Anátema

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge do Gomez

          Chegamos a um tal paroxismo na ânsia arrecadatória do governo que, onde quer que haja brechas passíveis de serem ocupadas por cobranças de novas taxas e novos impostos, ali serão inseridos, imediatamente, novos sorvedouros do dinheiro público. Trata-se de um mecanismo que, contrariamente ao que acreditam as autoridades monetárias do governo, afugenta investidores ao mesmo tempo em que cria, na mente dos pagadores de impostos, um certo sentido de sobrevivência e de urgência, semelhante ao que ocorre nos períodos de guerra, fazendo com que os indivíduos busquem, mesmo fora das regras legais, maneiras de salvar seu dinheiro da gana arrecadatória do governo que, rarissimamente, devolve esses impostos em serviços para a população.

          Não se sabe ao certo por que os técnicos do governo ligados à área econômica desprezam ou fingem desconhecer a chamada curva de Laffer. Segundo esse conceito, em um determinado ponto da curva ascendente, ocorre um ponto de inflexão, ou seja, o aumento na tributação resulta sempre em uma receita menor que antes.

         Para os que desdenham desse conceito, a diminuição dos impostos em uma sociedade estimula a economia como um todo. Obviamente que, nesse cálculo, entra também a segurança jurídica com a manutenção de regras racionais e o empenho em cumprir metas pré-estabelecidas. É tudo o que não temos no momento.

         A economia vive, portanto, de estímulos e incentivos positivos, não aqueles destinados aos “chamados campeões nacionais”, todos eles amigos do sistema, mas a toda a sociedade. Em outras palavras, o que temos aqui, neste momento da nossa economia, é o limite ou ponto extremo, a partir do qual as receitas irão despencar, faça o que fizer o governo.

          Não por outra, dados do próprio Ministério da Fazenda têm mostrado uma recorrente queda de receitas pela quarta vez neste ano. De janeiro a setembro, essa arrecadação caiu 0,78 %. Sem o agronegócio, essa queda seria ainda muito maior. Mesmo puxando a economia, o setor agrário é visto pelo governo como uma atividade que ainda paga menos impostos. E é aí que o governo, mais uma vez, despreza a Curva de Laffer. Tributando mais esse setor, em pouco tempo, as receitas do governo encolherão, pois o estímulo à atividade cessará também.

          O problema com gestores pouco ilustrados é que a matemática só faz sentido se aponta com números a seu favor. Há que separar política partidária de política de Estado e essa é uma lição tão árdua como o reconhecimento tácito de erros cometidos. O orgulho entra nessa equação em desfavor do governo se esse não deixar de lado o antolho ou viseira ideológica. Um caso exemplar dessa visão obtusa pode ser conferido na política do governo em limitar, e mesmo inibir, a expansão da energia solar. Foi só a tecnologia ser aperfeiçoada, dando, aos consumidores, chances mais acessíveis de gerarem sua própria energia elétrica, que o governo viu, nessa brecha, uma oportunidade de criar a chamada “taxação do sol”.

         O marco legal editado pelo governo veio para encarecer os custos para os usuários de energia solar e, de quebra, gerar mais lucros para os cofres do governo. O denominado Marco Legal da Geração Distribuída, que entrou em vigor em janeiro, por meio da Lei nº 14.300/22, prevendo a aplicação de uma taxa e um fim aos subsídios para quem gera sua própria energia solar, veio para desestimular a prática em prejuízo de toda a sociedade.

         Se o governo agisse para estimular a obtenção de painéis solares, facilitando e universalizando o acesso a essa tecnologia, em pouco tempo, o país ensolarado ver-se-ia livre às concessionárias e aos seus tributos e taxas escorchantes. Mas isso não é feito, porque o governo enxerga, nessa facilidade, uma perda de arrecadação e isso é, dentro do terreno baldio dos cérebros do governo, um anátema.

A frase que foi pronunciada:

“A solução governamental para um problema geralmente é tão ruim quanto o problema.”

Milton Friedman

Foto: wikipedia.org

 

Expressivos

As causas mais comuns de câncer nas mulheres é o câncer de mama e, nos homens, o câncer de próstata. Os gastos com a doença são expressivos. Dados do estudo “Quanto custa o câncer?”, do Observatório de Oncologia, do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, demonstram as despesas. Foram de R$4 bilhões em 2022, as quais representaram 3% dos recursos públicos federais na área da saúde.

História de Brasília

Quanto ao mais, resta lembrar que o “buffet”, do Baile da Cidade, no Teatro Nacional, fornecido pelo Francisco Gagliardi, do GTB, foi abundante e de excelente qualidade, e foi todo preparado em Brasília, constituindo isto, apenas um ato de rotina. (Publicada em 27.03.1962)

Novos colarinhos

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Charge do Nani

         Não é de hoje que parte da imprensa e alguns operadores da Justiça têm chamado a atenção para o lento e progressivo movimento do crime organizado em direção à máquina do Estado, não só em instâncias como o legislativo municipal, estadual e federal, mas nas esferas do Judiciário e no próprio Poder Executivo. Trata-se de um processo que não começou agora, mas que vem ganhando intensidade à medida em que essas organizações crescem em poderio e em eficiência como qualquer grande empresa.

          A sofisticação e os métodos de ação vão se aprimorando a cada mudança no comando desses grupos. As novas gerações de criminosos, alguns com formação universitária, enxergam esses negócios com olhos de empresários e sabem que o melhor a fazer, nesses tempos de tecnologia avançada, é organizar-se com métodos e critérios, criando ramificações no lado sadio da sociedade, sem que ninguém perceba.

          Obviamente que, para essa empreitada, o primeiro passo é qualificar seus integrantes, financiando seus estudos, contratando gente especializada nos diversos ramos de atividade empresarial e tudo mais. O passo seguinte é adentrar a máquina do Estado, instalando-se no coração do poder. Para isso, financiam candidatos a diversos cargos públicos. Em seguida, partem para cima da atividade política, financiando candidatos comprometidos com essas atividades ilícitas ao mesmo tempo em que impedem outros candidatos de concorrer na vasta área dominada pelo crime organizado.

          Como o próprio nome diz, o crime organizado vai, a exemplo dos bicheiros, abandonando as antigas atividades ilícitas e buscando novos negócios mais lucrativos e mais diversificados. Noutra ponta, os criminosos partem diretamente para o suborno de autoridades e mesmo de juízes, comprando a liberdade entre outros benefícios. Para os que não aceitam suas ofertas, os criminosos ameaçam e matam.

         Não são poucos os juízes do nosso país que necessitam de segurança armada 24 horas por dia, dormindo cada noite num local e vivendo uma vida de prisioneiro de fato. Também a imprensa tem mostrado que não são poucos os casos de juízes apanhados vendendo sentenças. A transformação do Brasil em corredor internacional do tráfico de drogas e armas, facilitado pela imensidão de milhares de quilômetros de fronteiras secas e pouco vigiadas, deu aos integrantes das diversas quadrilhas do crime organizado, insumos fartos para suas atividades ilegais.

         O crescimento e a lucratividade desse tipo de negócio são facilitados e até insuflados pela leniência com que o poder público lida com a questão. Leis de progressão de regime, saidinhas, visitas íntimas, bolsas concedidas aos familiares de presos, liberalização das drogas, advogados não revistados e muitas outras aberturas e facilidades são postas à serviço da bandidagem, em nome de uma falsa humanização dos condenados.

         Mas é, na política nacional, principalmente aquela parte que vive à base do toma lá, dá cá, dos orçamentos secretos e dos escândalos rotineiros, que os neófitos oriundos do mundo do crime, também chamados de colarinhos novos, encontrarão os adversários à altura de suas ousadias.

          Aí, nesse Olimpo, terão muito o que aprender para chegar ao status de um autêntico colarinho branco, intocável, impávido e impoluto. O problema com essa infiltração do crime organizado no mundo da política é que, nesse novo ambiente, nem os maiores especialistas do planeta em criminologia saberão quem é quem.

 

A frase que foi pronunciada:

“Temos de colocar esse problema no radar: violência, criminalidade organizada, como impedir a sua infiltração nas instituições e como o Estado reocupar espaços que estão perdidos para o crime organizado. E isso ocorre no Rio de Janeiro e na Amazônia. Portanto, é um fenômeno nacional, continental”.

Ministro Luís Roberto Barroso

Foto: Nelson Jr./STF/Divulgação

 

Barbaridade

A manchete que nunca saiu: “Ministro de Bolsonaro recebe a dama do tráfico em seu gabinete.” Imaginem! Dois pesos e duas medidas. Isso não é democracia.

Ex-presidente Jair Bolsonaro, em 12 de maio de 2021. Foto: Joédson Alves / EFE

 

Debate

Interessante a discussão na audiência pública que discutiu o papel do hidrogênio verde no Brasil e no mundo, em Brasília. O evento, promovido pela Subcomissão Especial de Hidrogênio Verde e Concessões da Câmara dos Deputados, conduzido pelo deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), contou com a presença do presidente do Conselho Regional de Química da 21ª Região, Alexandre Vaz Castro. Na Europa, as plantas de hidrogênio não são mais feitas onshore, em terra, e sim no mar, por questão de segurança.

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

Ler o mundo

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Foto: Jay L. Clendenin / Los Angeles Times/Getty Images

 

          Desde os tempos da Grécia Clássica (sec. V a.C), os filósofos já admitiam que a única hipótese para que um Estado fosse voltado totalmente para a realização e benefício real de seus cidadãos era entregar o governo e a gestão de cidades a pessoas instruídas e sábias. Os dirigentes que Platão gostaria de ver governando adequadamente um Estado eram os filósofos, especialmente capacitados, escolhidos livremente por seu caráter e sua incorruptibilidade e, assim, por possuírem uma compreensão mais profunda e acurada da realidade em comparação às pessoas comuns.

         Desde aqueles tempos, já havia uma ideia de que governar uma República, onde os bens do Estado são de domínio público, não era uma tarefa de fácil desempenho e, portanto, deveria ser delegada apenas às pessoas com instrução e com os necessários preparos prévios. Ao longo da história humana, é fácil perceber que, fora dessa fórmula, os resultados foram sempre catastróficos para a população.

         Reis, generais e outros líderes que buscavam compensações materiais, por meio de invasão e anexação de mais territórios, com a submissão e escravidão dos povos vencidos, conseguiram, por sua ganância desmedida, tornar a vida de seus cidadãos um martírio sem fim, com guerras e muito derramamento de sangue.

         A sabedoria aqui pressupõe governar sob a orientação dos valores do humanismo, reforçados com boa dose de espírito cristão. É a falta desses atributos humanos que identificamos ainda no mundo hodierno. Buscando a raiz dos conflitos que hoje flagelam parte da humanidade, vemos, com mais clareza, que a maioria das nações em crise é, na sua grande maioria, governada por indivíduos ou grupos distantes das virtudes do saber. Tem sido assim mundo afora e é assim também no Brasil de hoje.

         Interpretar o entorno imediato e, consequentemente, o mundo ao redor exige boa dose de sabedoria e discernimento. Nesse contexto, vale, para aqueles que conhecem ou se interessam pela história, um pouco dos fatos que nos levam do passado ao presente, deixando claro o que se passa agora no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

         Em 1947 a ONU, recém-criada, fez uma proposta de partilha do território, em que israelenses e palestinos ficariam com a mesma área territorial. Jerusalém passaria a ser uma cidade de domínio internacional. Os israelenses aceitaram essa proposta, mas os palestinos e árabes não. Ainda em 1937, a Comissão Peel, criada pelo governo inglês, propôs uma divisão em que, aos palestinos, era dado 80% do território, cabendo aos israelenses apenas 20%. Mesmo assim, os israelenses aceitaram a proposta. Os palestinos, não.

         Em 1947, depois do genocídio dos judeus, perpetrado pelos nazistas, a ONU pretendeu resolver a situação e fez uma segunda proposta, que logo foi aceita pelos judeus. Os palestinos e a Liga Árabe, mais uma vez disseram não e declararam guerra aos israelenses. Em 1948, Ben-Gurion declarou o Estado de Israel como independente. Em seguida, os árabes declararam nova guerra aos israelenses.

         Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel assumiu os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em troca de uma trégua e de paz, Israel ofereceu esses territórios conquistados para os palestinos fundarem seu Estado. A Liga Árabe respondeu com os “três nãos”: não para a paz com Israel; não para o reconhecimento de Israel; e não para negociações com Israel.

         Em 2000, nova proposta de partilha do Estado de Israel. O governo de Israel ofereceu, naquela ocasião, toda a Faixa de Gaza, 94% de toda a Cisjordânia e ainda metade de Jerusalém para que fosse a nova capital dos palestinos. Yasser Arafat recusou a proposta e nova guerra ou intifada é declarada contra os judeus, durando até 2005. Em 2008 nova proposta é feita e é recusada pela autoridade palestina. Nessa fase, o Hamas já havia avisado que não aceitaria qualquer que fosse o resultado das negociações.

        Em 2006, o Hamas assume o governo da Faixa de Gaza, persegue opositores, coloca toda a população como refém, instala uma ditadura islâmica na região e passa a atacar periodicamente o Estado Judeu. Para os que não entendem o problema com aquela região, é preciso dizer que não existe um Estado Palestino, mas um território completamente dominado pelo terror do Hamas, que usa aquela população como refém e escudo para seus atentados.

A frase que foi pronunciada:

“Nós podemos perdoar os árabes por matarem nossos filhos. Nós não podemos perdoá-los por forçar-nos a matar seus filhos. Nós somente teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam.”

Golda Meir

Golda Meir (1898 – 1978), ex-primeira-ministra de Israel, em uma conferência do Partido Trabalhista em Londres, Reino Unido, em 30 de novembro de 1974.                                Foto: Reg Burkett/Express/Hulton Archive/Getty Images

 

Caso de polícia

O caso do furto de fios dos postes na entrada do trecho 9, na EPPN, está mobilizando os moradores da área para sugerir investigação pela polícia. Como o furto é reincidente e sempre no mesmo lugar, parece que há interesse de alguém que aquela entrada permaneça na escuridão. A CEB precisa de proatividade nesses casos.

Foto: portalvarada.com

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

Trincheira avançada

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Foto: ©Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

         Não fosse a escalada das tensões diplomáticas entre o governo brasileiro e o de Israel, todas elas provocadas gratuitamente por declarações e falas despropositadas desferidas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, o conflito entre o Estado Judeu e os grupos terroristas, que infelicitam aquela nação, poderia servir, ao menos, para que oficiais das nossas Forças Armadas acompanhassem, de perto para aprender, o que é de fato uma guerra moderna, com tecnologia e outros avanços e táticas bélicas.

         Deixar de apoiar uma democracia, que possui o direito legítimo de se defender de sicários radicais para, veladamente, colocar-se ao lado de grupos terroristas, além de um opróbrio sem precedente, deveria receber, por parte dos Poderes Constituintes, severa e clara reprimenda. Como pode uma ideologia política, também ela radical em suas posições, falar em nome do Brasil? Essa, inclusive, é também uma discussão antiga, mas que é sempre atual em seus motivos. Afinal, quem tem a permissão e a legitimidade em nosso país, para falar em nome do povo brasileiro? Ainda mais quando se verifica que posições políticas extremadas não representam, nem de longe, o pensamento médio da população do Brasil. Houvesse a realização de uma consulta popular, com voto impresso, para saber em que lado do conflito entre Israel e Hamas se posiciona a população brasileira, sem dúvida a maioria ficaria em favor do povo de Israel. O atual governo, ao conferir apoio a grupos terroristas, deixa patente, a esses movimentos armados de fuzis e ódio, que o Brasil oficial se solidariza com o terror e tem, por parte de nossos dirigentes, plena acolhida a esses indivíduos.

         O assunto não é tão distante de nossa realidade, quando se verifica a ocorrência, cada vez maior, de grupos e pessoas ligadas ao terror islâmico, identificados aqui dentro do nosso território. Também, esse mesmo governo, apresenta evidências passadas de acolhimento e refúgio de terroristas, como foi o caso de Cesare Battisti e dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, para ficar apenas nesses casos mais rumorosos.

         A propensão, quase patológica, com que os governos de esquerdas se mostram no apoio a ditaduras e a grupos terroristas, deixa transparecer mais do que um ódio às democracias, o que acaba ficando evidente nesses casos e em muitos outros, é que o atual governo é avesso aos ritos democráticos, como ficou evidente em fala recente do atual governante, quando confessou que sabia que jamais chegaria ao poder por meio do voto democrático e livre. Que, ao menos, fique firmado, aqui nesse espaço, que as posições do atual governo, em favor de grupos terroristas e contra Israel, não representam, absolutamente, o pensamento desta coluna.

         Também as manifestações vergonhosas, feitas dentro do Congresso, por parte de políticos de esquerda em favor do Hamas, passam muito longe do que pensam os leitores desse pequeno espaço e, com certeza, vão contra o que quer e desejam os homens de bem deste país.

         Em momentos como esse, em que o errado se fantasia de certo, para confundir os desatentos, é preciso ficar de olhos bem abertos não só no que ocorre nos bastidores da insípida política em Brasília, mas atento também as movimentações que vêm ocorrendo, silenciosamente, na chamada tríplice fronteira, ainda mais quando se verifica a boa vontade com que o governo atual trata esses radicais.

         O que essa gente jamais irá entender é que Israel é, para o mundo e para o Ocidente, uma espécie de trincheira avançada, contra o avanço do radicalismo insano e suicida de grupos terroristas islâmicos, todos eles empenhados, fervorosamente, em destruir a nossa cultura, formada por um conjunto sem igual, que mistura a Filosofia Grega, o Direito Romano e as tradições Judaico Cristãs. É justamente essa cultura que as esquerdas, de mãos dadas agora com os movimentos radicais do islamismo, buscam lançar, por terra, em favor de um mundo distópico e já visto em lugares como Coreia do Norte e outros purgatórios terrenos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível, então se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra. As pessoas querem incentivar o ódio, as pessoas querem estimular o ódio. E eu não vejo assim.”

Lula

SOPA Images/Getty Images

 

Desculpe, foi engano

O cardeal Dom Paulo Cezar abriu as portas da Catedral de Brasília para a Orquestra Mundana Refugi, com participação especial de Toninho Ferragutti, porque foi informado que se tratava de uma apresentação de coro e orquestra. Mas o orquestrado era um a manifestação mundana no Altar, o que deixou os fiéis católicos prontos para agir.

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

Reforma em favor da harmonia entre os poderes

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Charge do Machado

 

 

Fala-se muito em reformas tributárias, administrativas e políticas, mas pouco se ouve sobre reforma do Poder Judiciário. O tema parece ter virado uma espécie de tabu. O assunto, embora não seja novo, tem reascendido debates, justamente, em decorrência da crise de credibilidade instalada no sistema judicial brasileiro, sobretudo, em consequência da rotineira extrapolação de competências e de prerrogativas do Supremo Tribunal Federal.

Para os ministros, instalados confortavelmente nesse alto Poder, o tema é incômodo e necessita ser pensado em termos globais, já que, para eles, existe uma lista de reformas prévias mais relevantes e que precisam ser levadas adiante, antes de se falar em mudanças no Judiciário. Fica claro que esse tema virou um vespeiro a incomodar suas excelências, detentoras de um poderio institucional e de um mando exacerbado, jamais vistos em tempo, leis e lugar algum.

As raízes dessa extrapolação de competência tiveram início, justamente, no parlamento, com os partidos nanicos judicializando a política, por meio de ações junto ao Supremo para questionar decisões adotadas pelo Legislativo. De lá para cá, o Supremo e, principalmente, alguns ministros mais ativistas gostaram da mecânica que era inaugurada e passaram, eles mesmos, a inverter o sentido de ações, politizando a justiça e assumindo responsabilidades que antes eram circunscritas apenas ao Legislativo e ao Executivo.

Hoje essa situação, de clara inconstitucionalidade, segue em ritmo crescente, o que, para muitos cientistas políticos, poderá resultar, em curto espaço de tempo, num impasse institucional e numa crise incontornável e de grandes proporções.

Outro fato a pesar sobre essa crise anunciada é dado pela própria composição dos membros do STF e do STJ, na sua grande maioria indicada pelo partido de esquerda no Poder. Por mais que se fale em independência dos ministros, a população, nessa altura dos acontecimentos, já pode perceber que essas indicações falam muito sobre o que é decidido internamente nessas altas cortes.

É impossível tratar da crise de credibilidade deixando de fora o rito e a origem das indicações feitas. A questão também não pode ser posta, como acredita o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, limitando o acesso ao STF, para que se evite ponto de contato constante com a sociedade. Existem, e não é de hoje, propostas tendentes a mudar as regras de indicação de ministros para as altas cortes, reformando seu funcionamento, reduzindo e fixando mandatos e, com isso, pondo fim ao cargo vitalício.

Também, na Câmara, dormitam propostas para limitar atos dos magistrados, dando ao Legislativo prerrogativas para derrubar decisões do Supremo que invadam competência de outros poderes. Os ministros não querem nem ouvir falar nessas propostas, porque, segundo dizem, todas elas trazem aspectos pouco democráticos.

Mesmo a afirmativa feita por figuras dessas altas cortes, de que o Judiciário desempenhou papel ativo em defesa da democracia e contra ações e ameaças que visavam golpeá-la, não se sustenta de pé, necessitando de certo distanciamento no tempo, para ser analisada com mais objetividade, razão e verdade. Falta, dos dois lados desse debate, tanto do Judiciário como do Legislativo, vontade real de levar essa questão à frente, em benefício do país.

Ao Judiciário, faltam humildade e desapego. Ao Legislativo, coragem de defender a sociedade e de lutar por seu espaço político. O que os próceres desses dois Poderes não sabem ou fingem não saber é que o que está em jogo é a democracia, uma criação do gênio humano, que só funciona com certa perfeição quando há harmonia e equilíbrio entre os Poderes. A hipertrofia de qualquer um dos três Poderes aponta para um Estado do tipo ditatorial e deve ser evitada, custe o que custar.

Outro ponto passível de discussão e que, pelo conteúdo, deve ser remetido ao futuro para análises mais isentas, diz respeito à fala de um dos ministros do STF, que em solenidade recente, ousou afirmar que: “Se a política voltou a ter autonomia, foi graças ao Supremo Tribunal Federal. Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deve a uma decisão do Supremo”. Trata-se aqui de uma espécie de sinceridade suicida, que merece ser analisada adiante, quando todo esse período de crise e de polarização ficar para trás. Outra frase do mesmo autor, cujo nome não vale ser citado aqui, é que coube ao Supremo impedir que a política continuasse a ser criminalizada, quando aquela alta Corte passou a impor derrotas à Operação Lava Jato.

Nada mais vergonhoso do que essa manobra e essa chicana que impediram a continuação do combate à corrupção, levando o país a um retrocesso e a dívidas contraídas por falta de gestão, planejamento e competência técnica.

É preciso destacar ainda que, são lavras do Supremo, decisões que afrontam diretamente a sociedade brasileira, como é o caso da legalização do aborto, da descriminalização das drogas, do retorno do imposto sindical, do fim do Marco Temporal, entre outras estranhas iniciativas que batem na moral, nos costumes e nas crenças religiosas.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se é para fazer reforma, vamos fazer de verdade, e extinguir tudo o que não é necessário. Alguns órgãos com 15, 18 ministros, julgam, num ano, não mais do que uns 500 processos. Evidente que isso não é bom para a economia. São recursos que se poderia levar para a área social.”

Senador Antônio Carlos Magalhães sobre a reforma do Judiciário, em 1999. (Publicado pela Agencia Senado)

Antônio Carlos Magalhães. Foto: Agência Senado

 

História de Brasília

O banquete oferecido ao príncipe Philip em Brasília atestou o pouco aprêço que o Itamaraty tem pela Nova Capital. Tanto assim que o sr. José Fernandes (fracasso do “Candango’s”) teve que trazer todo o banquete do Rio de Janeiro, inclusive os frangos, de avião. (Publicada em 27.03.1962)

“Insanidade das guerras”

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          Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.

         Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.

         O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.

         Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.

          Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.

         Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.

         Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.

A frase que foi pronunciada:

“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”

Henry Muller

Henry Muller. © Henri Martinie / Roger-Viollet

 

Humanizado

Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.

 

Leitura

Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.

Foto: radardigitalbrasilia.com

 

Cerrado

Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.

Captura de imagem em junho de 2023, no Google Street View.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)

Cancelados

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Charge do Duke

 

Não são poucas as pessoas que reconhecem, hoje, que o chamado quarto poder passou da imprensa para as mídias sociais, propagadas pelas diversas plataformas que desfilam no mundo digital. Daí porque não são poucas também aquelas elites no poder que anseiam por uma severa regulação nessas mídias digitais. Nos países onde a democracia é uma miragem e mesmo naqueles Estados em que a liberdade de expressão é uma farsa bem montada, as mídias sociais são vigiadas de perto e, não raro, alguns desses programas exibidos por críticos ao governo são postos fora do ar e desmonetizados entre outras ameaças veladas.

Com isso, quer queiram ou não, aqueles que se abrigam à sombra do sistema e do Estado “mídias sociais deram voz aos imbecis”, no dizer zombeteiro de um alto membro do Judiciário. Nesse caso, os imbecis citados formam uma espécie de sans culottes modernos. São os manés que deram certo ou os matutos que não se deixam levar pelas canções de ninar dos demagogos.

Talvez seja essa a causa por trás a explicar porque tantos artistas brasileiros de grande projeção e sucesso no passado recente, hoje, amargam o descaso e mesmo o desprezo por parte do grande público. Trata-se de um fenômeno novo no cenário nacional e de grande abrangência e adesão popular. Produções e shows caríssimos, protagonizados por esses personagens, são abertamente boicotados pelo público, que virou as costas para esses ídolos de pés de barro.

Aqueles que pensaram que os antagonismos políticos e ideológicos fossem ficar apenas no mundo desalmado da política erraram feio. A polarização política, como todo veneno de frasco pequeno, contaminou, com seu conteúdo deletério, famílias, amigos, grupos sociais, chegando até a classe artística.

Tem-se aqui também um fenômeno novo a mostrar um país cingido, desde que alguém, que todos conhecemos, lançou, sobre todos, a maldição do “nós contra eles”. De lá para cá, muita coisa mudou na vida e no cotidiano do país, inclusive a reversão dessa praga política, que, hoje, pode ser dita como “eles contra nós no poder”.

Essa história de que o rei nunca perde a majestade tornou-se falsa no Brasil e aqueles que se consideravam ungidos por uma espécie de coroa eterna, hoje, veem-se despossuídos não só de realeza, como também foram postos na condição de párias.

Aqueles “imbecis”, que ganharam voz por meio das mídias sociais e que nada mais são do que autênticos cidadãos  brasileiros, uniram suas vontades e, simplesmente, passaram a deletar ou cancelar toda uma gama de artistas e atores, cozinheiros, empresas, lojas de departamento, supermercados, produtos que perderam o brilho ou aquilo que de mais precioso tem uma marca, que é a estrela do carisma. Sem essa estrela, que ilumina o mundo do faz de conta, pouca ou nenhuma luz resta no mundo real. O grande público não aceita ser enganado.

 

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Esse é um dos números de uma organização que usa o telefone para passar golpes. Dizem que seu cartão foi usado, que a ligação está sendo gravada. Dizem que vão pedir uma confirmação para a contestação de cancelamento da compra feita sem sua autorização. Falam por script, enganando quase que perfeitamente. Pedem informações sobre o limite da conta e do cartão. O mais impressionante é que a ANATEL, agência reguladora, não apresenta uma solução para esses golpes.

Foto: Reprodução

 

Mudou

Brasília sofre com a falta de educação no trânsito. Aquela cidade onde buzinar era um absurdo já começa a dar sinais de mudança. Principalmente os motociclistas, que carecem de uma boa aula antes de terem a autorização para fazer parte do trânsito da capital. São uns irresponsáveis. Ultrapassam pela direita, nas comerciais jamais usam as tesourinhas, fazendo a volta no meio da rua, andam pelas calçadas nas quadras. Alguma atitude precisa ser tomada para cortar o mal pela raiz.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

Dificuldades

Daniel Donizete é o deputado distrital que se elegeu para proteger os animais. Depois disso, quem puxa o carro com os descartáveis é o ser humano, um animal também, mas racional.

Daniel Donizet. Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

 

Chamados

Em Portugal, acontece o seguinte. Todas as chamadas feitas pela população aos Bombeiros, tão logo são atendidas, são seguidas pela polícia. Dados detalhados são cadastrados para as providências às reincidências e investigações.

Foto: observador.pt

 

História de Brasília

Alguém sem escrúpulos salvo justificação em contrário, construiu uma tôrre metálica sôbre a cruz onde foi celebrada a Primeira Missa de Brasília. O monumento está coberto por armações de aço, num visível desrespeito a um dos lugares sagrados da cidade. (Publicada em 09.03.1962)

O ovo da serpente

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: AFP

 

          Observadores da cena internacional têm chamado a atenção para um fato curioso e revelador da personalidade camuflada e peçonhenta dos chamados progressistas, aqueles que se dizem simpatizantes das esquerdas mundo afora. Bastou a eclosão do conflito no Oriente Médio, envolvendo o Estado Israelense e grupos sanguinários terroristas, para que caíssem, por terra, as máscaras que escondiam a carantonha feia das esquerdas.

          Nem bem Israel começou a dar corretamente o troco aos terroristas, bombardeando seus covis subterrâneos em Gaza, no Líbano e na Cisjordânia, para que as esquerdas, juntamente com grupos mulçumanos radicais, saíssem as ruas de mãos dadas em enormes passeatas, clamando não só pela destruição do Estado Judeu, como torcendo fervorosamente pela vitória dos terroristas.

         Aqui no Brasil, as esquerdas mostraram também a cara e a alma suja que envergam condenando Israel e debitando apoio aos grupos terroristas, mesmo depois que as imagens horrendas mostraram o banho de sangue e sadismo promovido por esses facínoras em 7 de outubro contra populações civis indefesas. Ficou patente, aqui e em todo o mundo Ocidental, o cinismo macabro dos progressistas, quando alardeiam, aos quatro ventos, seu empenho e apoio às minorias discriminadas em razão de raça, cor, credo, sexo e tudo mais.

         Como é possível esses diversificados e ruidosos movimentos sociais, que defendem desde o ovinho da saracura até aqueles que se auto declaram alienígenas, virem a público apoiar abertamente terroristas e outros assassinos patológicos? Não custa lembrar que o povo Judeu é uma minoria no mundo de, aproximadamente, 15 milhões de almas e que, por séculos, vêm sendo perseguidos e massacrados em diversas regiões do planeta.

         Bastou a contraofensiva das forças de defesa de Israel, composta, na sua maioria, por pessoas comuns da comunidade, homens e mulheres, ir atrás dos terroristas para as esquerdas confessarem, publicamente, todo o seu antijudaísmo ou antissemitismo contra Israel, a favor dos grupos de extermínio.

         Mesmo a mídia tradicional encontrou seu jeito de apoiar as forças extremadas da morte, calando-se sobre os episódios ou tratando de assuntos distantes. Para aqueles que usam da força da razão, calcada no coração do humanismo, basta observar, no mapa da região, a pequenez do Estado de Israel em comparação com a enormidade territorial ocupada atualmente pelos países de credo mulçumano, que cercam todo o Estado Judeu. O que são 15 milhões de Judeus contra 1,8 bilhão de mulçumanos.

         O que as esquerdas do Ocidente não sabem, ou fingem não saber, é que essas minorias que hoje elas defendem serão, em caso de uma possível dominação mulçumana, os primeiros a conhecerem, na carne, a ira de Alá. Primeiro, essas minorias, depois os próprios líderes dessas esquerdas e desses movimentos sociais, todos eles considerados infiéis e inimigos do Islã. Não tarda para que esse ovo da serpente, chocado pacientemente pelas esquerdas aqui e em outras partes do mundo, venha à luz e mostre finalmente a que veio.

A frase que foi pronunciada:

“Allah não prejudica o povo de forma alguma, mas são as pessoas que estão prejudicando a si mesmas.”

Alcorão 10:44

Foto: islambr.com

 

Sem reclamar?

Com um espírito calmo e compassivo, o consumidor de Brasília aceita, sem reclamar, comprar uma bandeja de morango sempre com a metade podre. Até nos melhores supermercados.

Foto: joagro.com

 

Passivos

Outro roubo mais caro tem sido o da fiação de postes e fiações, inclusive, do metrô. Os casos têm aumentado sem muita reação que corte a ação pela raiz.

Foto: agenciabrasilia.df.com

 

Revisão

Um curta metragem estudantil, independente, cujo tema é suspense LGBT, traz, na chamada, o seguinte texto: “Procura-se 2 atores homens”(sic).

Foto: freepik.com

 

Nova lei

Se o trabalhador passa 8 horas do dia ocupado na labuta, não tem condições de acompanhamento médico para a pressão arterial ou diabetes. Esse é um bom tema para uma lei que obrigue esse tipo de atendimento contínuo em empresas e no funcionalismo público.

Ilustração: universo.uniateneu.edu

 

Insegurança

Por falar em lei, os bancos não deveriam, em absoluto, ter o direito de limitar o uso do dinheiro na conta do cliente, pelo próprio cliente. Se um PIX à meia noite for feito e tiver dinheiro na conta, como é possível que o banco impeça a transação por causa do horário? Segurança do cliente? Essa decisão é do cliente, não do banco.

 

História de Brasília

Agora, como se não bastassem os serviços do DCT, os deputados investem, também, contra as empresas de aviação, utilizando seus serviços de rádio. Outro dia, uma empresa não sabia o horário de um avião, porque o tráfego estava congestionado, em virtude do grande número de mensagens de deputados. (Publicada em 02.03.1962)

Enem ideológico

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Imagem: brasilparalelo.com

 

           Não é a primeira vez e, por certo, não será a última que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último domingo (05), tem sido motivo de polêmica e alvo de denúncia de vazamento do conteúdo da prova antes do fim da aplicação. Desta vez, até a poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária, pejorativamente chamada de bancada do boi, e que reúne um número grande de políticos com assento no Congresso, entrou em cena para denunciar que, na prova, havia algumas questões de cunho nitidamente ideológico e contrário ao agronegócio.

          Para essa bancada, é preciso que o governo adote meios de anular essas questões imediatamente. Inclusive, o ministro da Educação, Camilo Santana, poderá ser chamado ao Congresso para dar explicações sobre o ocorrido. Justamente agora, que o governo vem fazendo esforços para obtenção de maioria na aprovação das reformas tributárias, não pode descuidar de melindrar uma bancada que pode ter um peso decisivo nessa e em outras votações.

         É sabido que o atual e o agronegócio vivem uma crise de relacionamento desde que o presidente da República acusou esse setor da economia de possuir um caráter fascista e um forte viés de direita ideológica. O que não é verdade. Na realidade, o governo e seu braço no campo, representado pelo Movimento Sem Terra (MST), estão numa espécie de pé de guerra com o agronegócio, reforçado com as invasões de terras promovidas por esse movimento e também pela aprovação do Marco Temporal, que ameaça muitas propriedades rurais, retirando-lhes a posse da terra em favor dos índios.

         Essas situações, poucos amistosas, há meses deixaram os bastidores da política e ganharam uma visibilidade pública. Visibilidade essa que ameaça não apenas esse setor, que é o principal responsável pelo superávit na balança comercial, como, de quebra, pode prejudicar, e muito, o próprio governo, caso ele não consiga esconder o que muitos chamam de inveja e despeito pela posição econômica ocupada pelos produtores rurais.

          Agora, usar questões do Enem para atacar o agronegócio, acusando-o de descaso com a saúde dos seres humanos, de violência no campo, de impedir que os camponeses sejam camponeses, é , além de propaganda enganosa e cheia de ranço odioso à agroindústria, uma tentativa de induzir, erroneamente, os jovens contra esse setor e a favor das teses da esquerda, para quem produtor bom é aquele que come na mão do governo e vive às custas das benesses do Estado.

          O conteúdo das provas, confeccionado, segundo o governo, por professores independentes, revela, de saída, que essa independência é, no mínimo, falsa e camuflada, sendo que esses professores rezam pela mesma cartilha de uma pedagogia esquerdista, que subverte as ordens das coisas e coloca sempre nosso país na rabeira dos certames internacionais de educação.

         Mesmo que se reconheça que ainda há muito a ser acertado e equilibrado entre o agronegócio, o meio ambiente e a força humana no campo, é preciso que o governo entre nessa questão para estabelecer um ponto de harmonia nessas relações, regulando e permitindo o que é ético e vantajoso para todos.

         Querer, como parece querer o governo, colocar fogo no palheiro do agronegócio, não irá trazer benefício a ninguém, além de prejudicar o país e uma produção de alimentos que, hoje, nutre boa parte da humanidade.

A frase que foi pronunciada:

“O vício inerente do capitalismo é a distribuição desigual de bençãos; a virtude inerente do socialismo, a distribuição das misérias.”

Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

Solidariedade

Estoque no Hemocentro é o menor registrado nos últimos cinco anos. A necessidade de doação mais urgente é para grupos O+, O- e A+. Quem quiser doar sangue pode agendar pelo portal do hemocentro ou ligar para 160, opção 2.

Publicação na página oficial do Hemocentro de Brasília no Instagram

Sin City

Aos poucos, o jogo de azar vai ocupando espaço na pauta do Legislativo. Chega à sorrelfa com títulos inocentes para depois se transformar em lavanderia de dinheiro mal lavado.

Foto: Coletivo Pandilla

 

Pupilos

Cheio de orgulho, o professor de canto de Brasília Rodrigo Soalheiro vê seu brilhante aluno Benét Monteiro cantando em alemão, Disneys Hercules. Um tenor que já ocupa um importante espaço no mundo da música.

 

Tempos

A situação dos tucanos está interessante. Depois de assumirem outros ninhos, estão prestes a perder a sala da liderança no Senado e dois senadores estão aquecendo as asas para novos voos.

Foto: republicanos10

 

História de Brasília

O hábito de servir café já adocicado em Brasília está se generalizando injustamente. Reclame, quando lhe negarem o direito de escolher a quantidade de açúcar para a sua xícara. (Publicada em 08.03.1962)

                                      O Leão e o Urso

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Criada por Ari Cunha desde 1960

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com Circe Cunha e Mamfil   

         Uma das questões postas ao se criar o Ministério da Micro e Pequenas Empresas é saber até que ponto essa trigésima oitava pasta da burocracia estatal vai de encontro ao que almejam e necessitam de fato esses empreendedores e ao que atende a agenda e estratégia política própria do atual governo de ampliação de uma base sólida dentro do Congresso. Difícil é acreditar que as duas pretensões irão caminhar no mesmo sentido, atendendo, ao mesmo tempo os infinitos desejos do Centrão por cargos e prebendas e ao mesmo tempo facilitar a vida do trabalhador informal.

         Para os que buscam distância da burocracia estatal, num período em que é sabido o desejo do atual governo de banir para longe o livre empreendedorismo, tornando cada brasileiro dependente do Estado e de suas benesses , a nova pasta não traz nada de novo ou acrescenta vantagens  para esse setor paralelo  da economia. Primeiro não se tem uma pesquisa balizada levantando minunciosamente as necessidades e precariedades do setor. Depois é sabido que aqueles que optam pela livre iniciativa, o fazem por desejo de manter seus negócios longe dos olhos cobiçosos do governo e sobretudo do abraço de urso dos mais de onze mil sindicatos, todos eles sedentos por contribuições do tipo compulsórias para sustentar uma máquina burocrática gigantesca ligada, em grande parte aos partidos   lotados agora na máquina do Estado.

         Não há almoço grátis, sobretudo quando oferecido pelo governo com o dinheiro do pagador de impostos. Em criações como essa, saída da área de marketing e estratégia política do governo, não se fala nem em custo para o contribuinte ou em outras desvantagens como a aproximação vigilância ameaçadora   do leão da Receita sobre os pequenos empreendedores e seus negócios.

         Nos Estados Unidos, o pequeno e médio empreendedorismo vivem distante do governo, mesmo pagando impostos e outra taxas justas para o Estado. Há muito se sabe que a burocracia e a ingerência de governos sobre a livre iniciativa trazem muito mais desvantagens do que oportunidades para as pequenas e micro empresas. Colocar-se sob a vigilância tributária do governo é sempre um mal negócio, quando o que se busca é a independência econômica.

          O que é certo é que o cercamento do governo aos livre empreendedores, os colocará também sujeitos aos ciclos de crises, de inflação, de recessão e de esfriamento da economia, obrigando-os a socializarem as perdas, através do aumento de contribuições. Pensar que todo esse esforço para assentar mais uma parcela de políticos afoitos por cargos e lucros poderia ser muito bem realizado pelo Sistema “S”, bastando para isso racionalizar toda uma enorme máquina burocrática, que os contribuintes não sabem ainda à que vieram.

         Só com menos ministérios e mais eficiência e racionalismo é que o Brasil pode almejar seu lugar no primeiro mundo. Qualquer outra estratégia que coloque o Estado como mediador é uma aposta num passado de atraso e de demagogia política sem lastro na realidade.

A frase que foi pronunciada:

“É pela automaticidade do castigo, e não por inspiração divina, que os empresários privados não param de pensar em custos.”

Roberto Campos

Atividades

Sempre foi grande a demanda da população na conservação dos equipamentos esportivos e dos parquinhos infantis. O GDF começou as reformas e novas construções de parquinhos em todas as regiões administrativas. O esporte e a música são duas portas para salvar as crianças em situação de vulnerabilidade.

Tchau

Quem mora no ParkWay e optou por telefone fixo da Oi está passando apuros. A linha não funciona, as reclamações são recebidas, mas o problema não é resolvido.

Ronda

Por falar em ParkWay aquela região precisa de um policiamento mais ostensivo. O índice de assaltos e agora estupros, têm alarmado os moradores.

Neoenergia

Depois de tantas reclamações sobre a falta de energia não se vê mais nas contas de luz o DIP FIC que acusavam o tempo de escuridão.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)