O Brasil vai ser um país para amadores. Da ética.

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ARI CUNHA

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Charge: geografiaem360graus.blogspot.com.br (Cícero)
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         Por razões que escapam à compreensão e ao senso comum, quis o destino que a proclamação da República no Brasil, em 1889, introduzisse por aqui um novo sistema  de governo, sem, no entanto, abolir completamente o anterior (monarquia), criando, a exemplo da jabuticaba, um modelo nosso, muito próprio, em que o presidencialismo seria doravante exercido por uma espécie de monarca sem coroa, mas com poderes claramente absolutos e no qual a antiga nobreza parasitária fosse substituída por uma classe política exploradora, composta, na sua grande maioria, por indivíduos de alto poder econômico e pouca imaginação.

       Quanto aos antigos privilégios, que eram o alvo inicial dos republicanos, esses permaneceram não só inalterados, como em muitos casos foram ampliados ainda mais, criando uma espécie de presidencialismo absolutista em que o presidente, seu entorno imediato, bem como todos aqueles que ocupam altas funções de Estado, nos 3 Poderes, passaram a integrar uma elite blindada contra a realidade em volta.

         Para manter o status quo, numa situação tão sui generis, foi criada, inclusive, cortes e leis especiais para julgar essa nova nobreza. Em outras palavras, introduziu-se, entre nós, apenas mudanças de nomenclaturas genéricas, sem, contudo, alterar o conteúdo do sistema de governo. Não é por outra razão que, desde aquela época, assistimos a um suceder de crises institucionais, por mais que continuemos, a cada nova crise, a reformar continuamente nossa Carta Magna.

       A cada novo ciclo de crises, novas oportunidades se abriram para reformular esta situação e todas elas foram miseravelmente desperdiçadas, abrindo espaço para novas crises, num ciclo sem fim.

       Com a chegada dos Partido do Trabalhadores ao poder, finalmente se vislumbrou a oportunidade de encerrar esse longo período de crise por meio de um ajuste histórico que poria fim às desigualdades, abrindo espaço para uma refundação da República, nos moldes em que ela é apresentada na teoria.

     Não foi preciso nem uma década para perceber que com esses novos personagens o país não iria reajustar nenhum processo histórico, como ainda iria se embrenhar por meandros percorridos pelo mau-caratismo e que acabou por nos conduzir para a maior crise econômica, social e política de toda a nossa história desse país.

         Para piorar uma situação, que em si já é calamitosa, ainda assistimos ao lento desmanche ético e político de um vice-presidente, enredado numa trama tecida por si e pelos seus homens de confiança.

Para salvar a própria pele não tem poupado nada. Começa a perder a dignidade.

A frase que não foi pronunciada:

“Falta abolir a escravidão que a ignorância impõe.”

Rui Barbosa em 2018

Historinha

À espera de Lula, o advogado de Lula trouxe à baila a história de La Fontaine: o lobo e cordeiro cuja moral é: “Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece.”

Imagem: godofredofrancaleiloes.com.br
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A volta do mundo

Petistas insistiram que colocassem no Túnel do Tempo do Senado, onde estão os ex-presidentes, o registro do impeachment do Collor. Passados anos, ninguém insistiu na mesma iniciativa em relação a ex-presidente Dilma. Mas uma imagem editada, criada, está correndo vários aplicativos. Não perdoaram. Veja no blog do Ari Cunha.

Tensão

Eugênio Aragão, Dalmo Dallari e Bandeira de Mello são unânimes em afirmar que ordem de Moro veio antes da hora. Por essa eles não esperavam. Cada conselho dado ao ex-presidente vai repercutir na pena. Muita calma nessa hora.

Charge: ibamendes.com (Quinho)
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Leitores confusos

Vai entender. O New York Times posta uma foto em frente ao Sindicato de São Bernardo onde os manifestantes são fotografados mostrando o polegar e indicador em forma de L. Nos Estados Unidos é a mesma coisa que dizer: looser ou perdedor! Os leitores vão ficar confusos já que a matéria é favorável ao Mr. Da Silva.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O “retornista” Adauto Lúcio Cardoso sugeriu 6 meses de Congresso no Rio, e 6 meses em Brasília, mas esqueceu de que o Congresso para funcionar, precisa de funcionários, de arquivos, de inúmeras repartições, enfim. (Publicado em 18.10.1961)

Portal Vermelho informa: Lula se apresentará à Polícia Federal após a missa

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ARI CUNHA

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Dia: 07/04/2018 às 10:56:18

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser conduzido à sede da Polícia Federal em São Paulo neste sábado (7), depois da missa em homenagem a Dona Marisa Letícia, realizada pela manhã no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A informação foi confirmada pelo líder do Movimento Sem Terra, João Pedro Stédile, que anunciou a instalação de um acampamento permanente ao redor da Polícia Federal em Curitiba.

 

           Durante toda a madrugada, os advogados de defesa negociaram com a Polícia Federal. De acordo com Stédile, com o objetivo de preservar Lula para o que ele chamou de “batalha final”, a decisão foi a de que o petista se entregará neste sábado, como forma de impedir que o juiz Sérgio Moro decretasse uma prisão preventiva contra ele. A expectativa, afirmou, é de que Lula fique preso por um curto período, até que sejam julgados os habeas corpus que garantiriam a sua liberdade, na semana que vem.

        “O objetivo principal da burguesia agora é capturar o Lula. Nosso objetivo é preservá-lo para a vitória final. Então, nesse momento, do ponto de vista da estratégia judicial, para preservar o Lula, é melhor que ele se entregue agora e saia em uma semana, que correr o risco de decretarem prisão preventiva, que é uma prisão que o juiz decreta e, por 80 dias, não há condições de habeas corpus”, afirmou.

         De acordo com ele, já havia articulações por parte do juiz Sérgio Moro nesse sentido. “Corríamos o risco de Moro decretar a prisão preventiva e eles inutilizarem o Lula por 80 dias, tirando ele da luta de classes. Preferimos recuar um passo, ele se apresentar com todas as garantias”, disse.

           Stédile anunciou que a resistência, contudo, não cessará. “Vamos montar acampamento permante em curitiba, ao redor da PF, onde eles estão garantindo um apartamento com condições de dignidade para Lula. Ficaremos lá e esperamos, até o fim de semana que vem, resgatá-lo de novo para o povo, seguindo as caravanas pelo país. A militâncoa tem que entender essa jogadas. Aqui não basta dar murro em ponta de faca, tem que saber onde recuar e onde avançar”, defendeu.

Do Portal Vermelho

Lula não está foragido e a resistência continua

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ARI CUNHA

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Notícia do portal Vermelho postada agora

       Depois de horas de expectativa sobre qual seria a decisão do ex-presidente Lula com relação à ordem de prisão do juiz Sérgio Moro, o recado foi claro: “Lula está num lugar público, ao lado do povo”, anunciou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. O ex-presidente não se recusa a se entregar à justiça, e está à disposição.

Por Mariana Serafini

           “A grande mídia está dizendo que Lula está foragido, eu nunca vi um foragido que o Brasil inteiro sabe onde ele está”, com esta frase, o presidente do MTST, Guilherme Boulos, anunciou que a vigília em defesa de Lula continua.

           Já a deputada estadual do PCdoB Manuella D’Ávilla destacou a importância da militância que está fazendo uma resistência pacífica e deve continuar assim, em defesa da democracia e do ex-presidente.

          Ao longo do dia, milhares de pessoas de diversas partes do país chegaram ao Sindicato para apoiar Lula. O clima, apesar de tenso, é de alegria e resistência. A militância está disposta a resistir porque sabe que cumpre um papel histórico em defesa de um dos maiores lideres políticos da América Latina.

            Após o horário estabelecido por Moro para Lula se entregar, 17 horas, as tropas de choque da Polícia MIlitar começaram a cercar o prédio, mas a ação ofensiva não intimidou a militância, que garante: “não vai arredar o pé” do Sindicato, que agora é o maior foco de defesa da democracia no Brasil.

             Diferente do que a grande imprensa diz, Lula não está escondido, pelo contrário, ele passou o dia todo dentro do sindicato, em uma sala reservada com outras lideranças políticas. Após o ato político, que começou por volta das 17h30, o ex-presidente vai continuar no prédio dos metalúrgicos e fica à espera da ordem judicial para prendê-lo.

        O prédio do Sindicato, em seus quatro andares, conta com estrutura necessária para abrigar centenas de militantes. Os movimentos sociais organizam a estrutura para manter seus membros mobilizados. Porém, ao longo desta sexta-feira (6), faltou água durante todo o dia e não há perspectiva de regularização da situação. Vale ressaltar que os comércios ao redor, na mesma rua, não sofreram com falta de água, a ação parece orquestradas para dificultar a permanência no local.

            Há 40 anos, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi um importante foco de resistência à ditadura e berço do dirigente sindical Lula, que após três tentativas, chegou à presidência da República. Hoje, o local volta a ser palco de resistência, os movimentos sociais aqui reunidos buscam barrar o golpe que avança contra os direitos dos trabalhadores.

Do Portal Vermelho

O lado silencioso da Lei do Silêncio

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ARI CUNHA

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Foto: g1.globo.com (Thiago Sabino/Divulgação)
Foto: g1.globo.com (Thiago Sabino/Divulgação)

     Por trás da Lei do Silêncio, que querem de qualquer forma impingir a comunidade como salvação para estabelecimentos noturnos decadentes, se estende também todo um aparato falsamente modernizante que visa fazer do Plano Piloto e de parte da capital uma gigantesca área de recreação onde o barulho e a desordem generalizados irão, pouco a pouco, minar o sossego e a tranquilidade que ainda resta para os brasilienses ao cair da noite.

         A começar pelo próprio nome dado à uma lei que pretende não o silêncio, mas a abolição deste, pelo aumento crescente dos decibéis. Também não corresponde à verdade a afirmação de que a reclamação dos moradores tem feito cair o movimento nessas casas onde há a apresentação de música ao vivo. A falta de clientes em todos os estabelecimentos de comércio decorre da crise econômica experimentada pelos brasileiros desde 2013 e não tem relação nenhuma com a atividade musical.

         A setorização de atividades para a capital, conforme proposta pelo seu idealizador, Lúcio Costa, foi a melhor e mais racional medida que poderia ser adotada para uma cidade planejada e ainda hoje cumpre, com eficácia, seu papel. A alteração do volume (decibéis) atende, única e exclusivamente, à uma minoria que busca lucrar negociando a tranquilidade dos brasilienses, já ameaçados quando a noite chega pela carência de policiamento, pela iluminação precária, pelas badernas nas adjacências desses bares, onde o consumo de bebidas e drogas, inclusive por menores, é feito sem qualquer restrição.

          Não bastasse essa anomalia, os moradores da cidade ainda vão sendo obrigados a conviver com o advento dos Food Trucks que, invadindo áreas de estacionamento e áreas verdes, promovem suas festas populares ao arrepio da lei, sem vistoria sobre o barulho produzido, nem sobre a qualidade de comida que oferecem em seus cardápios.

        O fato é que a qualidade de vida dos moradores do Plano Piloto vem decaindo a cada ano pelo avanço progressivo de uma modernidade totalmente alheia ao respeito pelo silêncio, pela paz e pelos direitos de quem quer ficar em casa para descansar. São imposições dadas certamente por pessoas que não são ligadas à cidade. Em pouco tempo saem daqui deixando o rastro de destruição. Isso é intolerável.

        Deixar essas e outras “inovações” nas mãos de políticos, cujo o único interesse é angariar apoio e voto, não parece uma boa ideia. Nesse caso, o melhor seria uma consulta diretamente com os moradores dessas áreas afetadas pelas algazarras, para que possam escolher livremente o que desejam para sua quadra e para sua família.

          Uma Lei do Silêncio para valer deveria propor a quietação e a serenidade de toda a cidade como recompensa àqueles milhões de candangos que deram duro durante todo o dia.

A frase que foi pronunciada:

“Se algum deputado distrital tivesse uma fábrica de isolamento acústico, a Lei do Silêncio seria para ser Lei do Silêncio.”

Comentário de Sérgio Silva, da 408 Norte

Charge: jornaldebrasilia.com.br
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Boa ideia

Vicentinho, deputado federal pelo PT, declara que está quase defendendo a desobediência civil. Bom falar isso justamente no mês dos contribuintes pagarem 40% dos vencimentos ao Leão. Se a moda pega, seria o caso de depositar o imposto de renda em juízo, até que a União, Estados e municípios se comprometam em cumprir a Constituição devolvendo aos contribuintes os impostos pagos em segurança, educação, saúde, transporte.

Trabalhadores

Por falar em Receita, os auditores fiscais estão com data marcada para paralisação. A nota diz o seguinte: “Os auditores-fiscais desejam seguir cumprindo seu papel capital na retomada do crescimento e entendem que a desestabilização do órgão não atende aos interesses da sociedade brasileira. Assim, esperam que o governo se sensibilize e cumpra aquilo que foi acordado com a categoria. Esta é a única forma de reestabelecer a normalidade na Receita Federal do Brasil”.

Danos morais

Vídeo sobre uma funcionária do HRT mostra que, diariamente, ela batia o ponto, entrava no carro e saía. A má-fé de quem teve o cuidado de gravar as imagens foi atestada, já que ela entrava no carro, mas não ia embora. Na verdade, ela parava mais perto da entrada do trabalho para a labuta diária.

Caindo a ficha

Jornalistas sofrem na cobertura do Lula. Muitos deles digitaram o número 13 na urna eleitoral. O fenômeno anti-PT se dá, exatamente, como acontece com pessoas que deixam a religião. Pode-se tocar a alma, mas a manifestação da vontade deve ser livre e inatingível.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O que houve, de fato, foi uma licença que ele tirou da sucursal do “Correio Paulistano”, e, agora, estão fazendo “jogo de empurra” para destinar o apartamento a um funcionário já escolhido. (Publicado em 18.10.1961)

Quanto riso oh! Quanta alegria!

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ARI CUNHA

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Charge: diariodamidia.com.br (Cabral)
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         Qualidade e quantidade nunca andaram juntas. Ou uma coisa, ou outra. No caso do amontoado de legendas partidárias que adornam a democracia brasileira, o que tem são dezenas de agremiações, registradas junto à justiça eleitoral, que buscam o máximo de benesses do Estado para serem distribuídas entre os seus associados, principalmente para grupos e indivíduos situados na cúpula do partido.

         Falar em ideologias, programas, estatutos e outros elementos próprios de partidos políticos é desnecessário, já que a esses grupos seletos, tudo é negociável e maleável, confeccionado ao sabor de cada circunstância e de cada momento. Tem-se partidos aos borbotões, mas não se tem, um único sequer, que traduza e lute para implementar os reais anseios da sociedade.

         A mesada gorda, representada pelos R$ 888 milhões do Fundo Partidário e os R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral, criado pela reforma meia-sola aprovada recentemente pelo Congresso, fez aumentar, ainda mais, a corrida pela formação de novas legendas, considerado hoje um grande e lucrativo negócio que dispensa, inclusive, as bisbilhotices da Receita.

         É sabido que boa parte desses recursos jamais chegarão aos diretórios regionais, ficando concentrados nas mãos de poucos, sobretudo dos dirigentes, que deles farão o uso de acordo com suas conveniências, visando, obviamente, aumentar o poder de influência de sua agremiação e, por consequência, obter mais e mais recursos públicos.

         Com um sistema estruturado dessa forma, não chega a ser surpresa que tenhamos uma democracia do tipo censitária, onde as legendas mais ricas acabam dominando a cena política. Deformidade como essa, que possibilita a concentração de valiosos recursos públicos em entidades privadas, é ainda turbinada ao máximo quando as legendas se deparam no poder com um sistema caracterizado pelo chamado presidencialismo de coalizão. É aí que os partidos encontram o paraíso, ao negociar o apoio às pretensões do governo.

         Dessa forma, o que resulta no toma lá, dá cá dos balcões de tratativas políticas, é mais e mais recursos para as legendas, transformadas em clubes milionários. Obviamente que as crises se repetem, numa ciranda cíclica e monótona, com um sistema desses em que, segundo pesquisa do Datafolha, 72% da população afirma não confiar nos atuais partidos.

         A janela partidária, que possibilita o troca-troca de legenda, e que agora se fecha, demonstra, na prática, que mudar de um partido para outro é mais fácil do que mudar de roupa ou, nesse caso, de fantasia.

A frase que foi pronunciada:

“A esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a Coragem, a mudá-las”

Santo Agostinho

Nessa semana

Hospital do Gama. Senhora ardendo em febre, maldisposta, aguardando atendimento. Enquanto o marido fazia a ficha, avisaram logo: não tem vaga, nem médico! Antes que reagisse, um soldado enorme, com a camisa brigando com os músculos, se posta no atendimento. Dá um nome e as outras informações. Aquele marido que foi dispensado ainda estava parado no lugar, matutando o que faria para amenizar o sofrimento da mulher. Até que o grandalhão manda abrir o camburão e levar o preso algemado para o atendimento. Daí para frente a revolta foi grande. Com a palavra, Dr. Humberto Fonseca, da Saúde do DF.

Nem aí

Nosso amigo Saboia nos envia da Alemanha a tranquilidade de um cidadão na fila do banco. A civilização está longe da rua da dona Candinha, que fuxica a vida alheia dia e noite. Veja a imagem no blog do Ari Cunha.

Que gente é essa?

Incansável na luta contra os moradores, os inimigos do “Jardim Medicinal Aromático” da 216 Norte, bloco H, fizeram mais duas vítimas. A lavanda e o manjericão, que secaram. Um exame de laboratório comprovou: produtos de limpeza misturados com água foram despejados propositadamente. É uma guerra insana do mal contra o bem.

Artes

Inscrições abertas no Memorial Indígena para arte da cerâmica, pintura corporal e arte de cestaria. As vivencias começam no dia 13 de abril e vão até o dia 28.

Enap

Veja no blog do Ari Cunha a entrevista com o professor Sandro Bernardes sobre a Lei das Estatais!

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Estão cometendo uma injustiça com o jornalista Carlos Alberto Brito Franco. Um antigo profissional de imprensa, está sendo despejado sob a alegação de que abandonou a profissão. (Publicado em 18.10.1961)

Verde e amarelo de Brasil

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ARI CUNHA

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Charge: humorpolitico.com.br
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         Uma coisa é certa com o resultado de ontem: os perdedores nesse processo serão, pela ordem, a corte e o próprio Lula, ambos visivelmente desgastados e antipatizados pela opinião pública. Pelas demonstrações havidas em todo o país, ficou mais do que evidente que a parte da população que pedia a prisão imediata do ex-presidente e a manutenção do entendimento da prisão em 2ª instância é largamente majoritária.

          Em todas as capitais onde houve manifestação de rua, o verde-amarelo foi a cor predominante, o que, para bom entendedor, significa que os brasileiros, em sua maioria, apoiam os trabalhos de investigação que vêm sendo feitos por juízes e promotores da 1ª instância, mormente os relativos à Operação Lava Jato, que tem o juiz Sérgio Moro à frente. Verde e amarelo de Brasil.

           Aliás, com relação a esse magistrado, o mínimo que se pode dizer é que se trata de uma unanimidade nacional, que vem recebendo as mais enfáticas manifestações de apoio, sendo aplaudido, de pé, por onde se apresenta. Nesse sentido, não há como não reconhecer que toda essa aura que parece emanar dele decorre, justamente, do apoio massivo que tem recebido da opinião pública. Em sentido contrário, o que se tem observado ultimamente é a hostilidade crescente da população com relação não só a figura do ex-presidente, mas a todos os políticos envolvidos em casos de corrupção.

        Nesse mesmo rol de desaprovação geral aparecem agora também alguns dos ministros do STF, sobretudo aqueles que têm demonstrado um comportamento mais benevolente com os ex-presidentes e staff petistas. Subestimar ou mesmo desdenhar a força onipotente da opinião pública, justamente num momento de grande tensão, é, para dizer o mínimo, perigoso. Nessas horas, em que o poder de inflamação geral parece atingir seu ponto máximo, inclusive com declarações límpidas e certeiras vindas diretamente da caserna, todo o cuidado é recomendado.

           Para os historiadores e cientistas sociais, a gravidade do momento revela, entre outras coisas, que a República, conforme foi estruturada após o retorno da democracia há trinta anos, vive seu momento de estertor máximo. A tentativa derradeira de estabelecer agora um ponto de inflexão a todo o processo de investigações, condenações e prisões, promovendo uma anistia geral e irrestrita aos políticos e empresários implicados nos rumorosos casos de corrupção, parece tão evidente como eminente. Mesmo assim, o campo político, maldição das instituições democráticas, será abordado de forma diferente. Em primeiro lugar, em termos práticos, é preciso uma ampla auditoria internacional nas urnas eletrônicas do país para evitar estragos maiores.

            Nossa realidade é assim. Cheia de entrelinhas tecidas com a diáfana da ilusão. Há então, a necessidade de uma estratégia mínima que traga resultados limpos, onde o povo tome as rédeas na declaração genuína da vontade de eleger a pessoa certa. “ Nós, o povo” funciona melhor do que “Nós, os representantes do povo.”

        Ninguém, com o mínimo de discernimento, tolera mais a costura de redes das narrativas sem fim, em que ululam ao mesmo tempo a destruição das oposições e a compra massiva de políticos. Dessa vez, de forma industrial, seguindo os parâmetros da esquerda de estandardização das vontades.

      Com a máquina do Estado nas mãos erradas, crescem interesses pessoais, vaidades, mentiras, subornos, ameaças, apropriação indébita dos votos, resumidamente. Ninguém, que ama o Brasil, tolera mais o nós contra eles, os números positivos produzidos nos estúdios da Elizabeth Arden da economia governo. Chega do festival de malas de dinheiro que ainda voam de um lado para outro, principalmente em direção à paraísos fiscais, do staff que amealha centenas de milhões, das contas de campanhas devidamente lavadas e branqueadas no TSE e das delações, feitas na eminência da prisão.

           O fio da espada da justiça enfim veio à baila. É esse o país que temos e é esse o destino que traçamos. Ontem foi dada a primeira senha para a deflagração de um novo país. Nunca mais o Brasil será o mesmo.

A frase que foi pronunciada:

“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”

Guimarães Rosa

Release

O combate à corrupção no Brasil foi tema central do 2º Congresso Internacional e 7º dos Auditores do TCU, que estão sendo realizados até 6ª feira em Fortaleza O congresso é promovido pela Auditar – União dos Auditores do Tribunal de Contas da União, presidida por Paulo Martins. Além da corrupção, também serão debatidos assuntos ligados à segurança pública, infraestrutura, previdência, governança, representação política e o papel do TCU no momento atual e no futuro.

Imagem: sindilegis.org.br
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Link para programação do evento:

http://www.oestadoce.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Programa%C3%A7%C3%A3o-Final-Congresso-dos-Auditores.pdf.pdf

Expectativa

Obras iniciadas para receber o hospital completo Sírio Libanês, em Brasília. A sede será na L2.

Foto: setorsaude.com.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O chapa 82, verde-amarelo, deve servir a algum vegetariano, porque eu nunca vi tanta verdura dentro de um carro só… (Publicado em 18.10.1961)

Estatal é alimento preferido da corrupção

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ARI CUNHA

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         De fato, as reais causas para a atual crise política instalada no país têm que levar em conta, de todas as variantes possíveis, sobretudo, a questão da corrupção endêmica que tomou conta da máquina do Estado como um câncer em adiantado processo de metástase.

         Não há como dissociar a atuação criminosa e deletéria de diversos grupos políticos instalados no poder, desde a redemocratização e o atual momento político de forte instabilidade institucional. A crise atual decorre tanto de um esgotamento próprio desse modelo parasitário como da insatisfação popular, para quem essa situação atingiu níveis insuportáveis.

         Obviamente que o catalisador de todo esse processo foi dado pela atuação pronta do Ministério Público e da Polícia Federal. A utilização do Estado como meio para financiar a riqueza de pessoas e grupos particulares não é tão antiga como o Brasil, mas foi a partir dos anos cinquenta, com o modelo de desenvolvimento assentado sobre os pilares de um estatismo, intervencionista e protetor, que se estabeleceu a confusão entre o bem público e o privado, criando uma república tipicamente de oligarcas, detentores do poder político, econômico e mesmo cultural.

         É preciso destacar a forte herança patrimonialista, herdada da colonização e que, ainda hoje, permeia alguns setores do Estado. É justamente esse modelo que acabou gerando ao longo do tempo uma centena e meia de estatais, onde estão fincadas as origens da corrupção, sua retroalimentação e perpetuação.

         Portanto, qualquer medida que vise acabar com a corrupção, tem que se levar em consideração, ao lado do endurecimento das leis, a eliminação da contradição indecente que faz com que um Estado e governantes ricos convivam lado a lado com uma população que há séculos amarga os piores índices de pobreza do continente.

         Apenas os governos Lula e Dilma foram responsáveis pela criação de mais de 40 estatais, fundadas sob o falso verniz ideológico do Estado forte, mas cujo objetivo era angariar recursos para o partido. Nesse sentido, o caso da Petrobras, transformado pelas investigações no escândalo do petrolão, é exemplo de como a existência dessas empresas do Estado tem como meta primeira o fortalecimento de grupos no poder, e em nenhum momento o bem-estar da população

Charge: blogdotarso.com
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        De 12ª posição no ranking das maiores empresas do mundo em valor de mercado em 2010, a Petrobras despencou, em apenas quatro anos, para a 120ª em 2014. Alguns especialistas falam em R$ 120 bilhões os prejuízos resultantes da corrupção e má gestão na empresa na última década.

        Para muitos economistas, o modelo estatal e protecionista, gerador de crises cíclicas e persistentes, está esgotado definitivamente. Parte da sociedade, imune às fantasias ideológicas, já reconhece esse fato, compreende que o mundo mudou, a competitividade alcançou outro patamar.

         É preciso entender que houve, além de uma mudança na dinâmica da economia mundial, a certeza de que hoje uma nação rica é avaliada mais pelo nível de educação de seu povo, pela tecnologia que desenvolve e produz do que pela quantidade de óleo em seu subsolo.

         Hoje, mais do que petróleo, o mundo precisa de boas escolas. Ocorre que com o povo adequadamente educado, sobra pouco espaço para as estripulias de seus dirigentes.

A frase que não foi pronunciada:

“Que tal uma auditoria internacional nas urnas eletrônicas brasileiras antes das eleições?”

Doutor pró ativo

Envenenamento

Larissa Mies Bombardi lançou o atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida por três anos, que teve como objetivo conscientizar a população, exposta a agrotóxicos, e nutrir novas políticas públicas sobre o assunto. A edição está esgotada, mas é possível acessar vários textos da autora na Internet.

Imagem: ufpe.br
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Sem soberania

Fronteiras do país estão arregaçadas ao tráfico e armamento. Não há ações de inteligência entre estados do Brasil e países fronteiriços para o combate ao crime. Cada vez armas mais potentes entram no país livremente. Essa é a terra da reação. O que vamos esperar para tomar atitude? Amadeu Soares, da Segurança Pública do Amazonas pede socorro.

Chuva e sol

Dia a dia, o que acontece pelos buracos no asfalto do DF é o seguinte: o sol esconde durante a operação tapa-buraco e a chuva encontra um por um.

Restaurante Universal

A oferta é a seguinte: Na CLS 210, Bloco C, Loja 18, só hoje, durante o jantar, o cliente que pedir Arroz de Bacalhau vai pagar o que achar que é justo. O dinheiro arrecadado com essa promoção vai para o projeto Adoção São Francisco. Informações: 3443-2089.

Foto: guiadasemana.com.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Frei Lambert da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, está dizendo que quem tiver um piano encostado em casa, como trambolho, ou com falta de lugar, mande avisar na Igreja, que ele está precisando para a aula de música das crianças. (Publicado em 18.10.1961)

Factóides para sempre

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ARI CUNHA

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com Circe Cunha e Mamfil

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Foto: brasil.elpais.com
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          Peritos experientes que analisaram detalhadamente as fotos tiradas de um dos ônibus da caravana de Lula, perfurado por projétil de arma de fogo, acreditam que, ao contrário do que afirma o motorista, o tiro foi disparado com o veículo parado e a curtíssima distância. Para os especialistas, caso o tiro fosse disparado com o ônibus em movimento, como dito por integrantes da comitiva, haveria um rasgo na lataria e não um buraco perfeitamente redondo.

         Pelo sim, pelo não, caso se confirme a veracidade do atentado, estaremos presenciando o exato momento em que o primeiro tiro foi dado na guerra anunciada do fim do mundo opondo o “nós contra eles”. Caso os peritos cheguem a conclusão de que tudo não passou de armação, urdida para chamar a atenção da opinião pública e assim, de alguma forma, reverter o acolhimento inóspito recebido pelo ex-presidente em seu périplo pelo Sul, estaremos diante de uma espécie de fake atentado.

Foto: correiobraziliense.com.br
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        Para quem conhece a capacidade criativa de certos governos, em criar situações e mártires para os mais diversos propósitos, não irá estranhar o ocorrido. A história da humanidade e dos regimes está repleta de exemplos de acidentes engenhosamente fabricados, com o intuito de reverter ou dar início ou justificar situações extremas. A fracassada tentativa militar contra o processo democrático que explodiu a bomba no Rio Centro, acidentalmente no colo de um sargento; em 1933, o incêndio forjado do Reichstag; hoje, Maduro culpando a oposição pela penúria do país. O termo factoide foi usado pela primeira vez no Brasil, segundo a Wikipédia, pelo então governador César Maia, em 1995, em uma entrevista à revista Veja, edição 1389, onde disse que “está careca de inventar factoides”. Na reportagem, ele explica: “Como sair nos jornais com grande destaque? É muito simples. Basta que eu elabore com uma imagem muito nítida. Fatos que tenham conteúdo não têm a menor importância. Lanço factoides no realismo delirante. (…) Factoides são ideias que você arremessa como certa base de realidade, embora sem grandes possibilidades de ser realizada, diferente do simples delírio, que é pura fantasia.”

         Pelo sim pelo não, pela recepção, nada amistosa, demonstrada por grande parte da população do Sul do país, a caravana lulista, tem é que dar graças aos céus de que todos saíram sãos e salvos dessa turnê política. Por falta de aviso é que não foi. Importa agora é que não fiquem quaisquer dúvidas sobre o que de fato ocorreu, pois, o episódio, falso ou não, será usado e explorado ao máximo pelo ex-presidente e seu partido como mote político.

         Nessa altura dos acontecimentos, com ou sem disparos de arma de fogo, o que os brasileiros assistem é o início das radicalizações políticas, não apenas contra políticos, mas contra juízes, jornalistas, agentes da lei e contra uma infinidade de outros profissionais.

         O massacre da razão, perpetrado insistentemente pela irresponsabilidade de demagogos de plantão, começa a produzir seus frutos amargos. Em situações como essa, pouco importam os cadáveres, desde que possam ser usados como palanque. Pouco importa se o sangue é ou não de inocentes, desde que seja usado como tinta para pichar a palavra morte nos muros da cidade. O fato é que depois de baleada a razão, no campo de batalha, a próxima vítima será a verdade. Ai já será tarde.

A frase que foi pronunciada:

“Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.”

Nicolau Maquiavel

Brancos & Nulos

Votos brancos e nulos vão para o lixo. É mito acreditar que beneficiem algum candidato. “Melhor que anular o voto seria o eleitor buscar informações seguras sobre os futuros candidatos. Não errar na escolha, porque um Congresso qualificado moralmente pode impedir um presidente da República eventualmente mal-intencionado, assim como uma Assembleia Legislativa, relativamente a um Governador eventualmente mau-caráter.” Essas são as palavras da Dra. Gisele Nascimento membro da Comissão de Defesa da Mulher da OAB-MT.

Imagem: poracaso.com
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Faca e queijo

Jaime Recena, secretário adjunto do Turismo, tem defendido a presença dos jovens na política. Na UnB, há jovens disponíveis estudando turismo. Seria uma boa parceria.

Pelo social

Por falar em Recena, defender que a CBF libere estádios em estados sem tradição de futebol deveria ser regra antes da Copa do Mundo. Daí a sugestão do nome Estádio Nacional, como a Fifa exigia. Como não foi, o Zé Elias sugeriu ao Jaime Recena que estimulasse campeonatos entre escolas públicas para ocupar o Mané Garrincha.

Foto: copa2014.gov.br
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Release

Estudo aponta que América Latina fez reformas para incluir mulher na economia. Dados do relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2018, que monitora 189 países, foi lançado pelo Banco Mundial. Na Colômbia, por exemplo, o relatório cita que a Justiça reviu uma legislação que restringia o trabalho de mulheres no setor de mineração.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Diante de tudo isto, a Prefeitura, a quem cabe a repressão, não tomou nenhuma providência, pelo menos até o momento. (Publicado em 18.10.1961)

 

Ou renasce das cinzas ou volta do coma

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: ivancabral.com
Charge: ivancabral.com

         Por trás da violência, falta de Educação, Saúde, Transporte, principalmente para as famílias de baixa renda, está a famigerada corrupção em todas as instâncias, desde a urna eletrônica, que ainda é uma incógnita, até os eleitores que aceitam vender o voto.

     Não é só a inaptidão da máquina pública em gerir os recursos da renda nacional. Não existem fórmulas econômicas eficazes e duradouras que sejam capazes de debelar a infestação provocada pela corrupção, enquanto não forem feitas as mudanças na estrutura do Estado e no seu arcabouço jurídico, de forma não só a estancar a hemorragia do dinheiro do contribuinte, mas deter, na origem os desvios, quaisquer que sejam, mesmos os mais insignificativos. Protegidos pelo odioso e necessário instituto do foro privilegiado, cobertos pelo manto amigo da justiça, através dos mais caros advogados do país e contando ainda com o espírito de corpo, nossos políticos, são o que são e agem como agem, por causa de um detalhe que passa quase imperceptível aos nossos olhos: eles são a nossa imagem.

        Para tanto, foram alçados a essa posição por nossa vontade expressa. Nossos corruptos são tantos e tão variados que para cada um que a justiça consegue por as mãos, outros tantos se apresentam para assumir o lugar.

        As imagens de assassinatos covardes, de desavenças odiosas entre ideologias diferentes, de prisões de corruptos que ainda se acham intocáveis mostram um Brasil se debatendo em agonia em busca de uma democracia limpa.

      Por aqui os partidos funcionam como uma espécie de clube fechado, onde as lideranças se comportam como donas da sigla, sem obediência alguma às normas do estatuto e onde prevalecem as atitudes corporativas, mesmo que estas afrontem o eleitor e a ética. Na realidade os partidos não representam ninguém, além deles mesmos e de seus interesses imediatos.

      De um modo geral, o que se tem são políticos que adentram para esta atividade unicamente para enriquecer, tamanhas são as oportunidades postas ao seu desfrute. Financiamentos públicos, fundos partidários e agora os chamados fundos eleitorais, tudo isso sem contar com as infinitas regalias financeiras obtidas com o cargo, além, é claro da prerrogativa de ser investigado, sine die, por instâncias superiores da justiça.

        As gigantescas manifestações de rua que se sucederam por todo o país, deixam clara a insatisfação da população com os políticos e principalmente com suas legendas. Pesquisas de opinião pública asseguram que os políticos e suas siglas estão entre os campeões de desconfiança. Muitos políticos, conhecedores desse fato, evitam aparecer em aglomerações públicas, com medo da reação das pessoas. Com o todo o volume de denúncias que vem ocorrendo, por conta dos escândalos de corrupção, não se observa modificação no comportamento dos partidos. Nenhum desses parlamentares sob investigação foi afastado de suas legendas, nem aqueles que se encontram na prisão.

A frase que foi pronunciada:

“No ministério tem gente capaz, o problema é que a maioria é capaz de qualquer coisa.”

Getúlio Vargas

Charge: tribunadainternet.com.br
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Release

Estudo aponta que América Latina fez reformas para incluir mulher na economia. Dados do relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2018, que monitora 189 países, foi lançado pelo Banco Mundial. Na Colômbia, por exemplo, o relatório cita que a Justiça reviu uma legislação que restringia o trabalho de mulheres no setor de mineração.

Pela paz

Senador Paulo Paim termina o discurso sobre a campanha da fraternidade, que prega superar a violência, dizendo que é possível sonhar com um cenário em que direitos comezinhos, típicos de uma sociedade democrática e solidária, sejam observados. Um mesmo esforço: vencer a violência com as armas da liberdade e da paz social! E finaliza: exalto a Campanha da Fraternidade e seus idealizadores por nos mostrar que esse outro Brasil é possível e que esse é um sonho para sonharmos todos juntos.

Foto: senado.leg.br (Moreira Mariz/Agência Senado)
Foto: senado.leg.br (Moreira Mariz/Agência Senado)

Impressionante

Mais de 1 milhão de danos aos cofres públicos. Lex Talionis é o nome da operação da Polícia Federal, que deflagrou para desfazer uma associação criminosa que, de forma intencional, incendiou e destruiu bens móveis e imóveis dos órgãos públicos federais IBAMA, ICMBIO e INCRA, na cidade amazonense de Humaitá. A corrupção é um mal em metástase por todo o país.

Até hoje!

A Operação Magister corresponde à terceira fase da Operação Panoptes, voltada a desarticular grupos criminosos que se dedicam a fraudar concursos públicos. As ações visam, ainda, a execução de medidas judiciais contra os candidatos que compraram vagas em concursos públicos do DF. Entre os suspeitos, há seis professores da rede pública de ensino, nomeados no último concurso. A notícia foi publicada na página da Polícia Civil do DF.

Festa

Iate Clube comemora, em grande, estilo os 58 anos. O simpático e talentoso Sidney Magal é quem vai abrilhantar o evento. O Comodoro Rudi Finger e equipe capricharam na preparação da festa que será até 3 de abril.

Cartaz: facebook.com/iatebsb

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As casas da Fundação da Casa Popular, vendidas aos funcionários da NOVACAP, estão alterando também, o Plano. Os quintais estão se transformando em apartamentos e há desses apartamentos que são alugados a 15 mil cruzeiros. (Publicado em 18.10.1961)