Além do desastre ambiental

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Governar conforme o Manual da boa administração dá um trabalho enorme. Poucos políticos possuem esse pendor. Definitivamente, o governo da presidente Dilma e de seu antecessor tem dado mostras claras, nesses últimos 13 anos, de que não entende do métier, nem mesmo possui disposição ou tino para tão enfadonha tarefa com tantas responsabilidades e demandando tanto preparo e estudo.

A maneira como a chefe do Executivo administra o Brasil é muito semelhante à realizada naquela pequena loja de bugiganga de R$ 1,99, aberta por ela em Porto Alegre em 1995 e fechada 17 meses depois. A cada rebaixamento feito pelas agências de risco, despencamos escada abaixo diante do mundo perplexo. A cada número da economia, vamos encontrando nosso lugar na rabeira do mundo civilizado. A cada anúncio de projeto açodado, emoldurado com discurso improvisado, seguimos certos a trajetória do foguete redentor de encontro ao chão.

A façanha de conseguir levar à bancarrota a outrora maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo vai ficando pequena à medida que vão emergindo as consequências do que parece ser o maior desastre ambiental do país. Na tragédia anunciada, a inoperância do governo, por meio da cegueira dos órgãos de fiscalização, ficou ainda mais patente com a demora das principais autoridades em se mostrarem presentes no local do desastre. No mundo do marketing, é recomendado que a figura de políticos fique bem distante de calamidades públicas para não ter a imagem associada a fatos negativos.

A solidariedade, no caso, fica restrita a pronunciamentos com promessas vagas e quem sabe um sobrevoo feito bem lá no alto, longe de qualquer contato com a lama. Sujar os pés é para auxiliares e subalternos. Mas mesmo esses auxiliares não se mostraram presentes in loco. Esse vácuo repete o vazio da atual administração, que cuida apenas, neste momento, de sobreviver ao tsunami de lama que ameaça arrastar a todos por igual.

O desastre de Mariana mostra como estamos anos-luz de exemplos como o do gabinete de guerra (war rooms) do primeiro-ministro Winston Churchill, que, mesmo sob os escombros de uma Londres devastada pelas bombas nazistas, funcionava a todo vapor graças ao cabo de guerra em que se transformara o grande estadista. Muito além do desastre ambiental de Mariana, paira o fantasma da omissão, que assombra a todos e ameaça nos levar para o buraco.

A frase que foi pronunciada

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“Nosso objetivo vai ser recuperar o Rio Doce. O Rio Doce é o sinônimo de vida da região. O Rio Doce é a bacia fantástica que tem esse nome extremamente sugestivo, que é doce e que nós não vamos deixar que fique marrom, ou marrom-alaranjado, que ele está hoje e que é o marrom da lama.”

Declaração de improviso da presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff

Escribas

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Dad Squarisi é uma das avós mais dedicadas que conheço. Lembro a alegria dos netos rodeando-a em uma horta. João Marcelo, compenetrado, usava a enxadinha como gente grande. E não era só o pé na terra! Dad estimulou-o a ir além. Brotou o primeiro livro de João Marcelo, Horta em figurinhas. Agora recebo o convite para o lançamento do livro 007 e o sujeito, no próximo sábado, às 16h, na Livraria Cultura do Iguatemi. Do Sagrado Coração, são três alunos que assinam a história policial que decifra os mistérios da análise sintática: João Marcelo Squarisi, Matheus Santos Palmar e Thiago Rover Daio. Do Madre Carmen Sallés, Leo Marino G. Modernell.

Fora dos conformes

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Embora pareça que a notícia é velha e já aborrece pela exposição maciça na mídia, é fato que o Brasil está desgovernado. Não há defesa nacional, não há uma autoridade competente que tome a frente da tragédia em Minas Gerais. Não há mão com pulso firme no governo que funcione para trabalhar pela sociedade, que faça o que tem que ser feito pelas famílias desamparadas.

Brasil ainda investe pouco em educação

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Festança na aprovação do Plano Nacional da Educação em 2014. Ficou acertado que o Brasil destinaria 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2024. O relatório divulgado ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), intitulado Education at a glance, ou Um olhar sobre a educação, dá conta de que o Brasil vem investindo, por aluno, cerca de um terço da média dos países-membros.

Numa relação entre os 37 países pesquisados, o Brasil ficou com a 32ª posição, investindo no ensino fundamental e no ensino médio, em 2012, algo como US$ 3 mil, ou 31% do valor efetivamente destinado pelos países da OCDE que foi de US$ 9.500 no mesmo período. No ensino básico, os números se repetem US$ 3 mil, contra US$ 8.200 dos países ricos.

Embora ainda esteja longe dos valores investidos por aluno em comparação com os países da OCDE, o Brasil, segundo a avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), posiciona-se entre os países que mais investiram em educação nos últimos anos, saltando de 13,3%, em 2005, para 17,2% em 2012 ou cerca de 4,7 % do PIB, valor acima da média da própria OCDE, que foi de 3,7%. Aqui, temos a clássica versão do “muito pode ser pouco”, como no caso típico que dizia o filósofo de Mondubim: “Um único cabelo na cabeça é pouco. Um único cabelo na sopa é muito”.

Apesar de investir mais em educação, o Brasil ainda destina poucos recursos per capita médio por aluno. Embora não integre a OCDE, o Brasil aparece no relatório como promessa de melhora nesse setor, já que apresentou crescimento dos investimentos da ordem de 210%, por aluno em educação básica, se comparado com dados de 2005.

Para o presidente do Inep, Chico Soares, “o Brasil está gastando quase 20% em educação ao ano, é o terceiro país que mais gasta. Não temos a ideia do esforço que fazemos. Quando vemos esse dado na comparação internacional, mostra como mudamos de 2000 para cá. Mais do que em termos reais, o que gastamos em educação básica, mais era necessário porque gastávamos muito pouco”.

Até o fim de 2015, segundo o Fundeb, o gasto mínimo anual por aluno da educação básica deve girar em torno de R$ 2.540 ou R$ 212 por mês. Esse crescimento verificado nos últimos anos nos investimentos em educação per capita pode ainda sofrer processo de retração acentuado devido ao longo período de recessão que se anuncia para o país este ano e em 2016.

Lançamento

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Recomendado pelos mais renomados profissionais da área, o livro lançado pela Sociedade Brasileira de Cancerologia deve ser parte obrigatória m todas as faculdades e medicina. Prevenção o câncer instiga o diálogo entre saúde e educação sobre ações preventivas dos principais tipos de câncer com maior impacto no Brasil. Participaram da obra como colaboradores os doutores Ivo Pitanguy, Angelita e Joaquim Gama, Antonio Buzaid, Sami Arap, Paulo Niemeyer, entre outros. A renda será revertida para a SBC.

Prêmio

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Ricardo de Figueiredo Caldas convida a sociedade para a outorga do Prêmio Sinfor de TI 2015. Durante o evento, será lançado o livro Parque Tecnológico Capital Digital. Amanhã, às 19h30, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).