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Colaboração: Mamfil
Prelúdio em dor maior
 
Foi através da Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, que ficou estabelecido, com clareza  , a noção de bem cultural imaterial, como sendo aquelas manifestações, práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas , musicais ou lúdicas. Essa mesma definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em 1º de março de 2006.
Importante ressaltar que o patrimônio imaterial  foi entendido como aquele que é transmitido de geração em geração e constantemente recriado e apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade. É exatamente nessa categoria que se enquadra a Escola de Música de Brasília, fundada em 1974 pelo maestro Levino Alcântara e berço de grandes talentos da capital e do Brasil.
Patrimônio de Brasília, a EMB reúne músicos de várias tendências, que se desdobram em inúmeros outros grupos de instrumentistas espalhados pela cidade,  tocando do clássico à MPB, num amálgama de gêneros sem preconceitos , onde o que desponta é o talento e o virtuosismo dos artistas, reconhecidos aqui e no exterior.
Depois de mais de quatro décadas formando músicos, a EMB, como a maioria das instituições públicas da capital, vem experimentando um processo de esvaziamento lento e contínuo e que pode, para muitos, culminar no seu fechamento.
Essa morte anunciada, na qual governos passados tiveram grande parcela de responsabilidade, teve início com o desmantelamento da Fundação Educacional nos anos noventa, dentro da nova proposta administrativa que se abria. Os desacertos sobre a,  competência de gestão e mesmo as discórdias sobre sua real importância, dentro do novo organograma de ensino da capital, empurraram EMB para o beco sem saída das instituições de caráter acessório , cujo funcionamento ou não,  não acarretaria grande perda para o regular .
Vista a partir desse daí, começou sua lenta descida rumo à decadência. Ao contrário do que ocorre nos países civilizados, onde a sociedade toma para si a manutenção de teatros e sítios de cultura, através da ação de benfeitores e padrinhos da arte, no Brasil das altas taxas de impostos, tudo fica à mercê de governos.
 Quando ocorre, como agora,  a falência do Estado, fulminado pela incompetência e corrupção, os primeiros   levados ao sacrifício curiosamente são os artistas e os centros de cultura, dentro da visão aparentemente simplista e ignorante de que  arte não enche barriga. Aparentemente porque a sociedade brasiliense começa a desconfiar do interesse do setor imobiliário na área.
 
A frase que foi pronunciada:
“Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo.” Leonel Brizola
 
Dias dos adultos
Está dando o que falar festinha para crianças em limusine. A alegria superficial, o faz de conta que a riqueza é tudo e o exibicionismo do poderio material sem essência. É bem o que quer a nossa pátria educadora. Bem dentro do esquema.
 
Agenda
Com entrada franca, o cantor e compositor Eduardo Rangel participa do aniversário da Livraria Sebinho, no sábado dia 17 às 20h. Ao piano o maestro Joaquim França, o versátil Ocelo Mendonça no sopro e com Liliana Gayoso, nas cordas. Depois do show autógrafos na 2ª edição do CD “Estúdio”. São só 70 lugares.
 

Aborto
Uma pergunta na Internet que só pode ser respondida pelos ministros do STF. Uma bactéria foi capaz de provar que há vida em Marte e um embrião não consegue garantia jurídica nem legislativa, nem executiva para crescer livremente.

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OAB, ABI, CNBB e UNE e a democracia
 
Nem mesmo atos provados de corrupção são  tão letais  à uma instituição de defesa da cidadania do que a sua conversão aos ditames do governo de plantão, seja de que matiz for. O aparelhamento tem o poder da estricnina, os efeitos do envenenamento continuam a agir por longo tempo, tornando sua plena recuperação uma tarefa árdua, e as vezes inócua  sempre que a memória vem à tona. A abdução política, nestes casos, funciona como uma quebra de confiança,  uma vez rompida, ficam os remendos, as cicatrizes. Sendo assim, como manter instituições, que têm no seu cerne características marcadamente políticas, distantes e imunes aos diferentes  governos?  
O que parece, num primeiro momento, um paradoxo, sem solução, encontra na leitura  atenta dos próprios estatutos, a saída para o impasse. Ao brasileiro  fica a impressão que o retorno ao estado de direito, fez perder o viço dessas instituições que eram a voz do cidadão, do mesmo modo que esvaziou a música e poesia dos compositores de protesto.
Numa primeira impressão, tudo ficou como que pasteurizado, numa geleia geral amorfa e insípida. Pior para a democracia. O silêncio obsequioso desses organismos, no caso do momento tão grave por que passa a Nação, muito mais do que insinuar uma cumplicidade  cínica, arremessa o cidadão no terreno baldio da incerteza e do desamparo. Sem ter a quem recorrer nesta hora de aflição, o cidadão órfão, tem apenas numa parte da imprensa e nas manifestações espontâneas  das ruas, a certeza de que não está sozinho nesta longa noite.
Definitivamente, democracia não se constrói sem traumas e sustos de toda a natureza. À ordem  de secessão, repetidamente ordenada pelo governo, contra quem ousasse discordar, fez calar também as instâncias derradeiras da cidadania. Fechadas num mutismo  autista, estas instituições deitaram por terra a própria razão de existir. 
Passada a tormenta, ficarão ainda os escombros  das ordens, associações, confederações e união, todas a espera de quem possa reaver a credibilidade perdida.
 

A frase que foi pronunciada:
     “O poder sem moral transforma-se em tirania.” Jaime Balmes 
 
No peito e na raça
 
Se existe na Saúde do DF algum setor que funciona com excelência, este é o Banco de Leite do HMIB. Mesmo na penúria da falta de verba para fazer um trabalho melhor, os funcionários, sob a coordenação da Dra. Miriam Santos se desdobram para que as crianças tenham no início de vida, o contato materno. Nossa homenagem à toda a equipe pela dedicação. Dra. Miriam, Adriana Fernandes, Aline Barbosa, Ana Paula Domingos, Divina Chaves, Juliana Diniz, Camila Canuto, Lauana Martins, Malena Magno, Patrícia Botelho, Patricia Schimin, Raquel Prata, Sebastiana Moura, Sheila Bernardino, Silvana de Oliveira, Susana Andrade e Vanessa Macedo.
 

Descaso total 
 
Era só o que faltava. Em uma reforma sem fim, a Biblioteca Conceição Moreira Salles continua de portas fechadas. Naquele local  os escritores e músicos registravam os direitos autorais de suas obras. Os funcionários foram transferidos para o Ministério da Cultura mas o serviço, não. A sugestão do Sindicato dos Escritores do DF é que a esses servidores sejam dadas condições de poder receber os  originais no próprio MinC. Até agora o ministro da Cultura, Juca Ferreira,o presidente da Biblioteca Nacional, Renato Lessa, e também os coordenadores da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, da Leitura e da Biblioteca,  do Congresso Nacional, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) e o deputado José Stédile (PSB-RS) receberam a missiva mas não acataram a sugestão efetivamente.
 
Uma pena 
            
              Por falar em livros, o Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados, criado a mais de 10 anos, foi simplesmente desocupado sem uma fundamentação que justificasse tamanha violência contra a educação e cultura. Até agora os exemplos de Pátria Educadora estão fora da realidade.
 

Release
Desde março, a Administração do Lago Sul tem combatido a poluição visual nas ruas. Em oito meses, cerca de 8 mil propagandas irregulares foram recolhidas do Lago Sul e do Jardim Botânico. Todos os dias, servidores do órgão retiram dezenas de faixas espalhadas pelas quadras e avenidas do bairro. Em julho, as administrações regionais do Lago Sul, Lago Norte, Taguatinga e Plano Piloto assinaram documento com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região. O documento visa a organização dos meios de divulgação e do comércio imobiliário nas respectivas regiões administrativas.

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     Trabalhadores partidosSe existe uma expressão que pode definir com exatidão o momento atual vivido pelo  governo do Distrito Federal, sem dúvida esta poderia ser “herança maldita”.De saída, faltou às equipes de transição do novo governo  uma radiografia completa da situação financeira do DF. A contratação de uma auditoria independente, para vasculhar as contas do governo que saia, poderia ter evitado desgastes  futuros como os experimentados agora com a deflagração geral de movimentos paredistas  em diversas áreas da rede pública. Que a experiência sirva também para a área federal e a transição de governo.Poucos dias depois da posse, os técnicos do governo Rodrigo Rollemberg descobriram que a administração passada havia deixado apenas R$ 64 mil nos cofres.  Nem mesmo os auxílios oriundos do Fundo Constitucional, necessários para os salários de educação, saúde e segurança, foram suficientes para amenizar um pouco a crise financeira.Também  os recursos vindos diretamente do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios , não serviram para disfarçar um passivo nas contas de 2015 da ordem de R$  5 bilhões.A situação de calamidade nas contas do GDF, empurraram a nova gestão para o beco sem saída do arrocho e do retraimento dos gastos e investimentos. O que se assistiu na sequência foi o anuncio de dezenas de medidas como o aumento de ICMS , IPVA, IPTU, extinção de centenas de cargos comissionados, cortes em investimentos e outras colocadas, obviamente,  no bolso do contribuinte.Como sempre ocorre, nos casos de incúria de governos populistas, os efeitos da herança passada  atingiram em cheio agora as áreas de educação,  saúde e  segurança.  É bom que nos estados a oposição também prepare uma transição com auditoria antes de assumir qualquer cargo.A eclosão da greve, anunciada a pouco pelo conjunto de 32 categorias é, assim, o desdobramento natural da má gestão dos recursos públicos e do descaso com relação a Lei de Responsabilidade Fiscal.Aqui no DF, impotente diante a dimensão dos estragos deixados  pela gestão anterior, sobretudo no que diz respeito aos reajustes  nos salários prometidos no passado, o atual governo possui nítido estreitamento de manobra. Essa situação ganha ainda um contorno mais dramático quando se sabe do oportunismo dos dirigentes sindicais, amaioria ainda atrelada aos ideários da CUT, ávidos em jogar mais gasolina na fogueira .  Cercado pelos servidores, sindicatos e Legislativo local de um lado e, pela população, de outro lado, resta ao ilhado GDF aguardar que os rebelados caiam na real e deem um chance à sociedade, afinal de contas é ela quem paga pelos serviços públicos e a que mais sofre com o péssimo atendimento e a falta desses mesmos serviços. A frase que não foi pronunciada: “Aquele balcão de negócios no Congresso tem origem nas eleições. O eleitor que acredita receber vantagens quando vende o voto carrega em si e no ato o início do processo da corrupção.”Deputado pensando enquanto decidia não comparecer à sessão para votação dos vetos.  Premio Claudia 2015Na categoria de Políticas Públicas a premiada foi a auditora fiscal Marinalva Dantas. Ela conseguiu libertar mais de 2,3 mil trabalhadores em condições análogas à escravidão. Nesses 20 anos de trabalho Marinalva continua dividida entre a tristeza de saber que muita gente não consegue fugir porque não foi localizada para ser protegida e a alegria de receber o prêmio, que certamente vai abrir caminhos para que essa realidade chegue ao conhecimento de toda a sociedade brasileira. Bem comumNo Lago Norte calçadas das quadras pares trazem postes no centro exatamente no centro do percurso dos pedestres. E não foi obra do governo. Foram os moradores que avançaram as cercas. Carrinho de bebê e cadeira de rodas naquela região não encontram chance de mobilidade. AchadouroNeste sábado e domingo o projeto Território Paranoá levará para Funarte, às 11h, um espetáculo para crianças de 6 meses as 3 anos . Caísa Tibúrcio e Nara Faria farão sons e formas com sacolas plásticas, com inusitada linguagem não verbal e uso de objetos do cotidiano. A meia entrada custa R$ 5,00.

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Reformas substanciais no ensino exigem tempo e persistênciaGovernos mudam  a cada quatro ou oito anos, num processo  contínuo de alternância de poder que favorece e revigora a democracia. Ocorre, no entanto,  que o tempo político muitas vezes não coincide com o tempo em que a sociedade e o país necessitam para implementar transformações verdadeiramente profundas e duradouras. Neste caso como conciliar o tempo de governo com o tempo de maturação de reformas, que , por si só, são necessárias até mais do que décadas para se efetivarem? Esse parece ser o caso  específico da educação brasileira.  Estratégias que visem revolucionar  de fato o sistema de ensino. Instrução e educação necessitam , além do tempo de uma geração inteira e interatividade com a família, persistência  e foco no que foi estabelecido, e blindagem contra as investidas de políticos interesseiros que se utilizam da bandeira da educação apenas para fins imediatos da própria eleição. Educação não deve ser bandeira desse ou de qualquer outro governo, mas objetivo de Estado e nação com vistas sempre às futuras gerações. O caso típico desse modelo de longo prazo pode ser conferido na Coréia do Sul. Todos os indicadores positivos alcançados por aquele país, para o setor,  foram estabelecidos nas décadas passadas, num processo que se sabia lento, porém seguro e duradouro. Na contramão desse exemplar modelo, seguimos no vazio, com planos para a educação que não passam de slogans publicitários, confeccionados por marqueteiros de plantão , cujo o vigor se esgota, tão logo se encerrem as eleições.A chamada “Pátria Educadora”, lançada com pompa pela presidente Dilma a pouco mais de nove meses, nem bem venceu o período de gestação ,  e já é considerada, por muitos , um natimorto.As mudanças de ministros, feitas ao sabor das exigências da base de areia e os cortes de até R$ 10,5 bilhões no orçamento da pasta, demonstram, na prática, que ainda não será desta vez que a educação vai experimentar transformações verdadeiras. Enquanto não se leva a sério, este que talvez seja o setor nevrálgico do país, o Brasil continua a amargar os últimos lugares nos ranking sobre educação, como é o caso do 60º lugar, numa lista de 76 países, na qualidade do ensino , segundo a OCDE.Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), revela que o Brasil alcançou  apenas duas , das seis metas estabelecidas há quinze anos (2000 a 2015) durante a Cúpula Mundial de Educação em Dakar, no Senegal. Apenas o acesso universal ao ensino primário e a igualdade de gênero foram atingidos, assim mesmo parcialmente. Ficaram de fora a expansão da educação na primeira infância; o acesso igualitário de jovens e adultos à aprendizagem e a habilidades para a vida; a redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos até 2015 e, por fim, melhorar a qualidade de educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos. Uma nova reunião mundial será realizada em maio na Coreia do Sul para traçar objetivos para o período de 2015 a 2030.Quem sabe não é chegada a hora de confiar um plano de metas ,que revolucione a educação brasileira, à uma junta permanente de especialistas na área, fora das pressões políticas de governos e sob a supervisão direta de todos os cidadãos interessados na questão?

A frase que não foi pronunciada:“Já passou da hora de os juízes que se preocupam com o país iniciarem uma greve relâmpago. Nada de pneus queimados ou megafones. A Justiça deveria julgar em tempo recorde todos os processos que envolvem políticos. Isso sim é greve!”Um juiz quer colocar o país centrado nos trilhos do desenvolvimento.Outro ladoSenador José Agripino se defende das acusações de ter recebido doação eleitoral ilícita. Ele explica  que a Procuradoria Geral da República já investigou o caso em 2012 e arquivou pela inexistência de indícios que confirmem a acusação.CientíficoBelo trabalho será apresentado a partir de amanhã na UnB. Desafios para o envelhecimento saudável. Trata-se da V Jornada Científica da Liga Acadêmica de Gerontologia e Geriatria da Universidade de Brasília. 

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circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.brColaboração: Mamfil 

Acordo Transpacífico  pode reduzir, ainda mais, importância econômica do Brasil.             Celebrado como o maior acordo comercial regional da história, a Parceria Transpacífico (TPP), envolvendo os EUA, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã e com perspectiva da entrada futura da Coreia do Sul, Taiwan, Filipinas e Colômbia, está prestes a reduzir a importância do Brasil como player econômico internacional.Acorrentado a acordos  anacrônicos do Mercosul, cuja a pauta interna se orienta segundo  as diretrizes da cartilha  bolivarianista, ou coisa que a valha, o Brasil vive, talvez um dos piores momentos de sua história , justamente por insistir em parcerias e tratados distantes do mundo real e asséptico dos negócios.Analistas, de diversas tendências, são unânimes em considerar que o Mercosul atrapalha a abertura comercial do Brasil rumo à outros mercados e à outros acordos bilaterais, não só pelo fato dessas negociações exigirem consenso entre os membros . Venezuela e  agora a Bolívia, como novos integrantes do Bloco, prejudicam mais do que ajudam. O Itamaraty, que já foi considerado uma das mais prestigiadas escolas de relações internacionais do mundo, especializada justamente nas ciências intricadas do comércio exterior, vem , desde 2003 sendo esvaziado de suas funções originais,  reduzidas hoje á missão protocolares e de pouca relevância. Com a redução acentuada dos preços das commodities agrícolas e minerais, somada a forte recessão interna, o Brasil teria nas parcerias comerciais com outros países , uma saída, ou pelo menos um atenuante aos indicadores econômicos internos.A tal “ponte” que o ministro Levy enxerga na recriação da CPMF, para sair do atoleiro,  poderia, com facilidade,  ser construída a partir do estabelecimento de novas parcerias econômicas além mar. Enquanto a Organização Mundial do Comércio registrava em 2013, 543 acordos bilaterais, o Brasil , desde 1991 só estabeleceu   acordos bilaterais com Egito, Palestina e Israel. Nesse clube de mendigos em que o Brasil insiste em permanecer, uma característica comum entre seus membros chama logo a atenção:  a nítida trajetória rumo à falência econômica, política e social  desses países , provocada justamente pelo modelo populista de governo, que tem no próprio Estado os limites do mercado.A Parceria Transpacífico, reunido economias que somam US$ 28 trilhões, ou 40% do PIB mundial, pode colocar em risco US$ 31 bilhões em exportações de manufaturados do Brasil, apenas num primeiro momento.  No monumento à década perdida pelo Brasil, cada acordo desdenhado por razões ideológicas, aumenta o fosso que nos separa do restante do mundo desenvolvido e livre , aumentando também a profundidade do buraco em que já nos encontramos a tempos. A frase que foi pronunciada:“ O calor é tanto que já estou gostando de quem fala cuspindo.”Frase na Internet atribuída ao Tiririca VegetarianoDr Aris Latham, conhecido no mundo do vegetarianismo, recebe interessados para um workshop no Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável na 113 sul, por R$120. A aula interativa, aborda receitas funcionais e saudáveis na linha da alimentação viva. Hoje, às 19 horas. O chef panamenho foi convidado por Gilberto Manso. Rendeu notasNum encontro na porta da Pizzaria Dom Bosco, Tania Fontenele mostrava o entusiasmo de sempre em relação a exposição Memórias Femininas da construção de Brasília. Conta que a mostra ficou montada no Salão Negro do Congresso Nacional e contabilizou mais de 35 mil visitantes. Conhecimento “ Emocionante ver aquelas filas na rampa do Congresso nos finais de semana para ver a exposição e as dependências do congresso. Muitas daquelas pessoas não tinham a menor ideia do que era a vida em Brasília naquele tempo e muito menos o protagonismo das mulheres,” diz Tania Fontenele com um brilho nos olhos. CuriosidadesNas exposições em lugares mais amplos até um carro de 1958,  Romi Isetta ( pertecente à familia Bettiol), modelo idêntico usado pelo Presidente JK na inauguração de Brasília foi exposto. MovimentoAlém disso há várias atividades paralelas à exposição.    Debates sobre a Mulher e a cidade, Chá da Memória – onde várias senhoras pioneiras se reúnem para contar suas histórias (Rara oportunidade de ouvir a história viva feminina candanga.)Há também desfile de modas com as senhoras ( entre 70 a 90 anos) com roupas usadas na inauguração de Brasília e nos eventos sociais da década de 60. Obra históricaAtenção governador Rollemberg, senadoras e ministras. Nossa capital merece um Museu das Memórias Femininas de Brasília. De preferência entre o Instituto Israel Pinheiro e o Niemeyer.  

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circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.brColaboração: Mamfil

Disque PM para matar              Pesquisa realizada em 84 cidades com mais de 100 habitantes ,encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que 50% da população  do país aprova a ideia  sinistra de que “bandido bom é bandido morto”. Dados do Fórum mostram ainda que a cada meia hora uma pessoa é assassinada. São 15.932 mortes violentas nas 27 capitais do país, o que faz do Brasil um país em guerra permanente.              Para a Organização Mundial da Saúde, qualquer índice de violência que apresente mais de 10 vítimas por 100 habitantes é considerado epidêmico e fora de controle. Para uma sociedade  violenta, uma polícia também violenta. Curiosamente estes pólos extremos que tem a polícia que pratica o próprio justiciamento numa ponta, e o criminoso em outra, acabam por se tocar num ponto comum  que é  a impunidade. Impunidade que põe em  liberdade, quase imediata, o preso perigoso  e a impunidades , favorecida pelos infinitos atalhos da lei, que não pune os policiais violentos e os atos contra a vida.              A situação chegou à um tal ponto de distorção, que é comum, principalmente nas periferias, o cidadão comum temer, tanto a policia, como o bandido.  Essa é inclusive uma das razões que levam o crime organizado a se apresentar como “protetor” de muitas comunidades, contra a violência praticada pelos agentes da lei. Mais do que armas sofisticadas, a policia necessita de preparo e inteligência para atuar na frente, na prevenção e não em duelos e tiroteios com delinquentes destemidos.            Em 2012, pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, indicou que 70% da população brasileira não confiava na polícia, sendo que 63% se diziam insatisfeitos com o modo de operar das polícias. Com o  agravamento da crise econômica, aumento do desemprego e falta de perspectiva da população, os índices de violência e a consequente atuação desastrosa das policias para conter os conflitos urbanos,são propensos a aumentar.           A tendência é que os número de mortos cresça à patamares insustentáveis, afugentando,  ainda mais, os turistas e as populações das ruas, arruinando o comércio e transformando o cotidiano dos brasileiros  num pesadelo em que balas perdidas cortam os céus  de lado a lado, fazendo vítimas inocentes a cada esquina.              É certo que não será também com o desprestígio das polícias que iremos debelar a violência em nossas cidades. Mas definitivamente não se pode usar do dinheiro do contribuinte para armar servidores do Estado, transformados , em muitos casos, em algozes da população. É importante que se registre ainda o grau de corrupção das instituições no país, sobretudo agora quando se descobre o caráter endêmico desse flagelo entre nós. Há uma relação direta com o agravamento nos indicadores que medem a violência.            Fica a constatação de que a corrupção, mais do que origem de todo esse flagelo urbano, representa ela a própria, a mais acabada forma de violência.     A frase que  foi pronunciada: “Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício.”  Mahatma Gandhi   Mau uso             Em uma audiência pública o senador Hélio José, que ocupa o lugar do governador Rodrigo Rollemberg no Senado, reuniu quiosqueiros, ambulantes e feirantes. Desse debate muitas informações interessantes surgiram. Uma delas é que o shopping popular, área perto da Ceasa, que deveria ser usado como comércio se transformou em depósito dos vendedores ambulantes. A denúncia da “Galega” que dirige o local é de que até parentes dos comerciantes compram boxes para ampliar o depósito.   Anti-DF          Outro dado interessante colocado pelos participantes é o estelionato governamental em que caíram mais de 4 mil pessoas quando acreditaram no Pró DF. Entraram para trabalhar, e agora não sabem como sair diante de tantas taxas e impostos a pagar e tão pouco apoio. Pior. A Terracap encontrou como solução, licitar o lote dessas pessoas, que se não conseguirem uma solução no Senado prometeram ir ao Ministério Público.   FAT Doda, José Oliveira de Sousa Presidente da federação dos Microempreendedores contou que o BNDES se alimenta com a verba do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Mas que os financiamentos do BNDES são fechados e de difícil acesso. Enquanto os trabalhadores brasileiros penam em busca de financiamento o FAT ampara empréstimos ao exterior.

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HISTÓRIA DE BRASÍLIA Os jornais continuam insistindo na “crise” e o governador da Guanabara atira-se pelos Estados falando mal (como é hábito) do governo. Tudo por causa de uma mala que ficou na portaria do Palácio. É a “crise da mala”. (Publicado em 24/08/1961) 30/09/2015 HISTÓRIA DE BRASÍLIA Dia 30, vamos visitar a Ermida D. Bosco. Leve uma vela, para a “marche au flambeau”, às 17 horas. O trecho do asfalto à Ermida será feito a pé. (Publicado em 24/08/1961)             HISTÓRIA DE BRASÍLIA A pior situação na República não é a do sr. Carlos Lacerda, que não tem mais para quem fazer revolução. É a do ministro Mariani, que tem que filtrar todos os créditos abertos generosamente pelo presidente, e sabe a qual atender. (Publicado em 25/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Dos 9 bilhões para as obras de Brasília, ninguém sabe quanto vai sair. O que é fato é que como não saiu quase nada mesmo, ninguém espera mais. (Publicado em 25/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Com isto, obras importantes como urbanização do Setor de Indústria e Abastecimento e construções de escolas, provavelmente ficarão aguardando oportunidade, como também a construção de galerias pluviais, rede de esgotos, de luz e telefones. (Publicado em 25/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Recesso é vitória. Logo mais, o Congresso pedirá cinqüenta por cento para o salário mínimo, para os operários, claro. Somente, que estes trabalharão o mês inteiro. (Publicado em 25/08/1961)

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Pela transparência às claras
Corrupção, dentre outras definições, pode ser definida como  exercício de influência, muitas vezes através do fornecimento de dinheiro ou favores, para obter um serviço. De acordo com a Transparency International, numa varredura fita em 198 países, os casos de corrupção são mais prevalentes nos países da África subsaariana e no Oriente Médio.
A análise foi feita durante dois anos e levou em conta a ocorrência de cinco fatores: frequência da corrupção, duração, propagação e gravidade. Curiosamente os riscos de corrupção são mais comuns nas economias em desenvolvimento, onde o estado de direito e as  instituições de fiscalização são mais débeis.  Neste ranking ocupam os extremos da lista o Sudão do Sul, como mais corrupto e a Dinamarca como o país menos corrupto. O Brasil , segundo a TI, vem piorando sua posição entre os países pesquisados e deve , seguramente, despencar muitos degraus, tão  logo sejam esclarecidos o emaranhado e mega escândalo investigado pela Operação LavaJato. Atualmente o país ocupa a 72ª posição, à meia distância entre os mais e menos corruptos.
A corrupção provoca, cada ano prejuízos econômicos e socias em torno de R$ 60 bilhões a cada ano. É muito mais que o PIB de muito estados. Segundo especialistas, a renda per capta do País poderia ser de aproximadamente US$10 mil, 16% mais elevada que a atual, caso fossem debelados os caos de corrupção. O estrago provocado por essa praga, tem reflexos ainda maiores para as populações de baixa renda que dependem dos serviços públicos e sobretudo as futuras gerações, que ficam privadas de serviços de qualidade. O Ministério Público Federal vem fazendo uma campanha, em âmbito nacional, para coletar 1,5 milhão de assinaturas, visando a aprovação de projeto de lei de combate à corrupção e à impunidade. As propostas são para aprimorar a prevenção e o desvio de recursos públicos, garantindo a transparência e a celeridade da justiça, nos julgamentos de casos desse tipo.  “O cidadão pode procurar a unidade do MPF mais próxima de seu domicílio para assinar a ficha de apoiamento  ou imprimir a ficha a partir do site, coletar dados e assinaturas e depois entregar em uma sede do MPF ou enviar pelo correio para o endereço da Força-Tarefa Lava Jato em Curitiba: Procuradoria da República no Paraná, Rua Marechal Deodoro, 933 – Centro, Cep 80060-010 – Curitiba/PR.”
 O Ministério Público apresentou 10 medidas básicas contra a corrupção que são: Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação;  Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos;  Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores;  Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal;  Celeridade nas ações de improbidade administrativa;  Reforma no sistema de prescrição penal;  Ajustes nas nulidades penais;  Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2;  Prisão preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado e  Recuperação do lucro derivado do crime.
A frase que foi pronunciada:
“ 466 anos depois nada mudou.”
Professor Rosendo Braga, de História, contando que tudo começou em 1549 quando Pero Borges, funcionário ficha-suja desembarcou no Brasil. Tinha sido condenado em Portugal por desvio de dinheiro na construção de um aqueduto.
Bem comum
Pedro Cardoso, de São Paulo sugere notas em campanha publicitária para que informações simples para uns cheguem ao conhecimento de outros. Exemplos:o abandono de criança pelos responsáveis configura crime; que não colocar filhos na escola também é crime; que a certidão de quitação eleitoral pode ser retirada pelo sítio www.tse.gov.br. Alimentação, higiene e exames ginecológicos e de próstata quando são feitos anualmente podem evitar longos e sofridos tratamentos.
 
Limpeza verde
Maria Brasileira, especializada em serviços de limpeza, cuidados e conservação de ambientes domésticos e comerciais, aposta em um canal de dicas para ajudar em algumas atividades do dia a dia. Produtos naturais para economizar em tempos de inflação. Bicarbonato com limão para limpar o rejunte dos azulejos com mofo, limão com cravo para perfumar o ambiente e esfregar a casca de batata no espelho para não embaçar. Visite no youtube.
 
100 vagas
            Até o dia 9 o Ministério Público do Distrito Federal recebe inscrições para um seminário sobre violência conta crianças e adolescentes. O evento está marcado para o dia 16 no Fórum de Ceilândia. 
 
Universidade
De 8h às 10h na UnB o corte de luz prejudica o andamento dos serviços. O método radical é a solução encontrada pelos gestores para economizar energia. O brilhantismo de alguns alunos poderia auxiliar a reitoria em uma medida mais científica.
 

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Colaboração: Mamfil

Democracia censitária
Se o número de partidos políticos fosse condição importante para aferir o grau de democracia de um Estado, o Brasil  estaria bem colocado na fotografia. Melhor ainda estaria a vizinha Argentina, com seus 710 partidos devidamente registrados na Câmara Nacional Eleitoral, uma campeã mundial absoluta em pluralidade política. Número de siglas não diz nada sobre o grau de democracia de um Estado. Pelo Contrário. Na realidade, o Brasil com os atuais 35 partidos aceitos no Tribunal Superior Eleitoral, apesar da continentalidade do país e da pluralidade cultural e étnica, ainda não atingiu a devida maturidade democrática e política, por uma razão singela: a grande maioria de legendas partidárias, contrariamente ao que dizem seus estatutos, é dominada ou por um indivíduo, que idealizou a sigla, ou por um grupo de pessoas, reunidas em torno desse “proprietário” do partido, num sistema fechado e monolítico, onde as contestações às decisões da  cúpula  são recebidas com a expulsão do questionador.
 A explicação para essa multidão de legendas tem também um motivo prosaico: a maioria desses pequenos partidos não passam de legendas de aluguel, que flutuam dentro do parlamento ao sabor das leis de mercado da oferta e da procura, como se fossem meras mercadorias. Esses nanicos são utilizados pelos partidos maiores para engrossar bancadas, ampliando tempo de televisão, para inflar ou denegrir adversários, dentre outros expedientes pouco republicanos.
Se a questão ideológica pode ser relegada à segundo plano, o mesmo não ocorre com quando o assunto é divisão do bolo do Fundo Partidário. Recentemente o caixa desse fundo saltou de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões, graças a pressões corriqueiras. É sabido que  com a implantação do financiamento eleitoral exclusivamente com recursos  públicos, os custos para bancar os pleitos poderão exigir um aporte extra da ordem de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões.  A disseminação de novas legendas tem, no dinheiro fácil do contribuinte, uma explicação pragmática do mesmo modo que o aumento no número de  sindicatos.
Trata-se aqui de um negócio, puro e simples. Os partidos , de certo modo não dependem de financiamentos privados, já que são eles mesmos configurados como empresas típicas, cuja a ideologia maior consiste apenas na obtenção  de lucro, venha de onde vier. Se for do contribuinte melhor ainda, já que ficarão silentes diante do descompromisso com o retorno desses ” investimentos”.
A frase que foi pronunciada.
“Não há democracia onde o voto é obrigatório.”
Pedro Cardoso, Interlagos, SP
 
Classe na média
 
 Um verdadeiro safari para o empregador conseguir cumprir as inúmeras obrigações determinadas pela nova lei. Pagando como empresa e tendo o serviço de particular o empregador precisa cobrar a folha de ponto para quem reside no local, fazer novo contrato de trabalho com uma pessoa que se senta à mesa para fazer as refeições com a família, acordo para jornada com ou sem a sessão da tarde. É justa mas não corresponde ao princípio da realidade.
 
Mais baixo 
 José E. Rabello, nosso leitor assíduo, reclama do sinal dentro do ônibus que avisa ao motorista o ponto a parar para o passageiro. Lembra que por lei, o sinal sonoro deve ser suave e sem estridência. Completa a missiva chamando a atenção dos mantenedores dos caminhões do SLU. O sinal de aviso quando dão ré é ensurdecedor.
Nota: sinais agudos, i.e., de alta frequência, tem muita energia, que podem causar danos à audição ou causar irritação.xxxx
 
Bem comum
Pedro Cardoso, de São Paulo sugere notas em campanha publicitária para que informações simples para uns cheguem ao conhecimento de outros. Exemplos:o abandono de criança pelos responsáveis configura crime; que não colocar filhos na escola também é crime; que a certidão de quitação eleitoral pode ser retirada pelo sítio www.tse.gov.br. Alimentação, higiene e exames ginecológicos e de próstata quando são feitos anualmente podem evitar longos e sofridos tratamentos.

VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra
circecunha@gmail.com.br; aricunha@ig.com.br
Colaboração: Mamfil
Reforma de Sísifo
Segundo a mitologia grega, as injúrias proferidas por Sísifo
contra os deuses do Olimpo ,resultaram na sua condenação à uma pena  eterna, que consistia em carregar nos ombros uma enorme pedra , morro acima . Tão logo alcançava o cume, a pedra rolava morro abaixo, mostrando que a inutilidade de seus esforços repetitivos decorria da sua falta de liberdade de escolhas.
Respeitado o tempo e a importância real dos personagens, o
mesmo parece acontecer agora com a reforma do Estado prometida pelo governo para conter o colapso do país que vai se anunciando. Pelo o que já foi apresentado até agora, depois de inúmeras idas e vindas e conchavos sem fim, decepção e perda de tempo parecem ser os termos mais apropriados para definir essas mudanças.
Dilma carrega seu governo, convertido num imenso peso, até o
cume, representado a quem deve obediência e gratidão pelo cargo, para que depois os fatos demonstrem a pouca valia de seu trabalho para resolver a crise . Ademais, o próprio histórico da presidente não
contribui para lhe conferir a autoridade necessária para reformar um
estado em situação comatosa . Por onde passou Dilma deixou , atrás de si, um rastro de problemas, que hoje, por obra do destino, é obrigada a engolir. Como ministra das Minas e Energia , presidente do Conselho da Petrobras , chefe da Casa Civil e depois presidente da República, a marca de sua gestão foi sempre caracterizada pelo voluntarismo e pelas decisões atabalhoadas em nome de uma ideologia ou de um partido que a exclui da fatia, fato que só ela mesma entende. O parque hidro elétrico, incluindo aí as estatais Eletrobrás, Furnas e Eletronorte, ganharam as manchetes esta semana em razão de um relatório enviado à Aneel , onde o setor revela um prejuízo de R$ 20 bilhões , em razão, não da falta de chuvas, mas de “decisões dos gestores do sistema e agentes do governo”. Anteriormente, na tentativa de represar os preços do setor
por motivos eleitorais, deixou um passivo que hoje é de R$ 105 bilhões que foi devidamente debitado na conta de luz de todos os brasileiros . No comando do Conselho executivo da Petrobrás, conseguiu literalmente quebrar uma das maiores empresas de petróleo do mundo. Na Casa Civil os escândalos se repetiram, com Erenice Guerra, Lina Vieira e com dossiês falsos contra Ruth Cardoso, além dos escândalos dos cartões corporativos entre outras peripécias palacianas. Na presidência da República, a melhor avaliação de seu desempenho é dada pelos institutos de pesquisa de opinião, que a colocam como a pior mandatária desde a redemocratização e como condutora do Titanic Brasil.
Com uma folha de serviços desse calibre, que reforma pode ser
ainda apresentada ao país que não seja apenas para retribuir os
favores àqueles a quem deve a cadeira que ocupa e que vai lhe
escapando aos poucos?
A frase que foi pronunciada:
“ Se para os petistas a herança de FHC foi maldita, qual será o
adjetivo para a herança que o PT deixa para o Brasil?”
Melhores respostas serão publicadas
Irreal
Divulgadas no site da Receita Federal, as regras para o empregador
doméstico. Ao mesmo tempo em que se faz justiça é um golpe no
trabalhador da classe média que se desdobra para conciliar trabalho e família. Com o mínimo de R$1.200 para bancar um empregado doméstico, o desemprego para essa classe é certo. Ou os direitos irão por água abaixo já que a opção será a diarista. Essa, sem direitos. 
Impressionante
Um elogio para Luis Henrique Fichman, da Reader’s Digest Brasil. O
alto nível das operadoras de telemarketing é inigualável e poderia
muito bem ser aplicados em todas as empresas do Brasil. Ao telefonar para cancelar uma assinatura a atendente pergunta a razão, anota, suspende a assinatura e poucos dias depois chega um cheque nominal com a porcentagem calculada das revistas que você pagou para receber e não quis mais.
Educação curitibana
Ao todo 35 gestores e educadores de escolas particulares do DF foram à Curitiba para uma missão técnica. O grupo visitou escolas da capital paranaense para conhecer propostas pedagógicas e modelos educacionais de referência da cidade. A missão é realizada pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe/DF) e a ideia é trocar experiências do setor, buscar inovações, comparar as práticas adotadas e analisar a aplicação de alguns métodos em Brasília.