Capitalismo de estado

Publicado em ÍNTEGRA

Desde 1960

aricunha@dabr.com.br

com Circe Cunha // circecunha.df@dabr.com.br

 

 

No cerne dos escândalos cotidianos, está, ao lado da mediocridade média de nossos representantes políticos, o fato de o Brasil ter enveredado, desde cedo, pelo caminho paternalista que o conduziu ao beco sem saída do chamado capitalismo de estado.

Essa criação tem seu marco em nossa história contemporânea quando Getúlio Vargas condicionou o apoio aos aliados na Segunda Guerra ao financiamento para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ). O primeiro complexo industrial brasileiro moderno nasceu assim de uma decisão monocrática que colocava na mesma mesa de negociações as opções entre o apoio aos nazistas e ao eixo fascista ou o financiamento para a construção de uma metalúrgica, com a qual o governo pretendia fazer aqui uma sui generis revolução industrial de cima para baixo.

Ainda para conferir ares de normalidade a um progresso material fictício, confeccionado unicamente por vontade do Estado, foi organizado um modelo de sindicalismo artificial, atrelado, logicamente, aos humores do grande pai da pátria. Ao nosso modelo de desenvolvimento e progresso foram interpostos mecanismos que condicionavam o crescimento da economia aos investimentos dos bancos estatais. Tutelados desde sua origem, empresas e empresários sempre viram no governo e nas instituições financeiras do estado começo e fim de suas atividades.

A onipresença do poder central, em toda a atividade econômica, ensejou uma espécie de atrofia, fazendo de nossos empreendedores seres totalmente dependentes da máquina pública. Mesmo as atividades culturais, oriundas das manifestações espontâneas da população, se viram, de alguma forma, atreladas aos benesses do Estado.

Dessa forma, não chega a ser surpresa que a grande maioria das empresas do país se encontrem hoje, por conta de uma devassa sem precedentes, no banco dos réus, por conta de uma relação histórica que atrelou todas elas ao dinheiro do contribuinte.

Da mesma forma, os programas de incentivo à cultura, em vez de favorecer a produção de trabalhos realmente significativos e de largo alcance, serviram para alimentar uma indústria de parasitas que, se submetidos aos rigores da livre iniciativa e do mercado, teriam, na sua grande maioria, naufragados ainda no porto de partida.

Se a tutela do Estado serviu, num primeiro momento, para trazer à tona as atividades econômicas e culturais, suas continuação e superproteção ao longo de tanto tempo têm servido apenas para criar um mundo de fantasias, onde a Operação Lava-Jato ou a Operação Boca Livre são apenas parte desse enredo.

 

A frase que foi pronunciada

“Somos a consequência do nosso pensamento.”

Buda

 

Concurso

Vem aí concurso para professor da rede pública de ensino no DF. O governador Rodrigo Rollemberg garante que no segundo semestre de 2017 os aprovados serão contratados. O professor Júlio Gregório, com experiência em sala de aula, tem dado valor à classe docente. Agora o reforço para a educação pública depende de um trabalho direto com a família dos estudantes.

 

Brasiliense

Capital Inicial, Cássia Eller, Célia Porto, Eduardo Rangel, Hamilton Holanda, Legião Urbana, Ney Matogrosso, Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, Rosa Passos e Zélia Duncan. Apenas para ficar registradas algumas das nossas pratas da casa que despontam pelo Brasil e pelo mundo.

 

Cidadão

Nota legal atrai  contribuintes e prazo vence em agosto. Mais de 13 mil pessoas recebem crédito de quase 2 milhões.

 

Câncer

Em plenário, a senadora Ana Amélia disse estar estupefata com a corrupção. Ela está em todos os lugares, disse a parlamentar. “Está no esporte amador, no esporte paralímpico, está na cultura, com os desvios da Lei Rouanet, está na medicina, com os desvios das órteses e próteses, lamentavelmente, mas também não chega a ser conforto para nós, políticos, que só a classe política esteja visada nessas operações envolvendo a Lava-Jato”, afirmou.

 

Metrô

Hoje, o TRT da 10ª Região julga o acordo coletivo da categoria do transporte metroviário. É dia de ficar atento sobre a possível paralisação.

 

História de Brasília

O Congresso votou a emenda parlamentarista sob coação, para retirar do sr. João Goulart, como presidente da República, uma boa parte de sua autoridade. Por isto, e por outras razões, é que não creio no Parlamentarismo. Estou com o sr. Raul Pilla. Satisfeito com a aprovação, e decepcionado com as mutilações. Cada partido defendeu seu quinhão, e o povo, ora o povo, que se lixe!

It's only fair to share...Share on Facebook
Facebook
Share on Google+
Google+
Tweet about this on Twitter
Twitter
Share on LinkedIn
Linkedin