Autor: Circe Cunha
Valeria a pena um passeio de drone pelo Lago Norte para fazer a verificação nas piscinas. Há casas abandonadas com piscinas cheias de lodo e algas.
Por falar em Lago Norte, a engenharia de trânsito ainda não conseguiu se fazer entender. Apesar de uma placa pequena desproporcional ao espaço, ninguém obedece. Na subida do Lago Norte, a preferência da faixa da direita é para quem vai virar na primeira quadra par. No Lago Sul, já entenderam.
Impressionante observar a quantidade de marmitas vendidas nas ruas. A Vigilância Sanitária precisa apertar o cerco contra isso. É desonesto com quem paga os impostos e perigoso para quem consome.
Volta o Porão do Rock. A tradição da cidade virou organização não governamental, e com parcerias vai arrecadar alimentos nos shows para o Programa Mesa Brasil, que atende 100 entidades filantrópicas de Brasília. Hoje é dia de apresentação. No estacionamento do Estádio Mané Garrincha. Às 15h, as bilheterias serão abertas. R$ 25, pista (meia-entrada); e R$ 70, camarote (meia-entrada), e 1kg de alimento.
Mal comparando, o show dos Rolling Stones no Brasil, em 2016, vai ter preços de ingressos variando entre R$ 260 e R$ 900. A banda passa pelo Rio, no Estádio do Maracanã, em 20 de fevereiro; por São Paulo, no Estádio do Morumbi, em 24 e 27 de fevereiro; e por Porto Alegre, no Estádio Beira-Rio, em 2 de março.
Nesta época de Natal, nos shoppings, nos teatros ou nas salas de concertos, shows promovidos por empresas abastadas têm feito muito sucesso entre os clientes. Mas o tratamento com os trabalhadores que fazem o evento acontecer deixa a desejar. Garçons e recepcionistas dizem que só recebem o pagamento. Nenhum muito obrigado ou reconhecimento pelo serviço benfeito.
Para um governo que recomeçou de forma enviesada, não chega a ser surpresa o fato de vir a terminar também de forma confusa. Na verdade, o governo vem desabando a cada dia diante de todos. Com ele, despencam também os números da economia, a confiança da população e a imagem do país diante do mundo. No melhor estilo terrorista, o Estado foi sequestrado pela falência interna do governo, paralisando a máquina pública e estagnando a necessária produção de bens e riquezas. Com isso, segue sem solução a paralisia geral, com o governo se sobrepondo aos interesses da nação.
Ao levar de roldão a sociedade inteira para dentro do redemoinho institucional gestado e alimentado dentro do próprio Palácio do Planalto, fica evidente também a falência do modelo de presidencialismo de coalizão e, de quebra, a multiplicidade de legendadas partidárias.
A polarização, criada pelo governo, para resumir a refrega entre Dilma e Eduardo Cunha, coloca no mesmo ringue dessa política medíocre 200 milhões de brasileiros, alheios a contenda e vítimas potenciais da paralisação do Estado. Para piorar as coisas, o partido da presidente anuncia a convocação da militância para sair às ruas em defesa de um governo que o mesmo partido lavou as mãos e lançou às feras.
Dentro da estratégia do partido que um dia foi dos trabalhadores, o retorno à condição de oposição — em caso de vitória do impeachment — seria o melhor dos mundos, pois estaria a salvo em terra firme, longe das tempestades em alto-mar e, de quebra, pousaria de vítima da artilharia do que chama de direita golpista. A convocação dos gatos pingados fiéis para que venham para as praças pode ainda ensejar a generalização de conflitos fratricidas, com repercussões imprevisíveis. Nesse sentido, aumenta muito a responsabilidade dos verdadeiros estadistas para que o pior seja evitado.
Para um cenário que parecia se agravar a cada momento, possível negação do impeachment pelo parlamento, prolongando a permanência de Dilma no comando do Executivo, pode, ao empurrar a crise para frente sine die, elevar a temperatura da crise, arrastando o país inteiro para dentro do buraco, com efeitos igualmente catastróficos. Para quem pensa que resolver os problemas do país é prioridade, deve se lembrar que estamos a poucos dias do recesso. De toda forma, está aberta a maior oportunidade de todos os tempos, para sanear o Estado por meio das reformas políticas verdadeiramente necessárias.
“Eu quero o meu passado de presente!”
Tantos bons políticos e gente de bem que tem as ferramentas para consertar este país.
Crimes e fraudes cometidos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) foram discutidos exaustivamente pela CPI que investigou o caso. Com relatório da senadora Vanessa Grazinento, a conclusão dos trabalhos pede o indiciamento de 28 investigados.
Em audiência para a análise do Plano Nacional de Logística de Transporte, o ministério do setor alega que o contingenciamento de 40% no orçamento vai acarretar atrasos em obras estratégicas. O que temos como notícia é que obras estratégicas já foram abandonadas há muito tempo por descaso e falta de gestão.

