Categoria: Íntegra
Embora pareça que a notícia é velha e já aborrece pela exposição maciça na mídia, é fato que o Brasil está desgovernado. Não há defesa nacional, não há uma autoridade competente que tome a frente da tragédia em Minas Gerais. Não há mão com pulso firme no governo que funcione para trabalhar pela sociedade, que faça o que tem que ser feito pelas famílias desamparadas.
Se o país for invadido, como nos protegeremos? Se houver acidente nuclear, estamos preparados? Se outro navio, além de todos os que já o fizeram inundar o mar brasileiro de petróleo, há protocolo a seguir? É inacreditável.
Festança na aprovação do Plano Nacional da Educação em 2014. Ficou acertado que o Brasil destinaria 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2024. O relatório divulgado ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), intitulado Education at a glance, ou Um olhar sobre a educação, dá conta de que o Brasil vem investindo, por aluno, cerca de um terço da média dos países-membros.
Numa relação entre os 37 países pesquisados, o Brasil ficou com a 32ª posição, investindo no ensino fundamental e no ensino médio, em 2012, algo como US$ 3 mil, ou 31% do valor efetivamente destinado pelos países da OCDE que foi de US$ 9.500 no mesmo período. No ensino básico, os números se repetem US$ 3 mil, contra US$ 8.200 dos países ricos.
Embora ainda esteja longe dos valores investidos por aluno em comparação com os países da OCDE, o Brasil, segundo a avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), posiciona-se entre os países que mais investiram em educação nos últimos anos, saltando de 13,3%, em 2005, para 17,2% em 2012 ou cerca de 4,7 % do PIB, valor acima da média da própria OCDE, que foi de 3,7%. Aqui, temos a clássica versão do “muito pode ser pouco”, como no caso típico que dizia o filósofo de Mondubim: “Um único cabelo na cabeça é pouco. Um único cabelo na sopa é muito”.
Apesar de investir mais em educação, o Brasil ainda destina poucos recursos per capita médio por aluno. Embora não integre a OCDE, o Brasil aparece no relatório como promessa de melhora nesse setor, já que apresentou crescimento dos investimentos da ordem de 210%, por aluno em educação básica, se comparado com dados de 2005.
Para o presidente do Inep, Chico Soares, “o Brasil está gastando quase 20% em educação ao ano, é o terceiro país que mais gasta. Não temos a ideia do esforço que fazemos. Quando vemos esse dado na comparação internacional, mostra como mudamos de 2000 para cá. Mais do que em termos reais, o que gastamos em educação básica, mais era necessário porque gastávamos muito pouco”.
Até o fim de 2015, segundo o Fundeb, o gasto mínimo anual por aluno da educação básica deve girar em torno de R$ 2.540 ou R$ 212 por mês. Esse crescimento verificado nos últimos anos nos investimentos em educação per capita pode ainda sofrer processo de retração acentuado devido ao longo período de recessão que se anuncia para o país este ano e em 2016.
“Este mosquito mata, por isso deve morrer. Já a mãe que opta por matar o filho no ventre, pode contar com o apoio do Estado.”
Interpretação nua e crua dos valores difundidos no país.
Recomendado pelos mais renomados profissionais da área, o livro lançado pela Sociedade Brasileira de Cancerologia deve ser parte obrigatória m todas as faculdades e medicina. Prevenção o câncer instiga o diálogo entre saúde e educação sobre ações preventivas dos principais tipos de câncer com maior impacto no Brasil. Participaram da obra como colaboradores os doutores Ivo Pitanguy, Angelita e Joaquim Gama, Antonio Buzaid, Sami Arap, Paulo Niemeyer, entre outros. A renda será revertida para a SBC.
Ricardo de Figueiredo Caldas convida a sociedade para a outorga do Prêmio Sinfor de TI 2015. Durante o evento, será lançado o livro Parque Tecnológico Capital Digital. Amanhã, às 19h30, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).
Recebemos o release de Naiobe Quelem com a comunicação sobre a Expoestados. A edição vai acontecer no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, entre os dias 25 e 29 deste mês. Além da gastronomia representando todas as unidades da Federação, muita música, folclore e artesanatos. A promoção é do Fórum Nacional das Representações Estaduais em Brasília. Os preços são convidativos.
Para as cidades, qualquer uma, não existem soluções fáceis. Contrariamente ao que pensa a maioria das pessoas, a cidade é organismo vivo: nasce, cresce, se desenvolve, entra em falência e, em alguns casos, são abandonadas e simplesmente deixam de existir. Ruínas espalhadas por todo o planeta, como lápides encobertas pela vegetação, provam que as cidades morrem não só devido à incúria individual de seus governantes, mas sobretudo por ações indevidas de cada um dos seus habitantes.
De todos os males que afetam uma cidade, nenhum é mais fatal do que o desprezo pelos métodos de planejamento contidos no urbanismo. À semelhança dos humanos, a saúde de uma metrópole requer série de medidas preventivas que só o planejamento urbano metódico, feito por especialistas no assunto e com base em estudos científicos, é capaz de prover.
Em oportuna reportagem, feita por Flávia Maia, do Correio para o Caderno Cidades desse domingo, intitulada “A crescente mancha urbana do DF”, ficou demonstrado que, desde a criação, Brasília sofreu processo de expansão acelerado que multiplicou em 15 vezes a ocupação do solo.
O inchaço da cidade foi particularmente mais significativo a partir da emancipação política da capital, trazida pela Carta de 1988. Já pelos 18 anos seguintes, até 2006, durante a gestão de Joaquim Roriz, “a mancha urbana duplicou, passando de 30.962 hectares ocupados para 64.690”. Nesse período, nada menos do que 22 regiões administrativas foram criadas.
A associação entre a especulação imobiliária, feita por grandes empreiteiros e políticos gananciosos, elevou a ritmo de ocupação das terras públicas a patamares nunca vistos. A consequência dessa mudança no status político da capital, com a formação de governanças baseadas na troca de favores (lote por voto) e em que não só o GDF, mas a Câmara Legislativa teve participação efetiva, pode ser presenciada hoje no dia a dia da população brasiliense, com os sistemáticos congestionamentos no trânsito, nos serviços públicos, no aumento da violência, na ameaça de falta de água e outros males urbanos.
Ao lançar na lata de lixo os preceitos do urbanismo, em troca de soluções fáceis a curto prazo, quem paga, como sempre, é a população. Por isso, causa estranheza que, diante do comprometimento do futuro da cidade, o atual governo anuncie a aceleração na venda dos lotes em condomínios apenas para fazer caixa e ampliar investimentos. É bom que o GDF mire nos erros cometidos por gestões passadas, reflita sobre eles, olhando a cidade em volta, antes de lançar os dados sobre a delicada questão das terras públicas, ou seja ,das terras de todos os brasilienses.
Quem lê as primeiras notícias sobre Eduardo Cunha verifica que naqueles meses ele era o único personagem da política nacional que combatia o governo. Sem papas na língua, dizia tudo o que queria. Agora, o próprio PT o apoia para que ele permaneça na cadeira da Presidência da Câmara. Vai entender.
Por falar em Detran, em tempos de chuva, o pátio com carros apreendidos é um universo de foco da dengue. Carros batidos, carcaças são perigo para a proliferação de mosquitos. É preciso legislação mais prática sobre o armazenamento desses carros.