Autor: Circe Cunha
Câmara Legislativa do DF continua com as mesmas velhas práticas
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Entra legislatura, sai legislatura e a Câmara Legislativa local insiste em continuar com as mesmas velhas práticas há muito já condenadas, não apenas pela população do Distrito Federal, mas por outras unidades da federação e que custaram o mandato de muitos políticos. Por aqui, os problemas são os mesmos: gastos sem limite, como se o dinheiro do contribuinte jorrasse de uma fonte abundante e inesgotável e como se houvessem outras necessidades infinitamente mais urgentes para a aplicação do suado e escasso dinheiro público. Os hospitais continuam os mesmos, as escolas continuam as mesmas. O luxo que sustenta os representantes do DF também.
De nada adiantaram as mobilizações organizadas pela população para abrandar os elevados custos da representação política na capital, já considerada a mais alta de todo o país. A campanha por uma Câmara + Barata, organizada pelo Observatório Social de Brasília (OSBrasília) e pelo Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), duas instituições sem fins lucrativos que promovem a transparência e o controle social das despesas públicas e que contaram com o apoio expressivo dos brasilienses, conforme requer a legislação, ficaram apenas na promessa.
Aproveitando o calendário eleitoral, a antiga mesa da Casa, remeteu a questão do corte de custos para a próxima legislatura, já sabendo que o tempo e as mudanças que ocorreriam na mesa diretora ajudariam a enterrar o pedido da população. Protocolado em outubro de 2018, o PL nº 2.151 previa uma economia de R$ 75 milhões em gastos anuais da CLDF ou R$ 300 milhões por legislatura, uma montanha de dinheiro que poderia ser empregada, como já dissemos, em diversos outros setores da capital, como escolas, postos de saúde, hospitais, segurança e outras despesas verdadeiramente necessárias e úteis para todos. Ademais a proposta foi endossada por mais de 23 mil assinaturas.
Ao engavetar a proposta sob alegação de não reconhecimento da totalidade das assinaturas, a Câmara Legislativa traiu a população, o que permitiu que o custo de cada Distrital para o contribuinte permaneça de R$ 235,8 mil ao mês, ou quase um terço a mais do que é pago a um deputado federal. Não satisfeita com esse recuo, que desde o início já indicávamos que iria acontecer, por conta do histórico dessa Casa alheia às reais necessidades do cidadão e da capital, a direção da CLDF anunciou agora a compra de cinco luxuosos carros sedãs para o uso institucional no transporte de integrantes da Mesa Diretora ao custo de R$ 90 mil a unidade, o que pode gerar uma despesa sem propósito de mais de meio milhão, se somadas todas as despesas para o desembaraço burocrático desses veículos.
Com isso, suas Excelências, que já possuem carros próprios e contam também com uma grande frota à disposição, irão desfilar pela cidade a bordo de novíssimos e dispendiosos automóveis bancados pelos mesmos contribuintes, que sacolejam nos precaríssimos transportes públicos da cidade, ou esperam horas nas paradas sem proteção nem recuo. Trata-se, infelizmente, de uma afronta constante a um povo inerte e uma desconexão com a realidade que circunda essa Casa.
Para conferir ainda maior descaso com a opinião pública, principalmente quando se sabe que as eleições ainda estão longe de voltar a acontecer, a Câmara Legislativa do Distrito Federal anunciou a nomeação de um primo do deputado José Gomes (PSB), o mesmo acusado de ter usado a empresa Real JG Serviços Gerais, de sua propriedade, para coagir funcionários a votarem nele nas eleições de 2018 para a Comissão Permanente de Licitação (CPL). Lembrando que essa Comissão é responsável pelas contratações de empresas, serviços, aquisições de bens e obras dessa Instituição e tem sido alvo desse mesmo parlamentar na tentativa de incluir a Real JG nas concorrências dessa Casa.
Brasília vivia bem sem a Câmara Legislativa. Essa coluna mantém a coerência já que lutou desde o início contra a criação dessa máquina de gastar dinheiro dos contribuintes.
A frase que foi pronunciada:
“I am here to kill the snake and show the stick. Because with me is bread bread, cheese cheese!”
Odorico Paraguaçu, em discurso na ONU
Horror
Slime é moda entre crianças e jovens. Trata-se de uma mistura química que se transforma em um objeto gelatinoso de contato interessante, como a geleka de antigamente. Pois, bem. Nos últimos dias, infiltrados em vídeos de slime no YouTube, e entre outros de conteúdo voltado para o público infantil, um personagem chamado Momo, uma boneca assustadora, aparece ensinando as crianças a cometerem suicídio. A denúncia foi publicada na página da Internet da revista Crescer, por um depoimento de uma professora que acompanhava a receita do slime com a filha no YouTube Kids.
Leia mais em: Momo aparece em vídeos de slime do YouTube Kids e ensina as crianças a se suicidarem, diz mãe
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O caso do abastecimento de Brasília é muito mais complicado do que se pensa. A Novacap arrendou as granjas, e a maioria fez delas recantos para fins de semana. (Publicado em 15.11.1961)
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“A atividade artística é uma coisa que não depende, pois, de leis estratificadas, frutos da experiência de apenas uma época na história da evolução da arte. Essa atividade se estende a todos os seres humanos, e não é mais ocupação exclusiva de uma confraria especializada que exige diploma para nela se ter acesso. A vontade de arte se manifesta em qualquer homem de nossa terra, independente do seu meridiano, seja ele papua ou cafuzo, brasileiro ou russo, negro ou amarelo, letrado ou iletrado, equilibrado ou desequilibrado.”
Mario Pedrosa, um dos mais importantes críticos de arte do país.
O texto acima foi escrito em 1947, por ocasião da primeira exposição de pintura dos pacientes do Hospital (manicômio) de Engenho de Dentro, trabalho então coordenado pela renomada médica e psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999), introdutora no Brasil de um método revolucionário de tratamento humanizador para a esquizofrenia por meio da arte.
Somente quem já conviveu ou ainda convive com pessoas com quadro dessa doença mental sabe o que significa e qual a importância que tratamentos realizados sem agressividade, como eram feitos no passado com eletrochoques, insulinoterapia ou lobotomia, têm na vida desses pacientes e dos familiares em volta. O senso comum ensina que distúrbios mentais que atingem familiares próximos causam mais doenças, em decorrência do excessivo stress nas pessoas ao redor, do que nos próprios pacientes.
A dedicação intensa, ao longo de toda a sua vida, à psiquiatria fez de Nise da Silveira uma das heroínas do Brasil, principalmente quando provou que o trabalho e a interação com as artes e com os animais domésticos possuíam um valor terapêutico poderoso, até então desconhecido.
Em 1946 fundou a Seção de Terapêutica Ocupacional (STOR), onde montou ateliês de pintura e modelagem com o objetivo de, por meio da expressão simbólica e da criatividade, os internos conseguissem, de alguma forma, reatar os laços com a realidade. A importância de seu trabalho foi reconhecida em todo mundo por especialistas nessa área, inclusive pelo próprio Carl G. Jung, com quem manteve um longo relacionamento por mais de uma década.
No ateliê, conta um dos seus ex-alunos, Bernardo Horta, houve uma explosão de pinturas, desenhos e esculturas que Nise e sua equipe não esperavam. Nise, que já lia Jung, percebe que constata aquilo que o psicanalista afirmava: se para o neurótico – o que seria todos nós, segundo Freud – o tratamento é através da palavra, ou seja, a psicanálise, para o esquizofrênico, segundo Jung, a palavra não dá conta. Para esse paciente, o tratamento deveria ser pela imagem”.
Ao divã e a palavra, preferidos por Freud, Nise optou pela expressão plástica como método terapêutico, conforme recomendava Jung, o que a levou a buscar um tratamento de fato para os pacientes e não simplesmente estudá-los. Com isso, afirmam seus biógrafos, Nise aprofundou o trabalho e as ideias de Jung, levando esses novos conceitos de tratamento muito além. Não surpreende que um trabalho tão fecundo tenha, ainda hoje, desdobramentos e muito vigor. Recentemente o Instituto Nise da Silveira, convocou uma série de grafiteiros para decorar os muros da Instituição, transformando o local numa galeria à céu aberto, com dezenas de painéis retratando pessoas que deram contribuição à chamada arte terapia, de forma que o Hospital passe a ser visto como parte integrante da cidade.
A frase que foi pronunciada:
“A fome não decorre da falta de alimentos, mas da injusta distribuição de rendas, da falência da educação, do colapso do ensino público, da ausência de trabalho para 13 milhões de desempregados e outros tantos subocupados em tarefas ocasionais ou intermitentes. ”
Dr. Almir Pazzianotto
CPF
Já está valendo. O CPF substitui o número do PIS, PASEP, NIS, Número da Carteira de Trabalho, da CNH, da inscrição do profissional no órgão de classe. A novidade veio pelo Decreto 9.723/19. Veja mais detalhes no link a seguir.
–> DECRETO Nº 9.723, DE 11 DE MARÇO DE 2019
Para inglês ver
No canal do Youtube, Ask Jackie, ela conta os sustos pelos mal-entendidos com o inglês inventado pelos brasileiros. Aquele painel de propaganda, que suja o ambiente, nunca foi chamado de Outdoor pelos norte-americanos, mas por Billboard. Vestir um smoke ou smoking quer dizer aluguel de fumaça. Essa roupa masculina chama-se tuxedo. Veja o vídeo a seguir.
Coração de mãe
Encaminhados os procedimentos para liberar a entrada ao Brasil para norte americanos, japoneses, australianos e canadenses. A reciprocidade seria interessante e prova de equilíbrio de interesses e amizade.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Outra coisa, é a construção dos postos policiais. Foi, realmente, aprovada pelo DUA e pela Assessoria de Planejamento. Mas o Conselho da Novacap não foi ouvido, e acho que não aprovaria. (Publicado em 15.11.1961)
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“Hoje, começou a se fechar a janela de combate à corrupção política que se abriu há cinco anos, no início da Lava Jato. ” A opinião, em tom de desalento, foi manifestada pelo procurador do Ministério Público e coordenador da Força-Tarefa, Deltan Dallagnol, depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) mandando para justiça eleitoral todos os processos de corrupção em que aparece a figura do caixa dois.
O temor manifestado por muitos que acompanharam de perto e desde o início do desenrolar dessa famosa Operação, parece que vai se cumprindo. À semelhança do que ocorreu com outra mega investigação ocorrida há exatos 25 anos atrás na Itália, a chamada Mãos Limpas e que visava também desbaratar esquemas de corrupção envolvendo personalidades do governo e partidos políticos, a nossa congênere parece caminhar para um mesmo fim melancólico.
A razão, segundo quem entende desses mecanismos de investigação contra políticos poderosos, é que operações e investigações judiciais, por mais bem estruturadas que sejam, não possuem a força necessária para fazer cessar, definitivamente, os inúmeros casos de corrupção que há anos assolam a máquina pública, ainda mais quando o nível de corrupção já atingiu um patamar sistêmico, ou seja, quando passa a dominar todo o sistema de administração de um país, interna e externamente.
Nesse sentido, é preciso muito mais do que o empenho de um punhado de agentes da lei comprometidos com a ética pública. É preciso o empenho de toda a nação e isso, obviamente, não é fácil de ser obtido, apesar de as urnas sinalizarem desejo de mudanças.
A decisão de levar para a justiça eleitoral, a qual muitos consideram uma instância perfeitamente descartável, todos os casos de corrupção e de lavagem de dinheiro que envolverem caixa dois de campanhas, por mais que seja considerada uma medida técnica, coloca na berlinda não só as investigações que já foram realizadas e bem-sucedidas, mas outras que estão para serem feitas, o que anula todo o imenso trabalho realizado nos últimos sessenta meses. O risco de vir a ser anulada toda a Operação Lava Jato não é sem propósito. Se houvesse o interesse em sanar a corrupção, essa manobra não seria necessária.
Com isso, os inúmeros condenados nessa Operação poderão ter seus processos tornados nulos, por terem sido conduzidos por uma vara incompetente para julgá-los. Não se sabe, ainda, que consequências outras poderão resultar da decisão tomada pelo STF. De toda forma, o que se pode adiantar é que a Operação Lava Jato sofreu nessa quinta-feira sua maior derrota desde que foi iniciada.
Em estrutura adequada e formada por membros temporários, submetidos à intensa pressão política, a justiça eleitoral torna-se, doravante, uma espécie de valhacouto onde irá abrigar-se toda a classe de políticos, formada, em sua grande maioria, por gente que não se avexa em embolsar, para si e para os seus, os recursos públicos.
A frase que foi pronunciada:
“O teu futuro espelha essa miudeza.”
Rafael, 4 anos, cantando o hino como entende.
Puket
Claudio Bobrow teve a seguinte ideia. Todo o maquinário necessário para fazer uma boa ação já está na fábrica de meias. Se as pessoas doarem meias de algodão rasgadas, sem par, manchadas, com furos, elas são trituradas, desfiadas e compactadas transformando todo esse material em cobertores para serem distribuídos a instituições de caridade. Veja a seguir como fazer as doações.
Feliz Aniversário
Já malhou com alegria? Não? Então vale conhecer a Academia FitPong de Tênis de Mesa, fundada pelo mesatenista e treinador Jorge Vieira de Mello Leite, em 29 de março de 2017. A missão da FitPong é ensinar o tênis de mesa para pessoas de todas as idades, cadeirantes e não cadeirantes. Em Brasília, fica na 514 Sul.
Ação humanitária
Igrejas católicas e evangélicas em Bonn, na Alemanha, arregaçaram as mangas e juntas começaram a atender refugiados distribuindo alimentos. Os frequentadores são refugiados das guerras da Síria, Iraque e Afeganistão.
Talento
Se existe um artista com talento, que merece ter o projeto apreciado pela lei Rouanet, esse é Renato Pantera. Vive na Alemanha e é porta-voz da música brasileira por lá. Também por seu talento, tocando Jazz, MPB, samba, é sempre aplaudido com entusiasmo. O governo brasileiro lhe deve apoio.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ninguém diga, por favor, que é do Plano Lúcio Costa, porque não é verdade. De mais a mais, é uma repartição que se for colocada na Asa Norte, estará bem colocada. (Publicado em 15.11.1961)
Ao contrário das escolas, os bancos sabem como proteger seus tesouros
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É em massacres, como o ocorrido agora na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, vitimando cinco alunos, duas funcionárias desse estabelecimento e o proprietário de uma loja de veículos na cidade, que algumas das mais importantes autoridades brasileiras revelam não só a miudeza de caráter, como o despreparo para lidar com a administração de um país complexo como o Brasil, sobretudo diante de fatos inusitados como tragédias dessa natureza.
Aliás, é de tragédia em tragédia, de esquecimento em esquecimento que vamos construindo alguns dos mais tristes capítulos de nossa longa história de violência. Seguindo o extenso fio que levam às causas do cometimento dessa barbárie, é possível encontrar, a meio caminho, ações e medidas definidas por essas mesmas autoridades que, direta ou indiretamente, deram sua parcela de contribuição para o desfecho desse crime.
A questão primeira que se impõe, e talvez a mais fundamental, diz respeito à total falta de controle nas portarias das escolas pública em todo o país. Os bancos, lembra um cidadão anônimo, mantém diuturnamente seguranças armados e controle eletrônicos rígidos na entrada de seus estabelecimentos para a proteção de seu dinheiro. Por que o mesmo não pode ser feito em todas as escolas do país que abrigam riquezas infinitamente superiores aos bens materiais? Questiona esse mesmo cidadão. A uma colocação certeira como essa se contrapuseram dezenas de manifestações oportunistas vindas de diversas autoridades, que melhor fariam se guardassem silêncio em respeito aos mortos. Para alguns políticos, obviamente da oposição, a tragédia é resultado direto das ações do atual governo visando abrandar o acesso às armas pelos cidadãos. Mensagens enviadas pelas redes sociais mostram que para alguns profissionais da política, que nem merecem ser citados, aproveitando o ocorrido para fazer proselitismo e angariar vantagens político eleitorais.
Outros mais ousados chegam a culpar diretamente o atual governo pelo fato. Esquecem esses políticos que, na ponta inicial do fio, que conduziu a esses crimes, estão a malversação do dinheiro público, a corrupção e a leniência com atos criminosos, praticados contra a administração pública, que retiram recursos preciosos que poderiam equipar escolas com equipamentos de segurança e garantir o direito à vida desses inocentes. Gela a coluna vertebral pensar que o Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, possa cogitar em qualquer circunstância abrandar pena para a malversação do dinheiro público. Verba surrupiada é verba não aplicada em saúde, educação, transporte, segurança, alimentação, trabalho, direitos amparados pela Carta Magna.
O fato desse tipo de tragédia não ser corriqueiro em nossas escolas, de nada serve para adiar, ainda mais, um plano nacional para assegurar que os alunos possam, ao menos, sair vivos das escolas, já que a qualidade do ensino não é lá essas coisas. Nesse sentido, ao lado de ações como a chamada militarização das escolas, que trouxe militares aposentados para ajudar na administração de algumas escolas públicas aqui no Distrito Federal, que medidas efetivas o GDF vem fazendo no sentido de prevenir que massacres como esse não venham ocorrer nas escolas e universidades da capital?
A frase que foi pronunciada:
“Que me desculpem os editores que optam por esta abordagem mas, na minha opinião, exibir as imagens do ataque à escola de Suzano não ajuda ninguém, é um desrespeito às vítimas, um incentivo a desequilibrados e psicopatas e alimenta pesadelos de crianças, adolescentes e pais.”
@MarceloLins68, pelo Twitter
Realmente virtual
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Menção honrosa
Pacientes atendidos na UPA do Valparaiso de Goiás não poupam elogios ao bom atendimento. As instalações confortáveis, médicos gentis e prestativos e todo o corpo de enfermagem muito atencioso. Pábio Mossoró, prefeito do local (nascido em Sobradinho), e toda equipe têm mostrado seriedade no que fazem.
Isso posto
Contribuição e Imposto divergem no arbítrio. Só contribui quem quer, mas se a taxa for imposta, o pagamento é obrigatório. A atividade sindical é sustentada pelos associados que acreditam na importância desse trabalho, portanto devem contribuir voluntariamente para a manutenção desse empreendimento.
Coragem
Com a destruição do pinheiral do Paranoá e a eminência de construção de centenas de prédios, há a possibilidade de reaver o projeto da ponte do Setor de Mansões do Lago Norte, para a Península Norte até a UnB. Resta saber quem irá enfrentar o lote ocupado que foi desapropriado anos atrás para este fim.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Imprópria, tremendamente imprópria, a localização do Centro de Telex, em frente ao bloco 11 da superquadra 208. Uma obra naquele local só poderia ter sido autorizada por um inimigo de Brasília. É tempo ainda, doutor Sette. Não começaram as fundações do edifício que construirão no meio do asfalto. (Publicado em 15.11.1961)
Laranjal e feminicídio mostram um Brasil que não respeita suas mulheres
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Dados fornecidos pelo Núcleo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostraram que a cada duas horas, aproximadamente, uma mulher é morta de forma violenta em nosso país. O grau de violência que tem nas mulheres, de todas as idades e das mais variadas camadas sociais, seu principal alvo, demonstra, de forma cabal, que existem em nossa população uma patologia e uma anomalia de tal proporção, que não seria exagerado considerar que a sociedade brasileira parece rumar para sua própria desintegração. Observem que esse é um dado verídico que apresenta apenas aqueles casos que culminaram com a morte, de forma absolutamente criminosa dessas mulheres. Se formos levar em conta também as denúncias feitas formalmente por mulheres que foram vítimas de violência doméstica, de ameaças e de assédios sexuais, de estupros e mesmo assédios morais praticados nos locais de trabalho, os registros não deixam dúvidas de que ser mulher nesse país é uma missão que envolve altíssimos riscos.
O que mais chama a atenção nesses dados é que esse tipo de crime vem aumentando a uma taxa de quase 10% ao ano, isso, de acordo apenas com as estatísticas oficiais. Ocorre que esse tipo de violência, quando praticada por pessoa da família, não chega, sequer, a ser denunciada às autoridades. Daí que muitos acreditam que os dados reais, relativos às práticas de violência contra as brasileiras são estarrecedores. De tão recorrentes e bárbaros, foi preciso o estabelecimento de uma nova tipicidade de crime, no caso o feminicídio, como forma de conter essa escalada de violência. Infelizmente, a criação de delegacias especiais para o atendimento de mulheres e mesmo o advento de Leis como a Maria da Penha e a inclusão do feminicídio como crime hediondo, com endurecimento severo nas penas, não tiveram o condão de abrandar os registros de violência praticada contra as mulheres no Brasil.
Além da violência física e moral, as mulheres são vítimas também de uma outra forma de crime, aceita por muitos como fatos de menor importância, mas que demonstram um certo comportamento misógino enraizado em nossa cultura há séculos. As discriminações no ambiente de trabalho com as diferenças salarias entre homens e mulheres e as oportunidades diferentes de crescimento dentro da profissão, evidenciam essas injustiças mesmo em pleno século XXI.
Um outro caso de flagrante discriminação contra as mulheres ocorreu durante as últimas eleições. Para burlar a lei eleitoral, que obriga uma cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos ao Legislativo, muitos partidos, passaram a adotar a estratégia de candidaturas do tipo laranja, na qual mulheres são inscritas, não realizam campanhas e devolvem o dinheiro do fundo eleitoral e partidário diretamente para os caciques desses partidos, que dão a destinação que bem querem a esses recursos públicos. Com isso, a representação feminina no Congresso e nas Assembleias Legislativas permanecem desiguais, em torno de 30%, isso para um país onde em cada dez habitantes, 5 são do sexo feminino.
Esse fato não é apenas um desrespeito e um crime praticado contra as mulheres, mas um grave delito contra a própria democracia representativa e o futuro do país.
A frase que foi pronunciada:
“Ninguém é dotado de tamanho espírito filantrópico que se disponha a investir com o propósito de empregar. O empresário investe movido pela ambição de ganhar dinheiro. Entre o equipamento de alto rendimento que lhe amplia o lucro e o recrutamento, seleção, treinamento e administração da mão de obra instável, o empresário não vacila. Afinal, a máquina é fria, não tem aspirações, não reclama, não tem ideologia.”
Dr. Almir Pazzianotto, advogado, ex- ministro do TST, ex-ministro do Trabalho
Profissional
Deu o que falar a postagem de Paulinho Duque no Programa Bronca da Pesada de Ariquemes. O garoto, da APAE, com uma voz afinadíssima e suave, flutua como uma pena enquanto canta Hear me Now, do DJ Alok. A postagem tem, até agora, 728.530 curtidas no perfil do DJ no Instagram.
Agenda
Veja a seguir toda a programação do Cine Le Corbusier para o mês de março, na Embaixada da França. É bom lembrar que a sala só comporta 120 pessoas. Veja também a programação de março a junho do Circo Literário na Biblioteca Nacional.
–> Link para mais informações: Programação do Cinema Le Corbusier – Março 2019
–> Mais informações sobre O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional
Circo e literatura de mãos dadas com muitas atividades, com censura indicativa livre e com acesso gratuito, é a proposta do Circo Literário da Palhaça Biliska que terá sua primeira apresentação neste domingo (17/03), das 16h às 18h, no hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília. Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares. Esse projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cutura do DF (FAC/DF).
Por meio de parceria, o projeto foi incluído na programação do Movimento Brasília Leitora, criado em conjunto entre a Câmara do Livro do DF, o Instituto Latinoamerica e o Sindicato dos Escritores do DF.
Palhaça Biliska
O projeto consiste em ocupação na Biblioteca Nacional de Brasília por meio de intervenções circenses da palhaça BILISKA interpretada por Daiane kelly Siqueira Santana, artista que em 2018 completou 10 anos de estudos, pesquisas e atuação na arte da palhaçaria.
A ocupação é intitulada O CIRCO LITERÁRIO DA PALHAÇA BILISKA. Uma vez por semana a palhaça BILISKA montará seu circo poético na biblioteca.”A intervenção é livre para todas as idades e contará muito improviso e participação do público”, explica Daiane Kelly.
A artista explica que o público alvo será de crianças/estudantes entre 04 e 13 anos, além de pais e familiares.
“Será uma ocupação tranquila na área externa da biblioteca com sonoridade adequada para não atrapalhar a concentração dos frequentadores.
A Intervenção terá a duração de 2 horas com disponibilidade para atender algumas turmas de escolas que visitarem a biblioteca. Teremos no espaço além de cenário do circo, um baú com livros pra trocas, além de outros utensílios de palhaçaria, formando a imagem poética de um pequeno circo guarda-sol A proposta visa estimular a produção, a fruição e a difusão das obras literárias com com o apoio da arte circense”, finalizou a palhaça Biliska.
Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares
Quando: Domingo (17/03), das 16h às 18h
Esse projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cutura do DF (FAC/DF).
Pauta
Entre os dias 22 e 23 de março, acontece, na capital federal, a Jornada Brasil Central de Mastologia. O Congresso organizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB, reúne diversos especialistas renomados da área de saúde. Entre eles, a médica oncologista Ludmila Thommen, que coordena umas das mesas redondas de debate no evento. Junto a outros profissionais, a oncologista irá falar sobre o processo de imunoterapia aplicado ao câncer de mama.
Link para mais informações: http://www.sbmastologia.com.br
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Creio na Lei, creio na Justiça, creio nos Homens, quando, longe de um instinto de vingança, ou de benefício pessoal, a determinação abrange a todos, seja qual for o sentido da lei, ou seja, qual for o poder material da pessoa atingida pelo benefício ou pela punição. (Publicado em 15.11.1961)
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Uma das questões que tem preocupado muito os especialistas em Educação é saber se o Brasil terá tempo e condições para acompanhar e implementar algumas das profundas e rápidas transformações que estão sendo operadas no ensino em boa parte do mundo desenvolvido e que serão de vital importância nesses novos tempos. Quando se percebe que nem ao menos o básico, como salas de aulas decentes e professores bem remunerados, o país consegue manter, pensar em assuntos como globalização ou aquecimento do planeta e outros temas do cotidiano é colocar o carro à frente dos bois.
Em pleno limiar do século XXI, andamos às voltas ainda com problemas primários, como escolas sem teto, sem banheiro, sem refeição e sem professores. Enquanto isso, o mundo civilizado vai empreendendo profundas revoluções no ensino, criando escolas bem distantes do modelo tradicional, herdado ainda do século XVIII. Nesses países, o antigo modelo de ensino vai dando lugar a uma educação que valoriza mais as habilidades dos alunos do que as fórmulas prontas, aplica a tecnologia e estimula a curiosidade.
Nessas novas escolas, a preocupação é preparar indivíduos que possam ser devidamente inseridos num mundo em rápida transformação e onde muitas das atuais profissões simplesmente irão desaparecer. Educadores modernos concordam que num mundo dominado pela tecnologia, nenhum conteúdo educacional, mesmo aqueles ligados à linguagem de programação, terá valor prático se não for aplicado ao mundo real.
O ponto fundamental nessa nova escola é ensinar a criança a raciocinar, com base no pensamento crítico e a partir de problemas reais do dia a dia. Uma dessas novas metodologias em países como a Holanda, Inglaterra, Finlândia e Estados Unidos e que tem chamado a atenção também da própria organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o Ensino Baseado em Competências (EBC), que tem como objetivo desenvolver habilidades e o raciocínio das crianças, deixando de lado os velhos métodos da memorização de conteúdos.
Nessa nova modalidade de ensino, os alunos adquirem conhecimento à medida em que vão desenvolvendo projetos específicos. Deixam de existir também a divisão dos alunos por séries. Pesquisas diversas, ao longo das últimas décadas, têm demonstrado que o ensino tradicional, com currículos rígidos e lineares, desenvolvidos de forma rápida e num mesmo ritmo para todos, tem, na verdade, levado os alunos a um caminho oposto a uma educação hodierna de qualidade.
Para tanto, essa nova pedagogia foca em quatro habilidades centrais, necessárias para enfrentar os desafios próprios desse século e que são a comunicação, a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico. Outro aspecto importante nessa nova abordagem é o desenvolvimento nas crianças do pensamento ético, visando as perspectivas sociais, de forma que o aluno possa adotar decisões pensando primeiro nos efeitos que produzirão para toda a comunidade.
A frase que foi pronunciada:
“O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.”
Içami Tiba, psiquiatra e escritor brasileiro.
45 anos
Professor Nagib Nassar nos lembra que leciona a disciplina Biodiversidade: formação, conservação e evolução para alunos de pós-graduação de Botânica, na UnB. Veja, no link disponível abaixo, as fotos do curso. O sucesso está na biodiversidade em espécies silvestres da mandioca Manihot Spp. Alto conteúdo proteico e resistência a doenças.
Link: https://www.geneconserve.pro.br
Muito boa
Sem o nome do autor, Luiz Saboia nos envia o texto de um nordestino trazendo em verso a chuva de xixi no carnaval. Leia a seguir.
–> Texto de um nordestino
“Mao Tsé Tung fez na China
Revolução Cultural;
Tentaram fazer na Rússia
Revolução social;
Querem fazer no Brasil
Revolução urinal.
II
Em vez de pegar em arma,
A esquerda dá sinal
De que vai subverter
Por meio do bacanal:
Dispara tiro de urina
No meio do carnaval.
III
Um artista estrangeiro,
Com o cabelo sem lavar
Já fazia cinco meses,
Quase perto de azedar,
Abaixou-se na avenida,
Pediu pro outro urinar.
IV
Foi uma confusão danada,
Com o mijo a borbulhar:
Correu do meio do cabelo
Um pediculus capilar
Que, se não fosse a reforma,
Já ia se aposentar.
V
Bolsonaro, revoltado
Com aquela depravação,
Divulgou pelo Twitter,
Em tom de reprovação,
E os mijões reagiram
Pedindo a deposição.
VI
– É uma obscenidade
Da parte do presidente! -,
Disse o líder do PT
De lá do Buraco Quente.
– A nossa somente obrava,
Mas era perto da gente.
VII
Disse um cara da direita,
Ajeitando o bacamarte:
– Dizem que é obsceno,
Mostrado da nossa parte;
Mas a esquerda mijando
É uma obra de arte.
VIII
Começa a mobilização
Com aura de “heroísmo”:
Zé Mijão da Guariroba,
Que é avesso ao civismo,
Já convocou um “Mijaço
De luta contra o fascismo”.
IX
Já fizeram até uma música
Que embala a revolução,
Que é caminhando e mijando
E dizendo “Ele não”,
Para ver se o povo esquece
Quem foi que meteu a mão.”
Sem atendimento
Depois de todas as garantias às empregadas domésticas, se os patrões tiverem qualquer dúvida sobre o ESocial, não há lugar físico para atendimento. Apenas o Fale Conosco ou pelo 0800.
Nota
Essa semana, em uma reunião no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros do DF, foram discutidas as diretrizes para a implantação de um Grupo de Força Tarefa para o Programa SOS DF Saúde no combate ao Aedes Aegypti. Todas as Administrações Regionais estavam presentes.
Evolução?
No Brasil (e em Portugal) funcionou a “Roda dos Enjeitados” (ou dos expostos) na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro, desde 1738; e em São Paulo de 1825 até 1950 (a última a tê-la), para receber as crianças abandonadas pela mãe, e cuidar delas até a adolescência. Hoje, a ideia é liberar o aborto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Até o momento, embora deferida, ainda não foi feita a reintegração de posse do apartamento ocupado por um antigo oficial de gabinete do dr. Jânio Quadros, já desligado de Brasília. (Publicado em 15.11.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Ao lado do capitalismo financeiro, ainda muito forte em nossos dias, o mundo Ocidental passou a experimentar um novíssimo referencial de riqueza baseado, não mais em bens materiais, mas em algo mais abstrato como o conhecimento e tecnologia.
Hoje, considera-se como país rico, aqueles Estados que detém altos padrões de educação de seu povo e que, portanto, são detentores também de alta tecnologia, nos mais diversos ramos da atividade humana. Não é por outra razão que as maiores empresas do mundo de hoje, são justamente aquelas que exploram os ramos da tecnologia, da biotecnologia, da nanotecnologia, da robótica e outras que possuem seu capital cem por cento investidos em pesquisas avançadas. Vale o registro que são muitos os brasileiros que participam de pesquisas de ponta em outros países, dada a falta de estímulo por aqui.
Em todas essas fases de evolução do capitalismo, jamais o Brasil teve um papel de protagonismo, resumindo-se a uma atuação periférica, quer como exportador de matérias-primas, de mão-de-obra barata ou de consumidor dos produtos inventados e produzidos nos países desenvolvidos. Com isso, nosso país adentrou o século XXI praticamente como era no período colonial: exportador de commodities e de matérias-primas básicas e sem maiores destaques no aspecto de novas tecnologias.
O baixo nível escolar da maior parte da população está na base desse atraso em relação a outros países, os indicadores internacionais, que aferem nosso nível de educação e escolarização, nos colocam décadas atrás de outras nações e isso, pode ter certeza, tem reflexos diretos em nosso atual estágio de desenvolvimento.
Uma simples observação em nossos índices de desenvolvimento humano mostra que ainda permanecemos com os mesmos problemas de séculos passados. Nossa eterna crise em educação, como lembrou Darcy Ribeiro, não é propriamente uma crise, mas um projeto que nos mantém presos a um passado de atraso.
Quiser adentrar plenamente o século XXI, em condições de igualdade com outras nações, o Brasil só tem um caminho: colocar todos os brasileiros em escolas de qualidade, começando, do zero, um ciclo que outros países já experimentam há pelo menos meio século.
A frase que foi pronunciada:
“As pessoas são as coisas mais importantes nessa vida. Trate-as como algo precioso, porque é exatamente isso que elas são. Assim como o nosso lindo Planeta, todos nós somos, ao mesmo tempo, insignificantes perante a imensidão do Universo, e muito especiais, pois cada um de nós é o Universo. Todos somos iguais em essência. Nós não estamos sozinhos e isolados, quando você fere alguém, você fere a si mesmo. Quando você ajuda a alguém, você ajuda a si mesmo.”
Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia
Que fria
Bem mais barata que a obra do estádio de cadeiras vermelhas do DF, a Arena Pantanal está sendo administrada pelo governador Mauro Mendes, que pensa em reservar áreas para o esporte, a cultura e a educação. Durante a Copa, o padrão Fifa exigiu dimensão certa dos campos, estabeleceu capacidade de público, deu as diretrizes de iluminação, localização, segurança, acesso, vestiários, conforto, espaço para a mídia. O padrão Fifa não inclui você como investidor.
Interpretações
No cafezinho da Câmara, um grupo de assessores comentava o que o Bolsonaro quis dizer com isso ou com aquilo. A um certo ponto da conversa, um deles chegou ao ponto final. Meu amigo, me diz a verdade. Você não consegue entender o que o Bolsonaro diz e nunca reclamou dos discursos da dona Dilma? Faça-me o favor! Como dizia o Filósofo de Mondubim, foi o mesmo que uma lata de caranguejos despejada. Cada um para um lado.
Decifra ou devoro
Ainda há uma dúvida quanto ao pagamento de contas. Água e Luz são concessionárias. Mas Net, Claro, Tim não. No Banco do Brasil, a cobrança de boletos é diferente de convênios. Pode parecer estranho, mas Celulares e Internet são tidas como convênio e não boletos.
Estranho
Volta e meia, o balão do Paranoá que leva ao Fórum, fica com um cheiro insuportável de esgoto. Há algo de errado por ali.
Recorrer a quem?
Por falar em Paranoá, pior do que o pinheiral completamente devastado, são as festas madrugada a dentro. De sexta a domingo, o barulho é infernal. Não há amparo para os moradores incomodados, que trabalham cedo.
Ufa!
A alegria foi geral quando o concerto de hoje, 20h, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, foi transferido para o Cine Brasília. Seria na Escola de Música, mas lá, é emoção demais para os motoristas. Muitos, enquanto estão no concerto, têm seus carros furtados, rodas levadas, vidros quebrados. Abandono total.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A carta que transcrevemos abaixo, do dr. Geraldo Andrade Fonteles, é sobre a situação dos apartamentos ocupados ilegalmente. Os pobres ou ricos, mas desprestigiados, já foram despejados. Falta, agora, que se cumpra a Lei contra os poderosos. (Publicado em 15.11.1961)
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Numa análise simples, é possível verificar que o potencial da biodiversidade de região como a Amazônica é infinitamente maior do que a criação de gado, a mineração e outros. Para se ter uma ideia, o Guaraná, a Castanha do Pará, a Andiroba, a Copaíba e outros produtos, que antes tinham pequeno valor econômico, hoje são bem cotados dentro e principalmente fora do país.
O caso do Açaí é exemplar. Hoje essa fruta tem uma produção de 250 milhões de toneladas e é consumida em todo o mundo, gerando riqueza e, principalmente, mantendo a floresta em pé. Apenas com relação a esse único produto, já se sabe agora que a semente e o palmito do Açaí possuem também múltiplos e fantásticos usos, o que pode aumentar, ainda mais, o valor desse produto nos mercados internos e externos.
Essa fruta, até há pouco tempo desconhecida da maioria dos brasileiros de outras regiões, gera em divisa para a Amazônia US$ 1,8 bilhão ao ano. Na indústria mundial, esse valor, diz, é dez vezes maior. E esse é apenas um produto. Portanto é preciso entender essa diversidade biológica a partir do biomimetismo, ou seja, entendendo como a natureza resolveu certos problemas.
Nesse ponto o cientista Carlos Nobre cita o exemplo de uma colega da Amazônia, que através da observação da garra da formiga cortadeira daquela região, desenvolveu uma pinça cirúrgica muito mais eficiente e que hoje está sendo muito usada em outras partes do mundo. A Amazônia será, o grande celeiro de conhecimento da bioeconomia.
Para esse respeitado pesquisador, temos que ter um profundo orgulho nacional de criar um modelo de desenvolvimento e sermos o primeiro país tropical a vir a ser desenvolvido, graças à nossa própria biotecnologia. Temos ainda, segundo Carlos Nobre, que aprender e respeitar o valor, com repartição de benefício, do conhecimento tradicional, sobretudo das comunidades indígenas que possuem um grande conhecimento da riqueza dessa nossa biodiversidade.
Temos que ser descobridores da nossa biodiversidade e não copiar outros países, para tanto teremos que fortalecer muito nossa capacidade científica. O caminho é longo. É necessário ter essa autonomia, essa vontade, preparar o país, reforçando nossas pesquisas científicas interna.
Segundo Carlos Nobre, a pesquisa em nosso país, nos últimos anos, tem ido totalmente na contramão do que vem sendo em outros países. Nossas pesquisas, diz, estão sendo abaladas, desprestigiadas, e mesmo massacradas, o que prova que a ciência brasileira continua a não ser vista estrategicamente por aqueles que estão no comando do país. À medida em que as pesquisas científicas no Brasil, não são vistas como elemento central de desenvolvimento, o que teremos pela frente é o caminho do retrocesso muito mais perigoso, a longo prazo, do que as próprias crises políticas que agora experimentamos com a descoberta dessa avalanche de casos de corrupção.
Desprestigiar a nossa ciência, avalia, amputa a capacidade do Brasil crescer a longo prazo. É preciso ainda deixar claro que a biotecnologia e a bioeconomia são ciências interdisciplinares, até mesmo transdisciplinar, e que envolvem, não apenas biólogos, mas bioquímicos, engenheiros de biotecnologia, físicos, químicos e todo o amplo conjunto de técnicos, que vão transformar toda essa riqueza biológica em bem-estar social para os brasileiros.
Temos, portanto, segundo acredita o cientista, como missão daqui para frente, pensar um modelo brasileiro e tropical de desenvolvimento com base em nosso principal ativo, que é a nossa riquíssima biodiversidade que teremos que proteger contra as investidas cegas de outros setores da economia, como vem sendo feita, por exemplo pelo agronegócio.
A frase que foi pronunciada:
“Acredito que o crescimento econômico deve se traduzir em felicidade e progresso de todos. Junto com isso, deve haver desenvolvimento de arte e cultura, literatura e educação, ciência e tecnologia. Temos que ver como aproveitar os muitos recursos da Índia para alcançar o bem comum e para o crescimento inclusivo.”
Pratibha Patil, foi a presidente da Índia de 2007 até 2012.
Na Noruega
Um reconhecimento importantíssimo no Dia Internacional das Mulheres. Através do Assistance Act, várias pessoas importantes da Noruega votaram em mulheres pelo mundo que mereceram destaque pela luta na igualdade de gêneros e incansável busca pela justiça. Destacamos Iara Pietricovsky, moradora de Brasília desde a construção da cidade, foi escolhida como modelo de inspiração para Wenche Fone, chefe do departamento da sociedade civil em Norad.
Reconhecimento
Wenche Fone acredita que a chefe do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) é uma das vozes mais fortes do Brasil. Iara Pietricovsky de Oliveira é implacável em relação ao abuso de poder, diz ela. – Ninguém é intocado pela mensagem de Iara. Falando em nome da organização do INESC, ela não está sozinha, mas com uma infinidade de pequenas e grandes organizações em todo o Brasil. Talvez seja precisamente a força da vida organizacional que o Brasil pode apoiar agora.
Brasileira
Iara sempre enalteceu a consciência pública e a consciência coletiva enquanto sociedade para garantir a sobrevivência do planeta compreendendo a adversidade. Fazer desse planeta um lugar sustentável para todos os habitantes pode ser o resultado da união de ideias e lutas, defende Iara.
Leia mais em: 16 norske kvinner: Dette er våre 8. mars-forbilder
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os exemplos da câmara, isto sim, é que deveriam ser seguidos. Novos planejamentos para integração nacional é que deveriam ser estudados. Esta é que é uma atitude decente. (Publicado em 14.11.1961)
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Uma nova economia tropical é possível para o pleno desenvolvimento do país. Para tanto, basta que o Brasil invista fundo no conhecimento de sua rica biodiversidade. A avaliação foi feita por Carlos Nobre, um dos mais renomados cientistas brasileiros da atualidade, conhecido mundialmente por suas pesquisas sobre mudanças climáticas globais.
Em sua opinião, esse novo modelo de economia tropical deve ser baseado na ciência, na tecnologia e na inovação aplicada ao que chama de “ativos biológicos” naturais de nossas florestas. E não é só na Amazônia, que é a principal depositária dessa biodiversidade, mas em outros biomas também como a Mata Atlântica, e o cerrado, onde essa diversidade biológica é enorme e em boa parte ainda desconhecida dos brasileiros.
Essa imensa variedade de plantas e animais é, em sua avaliação, resultado de centenas de milhões de anos de evolução biológica da nossa natureza e deve ser, por isso mesmo, considerada a nossa maior riqueza, nosso maior potencial. À medida em que avançarmos nas pesquisas sobre essa biologia complexa, descobriremos um potencial jamais imaginado que está ali há séculos, bem debaixo de nosso nariz.
Para esse pesquisador, somos o único país no mundo com essa diversidade biológica e isso vale muito mais do que o gado, a soja ou a exploração de minérios. No seu entendimento, durante o período militar, houve uma certa preocupação em tornar o Brasil um país economicamente independente não apenas na área energética, mas em outros setores.
Naquela ocasião foram construídas algumas hidroelétricas importantes, investiu-se no biodiesel, no etanol, com destaque também para a geração de energia elétrica em usinas nucleares. É desse período também, e de grande importância para os anos futuros, a criação da Embrapa. Para Carlos Nobre, se naquela mesma época tivéssemos criado também a Embrabio, empresa brasileira de aproveitamento econômico da biodiversidade, o Brasil teria uma outra economia. “Nesse século XXI, o maior valor econômico não está mais centrado em bens materiais, nem energia, nem minerais, hoje o referencial de riqueza de uma nação é o conhecimento, afirma o cientista.
Ao insistir na importância do estudo de nossa biodiversidade, como ela interage e como a natureza resolveu alguns problemas, o cientista acredita que poderemos encontrar uma via que irá nos conduzir à uma nova economia, ou mais precisamente no que chama de bioeconomia. Os países desenvolvidos, alerta, já sabem que a bioeconomia será muito poderosa num futuro próximo.
A partir de 2030, a Alemanha já projeta que 25% de toda a sua economia estará centrada na bioeconomia, retirando da biologia mais profunda, novas e inusitadas riquezas. Infelizmente, nós que temos a maior biodiversidade do mundo ainda não percebemos, de forma clara, todo esse potencial à nossa disposição.
A frase que foi pronunciada:
“Desde a Revolução Industrial, os investimentos em ciência e tecnologia provaram ser motores confiáveis do crescimento econômico. Se o interesse local nesses campos não for regenerado em breve, o estilo de vida confortável com o qual os americanos se acostumaram chegará rapidamente.”
Neil de Grasse Tyson, divulgador científico, escritor e astrofísico americano.
Detran
Depois de esperar 1h45 para atendimento no Paranoá, o motorista deixou escapar a vez para dois números apenas e precisou pegar outra senha. Mesmo no lugar de quem não apareceu para o atendimento não é permitido receber senha com número diverso. Resultado: o dobro de espera. Às 10h38 eram 8 guichês e só dois em atendimento. Não há como dizer se isso é o extremo da rigidez ou uma leve incapacidade de ajuste à realidade.
Motos
Por falar em Detran, se a verba recebida das multas não for usada para a educação dos motoqueiros no trânsito, nosso destino será o mesmo do Rio e de São Paulo, onde ultrapassam por qualquer lado, andam nos acostamentos, cortam os carros, dão chutes nos retrovisores e alteram o escapamento das motos incomodando com o excesso de ruído.
Papa
Postado no Facebook do Papa Francisco um desafio fácil de cumprir e que pode alegrar muita gente.
A favor
Lançada no dia 26 de fevereiro, uma pesquisa no UOL pergunta se você é a favor que seu filho fosse filmado cantando o Hino Nacional na escola. O resultado foi o seguinte: 88,73% disseram que sim, 10,87 disseram que não e 0,40 não tinham opinião formada sobre o assunto.
Link para acesso à pesquisa: Você é a favor de que seu filho seja filmado ao cantar o Hino Nacional na escola?
Fakepage?
Lá estava na página da Polícia Federal, quarta-feira de cinzas, afirmando que tudo estaria funcionando até 18h30. Não estava. A estagiária da Comunicação Social não havia sido comunicada para passar a informação correta a quem ligasse para evitar viagem perdida.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Lacerdistas desesperados, dentro da Aeronáutica, estão criando incompatibilidades entre aquela corporação e o público. Soldado não tem nada a ver com pronunciamentos políticos. Sua missão é outra. (Publicado em 14.11.1961)
Os referenciais de riquezas de uma nação mudam com a evolução humana
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Ao longo da história da civilização, o referencial de riqueza de um povo variou conforme iam se alterando também a própria complexidade da sociedade. Quando o Brasil foi anexado aos interesses de Portugal, no início da Idade Moderna, o mundo ocidental experimentava um longo período econômico que os historiadores denominaram de Mercantilismo.
Naquela época, rica era a nação que possuísse a maior quantidade possível de metal (ouro e prata) em seus cofres e que pudesse manter um intenso e disputado comércio com outras partes do mundo. Para isso o Estado deveria intervir fortemente no mercado interno, contar com uma larga frota de embarcações, portos bem montados e toda uma infraestrutura capaz de manter a nação ocupada em explorar novos mercados, novos mundos.
Com o advento da Revolução Industrial, que nada mais foi do que a substituição da força humana pela força das máquinas, a noção de riqueza se deslocou do comércio intenso para a produção em série de produtos para o consumo humano. Nesse período, ricos eram os países que possuíssem muitas fábricas, metalúrgicas, têxteis e outras indústrias de transformação. Era a fase do capitalismo industrial.
Com a descoberta das potencialidades do petróleo e do motor à explosão, mudou, mais uma vez, o referencial de riqueza de uma nação. Dessa vez, país rico era aquele que possuía ricas jazidas desse mineral, produzia máquinas e outros bens capitais de transformação. Para isso, era preciso que uma nação contasse com forte aporte de capitais financeiros para essas empreitadas. Nessa fase, conhecida como capitalismo financeiro, os grandes bancos e agências de empréstimos investiam fortunas nas novas tecnologias que iam surgindo, como a luz elétrica, a borracha, o automóvel e outras invenções que transformaram o mundo contemporâneo naquilo que ele é hoje.
A frase que foi pronunciada:
“O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho!”
Ayrton Senna
Parque Brasil
Reginaldo Marinho está sempre empenhado em formar uma sociedade de massa crítica que crie oportunidades de desenvolvimento econômico, a partir da implementação de tecnologias nacionais, e defensora intransigente de nossa cidade.
Acervo
Em um texto publicado na Folha do Meio, o nosso cientista descreve como será o Parque Temático sobre o Brasil. A ideia é expor produtos tecnológicos brasileiros, as riquezas minerais e exibir um acervo que represente os ciclos econômicos brasileiros, constituídos por núcleos que contenham os fenômenos sociais e culturais desses ciclos: Pau-Brasil, Açúcar, Ouro/Diamante, Algodão, Borracha e Café. Estando esses núcleos interligados por réplicas da Estrada Real.
Patrimônio
Outro espaço para a exposição de equipamentos usados em diversas áreas do conhecimento, que constituem o patrimônio natural do Brasil através da geologia, biologia, antropologia, arqueologia, paleontologia e espeleologia. Deverão ser instalados laboratórios de biologia, física, química e de solos. Especial atenção para a água. O local deverá ter uma nascente para preservar e para educar em contrapartida com as nascentes do Distrito Federal que estão sendo engolidas pelos condomínios irregulares.
Tecnologia
Com certeza agradarão, aos estudantes e visitantes em geral, as modernas tecnologias, como impressão 3D, aliadas à argamassa armada. Imagine poder construir ou reproduzir monumentos como a Pedra do Ingá, ou as pegadas dos dinossauros, ambos registros icônicos que ficam na Paraíba; a gruta da Pratinha, na Chapada Diamantina e outros tantos monumentos naturais espalhados pelo Brasil afora.
É nosso
Reginaldo Marinho explica que a essência do projeto é fortalecer a autoestima da população, restaurar o orgulho nacional, facilitar a compreensão de nacionalidade, portanto, de cidadania, permitir o acesso às novas tecnologias e gerar riqueza com o desenvolvimento tecnológico nacional. Tudo aliado aos prováveis resultados do Núcleo Tecnológico, núcleo que abrigará o Espaço das Invenções Brasileiras, com salas dedicadas a Alberto Santos Dumont – e seu 14 Bis -, ao Padre Azevedo e Padre Landell de Moura.
Valorização
O padre paraibano Francisco João de Azevedo foi o precursor da máquina de escrever no século 19. A máquina do Padre Azevedo foi apresentada mais de uma década antes da primeira Remington. A invenção do religioso poderia ter sido símbolo do progresso brasileiro, mas acabou esquecida num canto da História.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ao presidente do IAPFESP, particularmente, recomendamos tomar conhecimento da imoralidade da permissão para a construção de casas de alvenaria em plena superquadra com o material do Instituto. (Publicado em 14.11.1961)