DESDE 1960 »
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Circe Cunha e MAMFIL
Político que é político em qualquer oportunidade faz comício. De batizados a velório, onde tiver orelhas abertas, ele despeja o latinório, diz o filósofo de Mondubim. Não foi diferente também durante todo o processo que começou com a entrada da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, no Hospital Sírio-Libanês e culminou com seu velório na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Tão logo foi anunciada a enfermidade de D. Marisa, prontamente formou-se na porta do hospital, uma providencial claque raivosa de militantes, arregimentada com o objetivo de hostilizar qualquer um não alinhado e, de quebra, usar um momento que deveria ser apenas de apoio reservado à família, para ocupar espaço na mídia. A imprensa, obviamente, foi o primeiro alvo da ira dos manifestantes. Não faltaram xingamentos e ameaças de todo tipo aos profissionais que cobriam o evento.
Os políticos, em geral, que ousaram prestar solidariedade pessoalmente no local só não foram agredidos graças ao reforço na segurança. Muitos, inclusive, foram obrigados a entrar no hospital por portas laterais para escapar da fúria dos agitadores profissionais. Tudo conforme sempre rezou o manual de boas maneiras imposto aos filiados pelos donos do partido. Até aí nada de mais.
Desde que chegaram ao poder, os dirigentes desse partido sempre fizeram questão de abrir um fosso entre eles e a sociedade não adesista. O problema é que com a decadência da legenda, provocada justamente pelas operações da polícia, as quais acabaram levando à prisão muitas de suas lideranças, o partido, que era um continente antagônico, se reduziu a uma ilhota, cercada de descontentamento por todos os lados.
É nessa condição de encolhimento físico e moral que o próprio chefão do partido não se fez de rogado e, diante da companheira e dos mortos-vivos que acompanhavam o féretro, ousou culpar, pela morte da companheira, as investigações da Operação Lava-Jato e congêneres. Ao usar o caixão da esposa como palanque para pregar uma narrativa que sabe falsa, Lula encolhe moralmente ainda mais.
A frase que não foi pronunciada
“A independência dos Poderes na Constituição nem sempre é observada. Talvez pertença ao espaço da utopia.”
Ex-ministro Almir Pazzianotto
Idecan
» Jovens que passaram os últimos dois anos em dedicação exclusiva para o concurso dos bombeiros tiveram outra decepção. A primeira foi quando o GDF adiou o concurso. Nesse domingo, veio o banho de gelo. Total desorganização. O local da prova descrito nos cartões disponíveis na internet e impressos pelos candidatos estava errado. Por isso, os cartões de respostas estavam em nome de outros candidatos. A sugestão dada pelos fiscais da prova foi que o aluno riscasse o nome errado e preenchesse o próprio nome. Absurdo. Quiseram economizar contratando um instituto desconhecido. Esse foi o prejuízo. Como dizia Pontes de Miranda: “Quem paga mal, paga duas vezes”.
Fundos
» Hoje, no Auditório do Pleno, em audiência pública no Mezanino da OAB/DF, na SEPN 516, a Ordem dos Advogados do Brasil discutirá os fundos de pensão de estatais de todo o país, além das patrocinadoras, associações e federações de participantes e assistidos, sindicatos e entidades representativas nacionais públicas e privadas.
Pensão
» As regras de governança dos fundos de pensão arbitradas pelo PLP 268/2016 precisam ser discutidas. Jorge Faiad, presidente da Comissão, quer chegar a um entendimento democrático sobre as propostas para que o texto aprovado responda aos anseios da sociedade.
Pura maldade
» Em frente à Tecar, na 512 Norte, havia um Fiat estacionado, na quinta e sexta-feira. Foi o suficiente para o estardalhaço. Até polícia foi acionada. Pelo burburinho diante da concessionária, percebe-se que as pessoas andam com os nervos à flor da pele. Tudo vira possibilidade de violência. Já que o carro estava sem explodir havia dois dias, a solução dos funcionários foi esvaziar o pneu do automóvel.
Perda
» Ter um porquinho para guardar as moedas não faz mais sentido. É o fim da tradição. A perda líquida da poupança, em janeiro de 2017, chegou a R$ 10,735 bilhões. É o pior resultado desde 1995. Pisam, em 2017,12 milhões de desempregados.
História de Brasília
Cláudio Coletti, Folha de S. Paulo: Jânio está liquidado; a não ser que exista alguém neste país que queira uma ditadura. Para mim, Jânio fugiu. Para uns, ele renunciou para voltar como ditador e está, então, sujeito ao Código Penal… Para outros, renunciou por doença; então merece dó… (Publicado em 22/9/1961)