Autor: Circe Cunha
Diminuiu bastante o movimento de jovens cheirando cola ou fumando crack no centro da cidade. Na periferia, a Polícia Militar tem apertado o cerco contra os traficantes.
Uma beleza a missa de Natal realizada no Salão Negro. O Coral do Senado, sob a regência da maestrina Glicínia, abrilhantou o evento. Os senadores presentes cumprimentaram um a um do grupo. A homilia foi na medida certa, feita com sabedoria. O quórum baixo manteve o ambiente mais calmo. Que a paz reine em 2016.
Jayme Ernest Dias lamenta que apenas notícias políticas repercutam pelo país. Brasília é celeiro da arte. Tanto teatro, música, artes plásticas têm excelentes performances que, por falta de marketing, não são compartilhadas. Continua o domínio do eixo Rio/São Paulo, com algumas nuances que aparecem esporadicamente da arte no Norte e noNordeste.
Isso é que é solidão. Tatu-canastra Mabu que mora no zoológico de Brasília é a única espécie do mundo.
Policiamento no Plano Piloto está visivelmente intenso. De madrugada, a presença no Eixão, na W3, na EPPN. As abordagens estão mais amenas.
Claudio Ribeiro – C Abreu, do Rio de Janeiro, nos envia a seguinte missiva: “Nós, os minimamente informados, sabemos que o tal aquecimento global é uma farsa, e alguns companheiros, tecnicamente muito bem capacitados, o têm denunciado ao longo dos últimos anos”. Por falar nisso, sugerimos Fraude do aquecimento global: como um fenômeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial, de Geraldo Luís Lino. O prefácio é assinado por Luiz Carlos Baldicero Molion. Custa R$ 40
O outro assunto discutido é a falta de divulgação sobre o planejamento para a recuperação do Rio Doce. Até agora, a UnB e outras universidades do país constataram o que a empresa responsável pelo desastre não fez: presença de chumbo, ferro, manganês, arsênio e alumínio. A punição dos responsáveis é diretamente relacionada ao poder aquisitivo dos atingidos.
Alguns militares isoladamente é que têm manifestado ponto de vista contrário à Constituição, mas isso constitui pensamento pessoal, e não das Forças Armadas. (Publicado em 28/8/1961)
Fatos e números têm o poder de descerrar a cortina de fumaça do ilusionismo, apresentando ao estimado público os bastidores do Estado, conforme ele é, não conforme querem que ele pareça ser.
Por trás das grossas cortinas de veludo vermelho, representado pelo marketing oficial, maciço e poderoso, o que se vê é um país que segue em desabalada queda. Em qualquer direção que o cidadão voltar o olhar e a atenção, os dados numéricos, apurados sem a interferência do governo, se mostram extremamente negativos.
Antigamente os boletins escolares traziam a cor azul para representar as notas no intervalo de 50 a 100 e vermelha para as nota de zero a 49. Visualmente, tinha-se noção geral do desempenho do aluno pela predominância de uma cor sobre a outra. Azul para o que era positivo e vermelho para o negativo.
Indicador que mostra, com clareza, a performance do governo é apresentado agora pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Há exatamente 10 anos, o Brasil, segundo o Pnud, apresentava índice de desenvolvimento humano, entre 177 países pesquisados, a 63ª posição, com 0,79 pontos, graças, sobretudo, aos avanços nas áreas de educação e longevidade. Na ocasião, 12 países da América Latina tinham desempenho superior ao brasileiro, com a Argentina ocupando a 34ª posição, com IDH de 0,863.
De lá para cá, o planeta deu 10 voltas completas em torno do Sol. Ao longo desse período, o país tomou rumo descendente e desabou nos degraus do IDH, ocupando agora, de acordo com o mais recente relatório (2014), a 75ª posição entre os 188 países avaliados. Note-se que o IDH ainda não traz a avaliação do Brasil em 2015, que agora vai se encerrando.
O ano de 2015 é avaliado por muitos economistas como totalmente perdido em termos de crescimento e melhora nos indicadores sociais, o que certamente vai forçar ainda mais para baixo esse último ranking das Nações Unidas. De acordo com o especialista no assunto, Ricardo Paes de Barros, do Insper, a longa crise que se anuncia ainda para os próximos anos vai jogar os pobres de volta para fora da estrada.
Mais do que as pedaladas fiscais, usadas não para os programas sociais, como afirma o governo, mas para tapar rombos grosseiros no Orçamento feitos para atender as diretrizes ideológicas do Partido dos Trabalhadores, o roteiro que leva Dilma ao impeachment é pavimentado pelas notas vermelhas que recheiam o boletim da marionete aprendiz de presidente. A reprovação de Dilma pelo grosso da população torna evidente o fim de um ciclo que se quer esquecido como lembranças de um tempo ruim. Digamos, de herança maldita.
“Recado para a oposição: as ruas estiveram mais vazias porque até hoje vocês não fizeram nada a favor do Brasil.”
Faixa na Esplanada