Bloco dos revoltosos ameaça o carnaval

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Senador licenciado Cid Gomes foi baleado ao tentar furar bloqueio de manifestantes em Sobral (CE) — Foto: Reprodução/Globo

 

Vem crescendo em todo o País o movimento paredista dos policiais militares e dos bombeiros por reajuste salarial, tudo isso em plena época de carnaval, quando os índices de violência, num país violento por natureza, parecem explodir.

A situação, se não fez acender ainda a luz vermelha dentro dos gabinetes do Palácio do Planalto, vem preocupando, sobremaneira, os governadores e os prefeitos dos estados e municípios onde a folia de Momo atrai nesse período um número expressivo de foliões do Brasil e de muitos países. Até o momento, tudo leva a crer que as paralisações das forças de segurança vão não apenas prosseguir, como ganhar ainda mais adeptos por todo o país.

O carnaval é, tradicionalmente, a época mais sensível em termos de segurança e de primeiros socorros, sendo também, do ponto de vista dos estrategistas desses movimentos, o tempo certeiro para a deflagração de uma greve. Com a corda no pescoço, os governos de mais de 12 estados têm uma margem financeira e um tempo muito curtos para negociar, o que vai exigir do governo federal uma ajuda não só em recursos, mas em tropas, inclusive das Forças Armadas. Obviamente que, aproveitando o período em que a polícia sai momentaneamente de cena, crimes de toda a ordem vêm ocorrendo por todo o país e à luz do dia.

No Ceará, segundo informes entregues à imprensa, uma onda de violência, sem precedentes vem tomando conta do estado, com as autoridades falando, inclusive, em suspender o carnaval. A situação é mais preocupante nas regiões litorâneas do Nordeste, onde o carnaval já se tornou a principal fonte de renda de muitos municípios. Depois dos episódios de derrame de óleo nas praias, que provocou uma sensível fuga de turistas, a questão da falta de segurança para os foliões ameaça trazer mais prejuízos financeiros para esses brasileiros.

É sabido que a Força Nacional, nesses momentos de tensão, socorre alguns estados, mas não possui número suficiente de efetivo para atender a tantos estados ao mesmo tempo. Para piorar uma situação que parece já sem controle, políticos oportunistas do chamado Centrão e principalmente aqueles integrantes da Bancada da Bala com assento no Congresso vêm jogando gasolina no incêndio, apoiando os grevistas.

Caso esses movimentos atuais repitam os episódios ocorridos durante as rebeliões de 1997 e de 2011, quando a Polícia Militar em 13 estados e no Distrito Federal deixou de patrulhar as ruas se amotinando em quartéis, e quando o número de crimes aproximou o Brasil de uma verdadeira guerra civil, é bom frisar aqui o perigo que o Distrito Federal corre com a recém decisão do ministro do Supremo em relação a um dos grupos de crime organizado. Será preciso maior apoio desses mesmos políticos, que agora insuflam as greves, para apresentarem novos projetos de anistia para os revoltosos.

Os episódios ocorridos nessa semana em Sobral, no Ceará, onde o folclórico Cid Gomes decidiu, num ato de insanidade criminosa, passar com uma retroescavadeira por cima dos grevistas amotinados, dá o tom de como essas paralisações estão sendo conduzidas até aqui, segundo o receituário dos políticos. Somente esse fato já é o bastante para que todos os brasileiros previdentes comecem a ficar alarmados com os desdobramentos de mais essa crise.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Vá de retro” irmãos Gomes!

Algum conterrâneo de Cid e Ciro Gomes. Cearense é bom de piada.

 

Intenção

Começaram a soltar o assunto para testar a temperatura da reação. Privatizar a Água Mineral é o maior absurdo já cogitado nessa cidade. A mobilização que manteve o Parque Olhos D’Água é um exemplo da força da população. Quem odeia Brasília não deveria aceitar cargos aqui para deixar esse rastro de destruição.

 

Quanta diferença!

Declarou Lula: “O Congresso tem 300 picaretas.” Interessante comparar as reações da fala do ex-presidente Lula feita abertamente à imprensa e os “chantagistas” tratados pelo general Heleno em bate papo onde a intimidade foi violada. Uma convergência é indiscutível: a necessidade de uma mobilização popular mostrando a indignação com o assunto.

Print: gazetadopovo.com

 

Fora do prumo

Na entrada da 311 Norte, justamente na quadra do condomínio Ari Cunha, a banca de revistas se transformou numa lojinha de venda de biscoitos e castanhas.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Esta nota vem a propósito de um aviso posto no bloco dois da 206, onde, “por ordem do delegado do Ipase é proibido doméstica usar este elevador”. (Publicado em 16/12/1961)

Índole dos poderes

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Charge do Amarildo

 

Há muito que se sabe que o meio mais eficaz para aferir o caráter de um indivíduo é dado pelo acesso ao poder. Quanto mais poder, mais a pessoa vai revelando o que traz dentro de si, para o bem ou para o mal.

Normalmente, a maioria das pessoas se revela logo nos primeiros degraus de acesso ao poder, colocando para fora o monstro escondido da opressão e do mandonismo. Um pequeno e seleto grupo, no entanto, é capaz de usar as facilidades do poder apenas para distribuir benesses, propiciando harmonia e paz a todos.

Esse método serve tanto para os indivíduos, como para as instituições. É justamente o que temos assistido com relação aos Poderes da República, nesses últimos anos, com o Legislativo, Executivo e Judiciário, cada um à sua maneira, testando até onde podem ir avançar, além da linha traçada pela Constituição de 1988.

Para alguns estudiosos desse fenômeno, essa disputa aberta que vem sendo travada pelos Poderes do Estado para conferir quem decide os rumos do país, tem se intensificando muito nos últimos anos. Não surpreende que esses entreveros havidos entre os poderes vem gerando crises institucionais frequentes e cada vez mais sérias.

Esses desarranjos têm, segundo acreditam cientistas políticos, aumentado paralelamente à medida em que crescem os gastos com a manutenção de cada um desses entes do Estado. No caso específico do Congresso e do Judiciário, a autonomia sem limites na formulação dos próprios orçamentos tem, além de provocar distorções que vão contra o bom senso, servido como combustível para disputas públicas que acabam revelando para todos o caráter de cada uma dessas instituições.

O fundo partidário e o absurdo fundo eleitoral são algumas dessas medidas extraordinárias que revelam o caráter do Legislativo atual. O mesmo vale para coisas comezinhas como a recente lista divulgada pelo Supremo, para a abertura de licitação de compras de lagostas e vinhos premiados para o deguste de suas excelências. Somado ao poder legal que a Carta de 88 conferiu e delimitou para cada uma dessas instituições, o poder de confeccionarem os gastos anuais, muito além da realidade nacional e de modo absolutamente dilapidador, tem mostrado o quanto esses poderes distorcem e aleijam o princípio da racionalidade e mesmo da moralidade pública.

Agora a disputa aberta pela Câmara dos Deputados contra o Palácio do Planalto pelo chamado orçamento impositivo e que daria, de uma só tacada, ao Poder Legislativo, o controle sobre R$ 30 bilhões do dinheiro público a serem aplicados nas bases desses políticos e que, obviamente, passariam inclusive pelo filtro de cada uma das legendas envolvidas nessas transferências, dá o tom desse descontrole na aplicação dos recursos do Tesouro.

Com isso, vai ficando cada vez mais claro para todos a índole de cada uma dessas instituições da República, que nada mais é do que a índole daqueles que momentaneamente estão à frente desses poderes.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Todas as coisas estão sujeitas a interpretação, a que prevalecer em um determinado momento é função do poder e não da verdade.”

Friedrich Nietzsche, filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha.

Foto: Wikipedia

 

Ministério Público                 

Vargem Bonita é Núcleo Rural do Parkway. A região abriga reservas naturais com vegetação típica do cerrado, entre elas a da UnB, Aeronáutica, Marinha e do IBGE. Surpreendente um convite (veja logo abaixo), de um deputado distrital, convocando invasores para uma audiência pública. Na pauta: a regularização da Vargem Bonita.

 

Sem controle

Divulgado pelo The Economist que a plataforma predileta para notícias falsas é o Instagram. Com ferramentas disponíveis para qualquer internauta, até o rosto das pessoas poderá ser modificado em vídeos para disseminar mentiras.

Ilustração: economist.com

 

Inconsistência

Continua a preocupação dos eleitores em relação às urnas eletrônicas. “Correndo contra o tempo”, como admitiu a ministra Rosa Weber, o TSE recebeu duas concorrentes. A Smartmatic, que em junho do ano passado foi alvo de questionamentos do presidente filipino Rodrigo Duterte. Ele protestou contra o sistema eleitoral, sugerindo que eliminasse esse equipamento das eleições. A outra concorrente é a Positivo, que não conseguiu a autonomia do equipamento por 10 horas, período mínimo. É melhor demorar um mês para apurar os votos do que ser governado 4 anos com a dúvida do destino do voto.

Charge: Bessinha

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O pior preconceito racial é o do Brasil. Muito pior que o dos Estados Unidos. Lá, é declarado, é radical. Aqui é escondido, humilhante, desumano. (Publicado em 16/12/1961)

Em tempos de bonança o melhor é poupar

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Brasil entre 2014 e 2017 — Foto: Ari Melo/ TV Gazeta

 

Fossem divulgados, de forma absolutamente aberta e transparente, os dados que o governo federal possui em mãos e que as autoridades como o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e mesmo aqueles que anualmente a ONU levanta, indicando um aumento assustador da pobreza no Brasil e no mundo, a sensação que muitos têm desse fenômeno preocupante logo se transformaria em um estado de pânico generalizado, tamanho é o problema que se arma pela frente.

Em todas as suas variantes, a pobreza avança vorazmente sobre as cidades, dentro e fora do país, o que confere a esse fenômeno internacional um status de maior desafio da humanidade nesse início de século. Dados relativos apenas ao nosso continente, divulgados há poucos meses pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), vêm alertando para as consequências que o aumento da pobreza e da desigualdade social trarão, a curto prazo, para o desenvolvimento econômico, social e político e que poderão resultar não apenas em crises humanitárias de grandes proporções, mas em motor de instabilidades generalizadas desses países.

A estimativa feita pelos técnicos da Cepal, ainda no final do ano passado, era de que o número de pobres e miseráveis alcançaria a marca de mais de 191 milhões de pessoas, índices esses puxados justamente por países como a Venezuela e o Brasil.

O pior é que esse avanço da pobreza na região vem seguindo uma alta constante e crônica nos últimos anos. O baixo crescimento econômico do Brasil em 2019 de apenas 1,2%, e que resultou numa fraca expansão nos investimentos, colabora, ao nosso modo, para o crescimento da pobreza e da desigualdade.

Não é preciso aos brasileiros, que observam essa cena, qualquer especialização nas ciências econômicas para se certificar de que o aumento exponencial da pobreza é um dado negativo que requer providências permanentes. Aqui mesmo na capital, são flagrantes, principalmente na área do Planto Piloto, o aumento de pessoas vivendo nas ruas, inclusive menores de idade e idosos.

Em praticamente todas as áreas de comércio, seja das entre quadras ou das regiões centrais, observa-se, a cada dia, o aumento de pedintes ou de pessoas vivendo de bicos improvisados para sobreviver. A esses se juntam menores que se drogam à luz do dia protegidos pelo Estado e que tornam a vida dos transeuntes um risco constante.

Os economistas são unânimes em reconhecer que por detrás de um crescimento sustentável e real está a diminuição da desigualdade e da pobreza. Na avaliação desses especialistas, só há desenvolvimento econômico onde o fantasma da pobreza foi vencido de formam racional e satisfatória.

É preciso, no entanto, acabar com a narrativa ilusória de que a redução da desigualdade havida entre 2002 e 2014, foi, no caso do Brasil, motivado por ações políticas do período petista. Na realidade esse bom período na economia interna foi motivado, exclusivamente, pelo boom, sem precedentes, havido no mercado internacional, com relação aos preços das commodities, setor no qual nosso país se destaca.

Ao contrário, tivesse existido naquela ocasião um meticuloso respeito pelos princípios da responsabilidade fiscal e pelos ensinamentos milenares de que, em épocas de bonança, o que vale é o estímulo à poupança, não haveria hoje uma legião de mais de doze milhões de desempregados deixados pela incúria daqueles governos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não foi Deus quem criou a pobreza. Ela existe porque você e eu não dividimos o que temos.”

Madre Teresa de Calcutá, religiosa católica de etnia albanesa naturalizada indiana.

Madre Teresa, após receber o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, a 12 de dezembro de 1979. (padrepauloricardo.org/blog)

 

Leitura

Ministra Ellen Grace tem participação importante na interpretação da Lei do Marco Civil da Internet. Em artigo sobre o assunto, ela faz uma análise sobre a constitucionalidade da legislação dentro das perspectivas de liberdade de expressão, privacidade do usuário e neutralidade da rede.

Charge do Duke

 

Concerto

Hoje é dia de Concerto Internacional de Verão na Escola de Música de Brasília, a partir das 18h15, com o coral da Musicalização Infanto-juvenil. Às 20h, Canções da Ópera do Malandro, e 20h30, Bandas do 41 CIVEBRA. A programação continua amanhã, veja os detalhes a seguir.

 

Opinião

Alison Sousa, vice-presidente do Sindilegis, em audiência pública na comissão dos Direitos Humanos do Senado, declarou que a política do ministro Guedes é ultrapassada. Estava em defesa dos servidores públicos. Propôs um serviço público eficiente com um Estado com capacidade de investimento e manutenção de políticas públicas eficientes. “Se existe alguém com capacidade para ajudar o progresso do país, esses são os servidores públicos.”

Alison Souza, Vice-Presidente Executivo para o Tribunal de Contas da União (Foto: sindilegis.org)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O primeiro sorteado terá direito a um rádio, o segundo a um molinete, o terceiro, um par de sapatos, e o quarto, uma camisa esporte. (Publicado em 16/12/1961)

Idosos no espelho

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Segundo um censo de 2010, havia 200 mil pessoas idosas ou quase 8% da população total daquela época em Brasília. Em 2012, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), esse número já era de 326 mil idosos ou 12,8% da população. Neste contexto é possível observar que o crescimento da população idosa tem sido mais do que o dobro (9,8%) do restante do país (4,8%).

O Distrito Federal apresenta ainda a maior expectativa de vida de todo o país, algo em torno de 77, 57 anos de vida em média, com base em dados de 2014.  Para 2030, a previsão do IBGE é que se chegue a 80,92 anos para as mulheres e 77,30 para os homens. Dentro dos aspectos sociodemográficos do envelhecimento no DF, preparado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios MPDFT) e com a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), “As mulheres representam 57% da população idosa, chegando a 63% no grupo etário de 80 anos ou mais (IBGE, 2011), reforçando o perfil mundial de feminização da velhice, que é uma manifestação do processo de transição de gênero que acompanha o envelhecimento populacional em curso em todo o mundo.

Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o número de mulheres já supera o de homens em todo o mundo.” Num futuro bem próximo essa será também a realidade do Brasil. No DF a faixa etária com maior quantidade de idosos (31,9%) se situa entre 60 e 64 anos. Segundo a Codeplan, a escolaridade de 60,4% desses idosos é baixa. Apesar disso, a renda dessa população idosa é considerada alta, com mais de cinco salários mínimos. Este fato explica, em parte, porque muitos idosos ainda assumem o papel de chefes e provedores de família. A ideologia da velhice como decadência, doença ou problema, no caso brasileiro, está repleta de contradições e não corresponde ao imenso e crescente espaço ocupado pelas pessoas idosas na família, na economia e em outras instâncias, ainda que isso não fique claro no reconhecimento que a sociedade lhes deve.

Tanto é assim, que a contribuição da renda da população idosa na composição da renda nacional já constituía, em 2003, a expressiva cifra de 30%, tendo os homens aportado 65,2% para o rendimento das famílias e as mulheres, 59,6% “, afirma Maria Cecília Minayo, da Escola Nacional de Saúde Pública. Contribui também para essa realidade o fato de que a Previdência social cobre 77% da população idosa, formada, na sua maioria, por funcionários públicos federais e estaduais aposentados pelos regimes anteriores, que contavam com maiores vantagens do que o atual.

Em todo o Brasil, o número de pessoas idosas vivendo sozinhas era, em 2014, mais de 6,7 milhões, com 40% formado por mulheres. O envelhecimento da população do DF acompanha o fenômeno mundial com a diferença de que, nos países desenvolvidos, esse fato não é motivo para grandes preocupações do ponto de vista de assistência, muito mais organizada, racionalizada e eficaz.

No Brasil, envelhecer significa também enfrentar novos desafios e novos riscos, principalmente devido aos problemas sociais presentes na nossa realidade diária, o que acarreta ainda mais desigualdades com relação a outros grupos etários, a outras realidades sociais, demográficas e epidemiológicas. Chama a atenção dos pesquisadores o fato de que em todos os níveis de renda, de escolaridade dos idosos, tem se mostrado comum os casos de violência contra esses indivíduos, com o agravante de que esses casos só têm crescido ao longo tempo.

À medida em que a população idosa aumenta, aumentam também os casos de violência, numa correlação de fatos que tem assustado muito todos aqueles que conhecem de perto o assunto. “Em medida considerável, o tempo do idoso do DF tem sido preenchido por violência, uma violência tão cruel quanto endêmica, que deixa a céu aberto a debilidade de seus amores e os fins de vida mais funestos do que se poderia esperar”, diz o estudo intitulado Mapa da Violência Contra a Pessoa Idosa no DF que reúne pesquisas realizadas ao longo de dez anos de existência da Central Judicial do Idoso (CJI), organizado pelo TJDFT, MPDFT e DPDF.

Considerado um projeto pioneiro nessa área, a Central Judicial do Idoso (CJI) tem buscado acolher a pessoa idosa, em toda a sua complexidade, estimulando a participação na defesa de seus próprios interesses. De acordo com seus criadores, a CJI trabalha subsidiando as autoridades do sistema judiciário, orientando e prevenindo situações de violência e violação da pessoa idosa e promovendo a análise multidisciplinar das situações de negligência, abandono, exploração ou outros tipos de violência, buscando soluções de consenso para conflitos e encaminhando a demanda aos órgãos competentes.

Como ressaltam seus coordenadores a CJI tem investido no fortalecimento dessa rede de proteção social por meio da interlocução e integração entre as diversas instituições públicas. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência contra a pessoa idosa é caracterizada pelo “uso intencional da força ou do poder real, podendo resultar em lesão, morte ou dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”.

O Estatuto do Idoso, instituído em 2003, (Lei 10741/03), define em seu Art. 19, parágrafo primeiro, a violência contra o idoso como qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. Segundo os dados do Disque 100 – Módulo Idoso, fornecidos pela Secretaria de Direitos Humanos, o DF, que sempre havia figurado nas primeiras posições pelo número de registros de denúncias, apareceu em 2016 na décima posição com 419,50 casos. Houve, segundo os especialistas, uma redução entre os anos 2015 e 2016. Em 2013 foram 1.188 registros de denúncias apenas no serviço Disque 100, sendo 417 na CJI.

Foto: Marcelo Camargo/ABr (valor.globo.com)

Por região administrativa, Ceilândia aparece com 16,47% dos casos, seguido de Taguatinga com 10,92% e Brasília com 10,35%. É preciso notar que Ceilândia é a cidade com maior número de idosos (166.000) em relação a população total, que era em 2015/16 de aproximadamente 980.000 habitantes. Estudos comprovam que a violência contra os idosos não está relacionada diretamente a questões econômicas ou à pobreza, mas a múltiplos outros fatores como a violência estrutural, a violência da discriminação e a violência da negligência, que negam aos mais pobres o aceso a serviços de saúde e assistência de qualidade. A pobreza na idade avançada tende a aumentar a dependência produzida por condições físicas e psicológicas, como atesta Cecília Minayo.

A violência contra os idosos de baixa renda pode ser do tipo estrutural, interpessoal e institucional. O que explica, em parte, o aumento da violência contra os idosos é, segundo Ladya Maio em sua obra Desafios da Implementação de Políticas Públicas de Cuidados Intermediários no Brasil, “que a família brasileira não tem mais condições de ser a única protagonista nem de exercer sozinha a tarefa pela complexidade dos cuidados demandados pelos idosos, seja pela falta de condição financeira, seja pela ausência de parentes que possam compartilhar esse mister, pela necessidade de trabalho externo, principalmente em razão da mudança do papel social exercido pelas mulheres, ou de problemas derivados da violência intrafamiliar.” Esse é um problema de grandes proporções se formos avaliar as verdadeiras condições oferecidas hoje pelo Estado às populações idosas e de baixa renda. Diferentemente do que ocorre no Distrito Federal, onde já existe uma superestrutura para pelo menos avaliar esse problema previamente, o atendimento adequado aos idosos no Brasil ainda tem muito que progredir. A Central Judicial do Idoso já é um bom caminho.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Termina hoje o prazo de apresentação dos reservistas em todo o país. Em Brasília houve mais ou menos o pitoresco. O reservista ao se apresentar receberá um cartão numerado, que dará direito a um sorteio no dia 21 de dezembro, pela Loteria de Goiás. (Publicado em 16/12/1961)

Fake, fake, fake sem freios

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O presidente da CPMI das Fake News, senador Ãngelo Coronel Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

Quem teve a oportunidade de acompanhar alguns dos últimos depoimentos colhidos durante o desenrolar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News pôde constatar que, muito além da preocupação na difusão de notícias falsas, seja pela mídia tradicional, seja pelas redes sociais, o que de fato interessa aos partidos, todos eles, é conhecer, de perto, toda a tecnologia disponível hoje nos meios eletrônicos para ajudar na propaganda política.

Por detrás da encenação e da briga fake que empreendem os parlamentares durante as oitivas, está o interesse pela captura dessa ferramenta, sua ampla utilização, os truques para criar armas de bombardeios de mensagens e outras mágicas, até ilegais, para alcançar o eleitor e, de quebra, tirar o concorrente do caminho, por meio da difusão de boatos e difamação do oponente.

Todo o resto é teatro. De fato, o que já se sabe hoje é que todos os partidos, com exceção, talvez, do Partido Novo, utilizam-se dos meios eletrônicos para fazer propaganda e espalhar notícias inverídicas. Além de um caso de polícia, e não de política, a CPI das Fake News necessitava ser acompanhada por psicanalistas, capazes de fazer uma leitura nas entrelinhas dos depoimentos e mesmo nas perguntas capciosas que a toda hora levam os debates para as cordas do ringue.

Muito antes do advento das mídias eletrônicas, o uso de fakenews já era uma prática corrente no mundo político nacional. A diferença é que, no passado, o uso desses estratagemas criminosos miravam muito mais a vida íntima dos candidatos, através de expedientes que buscavam desmoralizar o opositor de campanha, por meio de calúnias e difamações.

Quando, em dezembro de 1939, Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa Propaganda (DIP), o objetivo não declarado era, além de fazer divulgação dos feitos de seu governo, supervalorizando suas ações, espalhar rumores sobre seus opositores, do mesmo modo que faziam muitos jornais da época, como a Tribuna da Imprensa. Para os estudiosos dos costumes brasileiros, a calúnia e a difamação sempre foram elementos muito usados ao longo de nossa história, para barrar o avanço dos antagonistas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A ilusão do autor é um dos mais finos estratagemas da Criação.”

Joaquim Nabuco, político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista brasileiro

Foto: camara.leg

 

Secretário

Nossa equipe desvendou o mistério do caso das casinhas de corujas e árvores plantadas pela Asa Norte que até hoje aparecem sem autor. Ele não quer o nome divulgado. “Pode me chamar de secretário de São Francisco”.  Disse que é devoto do Santo e já plantou centenas de árvores além da confecção de dezenas de abrigos para as corujas. Tudo em homenagem ao Santo. Veja a foto a seguir.

 

Liberdade vigiada

Carnavalescos terão o apoio do Centro Integrado de Operações de Brasília no monitoramento da alegria. Baderneiros e ações criminosas terão a máxima atenção das autoridades para a imediata repressão. O delegado Anderson Torres e equipe estão com tudo pronto.

Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

 

Crise e oportunidade

Nesse ambiente alarmista causado pelo coronavírus, é o momento certo de os Ministérios da Saúde e Educação elaborarem uma estratégia para divulgar pelo país a forma mais higiênica de se espirrar: na dobra do braço. É científico o corte da proliferação dos germes. Veja a seguir a experiência feita em laboratório da Califórnia sobre o alcance da contaminação de um espirro. Com a palavra o ministro Luiz Henrique Mandetta.

 

De longe

Paulo Roberto Mattos, diretor da Orquestra de Corda da Ilha, convida as autoridades e moradores de Santa Catarina, que agora moram em Brasília, e a população da capital a comparecerem no concerto de 25 de março em Florianópolis. Repertório Carlos Gomes e Alberto Nepomuceno. Ney Rosauro interpretará obra própria.

Cartaz: facebook.com/events/545288166101780

 

Antes que…

Odailton Charles deve ser o nome da operação para investigar casos de corrupção nas escolas. Leitora adverte que, se houver apuração legal, vai arrastar muita sujeira que estava debaixo dos tapetes das escolas. E dá a dica: Vargem Bonita.

Charge do Régi Soares

 

Parabéns

Hoje é aniversário de um dos nossos colaboradores, Mamfil, Manoel Andrade. A equipe faz a festa!

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje, é o aniversário de um homem tímido, inteligente, capaz, seguro, às vezes ingênuo, que confia nos homens, acredita nas palavras alheias. Hoje, é o aniversário de um homem simples, que tem tudo para ser orgulhoso. Hoje, é o aniversário de um gênio. Bom dia, doutor Oscar Niemeyer. (Publicado em 15/12/1961)

Reformar o STF é evitar crises futuras

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Charge do Roque Sponholz

 

Se a voz do povo representa, de fato, a voz de Deus, como dizem, é certo que as pesquisas de opinião pública, realizadas em diversas ocasiões e por alguns institutos especializados nesse tipo de levantamento, apontam, sem margem para erros, que a maioria significativa dos brasileiros não confia e não nutre simpatia alguma pela composição atual do Supremo Tribunal Federal (STF).
Se essa não é a vontade divina, pelo menos é o que pensa a maioria dos cidadãos brasileiros , sobretudo os contribuintes, indignados com nítido rumo político tomado pela Suprema Corte, pelos gastos excessivos e, principalmente, com as últimas decisões tomadas por essa corte, na contramão do que pretendia a população, o bom senso e o que exige o atual momento histórico atravessado pelo país.

O que se depreende dessas enquetes é para os brasileiros é chegada a hora de o STF ser submetido a um processo extenso de reformas, capaz não apenas de livrá-lo das influências políticas e ingerências de outros Poderes, que distorcem o princípio republicano da independência , mas, sobretudo que restitua a sua função basilar de Corte constitucional.

O momento histórico é outro e parece se encaminhar para uma posição em que a sociedade, cônscia de seus diretos, já não tolera mais que o Poder Judiciário permaneça refém de forças políticas, mormente aquelas, que contribuíram e pressionaram para a indicar a composição dessa importante instituição.

Em longa entrevista concedida nesse sábado (15) ao jornalista Renato Souza do Correio (pg.4) o senador Lasier Martins (Podemos- RS) defendeu sua proposta de emenda à Constituição (PEC) que busca, entre outras medidas, diminuir a influência política nas decisões da Corte, principalmente aquelas de caráter nitidamente político.

Não é de hoje que se fala em politização da justiça versus judicialização da política, o que, em ambos sentido, significa um desvirtuamento tanto do Poder Judiciário, como dos poderes Executivo e Legislativo. É sabido que qualquer uma dessas hipóteses sinaliza para um rompimento da harmonia e equilíbrio entre os poderes, o que, por si só, acaba acarretando sérias crises institucionais com desdobramentos imprevisíveis e nefastos para o Estado e para a sociedade.

Na avaliação do senador Lasier Martins, um dos nomes dessa nova safra de políticos que mais tem surpreendido positivamente a sociedade pela qualidade de suas propostas e pelo seu posicionamento absolutamente firme em defesa da ética, é preciso reduzir não apenas o poder do presidente da república em decidir quem será o próximo ministro do STF, mas reduzir também os interesses pessoais e partidários nessas escolhas.

Entende o senador que além da composição de uma lista tríplice para a escolha dos ministros do STF é necessário também estabelecer um mandato de 10 anos para essas funções, acabando com o antigo e nefasto modelo de vitaliciedade. “O Supremo é formado com participação de outro poder, o que contraria a independência dos Poderes previstas na Constituição.
Os Poderes são independentes e harmônicos. Agora, como falar em independente e harmônico se o Supremo é formado por aqueles nomes que o chefe do Executivo indica conforme sua conveniência, amizades, identidade de ideologia, identidade partidária?”, indaga o parlamentar gaúcho.

Para a sociedade, essa e outras mudanças são mais que necessárias, são urgentes e inadiáveis, sob pena dessa Corte se firmar também como mais uma instância dos Poderes da República, responsáveis por crises institucionais periódicas e perigosas.


A frase que não foi pronunciada

“Aquele que nunca pecou 
pode pedir audiência.”
Papa Francisco, ensinando porque recebeu Lula

Papa Francisco. Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa) / Lula. Crédito: Wilson Dias – Agência Brasil (CC BY 3.0 BR)
ID
Dessa vez, os parlamentares estavam discutindo a lei que estende para todas as pessoas com deficiência a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, incidente sobre a aquisição de automóveis. Autoria do senador Romário e relatoria do senador Esperidião Amin. Enquanto isso, o senador Marcos Rogério indagou a razão de seu voto não ter sido contabilizado. O senador Omar Aziz apontou que era a digital, o problema. Deve ter desgastado um pouco, disse o senador Marcos Rogério olhando para o dedo.
Senador Marcos Rogério (Foto: Antonio Barbosa da Silva/Câmara dos Deputados)
Cabeleira
Essa foi do senador Omar Aziz brincando com o senador Esperidião Amin e Confúcio Moura: “Vocês estão dando prejuízo para os cabeleireiros dos seus estados”! Ao que o senador Esperidião completou.” O Confúcio compensa! Ele é um falso exemplar. Ele ainda trata no cabeleireiro dos acostamentos…”
Fotos: senado.leg
Delegados
Antes da leitura da PEC do Fundo, a senadora Simone Tebet prometeu não tocar mais a campainha que interrompia os oradores. Havia muita gente desrespeitosa na sessão. Prontamente, o senador Esperidião Amin apontou para o Major Olimpio e o senador Alessandro. “Eles são delegados! Podem resolver!” O senador Alessandro buscou mais um. “Contrato também.” Delegado é o que não falta por aqui. Arrancaram risadas de um ambiente pesado.
Senador Major Olimpio (Foto: senado.leg)
Senador Alessandro Vieira (Foto: senado.leg)
Gratidão
Na Comissão de Constituição e Justiça do Senado houve um momento em que a presidente Simone Tebet parou para fazer um agradecimento público ao secretário da CCJ Ednaldo Magalhães Siqueira e equipe pelo trabalho perfeito, com mais de 700 páginas de atividades da comissão como audiências públicas, votações de projetos e requerimentos.

História de Brasília

A diretoria do Banco do Brasil não está na melhor das amizades por Brasília. Sabe-se que numa reunião realizada recentemente, foram abordados vários assuntos, principalmente a exclusão dos 50% e aumento dos preços dos apartamentos. (Publicado em 15/12/1961)

Rodoviária e o pavão

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Obs.: o vídeo foi divulgado em 10 de set. de 2019, no canal Agência Brasília no Youtube.

Lembrava com propriedade o filósofo de Mondubim sobre as aparências superficiais e enganadoras que “o pavão de hoje, pode ser a alegoria do carnavalesco ou simplesmente o espanador de amanhã”. Essa imagem vem a propósito da beleza arquitetural de Brasília, admirada em todo o mundo como exemplo acabado e bem-sucedido da arquitetura moderna. Depois de percorrer os vários cantos da cidade, onde despontam exemplos do bom urbanismo e da arquitetura, idealizados num tempo em que o respeito pela escala humana e pela harmonia guiavam livremente os desenhos sobre as pranchetas, o visitante que terminar seu périplo na área central da capital, ou mais precisamente na Rodoviária do Plano Piloto, tem um choque de realidade, redescobrindo-se em pleno terceiro mundo.

Nesse ponto ficam bem visíveis os pés do pavão, mostrando o poder do tempo e do descaso em desfazer o sonho de cidade que se quis patrimônio cultural da humanidade. Não há como esconder que o principal terminal rodoviário de Brasília, que forma a junção dos quatro primeiros eixos de integração, e que deu partida para sua construção, apresente-se hoje, aos olhos de todos que por ali passam, como um dos mais feios e mal-acabados cartões-postais da capital.

Abandonada, suja e perigosa. Esses são os principais adjetivos aplicados à Rodoviária, não só pelos turistas que por ali se arriscam, mas por aqueles que têm esse terminal como ponto obrigatório de chegada e partida diária. Não é por outra razão que muitos brasilienses simplesmente evitam aquela região. Ao longo dos anos, no entra e sai de governos, a Rodoviária foi sendo submetida a um rotineiro exercício de obras emergenciais, mas que nunca conseguiram devolver seu aspecto inicial, quando a capital ainda contava com uma população pequena.

O aumento demográfico acelerado e sem planejamento, que se seguiu logo após a emancipação política da capital, cuidou para que, em tempo recorde, todo e qualquer esforço de revitalização daquela área resultasse em nada. Perto de completar sessenta anos, de todos os pontos dentro do Plano Piloto, a rodoviária é, de longe, o sítio que apresenta hoje o maior desgaste e deterioração.

Para essa região central da capital, parecem confluir, de uma só vez, todos os problemas da cidade. Numa fiscalização ocorrida nessa quinta-feira, representantes da Rede de Promoção da Mobilidade Sustentável e do Transporte Coletivo, chamada Rede Urbanidade, constataram que as condições de infraestrutura e acessibilidade do local continuam reprováveis.

Isso depois da realização de mais uma obra naquele local recentemente e que consumiu milhões de reais dos contribuintes. O grupo, criado em novembro de 2019 para a articulação da rede de promoção da mobilidade sustentável, constatou que os problemas daquele terminal persistem e vêm se agravando ao longo do tempo.

De acordo com o que foi vistoriado, os técnicos observaram que os elevadores e as escadas rolantes continuam quebradas. Os banheiros estão deteriorados, assim como as caixas de incêndio sem mangueiras. Faltam bicicletário e redes de conexão com as ciclovias existentes nas proximidades. Há deficiência de sinalização. A presença de ambulantes em locais de circulação ainda é intensa. O transporte “pirata” continua a operar nas barbas das autoridades. A precariedade das calçadas no entorno da rodoviária continuam visíveis, além de uma série de outros problemas.

Tudo isso sem falar na falta de segurança, não só no terminal, mas em toda a área do entorno. Quando a noite cai, nenhum brasiliense que conhece a região se atreve a circular dentro e fora da rodoviária. Persistem o consumo e tráfico de drogas na área. Também são comuns os assaltos e roubos de transeuntes. Menores abandonados são vistos com frequência naquele local perambulando sem rumo.

Esses são alguns dos problemas que cresceram e se firmaram naquele local e que parecem sem solução à vista. É o lado feio do pavão.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os lugares mais quentes do Inferno são reservados aos omissos.”

Dante Alighieri, escritor, poeta e político florentino (1265-1321)

Imagem: reprodução da internet

 

Cabeleira

Quebrar o ar sisudo das reuniões no Senado é praxe quando o senador Amin está presente. Nas notinhas abaixo, um pouco de cada dia para que o leitor tenha a oportunidade de ver que há sorrisos por ali. Essa foi do senador Omar Aziz, brincando com o senador Esperidião Amin e Confúcio Moura: “Vocês estão dando prejuízo para os cabeleireiros dos seus Estados”! Ao que o senador Esperidião completou: O Confúcio compensa! Ele é um falso exemplar. Ele ainda trata no cabeleireiro dos acostamentos…

Fotos: senado.leg

 

Toma lá, dá cá

Só para registrar o ocorrido. Nenhuma gota de maldade, mas que foi engraçado foi. O senador Jean Paul Prates pediu a mudança de ordem no pronunciamento. Trocou com o senador Humberto Costa que seria o 4º a falar e o senador Jean Paul seria o 13º, coincidentemente o número de seu partido. Presidindo a comissão, estava o senador Dário Berger. Ao atender à solicitação do colega na mudança de ordem da fala, ponderou que aguardasse, já que havia passado a palavra ao senador Confúcio. Ao que o senador Jean Paul responde: “Eu aguardo, com prazer. Esse é o preço pela troca”.

Foto: senador Jean Paul Prates (senado.leg)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um defensor ferrenho das vantagens do pessoal do Banco foi o dr. Geraldo Carneiro que, morando em Brasília, conhece bem a situação dos funcionários, e fez uma brilhante exposição. (Publicado em 15/12/1961)

Segurança nacional

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Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 21.jan.2020

 

Tem razões de sobra, o Governo do Distrito Federal, quando protesta contra a instalação do Presídio Federal de Brasília nas cercanias da capital. Essa é, de fato, uma questão de Segurança Nacional. Como sede dos Poderes do Estado, Brasília é também o sítio onde estão instaladas todas as representações diplomáticas internacionais, sendo ainda a sede de todos os escritórios de órgãos internacionais que mantêm relações diversas com o Brasil, o que já bastaria, por si só, para ser considerada uma área sensível de segurança e de grande importância para a política externa do País.

A vinda desse presídio de segurança máxima para as proximidades da capital, demonstra, de forma clara, que as autoridades ligadas diretamente à esses assuntos, desconheciam, por completo, as características especiais que envolvem o funcionamento da capital, revelando um grave erro estratégico que pode acarretar consequências imprevisíveis e de grande efeito para o Brasil.

Diariamente passam por Brasília autoridades vindas de todas as partes do planeta, que para aqui se dirigem para tratar de assuntos de interesse do Brasil com outros países criando assim uma imensa responsabilidade do governo, tanto local como federal com a segurança e o livre trânsito dessas personalidades. A preocupação do Governo do Distrito Federal principalmente com as seguidas transferências e permanências de líderes das mais perigosas organizações criminosas que atuam no só Brasil, mas que passaram atuar também além das fronteiras nacionais, tem razão de ser.

A internacionalização do crime organizado é hoje uma realidade. A facilidade, propiciada pelos novos meios de comunicação, aumentou o poder de ação e de fogo dessas organizações, que hoje estabelecem contatos com criminosos de outros países, inclusive com grupos guerrilheiros que agem na Tríplice Fronteira. Aproveitando as brechas e carências em segurança do Brasil e dos países latino-americanos, essas associações do crime tem adquirido um poder de tal magnitude, que mesmo tendo parte de suas lideranças detidas em presídios de segurança máxima, conseguem o controle das atividades externas de modo até fácil.

Desde que começou o processo de transferência e permanência dos líderes dessas facções para o Presídio Federal de Brasília, os órgãos de inteligência da polícia começaram a detectar a presença, na capital, de pessoas ligadas à essas organizações, que para aqui vieram para manter o escritório do crime e todo o seu aparato o próximo possível dos chefões. Há pouco tempo foi preciso, inclusive, a intervenção de forças do Exército, cercando todo esse Presídio, pois havia informações de uma possível ação para libertar alguns desses comandantes do crime ali detidos.

É preciso constatar que essas organizações criminosas, pela quantidade de dinheiro que possuem, contam também com a defesa dos mais caros escritórios de advocacias do País, que constantemente estão acionando a justiça em busca de direitos e regalias. Alguns especialistas no assunto acreditam que o mais certo a fazer nessa altura, é o GDF negociar com o governo federal a construção de outro presídio com essas mesmas características de segurança em outro local, noutro estado, transformando o atual complexo, num sistema prisional que atenda apenas a presos comuns da região.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Um dos maiores travões aos delitos não é a crueldade das penas, mas a sua infalibilidade […] A certeza de um castigo, mesmo moderado, causará sempre impressão mais intensa que o temor de outro mais severo, aliado à esperança de impunidade.”

Cesare Beccaria, representante do iluminismo penal

Imagem: abdet.com

 

 

Chico Lima Filho

Quando o funcionário trabalha com afinco e seriedade, parece que o setor se transforma em sobrenome. Assim é o Chiquinho do Cedoc do Correio Braziliense. O coração afinado com a cidade lembrou até a melodia do canto dos garotos que vendiam o jornal. Entenda, no vídeo a seguir, o conhecimento de Chiquinho numa bela entrevista para o jornal por ocasião das comemorações dos 60 anos de Brasília.

 

 

 

Biblioteca do Senado

Com prefácio do ex-senador Cristovam Buarque, o senador Confúcio convida os leitores de Brasília a participar do lançamento do livro   “Educação – Resgate Histórico do Abandono do Ensino Público Brasileiro”. Dia 19/02, quarta-feira, às 18h30 na Biblioteca do Senado Federal. Todos são bem-vindos.

Cartaz: senado.leg

 

 

Discurso

Defendeu o senador Confúcio em plenário: Poderíamos melhorar a saúde e, em especial, a educação, com recursos extras. Hoje, há quase R$3 bilhões contingenciados no orçamento do Ministério da Educação. Essa verba, e muito mais, estaria disponível para aplicação na educação básica e nas universidades. Cinquenta ou setenta bilhões de reais extras, aplicados todos os anos no ensino, fariam imensa diferença na diminuição da desigualdade.

 

 

 

Defesa Civil e Bombeiros

Seria interessante que salões de festa da cidade fossem vistoriados inclusive para a verificação da validade dos alvarás. Saídas de emergência, projeto arquitetônico, extintores de incêndio e tantos itens que garantem a segurança dos frequentadores.

Foto: reprodução em doremidf.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A diretoria do Banco do Brasil não está na melhor das amizades por Brasília. Sabe-se que numa reunião realizada recentemente, foram abordados vários assuntos, principalmente a exclusão dos 50% e aumento dos preços dos apartamentos. (Publicado em 15/12/1961)

Entre o céu e o inferno

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Papa Francisco. Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa) / Lula. Crédito: Wilson Dias – Agência Brasil (CC BY 3.0 BR)

 

Ensinava o filósofo Mondubim que, “em hipótese alguma se deve brigar com homens que usam roupas longas no trabalho”. Entende-se por esse ensinamento que é bom ficar bem longe de confusão e não ofender ou melindrar pessoas da igreja, juízes e médicos, pelas consequências óbvias. O padre pode lhe excomungar e não recomendar sua alma na hora final; o juiz pode lhe condenar à prisão e o médico precisa ter a total confiança do paciente. Mas ainda assim, é bom o Santo Padre preparar as orelhas, porque os impropérios e outros nomes sujos que lhe serão dirigidos pela decisão cristã de receber em audiência o ex-presidente Lula, nessa quinta-feira, serão generalizadas.

Curiosamente essa proeza, ardilosa, armada pelos estrategistas do lulismo, só se tornou possível, em virtude da ação de outros homens que também vergam saias, no caso as eminências pardas da mais alta corte, que mudaram, de forma sorrateira o entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância. Com essa decisão, feita sob encomenda para atender ao ex-presidente, foi permitido que um condenado, até agora, a aproximadamente 30 anos de reclusão, cancele audiência pré marcada na justiça e se ausente do país para um périplo pela Itália, onde poderá se encontrar com o Papa e outros líderes de esquerda da região.  Só no Brasil mesmo.

Nessa altura do pontificado do Papa Francisco, não é segredo para ninguém que ele parece nutrir simpatias pelas esquerdas mundial, tendo se encontrado com ditadores como Nicolas Maduro, da Venezuela, Raúl Castro, de Cuba; com Daniel Ortega, da Nicarágua; com Cristina Kirchner, da Argentina e outros, inclusive com Stédile, do MST. Mas, de fato essa é apenas uma acusação, feita em grande parte pela mídia mundial de direita. É dito, que por sua função de conciliador e de pontífice, ou construtor de pontes, o Papa deve receber a todos com igual atenção no Vaticano. Cristo mesmo ensinou a ir atrás da ovelha perdida, andava com cobradores de impostos, bebia água do poço de uma samaritana marginalizada.

O que sabe é que o atual Papa é um crítico contundente do capitalismo, principalmente dos efeitos nefastos de um tipo específico de capitalismo predador e egoísta que não se incomoda com a pobreza dele decorrente. Em suas homilias Francisco vem pregando sistematicamente contra as desigualdades sociais do mundo atual, o que é outra coisa. Esse discurso não faz dele um sacerdote de esquerda e tão pouco o afasta do que prega, em sua origem, o próprio cristianismo. Isso é o que acredita o Santo Padre, e não o que é, na prática, feito pelos partidos e líderes de esquerda, todos igualmente enriquecidos às custas da miséria que semeiam em seus países.

Entre o pensa e diz o Papa e o que acredita o próprio Lula, vai uma distância maior do que separa o céu do inferno. Todo esse discurso de luta pelo social e pela distribuição de renda, foi devidamente desmascarado ao longo dos governos Lula e Dilma. Quem de fato enriqueceu nesse período foram os grandes empresários, os bancos, os políticos que desse modelo sempre comungaram juntamente com Lula sua família e amigos próximos. O que Lula espera desse encontro é apenas um passeio longe das grades e o uso da repercussão da imagem  junto ao chefe maior da Igreja católica, numa tentativa de reeditar, de modo absolutamente marqueteiro, uma espécie de indulgência papal perante os fiéis brasileiros, dentro de sua tática atual de se aliar e receber o apoio político de todas as igrejas.

Soubesse o Papa o que vai na cabeça do ex-presidente e que consequências espera o ex-presidente desse encontro, sem dúvida essa reunião seria desmarcada. Como um garçom ardiloso, que sabe que o que carrega na bandeja está contaminado, lula vai oferecer ao Papa, os acepipes preparados na cozinha do seu partido e que já foram consumidos pelo povo brasileiro, intoxicando uma nação inteira.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Acusação de candidato derrotado é como conversa de bêbado. Ninguém leva a sério.”

Sebastião Nery, jornalista

Foto: sebastiaonery.com

 

Premiado

Hoje é dia de conferir o sul-coreano “Parasita”, que volta ao telão do Cine Brasília. O longa-metragem vai ser exibido até o dia 16, sempre às 20h30.

 

Febre

Por falar em cinema sul coreano, grupos de apreciadores de séries turcas crescem de tamanho. Voluntários traduzem para que os brasileiros possam assistir. Troca de impressões, informações e declarações sobre os capítulos são constantes.

Imagem: facebook.com/pg/NovelasTurcasBand/community

 

Positiva

Para as futuras mamães, notícia que muito interessa. O GDF está cada vez mais atento à necessidade de dar à parturiente e ao recém-nascido mais conforto no momento do parto. Os Centros de Parto Normal vão se expandir para cidades que já tenham a infraestrutura de atendimento. Trata-se de um projeto da deputada distrital Arlete Sampaio que foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, em dezembro de 2019.

Foto: arletesampaio.com

 

Escola de Música

A precariedade da divulgação das atividades da E.M.B é inversamente proporcional aos brilhantes concertos promovidos por estudantes e professores. Veja a seguir a programação desse final de Curso de Verão, o 41º.

Cartaz: perfil oficial da Escola de Música de Brasília no Instagram

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Enquanto isto, os verdadeiros granjeiros estão se organizando em cooperativas, num movimento formidável. A primeira dessas cooperativas já está funcionando em Sobradinho. (Publicado em 15/12/1961)

Ânimo histórico

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“A ferrovia chega a Brasília: 22 de abril de 1968, fotografia, p/b, Arquivo Nacional, Fundo Correio da Manhã, Rio de Janeiro”. Cf. Brasil, Brasília e os brasileiros. Composição de aço inox da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, possivelmente na curva da Vila Nova Divinéia, no Núcleo Bandeirante.

 

Quando começaram a sair das pranchetas os primeiros traços que iriam definir o desenho urbano e arquitetônico da nova capital do país, sessenta anos atrás, o Brasil vivia um momento totalmente diferente do atual. A maioria das pessoas que estiveram unidas nesse projeto ciclópico de transferir a capital para o interior de Goiás, é unânime em reconhecer que o país, naqueles distantes dias, vivia um clima de grande otimismo em relação ao futuro.

Esse era, para todos, o principal sentimento a animar as pessoas naqueles dias. E foi graças a esse entusiasmo ímpar, que se apoderava de todos, é que foi possível a realização de tamanho empreendimento. Os desafios dessa empreitada eram enormes, mas a vontade parecia ser ainda maior. Não se conhece, na história recente do país, outro momento semelhante em que grande parte da nação uniu esforços e dedicação voluntária para a realização de um projeto em comum.

Mesmo sabendo que o futuro sítio, onde seria implantada a nova capital, não possuía estradas que o ligasse ao restante do país, brasileiros vindos de todos os pontos cardeais rumaram para a aventura que se apresentava com a construção de uma cidade do futuro. Para muitos, esse ânimo cívico incomum, que levantava os brasileiros naquele instante, tinha entre algumas outras explicações racionais, político e econômicas, certas interpretações extraordinárias, fundadas no esoterismo, que atribuíam à figura naturalmente magnânima e aglutinadora do presidente Juscelino Kubitschek, uma certa áurea que fazia com que ele se portasse como um profeta bíblico a guiar seu povo rumo a uma longínqua terra prometida.

Isso não quer dizer que não havia, por parte dos políticos daquela época, uma oposição ferrenha a essa ideia que era taxada, entre outros adjetivos, de lunática. De fato, fazendo uma retrospectiva dos enormes empecilhos que haviam pela frente, principalmente quando se sabe que naquele período o Brasil ainda ensaiava os primeiros movimentos em direção à construção de seu parque industrial.

As adversidades logísticas, materiais e humanas e mesmo de financiamento de um projeto desse porte eram tão imensas e aparentemente intransponíveis que o próprio presidente cuidava, pessoalmente, da divulgação dos projetos. Para a realização desse monumental projeto, JK chegou a imprimir dinheiro sem lastro (ouro) real, pois sabia que tinha apenas o tempo de seu mandato para concluir Brasília.

Por conhecer em seu íntimo as dificuldades que tinha pela frente, nesse projeto que era a própria razão de ser de seu mandato presidencial, JK vinha, constantemente durante a semana, visitar pessoalmente o andamento das obras. Algumas vezes, pelo andar apressado das horas, pernoitava na capital, seguindo no dia seguinte para a então capital federal, Rio de Janeiro, onde o ambiente político era sempre hostil e instável.

Não poder ficar muito tempo distante dessas duas capitais que fervilhavam, cada uma à sua maneira, obrigou o presidente a literalmente instalar o Poder Executivo a bordo de uma aeronave modelo Viscount, vencendo seguidas vezes a distância de mil quilômetros entre o Rio e Brasília. Uma epopeia que seguramente não se repetirá jamais.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O número dos que nos invejam confirma as nossas capacidades.”

Oscar Wilde, escritor e dramaturgo inglês

Oscar Wilde, 1882. Courtesy of the William Andrews Memorial Library of the University of California, Los Angeles (britannica.com)

 

 

Castração

Em 2020 as castrações gratuitas de animais começam no dia 18 desse mês, na Administração Regional de São Sebastião. Antes será necessário cumprir a fase de inscrição. Basta levar RG e CPF e um comprovante de residência.

Foto: Brasília Ambiental / Divulgação

 

De olho

Moradores de 5.570 municípios, onde muitos acreditam estar a sede do Brasil real, irão voltar as urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Serão milhares de candidatos, com os partidos podendo lançar até 150% do número de vagas existentes nas Câmaras Municipais.

Charge do Duke

 

Impresso já

Legendas prometem fazer chover candidatos, mesmo com o estabelecimento do fim das coligações. Com um pleito dessa magnitude, talvez um dos maiores do mundo, é claro que as atenções de todos se voltam, mais uma vez, para a questão central, e ainda não estabelecida, de modo definitivo, pelo Supremo Tribunal Federal, do uso do voto impresso pelas urnas eletrônicas.

Foto: blogdoeliomar.com.br

 

Tejo

João Doria e empresários da comunicação conversando no restaurante Tejo, em Brasília. A informação é de um leitor assíduo.

Foto: istoe.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Novacap está disposta a reaver as granjas distribuídas a pessoas que não residem em Brasília, nem nunca tomaram posse da terra que lhes foi cedida. Há muita gente importante na primeira relação. (Publicado em 15/12/1961)