Autor: Circe Cunha
Se precisar fugir da tempestade, fique longe da Ponte do Bragueto. Debaixo chove mais. Há anos que o escoamento da rede pluvial cai nos vidros dos carros que passam por ali. Essa ponte não tem idade nem estrutura para suportar o tráfego que vem enfrentando nos últimos 10 anos. Uma ponte ligando o Setor de Mansões, Lago Norte e Asa Norte é questão de tempo e necessidade.
Nada tem sido feito pela Agência Nacional de Saúde em relação aos planos. Depois de anos pagando uma fortuna mensal para cinco filhos, nosso leitor recebe correspondência informando que, ao pagar a parcela de janeiro, será automaticamente transferido de um lano melhor para um plano que não é aceito m lugar algum. E fica or isso mesmo.
Contam que ao se despedir do sr. José Aparecido, no aeroporto militar, o sr. Jânio Quadros teria dito: “Cidade malsinada esta: espero não tornar a vê-la”.(Publicado em 29/8/1961)
Imagens têm o poder de revelar fatos que estão além das possibilidades das próprias palavras. É justamente esse poder imagético, capaz de capturar o objeto, revelando-lhe a alma por inteiro, que melhor traduz um tempo e suas possíveis vicissitudes. Na foto recente em que aparece o ex-ministro Joaquim Levy entrando no saguão do aeroporto de Brasília, o que se vê é a imagem de um homem comum, com vestimenta informal, carregando uma pequena bagagem de mão. Nela, o sujeito parece caminhar ligeiro rumo ao portão de embarque. Na imagem despretensiosa, o personagem é fotografado de costas, mas, mesmo assim, parece demonstrar certa aflição para deixar a cidade o quanto antes.
Na verdade, todo um tratado de economia poderia ser erigido apenas tomando como ponto de partida o último ato registrado do agora ex-ministro da Fazenda. Um epitáfio ou subtítulo poderia esclarecer no rodapé da imagem: Ministro tem a barreira da paciência ultrapassada, deixa o governo, pega a mala e ruma para o aeroporto de Brasília. Ou ainda: Levy, irritado com pressão de petistas e sabotagens de toda a ordem ao seu plano de reestruturação da economia, abandona o governo às pressas. Ou quem sabe: Levy dá no pé e sai à francesa. Também poderia ser: Levy se convence de que Dilma é bipolar e se manda para o aeroporto.
A bem dos fatos, nenhuma sentença escrita poderia traduzir o verdadeiro sentimento daquele personagem, naquela hora, naquele local. Professor do ex-ministro no passado, o também economista Armínio Fraga afirmou certa ocasião, durante entrevista, que Levy era uma ilha de competência num mar de mediocridade no governo Dilma. De posse da foto e dessa derradeira informação, tem-se o último ser competente da equipe da presidente Dilma. Fez as malas e voou. Dizer mais o quê?
Desvio de recursos do programa Bolsa Família pode ser tipificado como crime. O projeto está pronto para ser votado na CCJ do Senado.
Pioneira, Maria Ines Fontenele Mourão não se conformou de ver Rodrigo Rollemberg, prata da casa, apoiar a volta da CPMF. Cidadã exemplar, pegou o telefone e registrou protocolo sobre o assunto no número do GDF 162. Parece que está dando resultado. Afinal, o governador não pode vender a população que acredita nele.
The Economist, revista britânica, comenta que os brasileiros deveriam estar felizes por sediar uma Olimpíada. Mas logo reconhece que o humor exuberante deu lugar ao desastre econômico e político.

