Por decisão do Superior Tribunal de Justiça, o Ministério da Educação fez publicar no Diário Oficial da União, em 22/12, portaria que reintegra aos quadros da Fundação Universidade de Brasília (FUB), como professor do magistério superior, o ex-reitor daquela instituição Timothy Martin Mulholland. Demitido, em meio a um conturbado processo em que parte da imprensa, com alunos e professores amestrados por esquerda raivosa que tomou conta da UnB, cuidaram, à maneira dos velhos stalinistas, de julgar e condenar sumariamente o antigo reitor, acusado genericamente de desvios de verbas em contratos sem licitação.
Durante todo o processo, a imprensa cuidou diuturnamente de alimentar o ódio ao reitor, por meio de matérias diárias em rádios, tevês e jornais, insuflando a revolta de alunos do tipo profissionais, que se abrigam nas universidades não para estudar e, sim, para servir como células dos partidos dentro da instituição.
Naquela ocasião, a reitoria, que é um órgão público, foi invadida e depredada, prejudicando os trabalhos administrativos da UnB por um longo período. Também o próprio Timothy teve a vida privada devassada, com detalhes de sua intimidade expostos à execração pública.
Agora que o STJ manda reintegrá-lo à função original, até decisão final, ficam, mais uma vez, evidenciados o enorme poder da mídia e da cegueira partidária para denegrir pessoas e instituições e a incapacidade desses organismos de reparar, no mesmo plano, as injúrias lançadas.
A inexistência, na mídia, do verbo despublicar muito se assemelha ao ato de espalhar intrigas, lançando-as ao ar como penas ao vento. Uma vez feito, é impossível reuni-las novamente uma a uma. No caso do professor Timothy, um dos mais gabaritados professores e reitores que aquela universidade teve, cabe unicamente à Justiça julgá-lo. Não à turba de sedentos pelo poder.