Eleição na França mostra uma saída possível

Publicado em ÍNTEGRA

 

Desde 1960

com Circe Cunha e MAMFIL

colunadoaricunha@gmail.com


Eleição na Franca mostra uma saída possível

Não é por acaso que a França permanece como referência cultural e política para grande parte do mundo Ocidental. Ainda hoje o país tem sido um farol a iluminar os caminhos de outras nações, indicando que sempre pode haver veredas possíveis que conduzam ao fim das crises. Com a Revolução 1789, os franceses mostraram ao mundo que existia uma forma de governo alternativa, mais segura e justa para substituir a monarquia absolutista de direito divino e os privilégios odiosos de uma nobreza parasitária.

Com a eleição, agora, de Emmanuel Macron e seu República em Marcha!, a França volta a surpreender o mundo e, principalmente, a União Europeia, que ensaiava um movimento de fechamento à direita, elegendo, de modo incontestável, um jovem, com boa formação universitária e experiência na área financeira.

Para conseguir esse feito, Macron apresentou, em sua plataforma de campanha, propostas que deixavam claro que o impasse político, econômico e social em que a França havia se enveredado nos últimos anos era fruto direto do velho jeito de fazer política. Foi dessa forma que o eleitorado francês enxergou a eleição de Macron e deu a ele a maioria na Assembleia para mudar, mesmo apresentando propostas de reforma que pairavam no ar daquele país. Obviamente, ele ainda é uma incógnita, mas, sem dúvida, algo que merece ser testado em meio ao caos para onde caminhava a França e a Europa rachada.

Engana-se porém quem acredita que Macron é um simples salvador da pátria. O jovem presidente francês tem conteúdo e formação consistentes. Ao se lançar fora das órbitas dos partidos tradicionais, apesar de ter exercido o cargo de ministro da Economia do governo Hollande, Macron provou a tese de que é possível caminhar para novo modelo de fazer política fora dos meios habituais do populismo e do clientelismo.

A questão francesa pode parecer estranha à nossa realidade, mas tem muito a nos ensinar, principalmente neste momento de grave crise política que atravessamos desde 2002 e que, agora, atingiu seu nível mais crítico com o governo Temer. As investigações do Ministério Público e da Polícia Federal têm revelado aos brasileiros, de forma inconteste, que não podemos mais prosseguir com esses partidos políticos que aí estão, muito menos com a atual classe de políticos.

Descontados os devidos exageros, o que os brasileiros ora experimentam com esse modelo de república é justamente o que os franceses viveram pouco antes da Revolução de 1789: uma casta de privilegiados, instalados no poder, blindados pela Justiça e ungidos por um direito quase divino de governar, em nome do qual cometem todo o tipo de pecado, sem punição e sem remorsos.

 

A frase que foi pronunciada

“É de causar indignação ver representantes da burocracia oficial declamando que pagar impostos é ‘cidadania’. Cidadania é exatamente o contrário: é 550 controlarem os gastos do governo.”

Roberto Campos, economista brasileiro

 

Release

Café e leitura: uma dupla imbatível. Pensando nisso, a 33ª Feira do Livro de Brasília realiza, às 15h de hoje, no Pátio Brasil, a oficina O café nosso de cada dia, com a barista e advogada Andrea Lemke. A oficina oferecerá dicas práticas para o preparo do bom café, com inscrições gratuitas para 20 vagas aos primeiros que enviarem E-mail para feiradolivrodebrasilia2017@gmail.com

 

Infração

Cresce o número de infração gravíssima. Carros de polícia ou do Detran bem posicionados flagram, cada vez mais, motoristas usando o celular enquanto dirigem. Nem na parada do sinal é permitido o uso do aparelho. A multa é de quase R$ 300 e sete pontos na carteira.

 

Tudo ou nada

Governador Rollemberg está com a faca e o queijo na mão. Exatamente como Lula esteve. Se acertar e transformar o Hospital de Base em modelo de gestão, deixará sua marca positiva até para voos mais altos. O que Brasília precisa fazer é se unir pelo melhor. E o melhor é o que vai melhorar o atendimento à população.

 

Mais uma

Eduardo Cunha surpreende mais uma vez. Indica o presidente Michel Temer como testemunha em casos da Caixa que tratam de  ações penais sobre operações que investigam suspeitas de irregularidades.

 

Observador.pt

Roldão Simas nos envia sugestão para navegar. No sítio que intitula esta nota, os leitores podem se deliciar com o texto Coisas que o mundo inteiro deveria aprender com Portugal, assinado por Ruth Manus. “O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.” E, depois, sai da tradição e adverte: “O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e, hoje, se fortalece como descuido no nosso cenário político. Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal. Os portugueses — de direita ou de esquerda — não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.”

 

História de Brasília

O Banco do Nordeste, com a influência que tem em toda a região, merece ser entregue a quem valha como honestidade e trabalho, evitando-se os favoritismos políticos. (Publicada em 29/9/2017)

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