Autor: Circe Cunha
Desde 1960
aricunha@dabr.com.br
Com Circe Cunha e MAMFIL
Dignidade, que o dicionário define como sendo um atributo pessoal de quem procede com decência e com elevado senso de nobreza e honestidade, talvez seja uma das características fundamentais que distinga o ser humano do animal irracional.
Trata-se de um conceito cuja importância está ligada diretamente ao princípio da dignidade da pessoa humana que, por sua vez, se liga ao estado democrático de direito e, portanto, está inscrito no conjunto de direitos fundamentais da Constituição.
A relevância e o significado do termo levaram o filósofo alemão Immanuel Kant, na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, a declarar que “No reino dos fins, tudo tem ou um preço, ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode ser substituída por algo equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço, e por isso não admite qualquer equivalência, compreende uma dignidade.”
Revestida de dignidade, a pessoa se torna merecedora do respeito não só de seus pares, mas do próprio Estado. É com base neste conceito que o Estado se organiza para prover e garantir-lhe as condições mínimas a saúde, a educação e a segurança. O desenvolvimento social, a justiça, a paz e a própria liberdade são construídas com base no conceito de dignidade. Mesmo nas guerras, as convenções internacionais obrigavam os lados em conflitos a procedimentos com relação ao tratamento humanitário dado aos prisioneiros capturados.
A própria ordem jurídica é calcada no conceito de dignidade da pessoa humana, sendo, por excelência, um dos principais pilares da democracia e, por conseguinte, do contrato social.
O processo civilizatório é decorrência direta do conceito de dignidade humana. Colocado dessa maneira sumária à guisa de elucidação sobre o tema, ficam as perguntas: como fica a questão da dignidade da pessoa humana em relação àqueles brasileiros que morrem nas portas dos hospitais? Dos que dormem nas ruas, que são mortos diariamente vítimas de atos de violência nas principais cidades do país? Como fica a questão dos brasileiros assaltados até por seus representantes eleitos? Em que estágio civilizatório nos encontramos na atualidade?
As imagens diárias mostrando famílias inteiras remexendo os lixões a céu aberto ao lado dos urubus, em busca do sustento diário, diz muito sobre a nossa concepção particular de dignidade.
A frase que foi pronunciada
“Quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo.”
Mahatma Gandhi
MPs
Outros quatro municípios estão sendo investigados também por contratação irregular de obras e locação de máquinas, além de serviços fraudulentos. A receita do crime é fraude em licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em Santo Amaro (BA), os cofres públicos foram lesados em R$ 24 milhões. Os ministérios públicos do país estão fechando o cerco contra a corrupção.
Treinamento
Operações simultâneas no Aeroporto de Brasília. Capacidade para até 60 pousos e decolagens simultâneos. É o único aeroporto do Brasil com essa capacidade. As atividades voltam em agosto, depois de treinamento dos operadores de voo e do pessoal do Cindacta.
História de Brasília
Ontem, culminou com a invasão do Salão Nobre do Planalto, onde guardas empurravam fotógrafos, e o presidente quase não pode falar. (Publicado em 10/09/1961)
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Em o Ovo da Serpente de 1977, o cineasta Ingmar Bergman , mostra, por meio de uma Berlim nebulosa e fria os anos imediatamente anteriores a ascensão do nazismo. Os apelos ao patriotismo e o sentimento de ódio aos estrangeiros e a todas as minorias estavam presentes em toda a parte. Culpar os diferentes pela miséria imposta aos alemães pelas reparações de guerra é visto em toda a parte da cidade e tratado com indiferença pela polícia, que assiste aos maus tratos aos judeus com a frieza desumana.
O filme retrata o ambiente pesado e sombrio de uma Alemanha que caminha silente rumo a própria destruição. Haveria um paralelo ao destino trágico experimentado por povo culto nos anos vinte e o que acontece hoje com a, cada vez mais possível, vitória de Donald Trump a presidência dos Estados Unidos?
Para alguns analistas a comparação entre as duas situações parece incabível e despropositada. Também os alemães que vivenciaram aquele período, anterior a 1933 e que culminou com a eleição de Hitler como chanceler, acreditavam que o pior já havia passado com a primeira grande guerra e tudo era uma questão de tempo para voltar a normalidade. Da mesma forma, quando se deu a candidatura de Trump, todos os mais prestigiosos analistas apostavam que sua trajetória política iria definhar conforme avançava o processo eleitoral.
Diziam na ocasião que ele iria desaparecer afogado na própria retórica xenófoba e preconceituosa. A realidade dos fatos mostrou que estas previsões estavam totalmente equivocadas. Escolhido agora como candidato oficial do Partido Conservador, mesmo contra a vontade de muitos de seus correligionários, Trump caminha pesado, como um elefante numa loja de cristais rumo à presidência da maior potência do planeta.
A afirmação de que não devemos nos preocupar com aquilo que não podemos mudar, não parece muito sensata, justamente quando se percebe que o paraíso parece ter se exilado para bem distante de nossa nossas cidades e civilização. Uma possível vitória desse fascista declarado, num planeta cada vez mais instável e violento, assolado por atentados terroristas e ondas massivas de refugiados fugindo da fome e de conflitos armados, é tudo o que o mundo não precisa.
Para o renomado professor e pensador norte americano, Noam Chomsky, o sentimento de desesperança, oriunda das camadas de americanos brancos, de meia-idade e de baixo nível de instrução e que representam a parcela que mais comparece às urnas, está impulsionando a popularidade desse candidato. “Trump está evidentemente encontrando eco em sentimentos profundos de ira, medo, frustração e desesperança, provavelmente entre setores como os que estão assistindo a uma elevação da mortalidade, algo inusitado exceto em épocas de guerra e catástrofes”, afirma Chomsky. Como afirma um personagem no filme de Bergman […] qualquer um que fizer o mínimo esforço poderá ver o que nos espera no futuro. É como um ovo de serpente. Através das membranas finas pode-se distinguir o réptil já perfeitamente formado.
A frase que foi pronunciada
“ Think big and kick ass ”. Jerome Valcke pensava parecido e foi banido da Fifa. Essa é nossa esperança em relação ao Trump.
John Smith, na feira da Torre
Estímulo
Micro empreendedorismo individual pode registrar como endereço a residência de quem trabalha por conta própria. É uma facilidade que pode estimular novos microempresários. O senador Cássio Cunha Lima elogiou a iniciativa e declarou que um dos maiores desafios é que o Brasil seja mais produtivo e competitivo e essa é uma possibilidade de estímulo.
Viciados em corrupção
Sem se incomodar com as consequências da Operação Lava Jato, ainda há políticos por todo o país cometendo as mesmas fraudes. Dessa vez a Operação Adsumus, do MPBA no interior da Bahia teve como consequência o afastamento do vice-prefeito da cidade de Caetano Veloso. Santo Amaro. Leonardo Pereira, e o secretário municipal de Administração, Desenvolvimento, Obras e Serviços da mesma cidade, Luís Eduardo Alves, foram afastados dos cargos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Uma balbúrdia, a posse do sr. João Goulart. O cerimonial fracassou completamente, desde a primeira solenidade após a crise.(Publicado em 10/09/1961)
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Nas últimas duas décadas, as eleições no Brasil ganharam uma aparência e um significado censitário, ou seja, apenas os candidatos e os partidos com grandes somas de recursos tinham alguma chance de vitória nas urnas. No passado, principalmente a partir da Constituição de 1824 e durante todo o período monárquico, o voto era um direito concedido apenas para aqueles indivíduos com certo nível de renda . O sistema daquela ocasião deixava de fora os brasileiros com renda inferior a 100 mil réis. Era o chamado voto censitário, baseado na renda.
Do retorno a normalidade democrática de 1985, para cá, o que os eleitores passaram a observar, com certa desconfiança, a escalada acentuada nos valores gastos pelos candidatos a cada eleição. Para se ter uma ideia, nas eleições de 2014 para presidente, o custo total da campanha de Dilma Rousseff foi R$ 350 milhões. Uma verdadeira fábula, acessível a poucos. Naquela ocasião, para atrair a simpatia e o voto de cada um dos 54 milhões de eleitores obtidos, foram gastos mais de R$ 5,00 per capta. É Justamente nestes valores astronômicos, num país pobre, que residem os maiores perigos para nossa jovem democracia. O poder do dinheiro tomou o lugar da singularidade e da importância do voto.
No rastro das campanhas milionárias, vieram os maiores beneficiários diretos dessa dinheirama que foram os empresários do setor de propaganda e os grandes empreiteiros, de olho nas possibilidade de negócios fáceis que teriam através dos candidatos que financiaram. Obviamente, do outro lado do balcão, financiando direta e indireta mente essa gastança eleitoreira estavam os recursos públicos, principalmente aqueles desviados das estatais por meio de contratos superfaturados.
Para este dinheiro farto transitar livremente dos cofres públicos para os partidos, foi “oficializado” um rudimentar esquema de caixa dois, eufemisticamente denominado recursos não contabilizados e que foi elevado as alturas pelo Partido dos Trabalhadores, sendo inclusive reconhecido pelo seu principal personagem e maior beneficiário final do esquema.
A Operação Lava Jato, desnudou este esquema c riminoso, processando e prendendo parte de seus principais personagens . Na esteira dessa trama policial, os órgãos de fiscalização e controle de movimentações financeiras acordou de seu longo e providencial sono. Fez despertar da letargia marota, os Tribunais de Contas e com eles a inoperosa e descartável Justiça Eleitoral .
A movimentação do Ministério Público em conjunto com a Polícia Federal, somada as prisões de alguns figurões da política, fizeram acordar também o Congresso que correu para aprovar a nova legislação eleitoral (Lei nº13.165/2015). Claro que toda essa movimentação só foi possível graças as pressões das gigantescas manifestações de rua por todo o país. A s eleições vindouras dirão se já estamos definitivamente no caminho certo.
A frase que foi pronunciada
“Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.”
Platão, filósofo grego
Lixo é luxo
Brasília ainda não teve a sorte de ter um empresário sensível que perceba o lucro possível no gerenciamento de materiais recicláveis. Uma pena, porque os lixões irregulares no Distrito Federal, há 880 lixões que custam muito e rendem pouco.
Dormilantes
Volta à discussão sobre vigilantes e a obrigação de marcar a presença em um ponto de hora em hora. Se está trabalhando, é esse seu serviço. Casos de vigilantes dormindo no trabalho, são tão comuns que eles são chamados de dormilantes. Uma vergonha para a classe. O Sindicato pensa que protege, mas ridiculariza os profissionais.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Venceu, ontem, a terceira prestação do regime Parlamentarista para a posse do Presidente da República. Primeiro, o compromisso constitucional. Depois, a apresentação do gabinete, e ontem, finalmente, a entrega da faixa presidencial.(Publicado em 10/09/1961)
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Fizeram-nos crer no que éramos e o no que não éramos. Acreditamos na farsa. Revelada a verdade, relutamos ainda em tirar a fantasia e continuar sendo o que sempre fomos: um povo ilhado, órfão de um Estado e em busca de um governo confiável.
A catarse, ou purgação, experimentada pelos brasileiros teve seu ponto alto nas ruidosas manifestações de rua. Ali, em praça pública, foram despidos, pela primeira vez e de forma espontânea, na vista de todos, os trapos de nossa indigência política. Nossos representantes não nos representam, diziam os cartazes.
A Copa do Mundo e agora as Olimpíadas foram providencialmente trazidas até nós e insufladas na população em meio a um ambiente de ufanismo triunfalista que vigorava no país de então. Fazia parte da propaganda massiva do governo acender o espírito nacionalista. A Copa foi a nossa Ilhas Malvinas, usada como pretexto para esconder os vícios de um governo que agonizava.
O mesmo foi feito com os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Foram arquitetados da mesma forma que Hitler fez em 1936 para mostrar ao mundo a superioridade da raça ariana. Déspotas, desde sempre, têm se servido dos esportes para iludir a população com vitórias efêmeras e sem sentido. De que adianta saltar mais alto, correr, nadar, pular, saltar, dar piruetas se o que importa, de fato, são os rankings de bem-estar social?
Mais proveitoso e duradouro é ser campeão em cidadania. Melhor para a sociedade ter medalha de ouro em saúde. Subir ao pódio mais alto em educação. A foto de um morador de rua dormindo sob a placa dos Jogos Olímpicos que anuncia um novo tempo diz tudo.
Com as entranhas do governo populista evisceradas pela Operação Lava-Jato, a nação vai descobrindo aos poucos que o primeiro a ser apanhado nos exames de doping foi justamente o governo, que organizou a festança mediática.
Nas investigações que prosseguem há uma certeza: da mesma forma que ocorreu com a Copa em 2014, as Olimpíadas foram organizadas para que as grandes empreiteiras fossem as grandes campeãs do torneio. Passado para trás nos dois eventos internacionais, cabe ao povo, enlutado com a roubalheira, fazer o papel de bom anfitrião e esconder a lágrima.
A frase que foi pronunciada
“Quem quer que esteja fisicamente bem preparado pode fazer coisas incríveis com seu corpo. Mas quem junta a um corpo em forma uma cabeça bem cuidada é capaz de feitos excepcionais.”
Alexandre Popov, melhor nadador da Olimpíada de 1996
Dada a partida
» Neste exato momento começa pelo país o lançamento de candidatos interessados em disputar cargo de prefeito, vice-prefeito ou vereador. Entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, em alguns estados haverá convenção partidária. É nesse frágil espaço de tempo que cada candidato deveria
passar por um “escâner
de vida pregressa”.
É a hora
» Todo partido escolherá na convenção, entre os filiados, quais serão os candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereador, além dos números e dos nomes que serão identificados nas urnas eletrônicas. Nesse momento também será decidido se haverá coligações ou não.
Legendas
» Por falar nisso, no início do ano, amparados pela Constituição, a janela para troca partidária em março deste ano permitiu mais de 90 mudanças entre legendas na Câmara dos Deputados.
Jogadas
» A janela para troca partidária aberta pela promulgação da Emenda Constitucional 91/16 já permitiu a mudança de partido de 92 dos 513 deputados federais. A emenda, promulgada em 18 de fevereiro, abriu um prazo de 30 dias para os parlamentares mudarem de legenda sem perder o mandato. PMDB, PT e PSDB perderam deputados, enquanto
o PP ganhou.
Mais partidos
» Segundo o Supremo Tribunal Federal, os mandatos não pertencem aos candidatos, e sim aos partidos. Por isso, há a liberdade de trocar de legenda, desde que entregue o mandato. A exceção se dá quando a saída é para um partido recém-criado. Nesse caso, não há prejuízo do cargo.
História de Brasília
Doutor João Goulart, Brasília é uma experiência que lançou o Brasil no exterior. Brasília deu ao brasileiro a confiança em si mesmo que ele havia perdido. Brasília substituiu o Jeca Tatu pela personalidade do Candango. Respeite isto, doutor Jango, e todos seremos gratos. (Publicado em 10/09/1961)
O perigo do medo da verdade
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Dentro do que o psicanalista Gustav Jung denominou de Inconsciente Coletivo, podem ser encontradas muitas das características psicológicas que moldaram a mente da espécie humana e que, de certa forma, explicam nosso comportamento, mesmo aqueles mais desprezíveis.
Por razões que remontam à pré-história e aos primeiros hominídeos, alguns comportamentos do tipo oculto e inato foram sendo transmitidos às gerações futuras, por necessidade de sobrevivência, frente a um mundo hostil e inóspito. O machismo é uma dessas heranças ocultas.
Trata-se, segundo especialistas no assunto, de uma força arquetípica (primeiro modelo a ser tomado e seguido como correto). Como tal se fincou no inconsciente de todos. Em outras palavras, nascemos machistas, homens e mulheres, sendo que esse comportamento é mais ou menos reforçado ao longo da vida, de acordo com cada sociedade em que o indivíduo está inserido.
Obviamente esse comportamento primitivo não isenta ninguém de cometer verdadeiras atrocidades contra o sexo oposto.
No Brasil, de formação histórica patriarcalista, fincada na desigualdade patente de classes, esse comportamento encontrou ambiente, dentro e fora de casa, para florescer e se multiplicar. Isso não quer dizer que em outras partes do mundo o problema não ocorra.
Nos Estados Unidos, país modelo de desenvolvimento material, e da vanguarda do século 21, a cada 9 segundos, uma mulher foi vítima de ação violenta em 2008. No Brasil, naquele mesmo ano, pesquisas indicavam que 17% das mulheres temiam ser mortas pelos próprios companheiros. Em 2015 os casos de violência contra as mulheres cresceram 45%. Foram 76.651 casos registrados. Se fossem contabilizados os casos não devidamente denunciados, esse número chegaria perto de 100 mil.
Ocorrências de violência sexual, quando envolvem casos de estupro, assédio e exploração, passaram de 1.517 casos em 2014, para 3.478 relatos em 2015, o que equivale a um aumento de 129%. Atualmente são registrados 9,5 estupros por dia. A violência física predomina nesses casos. São quase 40 mil ocorrências de maus-tratos denunciados.
Há ainda milhares de casos de violência psicológica (23.247 casos) e violência moral (5.556 casos). Mesmo com a Lei Maria da Penha e a criação da figura jurídica do Feminicídio (lei 13.104/2015), os casos de violência contra as mulheres brasileiras prosseguem numa curva ascendente.
O caso recente da modelo Luiza Brunet e do milionário Lírio Parisotto deixa evidente que a violência contra as mulheres permeia todas as classes sociais, sem distinção.
Pesquisas indicam ainda que o álcool, as drogas e o mais antigo e nefasto dos vícios humanos, o ciúme, respondem pela maioria das causas da violência contra as mulheres. Como sempre, o caminho mais curto e recomendado pelos estudiosos para se chegar a uma convivência de paz entre homens e mulheres ainda parece ser a educação.
A frase que foi pronunciada
“As más companhias são como um mercado de peixe; acostuma-se ao mau cheiro.
Provérbio chinês
Novidade
» Reforma geral no terminal de ônibus de Planaltina. Marcos Dantas, da mobilidade, e o governador Rodrigo Rollemberg assinaram o contrato e a reinauguração está prevista para o ano que vem.
Mérito
» Quem merece apoio pelo belo trabalho que faz é dona Maria Vieira da Silva, a “dona Gracinha da Sanfona”.
A Secretaria de Cultura reconhece o valor de seu projeto, mas, aos 74 anos de idade, ela merece muito mais do que isso. Apesar das dificuldades físicas, ela faz questão de dedicar a vida para levar música para toda gente triste.
Início de julho
» Brasília sofre com surto de caxumba. Boletim da Secretaria de Saúde informa que o número de casos chegou a 960 em sete dias.
História de Brasília
Um dos êxitos do sr. Paulo de Tarso, como administrador, foi convidar técnicos, mesmo os que não conhecia pessoalmente, para o seu governo, dando a Brasília a dimensão de sua força, de seu desenvolvimento. (Publicado em 10/09/1961)
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Em nome de Deus, os homens vêm se matando ao longo dos séculos. A procuração que dá licença para esse morticínio sem fim estaria na interpretação enviesada da letra de algumas escrituras consideradas sagradas. A cegueira humana aboliu a ordem de Alah. O grito de guerra moderno que tem precedido muitos desses atos de selvageria santa tem sido Allahu Akbar, ou Allah é maior, Deus é grande. Aos mártires de todo insano derramamento de sangue inocente, estaria reservado um paraíso sem igual, com 77 virgens dispostas a realizar todos os desejos.
Na Idade Média, por quase 10 séculos, as cruzadas cristãs e outras expedições santas e punitivas percorreram o mundo árabe, saqueando e matando, populações inteiras, em nome de Deus. Em ambos os casos, Deus foi invocado como um elmo, para dar alguma justificativa moral à bestialidade. Nesses episódios, Deus entra como cúmplice e coadjuvante no crime, isentando seus atores, de culpa e remorsos futuros, emprestando, assim, certo glamour a barbaridade, livrando-os também de uma punição celeste.
Questões complexas como essas e que extrapolam o nível da razão sugerem, para se tornarem inteligíveis, explicações singelas. Numa charge, dessas que circulam pelo mundo virtual, vários homens estão em escaramuças generalizadas. Uns aparecem vestidos com coletes de bombas e armas de grosso calibre em punho. Outros, estão com facas e porretes se atacando.
Na violência generalizada em que todos estão contra todos surge, por entre as grossas e cinzentas nuvens no céu, a mão de Deus. Com o dedo médio em riste, Ele simplesmente faz o sinal de cotoco para a multidão enfurecida. Em outra charge, desta vez publicada pelo jornal satírico Charlie Hebdo, alvo covarde dos terroristas em janeiro de 2015, Deus aparece correndo com uma metralhadora presa às costas.
De fato, não há como procurar no além, nas fronteiras do religioso e do sagrado, as razões para selvageria dos atentados que vêm ocorrendo no Ocidente desde 2001. Primeiro, porque não existe explicação racional possível para atos de bestialidade. O Deus sanguinário e vingativo é uma criação genuína da psicopatia mental humana. Por trás desse Deus dos exércitos, se escondem causas e antecedentes visíveis e palpáveis. Na história contemporânea, o estopim desses atentados foi aceso tanto pela incursão desastrosa das tropas americanas no Iraque, como pela presença do exército russo em território afegão.
A partir desses episódios e outros correlatos, houve um crescimento exponencial de grupos insurgentes locais, reacendendo questões que misturam noções distorcidas de fé religiosas a outras de estratégias de guerrilha, dentro do que se passou a designar genericamente de guerra santa, identificando os Ocidentais como infiéis e, portanto alvo da fúria santa dos grupos armados muçulmanos. Os infiéis estão ao alcance dos olhos.
Como pano de fundo, aparece a questão material representada pela cobiça ao ouro negro, representada pelo petróleo. Em toda a escritura, Deus só se arrependeu de uma parte de sua criação. Está em Gênesis 6: 5 e 6: “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração”. Começou tudo outra vez. E deve estar arrependido novamente.
A frase que foi pronunciada
“Quem não compreende um olhar tampouco há de compreender uma longa explicação.”
Provérbio árabe
História de Brasília
Está paralisada a obra do pombal dos Três Poderes. Durante o dia de ontem, ninguém trabalhou, e o guindaste que levantava os moldes de madeira foi retirado. Por favor não façam como a Catedral, porque já há, também, a torre de TV, o edifício do Tribunal de Contas, a superquadra do Iapfesp, e a dos Marítimos também, todas paralisadas. (Publicado em 19/08/1961)
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Com a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, feita a toque de caixa, um aspecto chama a atenção nesta rearrumação das cadeiras da Casa e pode servir como uma luva dentro da nova expectativa que aguarda o país. Trata-se da facilidade como se formaram os dois blocos que buscavam a presidência.
Ficou claro que, quando o assunto diz respeito direto a questões intra corporis, há sempre um caminho rápido e reto para se resolver o problema. Considerando que a pesada crise econômica que se abate sobre os brasileiros tem sua origem, meio e fim nas questões políticas, mais precisamente no Legislativo e no Executivo, não deixa de ser razoável pensar que, dado a conjuntura atual, o momento para se empreender uma ampla e profunda reforma política é agora.
A começar pela reforma partidária, eliminando a plêiade de legendas pela cláusula de barreiras, adotado o voto distrital, já nas próximas eleições, acabando ainda com a famigerada prerrogativa de foro. É preciso que o Congresso dê continuidade às mudanças que começaram com o afastamento da presidente Dilma, aprovando o quanto antes as 10 medidas recomendadas pelo Ministério Público contra a corrupção e a impunidade.
Para um governo que herdou um país de cabeça para baixo e que corre contra o relógio, ficaria de bom tamanho entregar ao sucessor um Estado enxuto, sem aparelhamento e outros encostos na administração pública, com a reforma da previdência aprovada, e as reformas fiscais e tributárias bem encaminhadas.
Um turista que vê o fausto dos palácios onde nossas autoridades dos Três Poderes e seus longos séquitos deslizam suavemente, nem de longe pode imaginar a realidade, por exemplo, do Hospital Regional do Paranoá, distante menos de 5 quilômetros em linha reta da Esplanada. Uma pessoa doente, que aguarda um ônibus na parada por mais de 40 minutos, com a saúde debilitada, entra no ônibus e quando chega ao hospital é despachada por falta de profissionais para o atendimento. Hospitais por aqui só têm pacientes. Essa é a realidade.
Os brasileiros do século 21 já não aceitam mais bancar uma máquina de Estado caríssima enquanto são obrigados a viver numa espécie de outro Brasil, sem assistência médica, sem escolas de qualidade e outros serviços mínimos e necessários ao bem-estar social, conforme manda a Constituição.
Quem vê tanto luxo e gastança para manter os altos escalões da República começa a suspeitar que o Estado democrático que temos não passa de uma ficção, elaborada por uma minoria de privilegiados e uma maioria inconformada, mas sem atitude. É assim que se mantém o status quo eternamente.
Sem paz
» Hoje em dia, o telefone fixo serve apenas para as empresas de telemarketing. Os bancos e outras instituições monitoram eletronicamente os horários em que há pessoas em casa. Disparam a ligação sem o intermédio de funcionários ou de vozes robóticas. Quando o telefone é atendido, a máquina desliga imediatamente. Assim, é feita uma estimativa para encontrar o consumidor ou cliente em casa. A partir daí, é só aguardar o boa-noite! Do outro lado da linha, começa o lero-lero de promoções imperdíveis.
Convite
» Recebemos o convite dos Correios para participar da 114ª Reunião da Comissão Filatélica Nacional, para a definição do Programa Anual de Selos Postais de 2017. Em conversa rápida com a Sra. Eliane E. Sivinski Petry, gerente corporativo de Filatelia, foi possível atestar a capacidade dos Correios em tornar a tecnologia de concorrente em aliada. Selos com diferentes perfumes, em alto-relevo, em braille e holográficos são apenas algumas inovações. Cada vez mais perto da sociedade, os Correios entram nas escolas para compartilhar com as crianças como os selos podem se transformar em aula de história, geografia, português de forma divertida.
Patrocínio
» Jovens empresários, estudantes da UnB procuram patrocínio para viabilizar a comercialização de um produto bem curioso. A utilidade vai desde o celular até a saúde. Trata-se de uma bicicleta que transforma a pedalada em energia que carrega o celular. Lucas Kalejaiye, Bruno Freitas e Caio Martins entram na expectativa de milhares de brasileiros criativos. Ver a invenção no mercado.
Honra ao mérito
» Por falar em UnB, quem envia a informação é Maria do Socorro Ferreira Silva. Ela conta a história de três estudantes de famílias humildes que conseguiram passar no vestibular. Ludson Vinícius Euzébio Pereira da Silva, 18 anos, do Recanto das Emas, filho de Maria Aparecida Pereira Fonseca, passou para o curso de farmácia. Daniel Lucas Silva Santiago foi aprovado em 2º lugar no curso de economia e Willian Elias Alves, também de 18 anos, escolheu engenharia de software. Guardem esses nomes!
História de Brasília
Nós temos técnicos presidente e qualquer homem desses terá, com facilidade, o apoio de toda a cidade, que vale muito para o administrador. (Publicado em 10/09/1961)
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Que planeta herdarão os jovens nascidos neste início do século 21? Certamente, não será ainda um mundo pacificado, onde as pessoas se sintam plenamente seguras quanto ao futuro.
Com uma população superior a 7 bilhões de pessoas, o planeta Terra e seus habitantes experimentam o que os cientistas acreditam ser seu maior desafio. Superpopulação, devastação de grandes áreas agricultáveis, escassez de alimentos, de água, poluição em seu nível mais crítico e, consequentemente, instabilidade política e social pela incontrolável busca do poder, são alguns dos ingredientes que tornam nosso século o mais perigoso e imprevisível desde o surgimento das primeiras civilizações.
As imensas levas de refugiados que vêm buscando abrigo e comida no continente europeu dão mostras de que estes serão tempos de dificuldades sem precedentes. Das seguidas conferências internacionais sobre mudanças climáticas, que estão ocorrendo, vêm, talvez, os alarmes mais preocupantes. O que a maioria dos pesquisadores concordam é que a enorme interferência do homem sobre o meio ambiente gerou hoje o que se pode denominar como Era Antropocênica.
Experimentamos agora um período de extinção em massa de grande número de espécies da flora e da fauna. Para os mais alarmistas, o homem moderno já acionou o botão de destruição de seu próprio planeta de maneira irreversível e nada mais pode ser feito para deter um processo global em cadeia.
A expressão do momento é mitigar ou buscar meios de tornar menos doloroso o que vem pela frente. Mais do que qualquer outra geração do passado, à atual é reservada uma luta sem igual. Pela paz e pela sobrevivência.
É preciso preparar o quanto antes os novos habitantes do planeta para os desafios que estão vindo. Neste particular, a Global Youth Speak, maior organização sem fins lucrativos comandada por jovens no mundo, segundo a Unesco, vem fazendo um trabalho de formiga, tentando desvendar como os mais novos lidam com o desafio de retirar o planeta e seus habitantes desse labirinto sinistro que as gerações passadas os colocaram.
Pesquisa feita por essa organização com 42 mil jovens, em 125 países, será apresentada num fórum em São Paulo. Ainda não foi totalmente sistematizada, mas basicamente quer entender como os jovens esperam que esteja o mundo em 2030, quais as principais preocupações e o que eles acham que deveria ser feito. No Brasil, 15 mil jovens foram ouvidos sobre questões envolvendo governo, negócios, terceiro setor e educação.
A frase que não foi pronunciada
“Galinha que anda com morcego dorme de cabeça para baixo.”
Pensamento de policial federal fazendo conexões entre pessoas
Saúde
» O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do DF abriu mais espaço para a saúde local. Foi empossado no dia 13 como conselheiro o atual presidente da Associação Médica de Brasília, Luciano Carvalho. É a primeira vez que uma entidade médica faz parte do CDES, formado por integrantes da sociedade civil e do governo. O objetivo do novo conselheiro é contribuir para a gestão da saúde do DF.
Início de Brasília
» Tânia Fontenele convida a comunidade candanga para participar da abertura da exposição Memórias femininas da construção de Brasília dentro do programa Residência Oficial Águas Claras de Portas Abertas, proposto pelo governador Rodrigo Rollemberg e pela primeira-dama e colaboradora de Brasília, Márcia Rollemberg. Hoje, às 16h.
Resposta Ipea
» “Se projetados os melhores desempenhos brasileiros alcançados recentemente em termos de diminuição da pobreza e da desigualdade (período 2003-2008) para o ano de 2016, o resultado seria um quadro social muito positivo. O Brasil pode praticamente superar o problema de pobreza extrema, assim como alcançar uma taxa nacional de pobreza absoluta de apenas 4%, o que significa quase sua erradicação. Já o Índice de Gini poderá ser de 0,488, um pouco abaixo do verificado em 1960 (0,499), ano da primeira pesquisa sobre desigualdade de renda no Brasil pelo IBGE.
E mais…
Ou seja, mantendo o mesmo ritmo de diminuição da pobreza e da desigualdade de renda observado nos últimos cinco anos, o Brasil poderia alcançar o ano de 2016 com indicadores sociais próximos aos dos países desenvolvidos. Enquanto a pobreza extrema poderia ser praticamente superada, a desigualdade da renda do trabalho tenderia a estar abaixo de 0,5 do Índice de Gini.”
História de Brasília
Todo o mundo sabe que a Novacap deve cinco bilhões de cruzeiros, e tem apenas nove para receber, e continuar as obras. É preciso de um “braço” que compreenda os seus problemas, que viva as suas dificuldades, e procure resolvê-las longe dos esquemas políticos. (Publicado em 10/09/1961)
Desde 1960
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com Circe Cunha // circecunha.df@dabr.com.br
Cidades podem subsistir séculos como ponto de referência da cultura humana apenas por sua beleza arquitetônica e plástica. Ficam ali expostas a céu aberto, como monumentos de um tempo, com suas edificações, praças e casas. Mas se nelas não se observam a presença e o fervilhar de suas gentes, poderíamos classificá-las como ruínas do passado.
A despeito da beleza duradoura das construções e do ambiente concreto, o que imprime a alma a um sítio é justamente o poder de criação humana em diversas áreas, das artes às ciências. É o gênio dos habitantes que ilumina as cidades. “Nullus locus sine Genio” ou não existe lugar sem alma, diziam os antigos latinos.
Da mesma forma, os antigos germânicos usavam o termo “Zeitgeist” para se referir ao espírito do tempo, presente em determinado lugar e que diz respeito direto aos aspectos fenomenológicos do ambiente.
Arquitetura, literatura, pintura, escultura, música e os múltiplos aspectos da cultura, além dos hábitos do lugar e de sua gente, formam o “caldo da vida” do local. A cidade é de todos, mas, de uma forma até metafísica, poderia ser dito que a cidade pertence mais àqueles que produzem e sorvem sua cultura e seu caldo de vida. Sem sua população e suas produções, tudo seria árido e monótono.
No caso de Brasília, por seu contexto histórico e sua formação, é possível afirmar que o espírito, ou gênio, ficou suspenso no ar a partir de março de 1964, com a intervenção militar. Ressentido e cheio de presságios, o gênio recuou e o caldo esfriou por um bom tempo.
Perseguições, censura e debandada geral quase fizeram da capital uma cidade natimorta. Foi preciso a alienação própria dos jovens e a coragem culta de outras pessoas para devolver vida a uma cidade que muitos de fora acreditavam e pregavam não ter um futuro promissor.
Aos poucos, Brasília foi renascendo com a produção de sua gente — afinal, a vida deve continuar. O Festival de Cinema, o movimento Cabeças, o berço de tantos talentos, o movimento Porão do Rock, o Coro Sinfônico da UnB, o Festival de Dança, o Açougue Cultural T-Bone, a Casa do Ceará, o Clube Nipo, a quermesse do Templo Budista, as festas juninas da cidade e tantos outros grupos de prestígio nacional e outros acontecimentos culturais reacenderam a luz invisível que ilumina e dá chama ao espírito local.
A frase que não foi pronunciada
“Muito bem. Todos os carros com o farol aceso durante o dia. Paguem seus impostos e não exijam contrapartida! Escondam a Constituição. Trouxas! Enquanto isso, o que devo, pago se quiser, e quando quiser.”
Estado brasileiro
Melhora já!
É muito triste ver policiais e bombeiros precisarem chamar a atenção por aumento salarial. Assim como acontece regularmente com os professores. São prioridades.
Silêncio
Aos poucos, os músicos da cidade vão se firmando nas estações do Metrô. O Instrumenta Brasília teve que parar enquanto a greve dos metroviários continuar.
Agenda
Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em sua terceira edição, entrou pra valer no calendário oficial e cultural da cidade e será realizado entre os dias 21 e 30 de outubro, no Estádio Mané Garrincha. Que venham outras bienais que ainda faltam em nossa agenda, como a Bienal e de Arte, a Bienal de Design, a Bienal de Moda e tantos outros ingredientes para nosso caldo de vida.E são pagos! Realmente, os terceirizados dos Parques e Jardins precisam de orientação sobre poda. No lugar de dar força, eles arrancam a sombra muitas vezes matando as árvores que levaram décadas para crescer.
Sabedoria
“Jornalismo é vida. Ou, para ser realista, o jornalismo trabalha com uma das utopias humanas mais desafiadoras, que é a busca da verdade, que “nunca está onde nós a pomos e nunca pomos onde nós estamos”, como reclamava o poeta da felicidade. Mas vale a pena, com as ferramentas profissionais da investigação (onde, como, quem, por que, quanto, quando) e a correta expressão da língua, reduzindo visões e informações em dados essenciais para o exercício da liberdade. Por isso, sem democracia não há jornalismo.”
Luiz Gutemberg, em entrevista
História de Brasília
Brasília já tem planos em execução. A transferência da Cidade Livre não pode ser interrompida, porque seria desamparar os que desejaram melhores dias. Com um bilhão e meio de financiamento, a Caixa Econômica construirá toda a W3 da Asa Norte. (Publicado em 10/9/1961)