitas partes do mundo, fazendo desses fatores somados uma bomba prestes a explodir com consequências verdadeiramente preocupantes.
A frase que foi pronunciada:
“Nós no Brasil, nos últimos anos, criamos um conceito de que os criminosos são vítimas de uma sociedade. Esse é o conceito que vige quando falamos em leis, cadeias reclusão e penas. Isso não é verdade. O ser humano é dotado da capacidade e vontade de tomar decisões. Ele tem livre arbítrio. E a sociedade é que tem que dizer a ele se o comportamento que escolheu cabe ou não cabe no convívio social.”
Senador Carlos Viana, convidando os parlamentares a repensar o Código Penal e Código de Processo Penal para ricos e pobres.
Avanço
Impressionado com o projeto Sirius em Campinas, o senador Izalci Lucas está empenhado em aumentar os recursos para o programa. Trata-se de uma nova fonte de luz, pela tecnologia da luz sincrotron. Veja tudo sobre o assunto no link issuu.com.
Tapa
Escrito num papel deixado na parada de ônibus perto da praça do Buriti: “Não adianta colorir os monumentos da cidade de rosa, se as mulheres não conseguem marcar uma mamografia pelo SUS”.
Título
Homenageado na Câmara Legislativa o mastologista Farid Buitrago Sánches, com o título de Cidadão Honorário. A autora da homenagem é a deputada petista Arlete Sampaio. O homenageado é graduado em medicina pela Universidade Militar de Nova Granada, na Colômbia.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O senador Juscelino Kubitschek desembarcou em Brasília, de um avião de propriedade do sr. Sebastião Paes de Almeida. Dois jornalistas estavam conversando ao lado, comentando o fato. (Publicado em 01/12/1961)
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Juntando as peças do imenso e delicado quebra-cabeça que forma o momento histórico atual, já é possível vislumbrar o que parece ser um novo fenômeno mundial que vai se desenhando no vácuo do poder deixado pelo descrédito inédito da maioria das lideranças políticas nesse início de século XXI. A instantaneidade das informações, propiciada pelas redes de computadores, a relativa liberdade no fluxo de mensagens, estão ligando jovens em todo o planeta em tempo real em prol do que se percebe como a salvação urgente do planeta.
As manifestações que vêm ocorrendo em diversos países do Ocidente possuem dois elementos em comum: são formadas por jovens de todas as idades, imbuídos por um desejo sincero de salvar o planeta e, por extensão, a própria raça humana do que já é considerada, por muitos cientistas, a maior encruzilhada já experimentada pelos humanos, desde o seu surgimento sobre a Terra. Na verdade, são eles que herdarão essa Terra que aí está, degradada por um modelo de exploração que não prevê futuro algum à frente. A descrença crescente que marca muitas das atuais lideranças políticas dessa parte do Globo tem aberto caminhos por onde os jovens vão tomando a liderança de um movimento que não pode aguardar mais soluções burocráticas e atreladas a uma agenda puramente econômica. A questão aqui é de sobrevivência.
Por conta disso, os jovens, em boa parte do mundo, já perceberam que o tempo político é por demais elástico para acompanhar os acontecimentos que vão num crescendo alarmante e, por isso, pretendem o protagonismo nessa questão. Obviamente que os políticos, com receio de seus embustes, fazem orelhas moucas a essas reivindicações, considerando-as apenas mais uma manifestação sem lastro. Parece que desta vez os políticos estão errando em suas avaliações. Muitos daqueles que vêm acompanhando essas manifestações acreditam estar assistindo a um verdadeiro ponto de inflexão na questão ambiental. De fato, o que se sabe, a essa altura dos acontecimentos, depois de imagens que correm o planeta mostrando incêndios devastadores, inundações, desmatamento, desaparecimento de geleiras e de muitas espécies de animais e plantas, é que na maioria dos países desenvolvidos, as manifestações em prol da preservação do meio ambiente estão tirando o sossego dos líderes políticos, ameaçando seus governos e fazendo os eleitores se afastarem da velha agenda e de seus postulados.
Pela proporção que esses fatos ligados à sobrevivência do planeta ganharam em muitos países, não só os políticos foram ofuscados e tornados obsoletos, mas muitos organismos, que lhes serviam de palanques, perderam a luz própria. O movimento Fridays for Future parece ter tomado a dianteira e a agenda de fato dessa questão. Num mundo interligado, atento e atônico com seu próprio futuro, as lideranças mais velhas perderam o rumo e a capacidade de conduzir. Até mesmo as Organizações Não Governamentais parecem estar fazendo um papel de plateia e de figurantes para essa nova geração que quer agora a direção e o comando do planeta.
A frase que foi pronunciada
“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos. E, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”
Khalil Gibran, filosofo libanês.
BTS
Foi uma grande ideia aproveitar o nicho de passageiros no setor de clubes. Com contratos de fretes, a empresa faz parceria com diversas instituições localizadas naquela área.
Vigilância
É comum ver carros da polícia judiciária rondando os estacionamentos dos tribunais, já que a arquitetura favorece uma longa caminhada dos funcionários. Como o final do expediente termina já à noite, a área é bastante vulnerável.
Clubes
Assefe aproveitou bem a área do clube dos funcionários do senado para instalar a creche. Ambiente maravilhoso para o desenvolvimento da criançada. Fica o exemplo para outras associações.
História de Brasília
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Enganam-se as autoridades brasileiras caso acreditem que o governo americano, que parece lhe servir de modelo, fará vistas grossas aos incidentes que vêm ocorrendo na região amazônica. Principalmente com relação à leniência com que o atual governo vem tratando essa questão. Não existe a tão almejada amizade fraterna entre governos, como erradamente sonham alguns dentro e fora do Palácio do Planalto.
O mundo move-se pelo interesse, em nome do qual não hesita fazer a guerra. Prova disso é que assim que retomaram seus trabalhos, os congressistas americanos focaram seus debates sobre os últimos acontecimentos havidos na região amazônica, principalmente na parte brasileira. Tido por muitos políticos daquele país como uma espécie de quintal próprio, a Amazônia vem tomando lugar entre as preocupações de americanos e de europeus, receosos que de essa região venha, conforme advertem os cientistas, entrar num processo irreversível de destruição, com sérios prejuízos para todo o planeta.
A bancada democrática americana vem pressionando para que o governo adote uma postura mais dura com relação aos produtos brasileiros, sugerindo, inclusive, que se adote uma proibição às importações de determinados itens. A punição se estenderia também aos acordos de livre comércio. Entre os itens que poderiam sofrer restrições estão o petróleo, o milho, o papel, o tabaco, o açúcar, a madeira, o couro, a soja e a carne, ou seja os principais produtos da pauta de exportação brasileira destinados para aquele país.
Do desmatamento que segue sem restrições, inclusive impulsionado pelo mercado chinês, as preocupações se estenderam às queimadas descontroladas que varrem parte significativa do bioma da região. Curioso notar que esses embargos poderiam englobar também a assistência militar, assunto de grande interesse para o governo brasileiro.
Durante os debates que se seguiram, foi aberta ainda uma oportunidade para que a pesquisadora brasileira do Peterson Institute for International Economics e diretora do Programa de Estudos Latino Americanos da Johns Hopkins University, Monica De Bolle, apresentasse sua visão sobre a questão amazônica. Em sua avaliação, o governo brasileiro precisa entender que o comércio no século XXI exige uma estreita simbiose entre ecologia, economia, principalmente na área comercial. “sob Bolsonaro e sua guerra ideológica contra o clima e o ambientalismo, muitos predadores passaram a se sentir confortáveis em depredar a Amazônia”, afirmou a pesquisadora, para quem é preciso que o governo reveja, o mais urgente possível, o desmonte das regulações e das agências ambientais como o Ibama e o Inpe.
Bolle criticou também a atuação do governo Trump em não aderir, de forma racional, à agenda ambientalista. “O fogo na Amazônia não é só uma tragédia, mas também uma oportunidade para que os governos do Brasil e dos Estados Unidos parem de negar as mudanças climáticas e passem a cooperar em estratégias para preservar a floresta e o meio ambiente” afirmou.
A frase que foi pronunciada:
“Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a força da lei.
Mas quem são mesmo os amigos e os inimigos? ”
Alguém na Praça dos Três Poderes, bastante confuso.
Cuidados
Não é só por causa da seca que a conjuntivite aumenta. Uma vistoria nas grandes clínicas dos olhos em Brasília seria interessante. De um paciente para o outro, o que se passa nos equipamentos é um papel seco. Nada mais.
Anjos inocentes
Fica, em Samambaia Norte, a instituição Santos Inocentes. Na QR 425, Conj. 5. Essa casa, além de rejeitar o aborto, recebe as adolescentes e mulheres que resolveram manter a vida da criança, apesar das dificuldades. Esse é um bom lugar para se investir. Veja como no link Como colaborar.
Receitas
Quase um terço de todos os alimentos que produzimos, 1,3 bilhão de toneladas por ano, é perdido ou desperdiçado. A informação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Veja, no link Sete receitas com cascas e bagaço de alimentos, as publicações sobre o uso de cascas de alimentos em receitas deliciosas.
História
Escrita por Ari Cunha em 1961, a notinha da história de Brasília de hoje comenta sobre as aves da região nos primeiros anos da cidade. Ontem, foi publicada uma matéria no El Pais com a informação de que a metade das aves mais comuns da Europa e da América do Norte desapareceram. Os estudos dizem que, nos últimos 50 anos, há três bilhões de pássaros a menos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Lago está bonito. Está na cota mil, e cheio de garças. A nossa Lagoa do Jaburu, também. Vou pedir ao Anapolino para me mandar duas sacas de arroz em semente, para plantar lá, e conservar as aves que poderão desaparecer. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Nessa quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um importante relatório, onde cientistas de várias partes do mundo e em diversas áreas do conhecimento concluem que o desmatamento e a atividade agropecuária estão entre os maiores responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa, responsáveis diretos pelo chamado aquecimento global.
De acordo com esse documento, 23% das emissões desses gases, ou mais de um quinto de todos poluentes ambientais, são gerados apenas nessas duas atividades. Com isso, o planeta vai perdendo a capacidade de absorver cada vez menos CO², que se concentra na atmosfera, impedindo que o calor se dissipe, o que provoca o aumento na temperatura em toda a Terra.
Para os cientistas, é importante que haja um controle em âmbito mundial com a participação conjunta de todos os países para que a redução de emissões desses poluentes possa impedir, a tempo, uma séria crise climática onde todos, sem exceção, sofrerão os efeitos. Apesar do mutismo do atual governo e de sua clara posição em favor do agronegócio e da expansão das fronteiras agropecuárias, esse novo documento, lá fora, irá aumentar a pressão de muitos países sobre o Brasil.
A importância econômica atribuída pelo governo federal ao agronegócio, juntamente com o aumento visível do desmatamento em enormes áreas do País, vem paulatinamente transformando o presidente Bolsonaro no maior vilão atual do meio ambiente. O pior é que suas declarações intempestivas não ajudam a melhorar essa avaliação. Com isso, o que pode ocorrer, no médio prazo, é um embargo dos países importadores de grande parte da produção nacional de grãos e carne.
A preocupação dos cientistas é que tanto a diminuição da cobertura verde natural do planeta, como a utilização constante das terras para um plantio do tipo industrial, acabe por afetar e diminuir a capacidade dos solos de se regenerarem, deixando-os esgotados, o que abriria o caminho para a desertificação de largas porções de terras.
O desmatamento é também um problema sério e que o atual governo tenta driblar com a demissão de cientistas, como ocorreu agora no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para os cientistas, a perda na capacidade de fotossíntese, ocasionada pelo desmatamento crescente, irá aumentar, a níveis alarmantes, a concentração de CO² no planeta. O alerta do IPCC, que em nosso país, tem tido, por razões óbvias, pouca divulgação, afirma que a exploração dos recursos naturais do planeta já alcançou patamares sem precedente em toda a história humana, com as atividades dos terráqueos afetando mais de 70% de toda a superfície terrestre.
Desse total explorado, afirmam os ambientalistas, um quarto dessas áreas, está a caminho da degradação irreversível. Dessa forma, o empobrecimento dos solos, reduzindo sua capacidade de absorver carbono, irá afetar diretamente a produção de alimentos num futuro próximo, o que poderá gerar grandes ciclos de fome e de desabastecimento.
O cenário pintado pelos cientistas, embora tenebroso e realístico, com base em dados concretos, deveria merecer maior atenção de nosso governo, não apenas porque nosso país está no centro das atenções mundiais, mas, sobretudo, em razão de que esse é um problema que ameaça diretamente nossa espécie.
A frase que foi pronunciada:
“Se eu te disser a origem, você não vai acreditar na fonte, se eu revelar a fonte, você vai duvidar do autor.”
Sir Hob, embaixador inglês do século XVI, no Sacro Império Romano e na Flandres.
Para cobrar
Vamos ver como será o cumprimento da promessa do subsecretário de Integração de Ações Sociais sobre a “fábrica de empregos”, promessa do governo em profissionalizar alunos de baixa renda e prepará-los para o mercado de trabalho.
Balaio de gatos
Parece que ainda não é definitivo, mas o TTNorte é um descalabro em matéria de trânsito. Carros que precisam virar à esquerda de repente se deparam com a interrupção da via, curvas onde os motoristas disputam lugar colocando em perigo as motos que ultrapassam de repente.
Agenda
Com o patrocínio do FAC, o livro e exposição em Cordel, que tratam sobre rotina de profissionais da enfermagem, serão apresentados ao público a partir de 15 de agosto, quinta-feira, às 18h, no Ernesto Cafés Especiais (115 Sul). Já no dia 20 do mês, terça-feira, ela segue para o Restaurante Carpe Diem (104 Sul). Por lá, o livro será lançado às 19h. O lançamento é um evento livre para todos os públicos.
Visita
Recebemos a visita de Teikichi Kikuchi, velho amigo de Ari Cunha que, entre lágrimas e risos, nos contou as aventuras nos bons tempos de Brasília.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A Caixa Econômica de Brasília está desenvolvendo todo o esforço possível, para aprontar o protocolo de financiamento de residências e casas comerciais da Asa Norte, para os comerciantes que se mudaram da Cidade Livre. (Publicado em 28/11/1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Com o esgotamento dos recursos naturais, a poluição está entre a consequência mais perigosa para toda a humanidade nesse século e poderá levar a grandes ondas de migrações por toda a parte do mundo, aumentando e generalizando conflitos de toda a ordem.
De acordo com a ONU, o mundo necessitará produzir 50% a mais de alimentos para sustentar a população mundial até 2050, o que produzirá um impacto de tamanha proporção no meio ambiente que o planeta passará a não ser mais um espaço seguro para a humanidade. Atingimos um ponto tal, que os cientistas já pensam inclusive em abandonar os modos polidos e as estatísticas matemáticas, alardeando, em letras grandes: “Ajam agora, idiotas”.
Daqui para frente, as fontes renováveis terão que suprir 85% da demanda mundial de eletricidade, inclusive na produção de biocombustíveis. Não é possível mais esconder o problema dessa dimensão da população. Imagens comparativas feitas por satélites entre 1979 e 2018 mostram uma imensa redução do gelo no mar Ártico.
Uma outra representação mostra, de forma esclarecedora, a variação de temperaturas da superfície global, indicando que a temperatura no planeta aumentou muito desde 1884. 17 dos 18 anos mais quentes da história foram registrados nesse século. 2016 foi, até agora, o ano mais quente de toda a série medida. Para o futuro, as previsões são ainda piores. Incêndios e inundações passarão a fazer parte do cotidiano da humanidade. Até mesmo nas altas latitudes as temperaturas batem recordes.
Para o Brasil, os especialistas apontam que é chegada a hora de promover a redução de danos, melhorando a eficiência da produção agropecuária, incentivando políticas públicas que mudem os hábitos de consumo da população. E é num contexto complicado e sensível como esse, em que os destinos da humanidade estão em jogo, que os brasileiros precisam agir sem delongas.
Caso se confirmem as tendências que indicam vitória em segundo turno de Jair Bolsonaro, essa situação tende a ficar ainda mais complicada. No mês passado, o candidato do PSL à Presidência afirmou que, em caso de vitória de seu nome nas urnas, o Brasil poderá se retirar do Acordo de Paris de combate às mudanças climáticas.
Na avaliação de Bolsonaro, o pacto global do clima, acordado por vários países, é desfavorável ao Brasil porque obrigará o país a pagar um alto preço para atender as medidas propostas pelos cientistas do clima, que poderão afetar, inclusive, nossa soberania nacional. “Eu saio do Acordo de Paris se isso continuar sendo objeto. Se nossa parte for para entregar 136 milhões de hectares da Amazônia, estou fora sim”, afirmou o candidato.
Aprovado por 195 países em 2015, o Acordo de Paris, prevendo a redução na emissão de gases do efeito estufa é o maior e mais abrangente tratado na área de proteção do planeta. Abandonar esse Tratado, como fizeram os Estados Unidos, sob Donald Trump, significaria além de um desprezo com toda a humanidade, uma aposta no escuro sobre o futuro dos próprios brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O crime organizado nos EUA gera mais de quarenta bilhões de dólares num ano e gasta pouquíssimo com despesas administrativas.”
Woody Allen
De pequeno
Servidores e colaboradores do Senado levarão a criançada para conhecer o viveiro da Casa. No dia 19, mês das crianças e dos servidores. Das 9h ao meio dia, todos vão participar de atividades, desde a Oficina de Educação Ambiental até explorações entre o verde.
Surpresa
Na base aérea da FAB é possível fazer a inscrição para pegar carona no avião. A ida pode dar certo. A volta seria responsabilidade do interessado.
Link para mais informações: Como viajar de graça nos aviões da FAB
Dispensável
Há políticos e artistas mal assessorados. É o caso de Roger Waters, do grupo Pink Floyd. Descortês e inconveniente ao se meter na política do país que visita. Além de desagradável, a intromissão do cantor pode causar violência que seria perfeitamente evitável se fizesse apenas o de que deveria fazer: cantar.
Novidade
Recém-publicado, um manual da Procuradoria Geral da República defende a manifestação de pensamento, o combate a propaganda irregular, monitorar e perseguir ilícitos que comprometam a integridade do processo eleitoral. A defesa dos meios que garantam a celeridade do pleito e o imediato processo a quem cometer condutas criminosas.
No lápis
Levantamento sobre o fundo partidário é conclusivo. Menos da metade recebeu verba do fundo. Por incrível que possa parecer, centenas que receberam R$ 1 milhão não foram eleitos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
É uma interpretação real e corajosa do deputado democrata cristão, que tem chocado os círculos católicos que não admitem as alterações sociais que se desenvolvem, presentemente, em todo o mundo. (Publicado em 31.10.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Com relação ao combate às mudanças climáticas globais, existe pelo menos um consenso pacificado entre todos cientistas e especialistas que estudam o observam esse assunto: a união de esforços de todos os países do planeta é fundamental para, ao menos, minorar as múltiplas consequências nefastas que se preveem toda a humanidade até o final desse século.
O importante agora, afirmam os cientistas, é conseguir esse apoio em âmbito global o mais rápido possível, de forma que essas medidas cheguem antes que seja tarde demais. É certo que nesse esforço, envolvendo todos os países, o Brasil terá um papel e uma tarefa importantíssima e não pode, por circunstâncias internas momentâneas, virar as costas para o mundo num momento tão grave e decisivo para todos indistintamente.
Em relatório elaborado agora, a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta todos os países para unir esforços, a fim de limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau Celsius, de modo a evitar o que chama de catástrofe climática sem precedentes.
A bem da verdade, mesmo sem esses alertas científicos, já é possível constatar em várias partes do planeta que as mudanças climáticas já estão efetivamente entre nós. De acordo com o último Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), realizado na Coreia do Sul, ainda há tempo de minimizar as rápidas mudanças do clima, mas, para tanto, será preciso a adoção de medidas e transformações radicais no modo como os seres humanos têm vivido até hoje.
No documento de 400 páginas, cientistas pedem que a humanidade comece a empreender modificações nas fontes energéticas que têm sido usadas até hoje, alterando, inclusive, o modo e a própria maneira como temos produzido nossos alimentos.
Entendem os especialistas que o limite de temperatura do planeta já foi atingido, e qualquer aumento acima de 1,5 grau Celsius provocará sérias consequências nos ecossistemas e na biodiversidade do planeta, acarretando graves problemas para todos os seres humanos. Atingimos o ponto limite, dizem. Para tanto é preciso reduzir, agora, os níveis de emissão de dióxido de carbono em cerca de 45% até 2030, ou seja, já na próxima década.
Até 2050, as emissões de CO² terão de ser zeradas, o que acarretará em mudanças significativas e sem precedentes em nosso atual estilo de vida. Para o Brasil estão reservadas tarefas que certamente irão trazer profundas modificações principalmente no setor do agronegócio.
Para um país que conseguiu atingir um nível de excelência mundial nas áreas de produção de grãos e de criação de animais para abate, a missão que terá pela frente, para ajudar a humanidade a enfrentar o maior desafio de todos os tempos à sua existência, é colossal.
A agricultura e a pecuária feitas em larga escala afetam profundamente o meio ambiente de diversas formas. A criação de gado para a produção de carne é hoje responsável por 14,5% do total mundial de gases do efeito estufa, além de destruir matas nativas e utilizar uma quantidade imensa de água. Para cada 500 gramas de carne produzidas, são necessários 7 mil litros de água. “O mundo poderia alimentar sua crescente população, sem causar danos irreparáveis ao meio ambiente, se as pessoas consumissem menos carne, cortassem pela metade o desperdício de comida e adotassem melhores práticas agrícolas, afirmam os cientistas do IPCC.
A frase que foi pronunciada:
“A amizade duplica as alegrias e divide as angústias ao meio.”
Francis Bacon
Pronta
Joenia Wapichana promete longas batalhas como deputada federal. Advogada, a indígena foi eleita por Roraima. A principal meta dela é impedir a venda de terras dos índios.
Prévia
PSDB já deu uma ideia do que acontecerá durante a tentativa de aprovação da Reforma da Previdência. Se tirar o direito de quem estiver para se aposentar perderá apoio.
Proposta
Senadora Ana Amélia deve deixar o Senado com uma missão cumprida. Menos burocracia para o registro de insumos e medicamentos inovadores importados.
Release
O Departamento de Estradas de Rodagem informa que, neste domingo, serão bloqueadas quatro faixas de rolamento sobre a Ponte do Bragueto sentido Lago Norte, das 7h às 17h, para a instalação de estruturas metálicas. Durante a interdição, será executado um pequeno desvio para possibilitar o acesso à pista contrária, que irá funcionar, com mão e contramão (sentido duplo), até o final da ponte do Bragueto.
História de Brasília
Para um encontro com quinze bispos, viajou ontem a Goiânia o deputado Paulo de Tarso, cujas conferências em todo o país vêm chamando a atenção sobre a interpretação à encíclica “Mater et Magistra”. (Publicado em 31.10.1961)