Autor: Circe Cunha
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Todos os países que apresentam excelentes índices em educação mostram, também, ao lado de uma persistente política pública para esse setor, níveis zero de problemas de violência envolvendo alunos e professores. É o caso de países como Coreia do Sul, Japão, Malásia e alguns outros.
Em comum, esses países adotam, além da qualidade indiscutível da educação, uma rígida disciplina que estende ao aluno e aos seus responsáveis todas as consequências pelos atos praticados por ele dentro da escola. Nesse caso, e sem maiores traumas, adotam desde a alfabetização, a disciplina como matéria escolar corrente. Na verdade, nessas sociedades mais desenvolvidas, a disciplina é requisito básico para a sobrevivência, independente do grau de formação acadêmica.
No Brasil, essa realidade há anos vem se apresentando de modo tão inverso que, não raro, os alunos com problemas sérios de comportamento são tolerados dentro das escolas apenas para não causarem maiores problemas e para não engrossarem, ainda mais, os índices de evasão e repetência escolar. Obviamente que, devido a essa estratégia “didática”, que acoberta aqueles indivíduos até violentos, contribui, ao seu modo, para aumentar as piores estatísticas dentro dos estabelecimentos de ensino, particularmente nos episódios de agressões contra professores.
Não é por outra causa que aumentam a cada ano os episódios de ataques contra os docentes. Há pelo menos uma década e meia que esses casos vêm sendo registrados e em número crescente, transformando nossas escolas numa espécie de reformatórios para menores delinquentes. Infelizmente, quem acaba pagando por essa tolerância são justamente os bons alunos, professores e os demais funcionários das escolas.
Desde 2003 o Brasil vem ocupando o primeiro lugar no ranking de país mais violentos contra os professores. Já naquele ano, pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 100 mil professores de 34 países, mostrava que 13% dos professores brasileiros já haviam declarado serem vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos. Trata-se de um índice elevadíssimo e que demonstra a falência de nosso modelo de educação, que copia da sociedade o mesmo sistema que considera o infrator uma vítima do meio.
Nesse sentido merece ser saudada a intenção do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, de colocar em prática, em todas as escolas do país, um programa de disciplina que irá defender os professores agredidos em sala de aula, dando a eles a necessária cobertura para não só chamar a polícia, mas também como processar os pais e responsáveis. O ministro foi ainda mais além, afirmando ser sua intenção buscar meios para que os responsáveis pelo aluno agressor percam o Bolsa Família e mesmo a tutela desses menores infratores.
Temos que cumprir leis ou caminhamos para a barbárie, afirmou recentemente o ministro, para quem é preciso acabar com a prática do ‘coitadismo’ e da leniência com esses casos. Tão logo foram anunciadas essas medidas de endurecimento contra os agressores, as mídias sociais foram inundadas com mensagens de apoio, o que mostra que esse é um problema que também aflige a sociedade, principalmente as pessoas e as famílias de bem que veem nossas escolas transformadas em depósitos de crianças desajustadas e completamente abandonadas pelo sistema.
A frase que foi pronunciada:
“Como escapar do Vale da Morte Educacional.”
Sir Ken Robinson. É um autor, palestrante e consultor internacional em educação nas artes para o governo, organizações sem fins lucrativos
Emprego
Recebemos as dicas da Bazz Estratégia e Operação de RH para quem estiver desempregado. Leia a seguir.
–> Saiu do emprego? Veja como se recolocar!
O desemprego está em alta e por mais que haja uma perspectiva de melhor, essa não será em curto prazo, outro ponto é que se observa um crescente desânimo no mercado profissional com a insatisfação dos profissionais por motivos variados, criando uma crescente busca por um reposicionamento no mercado no trabalho. Assim, alguns cuidados devem ser tomados antes de qualquer ação de procura de emprego ou mesmo de mudança.
É importante ter claro que, em momentos de incertezas na economia e nos resultados das empresas, o surgimento de novas oportunidades fica comprometido, com isso, buscar uma recolocação no mercado de trabalho tende a ser mais dificultoso. Mas, isso não torna impossível.
Desemprego é motivo de desespero?
Pode parecer difícil manter a calma diante o desespero e as informações negativas do mercado que vemos diariamente, mas, nesse momento manter a tranquilidade e equilíbrio torna-se um fator essencial para seu reposicionamento.
Para e repare como sempre a ansiedade e o desespero tende a dificultar ainda mais o raciocínio e apresentação de suas habilidades técnicas e comportamentais, por isso se controle. Além disso, agir por impulso de induzi-lo a decidir por uma oportunidade qualquer, que não agregará em sua vida profissional ou poderá deixar vulnerável a golpes existentes no mercado, por trás de oportunidade milagrosas de ganhos. Assim, primeiro ponto que ressalto, mantenha o raciocínio lógico.
Passos para se reposicionar
A busca por reposicionamento não é tão simples, porém também não é impossível, sendo necessário planejamento e preparo em suas ações e construções de novas oportunidades. Cito sete passos que julgo importantes para que essa busca tenha êxito:
1. Amplie sua rede de relacionamentos a cada momento, isto é, trabalhe o seu network, lembrando que esse não deve ser utilizado somente nas necessidades. Assim, esteja pronto também para ajudar e nunca deixar de ser lembrado;
2. Defina a estratégia para que possa desenvolver sua autoapresentação, de forma transparente, segura e que demonstre preparo;
3. Crie interesse por parte do entrevistador, através de um Curriculum Vitae bem elaborado, com ordem e clareza na apresentação descrita e verbal, apresentando quais seus objetivos e seu potencial;
4. Cuidar da imagem pessoal é tão importante quantos os demais itens, demonstram autoestima e amor próprio, pois, primeiro temos que gostar de nós mesmos para depois gostar do que fazemos;
5. Busque conhecimento e informações além de sua formação, a fim de manter-se atualizado diante das mudanças de mercado;
6. Conheça as empresas que tem interessem em buscar oportunidades, analisando seus produtos ou serviços, estrutura e sua colocação de mercado.
7. Tenha transparência e autenticidade, esses pontos que atraem as empresas, portanto, não queira construir um personagem, seja você mesmo, demonstre o quanto tem valor nas competências técnicas e comportamentais.
Estou empregado, mas insatisfeito!
O fato de passarmos por uma crise não significa que os profissionais que estejam posicionados e desmotivados devam ficar estagnados, sem analisar novas possibilidades. Porém, aconselho que primeiramente se busque quais os motivos que estão levando a condição de desmotivação, criando oportunidades de mudança do ambiente e tornando-o mais atraente.
Após essas ações e análises, concluindo-se que realmente é momento, recomendo que busque novas oportunidades, contudo, antes de deixar a colocação atual, aguarde o melhor momento e uma boa proposta para tomar a decisão em definitivo.
Enquanto isso não ocorrer, busque motivação para contribuir com a empresa, atitude que considero no mínimo profissional e que dará respeito e consideração futura. Lembrando que deixar um legado positivo em resultados e em atitudes pode consolidar sua imagem em seu campo profissional.
Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH.
De olho
Professores têm dificuldades para cancelar plano de Saúde vendido sem as informações suficientes. Ou mesmo sem a leitura integral do contrato. Saúde Vida Card, segundo o portal do consumidor Reclame Aqui, não emite nota fiscal das parcelas pagas, não é reconhecido pela ANS, não permite o cancelamento imediato e os atendentes são extremamente brutos. Nenhuma das reclamações foi respondida no portal.
Link de acesso ao Reclame Aqui: Todas reclamações para Saúde Vida Card
Realidade
Problema sério com pessoas que precisam do salário quando dependem do INSS. Levam meses para receber, já que não há a mesma seriedade trabalhista no pagamento. Mas as contas a pagar permanecem, as multas são cobradas pelo atraso, e o prejuízo é grande, além do estado de vulnerabilidade em que o trabalhador se encontra. Os honestos pagam pelos erros alheios.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O primeiro busto inaugurado em Brasília foi do maestro Vila Lobos, em frente ao Ministério da Educação. Até agora, Juscelino era solitário, no Catetinho e na superquadra do Ipase. (Publicado em 17.11.1961) 17.11.1961)
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Num país em que você se depara com escolas em precaríssimas condições materiais e humanas de funcionamento, algumas não possuindo, sequer, carteiras, tetos, banheiros ou mesmo professores qualificados para a função, desperdiçar tempo e recursos com discussões propondo o combate ao chamado marxismo cultural ou a implantação da Escola sem Partido, entre outras bobagens acadêmicas, parece coisa de lunático. Prioridades são, até para técnicos medíocres, em qualquer área, a maneira correta para atingir os objetivos propostos.
De um dirigente, principalmente dentro de um ministério com a importância e a urgência que a educação requer nesse país, espera-se, ao ser empossado, que faça, o mais breve possível, uma radiografia completa e detalhada sobre as prioridades que essa área reclama. Obviamente, aproveitando estudos nesse sentido já realizados pelos técnicos da área.
Sem o conhecimento das necessidades, muitas das quais até básicas, como quadro negro, exigidas nesse setor, toda e qualquer ação é inócua. O segundo ponto importante, é claro, é a colocação nessa pasta de um profissional com formação e atuação direta nessa área, ou seja, de um educador de renome. Dificilmente um setor delicado com tantos problemas e carências, como o da educação, alcançará resultados significativos com gestão centrada em parâmetros do tipo político partidária.
Realizados esses dois quesitos, a terceira tarefa prioritária, e talvez a mais importante de todas, seja a valorização do professor. Esse profissional é a mola mestra de todo o sistema educacional. Dele depende não só o desempenho dos estudantes, mas o bom funcionamento de toda a estrutura educacional. Desde sempre é sabido que os resultados na melhora do sistema educacional, seja aqui ou em outros países, passa primeiro pela melhora nos quadros dos docentes. Valorizar esse profissional importantíssimo para o desenvolvimento humano e social de um país requer cuidar, de início, de um conjunto de medidas que visem a formação de qualidade desses trabalhadores, bem como o estímulo à profissão por meio de um bem montado e completo plano de carreira, capaz de atrair cada vez mais brasileiros para esse setor.
O Brasil possui hoje aproximadamente 2,2 milhões de professores, sendo a profissão mais numerosa do país, o que, de certa forma, já facilitaria dar início aos trabalhos de transformação do país via educação. Ocorre que essa é ainda a profissão mais desvalorizada entre nós. Pesquisas recentes têm revelado que uma média de 71% dos educadores se declaram insatisfeitos com a profissão, sendo que muitos falam abertamente em abandonar o ensino, tão logo consigam outra ocupação remunerada.
A falta de incentivos, o desprestígio perante a sociedade e os próprios alunos, além dos casos recorrentes de violência nas escolas, tem afastado muitos professores do trabalho de ensinar. 67% dos professores entrevistados pela pesquisa elaborada pelo movimento Todos pela Educação revelaram que nunca foram ouvidos para a formulação de propostas para as políticas de educação. Quando o assunto é remuneração, a quase totalidade reclama dos baixos salários e de outros incentivos materiais, como auxílio para compra de livros, realização de cursos de aperfeiçoamento e outras ações capazes de manter esses profissionais seguros e bem preparados para a missão.
Fosse realmente colocado como prioridade nacional, e não apenas como discurso vazio de campanha por todos os candidatos, há muito a questão educacional já seria um assunto resolvido. Nesse sentido, começar pelo início, ou seja, pelo estabelecimento de uma lei que fixe como teto da remuneração dos servidores públicos do país o salário de um professor universitário ou pesquisador com dedicação exclusiva, carga completa e com todas as titularidades seria, com toda a certeza, o começo de uma nova era para a educação em nosso país.
Somente no dia em que a profissão de professor for considerada a mais importante do país é que estará solucionado esse problema secular que nos mantém presos ao atraso e ao subdesenvolvimento
A frase que foi pronunciada:
“Um professor é a personificada consciência do aluno; confirma-o nas suas dúvidas; explica-lhe o motivo de sua insatisfação e lhe estimula a vontade de melhorar.”
Thomas Mann, escritor alemão
Revisão
Na marcha em defesa dos municípios, o presidente Bolsonaro disse que o país sairá da crise se todos os brasileiros tiverem o mesmo objetivo: o bem-estar da população brasileira. Além da boa intenção, já é hora de os prefeitos prestarem contas obrigatoriamente a cada vez que pedem mais dinheiro. Prestar contas e contrapartida ao país.
Revogaço
O excesso de regras é a alegria de quem procura brechas para sair da linha. Ao prometer enxugar o roteiro burocrático, o governo mostrará, na prática, que o cidadão de bem é prioridade. Bom seria se o governador Ibaneis fizesse o mesmo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Desde que o Major Dagoberto foi promovido a coronel, nunca mais tivemos telefone na redação. Vou mandar dizer isto ao José Paulo Viana. (Publicado em 17.11.1961)
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Durante todo o tempo em que a mídia prestava atenção e divulgava as falas, Lula, insistentemente, usou da retórica divisionista do “nós contra eles” como forma de apartar as massas e com isso obter vantagens eleitorais e políticas imediatas, dentro da velha e perigosa lógica de dividir para dominar. Por um breve período, a estratégia adotada pelo então presidente da república lhe trouxe alguns frutos e, enquanto estava no poder, não foram poucos os políticos e parte da imprensa que se renderam a essa ladainha belicista, certos de que ela era uma mera tática usada em política, inofensiva e sem maiores consequências.
O tempo, com sua paciência de estátua de praça, cuidou de demonstrar que, por detrás dessa singela retórica separatista de marketing, estava se formando e cristalizando um grosso caldo onde eram misturados, no mesmo caldeirão, ódios, invejas, incapacidades, ressentimentos, frustrações e outros sentimentos que só a espécie humana é capaz de produzir. Passados agora um ano da prisão, passados 365 dias desse ideólogo do caos, o que se observa por todo o país é o afloramento desses sentimentos nas suas mais variadas versões, opondo brasileiros contra brasileiros, instituições contra instituições e, o que é pior: os brasileiros contra as instituições do Estado.
Brotadas as sementes desse ambiente de animosidade generalizada, que foi cuidadosamente semeado, a razão e o bom senso se afastaram, dando lugar a ações extremistas e outras maldades que pareciam confinadas na Caixa de Pandora. Com isso, a perda de credibilidade nos políticos e suas respectivas legendas, nas instituições da República e no próprio Estado, tem propiciado, cada vez mais, o aparecimento de núcleos extremistas que pregam abertamente, e sem maiores constrangimentos, o fim do Estado Democrático de Direito.
A forma selvagem com que o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi tratado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, e mesmo o conteúdo dos debates que vão sendo travados no Congresso, reforçam a preocupação de que o Brasil vai adentrando célere para um período de grande conturbação política e social, por conta, justamente, desses apelos segregacionistas feitos num passado recente e que, infelizmente, não foram, naquela ocasião, repelidos com a máxima veemência.
Para aqueles que não entendem a antiga expressão: “quem semeia vento, colhe tempestade”, o significado vai ficando cada mais claro, quando se nota que, até dentro das famílias brasileiras, as outrora sementes da fraternidade, que deveriam germinar no mesmo lar, vão sendo espalhadas pelos ventos da discórdia, levando muitas a caírem em solos inférteis.
Com ou sem metáforas, é certo que o maior e mais nefando crime cometido pelo ex-presidente, do alto de suas responsabilidades constitucionais, não foram os crimes comuns de lavagem de dinheiro e corrupção, mas o crime de pregar a divisão da nação entre “nós e eles”. Por esse crime, nem a prisão perpétua teria o condão de restabelecer e reparar os danos causados ao país.
A frase que foi pronunciada:
“O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente…”
Mario Quintana
Nada
Para a Procuradoria Geral, que está despejando apartamentos ocupados por estranhos: todos os oficiais de Justiça de Brasília conhecem pelo menos um deputado e um senador, que alugam os apartamentos, e, quando vêm a Brasília, “ficam num quarto de um amigo”. Desde novembro de 1961 isso acontece
Muda
Para a diretoria da CASEB: muita gente, muita mesmo, tem reclamado contra os transviados alunos daquele estabelecimento, em número reduzido, mas perigoso. Agora são centenas de escolas públicas e particulares com o mesmo problema. Com o passar do tempo as universidades também. Quanto ao Caseb o fato foi anunciado por essa coluna também em novembro de 1961.
Nesse
O governo preste atenção para uma coisa: inicia-se hoje, em Fortaleza, o primeiro Congresso de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Ceará. Estes, são os explorados, os que trabalham para que os “industriais da seca” enriqueçam e multipliquem suas fortunas com o contrabando. É gente que está como pólvora. É só passar um foguinho por perto. Nada mudou desde novembro de 1961. A coluna do Ari Cunha é testemunha.
País
O Serviço de Turismo precisa funcionar no aeroporto. O que as empresas de turismo fazem é uma exploração desumana e descabida, que decepciona os visitantes, os turistas. Um senhor argentino, desembarcado ontem em Brasília, recebeu, da Excelsior, uma proposta para uma visita à cidade pelo preço de 6 mil cruzeiros. Com a relutância do turista, o mesmo serviço ficou por três mil cruzeiros. Isso em novembro de 1961, em Brasília. Hoje o roubo é tanto que para turistas a moeda é chamada de surreal.
Esperança
Há esperança também. Leia a História de Brasília abaixo. Supermercado da Novacap, a SAB, e a Cobal eram alternativas para as donas de casa pagarem menos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Comparando preços de um ano atrás, observa-se que o custo de vida em Brasília decresceu, depois da inauguração do supermercado da Novacap. (Publicado em 17.11.1961)
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Relatório elaborado há pouco pelo Banco Mundial, com previsões econômicas para toda a América Latina, mostra não só uma desaceleração acentuada no ritmo de crescimento previsto para o continente nos próximos anos, (de 1,7% para 0,9% em 2019), mas uma expansão significativa da pobreza no Brasil. É certo que esses números negativos de crescimento irão empurrar para baixo também a maioria dos indicadores sociais, afetando diretamente os números de emprego e renda.
Sob o título “Efeitos dos Ciclos Econômicos nos Indicadores Sociais da América Latina e Caribe: Quando os sonhos Encontram a Realidade”, o estudo, que parece ter um subtítulo de romance de ficção, mostra de forma crua os desafios a serem enfrentados por nosso país e pelo continente nos próximos anos para deter o agravamento da pobreza, principalmente nesse período de crises sistêmicas que parecem afetar a todos igualmente.
Para o Brasil, as previsões são de uma expansão na riqueza interna da ordem de 2,4% para esse ano, sendo que em países como Argentina será de menos 1,3% e para a Venezuela, de menos 25%. Com isso, vai aumentando, de forma contínua, o cinturão de pobreza em volta do Brasil, o que contribui, por tabela, para dificultar o crescimento do nosso país, tornando difícil uma retomada plena do desenvolvimento.
Como no caso da maioria de nossas metrópoles, cercadas de favelas, o Brasil vai assistindo a expansão da pobreza em suas fronteiras. O fato é que, seja uma metrópole ou país, dificilmente pode haver crescimento e desenvolvimento plenos quando o entorno está cercado por situações de pobreza. Ilhados em meio à realidade da pobreza em expansão, crescer e gerar riqueza não é fácil.
Entre 2014 e 2017, os indicadores mostrados por esse levantamento mostraram que houve um aumento da pobreza no Brasil, principalmente motivado pela prolongada forte recessão. Ciclos econômicos de altas e baixas na economia, e não podiam ser de outra forma, possuem, segundo os economistas, fortes repercussões nos indicadores da pobreza.
Ganhos permanentes na economia só se tornam possíveis após um longo período de estabilidade, com a redução significativa nos índices de pobreza e de desigualdade, o que parece não ter acontecido até o momento. Nesse quesito, o Banco Mundial aponta a implementação das reformas como o meio correto para melhorar esses números negativos de crescimento. Dentre essas reformas, o Banco destaca como essencial as reformas fiscais, em especial a reforma da previdência, que representa hoje o maior sorvedouro de encargos do nosso país.
De acordo com esse relatório, o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil aumentou 7,3 milhões desde 2014, e hoje já atinge 43,3 milhões de brasileiros ou 21% da população, o que é um número muito significativo e que vai exigir grande esforço para ser revertido a curto e médio prazos. Mesmo a crise vivida pela vizinha Venezuela poderá trazer reflexos negativos para o Brasil, projetam os especialistas.
Internamente, a dívida pública de mais de 80% do nosso PIB mostra, segundo esses dados que temos, ainda um longo caminho pela frente. A falta de um conjunto coerente de medidas e programas sociais que produzam a chamada rede de segurança social, com políticas distributivas, pode minorar o problema da pobreza, mas só a curto prazo.
Com um problema dessa dimensão, cercado externamente por países pobres e internamente por dificuldades políticas, econômicas e sociais de toda a ordem, apostar todas as fichas apenas nos próximos quatro anos é arriscado. Teremos ainda muito chão pela frente, até livrar o país, definitivamente, da herança ruim semeada nas últimas duas décadas.
A frase que foi pronunciada:
“Um segundo mal que assola o mundo moderno é o da pobreza. Como um polvo monstruoso, projeta seus tentáculos presunçosos e incômodos em terras e aldeias em todo o mundo. Quase dois terços dos povos do mundo dormem com fome à noite. Eles são subnutridos, malcuidados e malvestidos. Muitos deles não têm casas ou camas para dormir. Suas únicas camas são as calçadas das cidades e as estradas empoeiradas das aldeias.”
Martin Luther King em discurso do Prêmio Nobel da Paz, 1964
Autoridade
É preciso enaltecer a escola Senac de gastronomia. Instalada por todo o país, tem feito um trabalho importante dando oportunidade para os alunos que realmente querem encarar o trabalho com dedicação e seriedade. Um deles, apaixonado pelo que faz, passou de aluno a professor: Josenilton Nascimento dos Santos. Ele divide o tempo entre dar aulas e trabalhar como chefe na cozinha do Sesc na Bahia. Na sexta-feira, brindou os clientes do restaurante do Senado abrindo o Festival Gastronômico. A autoridade daquele local, naquele dia, era ele. Conheça um pouco mais desse chefe internacional a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Muito bem iluminada a Avenida W 3, à altura das quadras da Fundação. Os moradores, por intermédio desta coluna, agradecem ao DFL. (Publicado em 17.11.1961)
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De acordo com economistas que estudam o problema endêmico da pobreza no Brasil, suas causas e consequências, bem como as estratégias capazes de livrar nosso país dessa chaga social e econômica, quaisquer que sejam as fórmulas que venham a ser adotadas para tirar boa parte da nossa população dessa condição, terá que principiar pelo rompimento do círculo fechado em que esse fenômeno se insere.
De acordo com esses estudos um país ou região é pobre porque há falta de capital; falta capital porque há baixa capacidade de poupança ou acumulação de riqueza; há baixa capacidade de poupança porque há baixa renda; há baixa renda porque há baixa produtividade e há baixa produtividade porque há falta de capital. Obviamente que, dentro desse círculo vicioso, existem outros subfatores que induzem o fenômeno da pobreza, fazendo com que esse rompimento seja ainda mais complicado.
Dentre eles, podem ser citados o fenômeno, também endêmico, da corrupção e de sua coirmã, a concentração acentuada de renda em mãos de poucos brasileiros, o que faz de nosso país um dos campeões mundiais da desigualdade.
Uma imagem que tem circulado muito pelas redes sociais e que mostra, de forma didática e bem resumida, o que é a pobreza, a corrupção e a concentração absurda de renda em um só enquadramento, apresenta uma tomada aérea da super mansão do ditador, José Eduardo dos Santos, o segundo homem mais rico daquele continente e que está no poder em Angola há exatos quarenta anos. Aparecem na mesma cena, além da imensa propriedade, ocupando vasta área verde com diversas instalações, uma infinidade de barracos e outras construções, formando um conjunto extenso de favelas precaríssimas que cercam os quatro lados dessa nababesca construção.
Note-se que nesse país a Odebrecht, graças à interferência pessoal do ex-presidente Lula, vem fazendo festa há mais de uma década, usando os mesmos métodos empregados por aqui. Nesse país cuja a população vive em extrema pobreza, o Brasil, graças também à atuação petista, chegou a “investir” mais de R$ 14 bilhões num espaço de tempo de pouco menos que oito anos. Claro que essa montanha de dinheiro não foi canalizada para minorar os problemas sociais e econômicos daquela gente, indo, sim, parar diretamente nos bolsos dos poderosos daqui e de além mar.
Quadros como esses também podem ser captados aqui no Brasil. Como aquela foto tirada em Angola, um país também ex-colônia portuguesa e como tal, herdeiro desses mesmos vícios históricos, sintetiza o mecanismo que faz com que o fenômeno da pobreza possui causas estruturantes complexas, longevas e absolutamente injustas.
Também em nosso país a concentração acentuada de renda entra também no cálculo da pobreza, o que piora de forma desumana esses índices. Quem chega de avião à maioria das grandes capitais brasileiras também pode ter essa visão do imenso desnível social e econômico experimentado por nossa gente. O Rio de Janeiro, que por muitos anos foi a capital do país e a mais rica de todas as unidades da federação, apresenta ao visitante que chega pelo ar um panorama claro de uma cidade que vai, aos poucos, sendo engolida pela expansão das favelas, ou seja, pelo aumento da desigualdade, pela concentração de renda e pela corrupção.
Também Brasília, idealizada para ser a moderna capital dos brasileiros, apresenta aos que chegam de avião a mesma e triste cena da expansão das favelas sobre a cidade, repetindo o mesmo fenômeno presente em todas as metrópoles brasileiras.
Com isso, é possível constatar que a totalidade das cidades de nosso país vistas do ar pouco se diferem da réplica cruel que mostra a realidade hoje em Angola. Vistos de cima, somos o que somos e nenhum índice oficial, por mais engenhoso que seja, é capaz de camuflar o que os olhos veem.
A frase que foi pronunciada:
“Quando uma pessoa pobre morre de fome, isso não aconteceu porque Deus não cuidou dela. Isso aconteceu porque nem você nem eu queríamos dar a essa pessoa o que ela precisava ”.
Madre Teresa de Calcutá
Realidade
Comentário no cafezinho da Câmara. Um admirador do ministro Guedes fez as contas dizendo que até nisso a oposição falha. O primeiro dia de governo só começa quando o Congresso está pronto para votar. Por isso, Bolsonaro e equipe não fizeram 100 dias de trabalho ainda. Mas já chegaram prontos, com projetos importantes finalizados que só dependem dos representantes do povo.
Passa rápido
Falando em tempo, amanhã faz um ano que o presidente Lula está preso.
Avianca
Imagine estar sentado em um avião e receber a notícia de que não poderá voar nele porque o transporte foi penhorado. De uma coisa nenhum brasileiro tem o direito de reclamar: nós somos um país totalmente sui generis.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O sr. Guilherme Machado castigou firme quando se referiu ao Tribunal de Contas da União: “É um órgão anacrônico, responsável pela aprovação de mais de cem mil processos por ano, e incapaz de dar conta de todos eles, em tempo hábil e regulamentar”. (Publicado em 17.11.1961)
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Ao percorrer algumas áreas da parte central de Brasília, um turista acidental, do tipo que conheceu a capital ali pelos anos setenta, ou uma década após sua inauguração, constata, sem esforço, que a cidade idealizada por um dos maiores urbanistas do planeta envelheceu precoce e severamente em pouco mais de algumas décadas.
A decadência de áreas como as W2 e W3 Sul e Norte, das quadras 700, dos setores bancários, do setor comercial e principalmente de todo o perímetro em volta da Rodoviária do Plano Piloto, deixa claro que esses endereços, outrora chiques e disputados pela valorização local, hoje se apresentam como lugares perigosos, sujos, mal iluminados, tomados pelo mato, com calçadas quebradas e lixo, muito lixo, espalhado por onde quer que a vista alcance.
O Plano Piloto, ou seja, o coração da capital, com suas belezas arquitetônicas, seus espaços bucólicos, arborização, sua setorização arrumada, vai, pouco a pouco, desaparecendo ante o descaso, a falta de preservação adequada e outras atitudes de seguidos governos.
Não bastasse esse desmazelo com a capital de todos os brasileiros, circular por esses locais e mesmo em meio as Superquadras é se deparar a todo momento com menores abandonados, homens, crianças e idosos cheirando derivados de petróleo, usando entorpecentes à luz do dia. A poluição visual, com letreiros ocupando cada centímetro do espaço livre, as pichações e depredações dos móveis urbanos, fornecem os indícios de que essa é uma cidade sem lei ou, ao menos, sem fiscais da lei.
Difícil é andar nesses locais sem ser abordado por todo o tipo de pedinte, alguns ameaçadores. O descaso com a cidade, a falta de ação por parte das autoridades e mesmo de moradores, com muitas exceções, e comerciantes, parecem decretar o fim dos espaços públicos ou ao menos o respeito pelos espaços que são de todos. A noção errada de que nossa cidade termina onde começa a porta de nossas casas precisa ser reaprendida, sob pena de ficarmos ilhados e fechados dentro de quatro paredes.
Com isso, nossas ruas vão se transformando em áreas hostis, sem policiamento, escuras e malcheirosas, tal qual uma cidade abandonada à própria sorte. O desrespeito pelas normas urbanas está por todo lugar. Invasões, barracos de lata de comércio precário, puxadinhos dos comércios locais sem cerimônia. Vão se espraiando por áreas verdes, ocupando calçadas, canteiros, com cada um fazendo o que bem quer sob o olhar indiferente das autoridades.
A fragilidade de uma cidade planejada ou seu Tendão de Aquiles está justamente no comportamento sem urbanidade de seus cidadãos e dos seus responsáveis. A obediência aos códigos de postura, de edificações e ao que delimitam as leis é condição fundamental para a continuidade de toda e qualquer cidade. No caso de Brasília, considerada por muitos uma joia do modernismo e do empreendedorismo de uma nação, o descaso e o abandono continuado de suas áreas centrais, poderá, dentro do que ensina a Teoria das Janelas Quebradas, conduzir a capital para um estágio tal de desestruturação de seus espaços, que torne impossível a recuperação da beleza e harmonia originária, condenando a cidade e entrar para o rol das muitas capitais brasileiras depredadas e abandonadas pelo poder público.
A frase que foi pronunciada:
“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.”
Juscelino Kubitschek
BSB, meu amor!
Por falar em Brasília, nas comemorações dos 59 anos da capital, as fundadoras do movimento Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo – lançaram a primeira edição do Prêmio Olhar Brasília de Fotografia. O projeto tem curadoria do fotojornalista Alan Marques. As jornalistas convidam os brasilienses para se inscreverem até o dia 21 de abril com fotos que mostrem o amor pela cidade.
Arte
Até o dia 25 de maio, mais de 30 artistas participam da exposição Entre Cores e Utopias, que mostra os grafites da cidade. Renata Almendra, com fotografias de Juliana Torres, apresenta o movimento de Brasília nas mãos dos grafiteiros. Suas propostas, crenças e protestos. Veja o vídeo no blog do Ari Cunha sobre o lançamento do livro de Almendra sobre o assunto.
NET
Enquanto o internauta pensa que parece ter uma conta vencida sem ter sido paga, aparece no email uma mensagem falando exatamente sobre isso. Com dados completos, nome do cliente, endereço e a melhor parte: a Net propõe que você não fique inadimplente. Por isso dará 50% de desconto na mensalidade. Preocupado em não deixar passar mais nenhum dia de inadimplência, o internauta paga pelo código de barras. Confere e percebe que quem recebeu o pagamento foi uma pessoa física.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Mais de meio milhão, custou a limpeza dos trevos durante a última inundação. Nós já havíamos chamado a atenção contra a suspensão da plantação da grama, agora atacada pela Novacap. (Publicado em 17.11.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Ao contrário do que tem afirmado o atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o aumento na insegurança jurídica não vem sendo gerado pela atuação continuada da Operação Lava Jato, mas pelo recrudescimento da criminalidade. Opinião nesse sentido vem sendo repetida por nove em cada dez procuradores do Ministério Público. O mais significativo é que essa mesma avaliação é feita pela maioria quase absoluta da população.
Para a procuradora da República Thaméa Danelon, a posição da OAB não chega a ser surpresa, pois durante a aprovação das 10 medidas contra a corrupção, votadas no Legislativo, a OAB não só não apoiou as medidas, como fez campanha contrária a sua aprovação. Além de não apoiar esse conjunto de ações saneadoras, a OAB tão pouco apresentou quaisquer outras medidas alternativas, restringindo sua oposição a esse pacote saneador apenas com críticas desconexas e sem respaldo algum com a ética.
Para essa procuradora, é uma pena que a OAB não tenha se unido às demais instituições do país no combate à corrupção e ao crime organizado. O que se pode aferir desse comportamento paradoxal, já que essa entidade, por sua concepção, deveria estar na vanguarda do combate ao crime, pode ser em parte explicado por uma espécie de corporativismo doentio que leva essa Ordem a se posicionar ao lado dos grandes escritórios de advocacia do país que veem perder, pouco a pouco, a mina de ouro representada pela defesa de poderosos grupos envolvidos em casos de corrupção.
O que temem os abrigados por essa entidade é que operações como a Lava Jato ponham um fim na indústria de liminares, reduzindo ainda as chances de recursos e em outras protelações jurídicas infinitas. Com isso, as chicanas, tão comuns em nossa justiça e que acabavam por anular processos rumorosos, com essas operações muito bem coordenadas vão ficando cada vez mais raras.
Na verdade, o que esses grandes escritórios, que passaram a amealhar enormes fortunas na defesa de corruptos, não contavam é que a alta formação técnica e profissional desses novos procuradores, dos novos juízes e desembargadores, fosse capaz de pôr um fim a um tipo de justiça discricionária que sempre livrava das barras da lei os malfeitores endinheirados.
Uma simples conferência no próprio Código de Ética e Disciplina da OAB, em seu artigo 6º, mostra que essa entidade jamais puniu qualquer desses advogados de alto coturno pela utilização recorrente de chicanas e outros artifícios capazes de opor obstáculos à realização da justiça. Tão pouco essa entidade tem se empenhado no sentido de punir aqueles advogados que agem livremente como pombo correios de criminosos encarcerados.
Falar em “reencontrar a agenda do crescimento econômico”, perdida, segundo o presidente da OAB, pela ação deletéria da Lava Jato, soa como um acinte contra os brasileiros, que tentam acertar seus ponteiros com o século XXI, deixando para trás um país empobrecido pelos desmandos e roubalheiras pantagruélicas.
A frase que foi pronunciada:
“Não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos as nossas mãos.”
Friedrich Schiller, poeta, filósofo, médico e historiador alemão nascido em 1759.
Muito bom
Disponível, pelo GDF, o Programa de Atenção à Saúde Mental Materna. Trata-se de uma iniciativa da Gerência de Saúde Mental Preventiva especialmente voltada para gestantes, mães de recém-nascidos e mulheres em situação de luto materno. Pela entrevista de acolhimento, a triagem é feita para grupo de gestantes, pós-parto, luto materno, visita domiciliar pós-parto, rodas de conversa e encaminhamento para tratamento psiquiátrico, se for o caso. O atendimento telefônico não é feito por alguém que conhece 100% do projeto, mas deixando o seu número, o pessoal sempre faz contato. Tente contato pelo saudementalmaterna@gmail.com ou pelo nº 33493972.
Nossa honra!
Com muita alegria, dona Terezinha Bleyer nos manda notícia de sua cidade natal, Campos Novos, a conhecida Suíça Catarinense, que faz 138 anos. A cidade foi fundada por João Gonçalves de Araújo, bisavô de nossa leitora.
STF
Termina, dia 10 desse mês, a exposição Memórias Femininas da Construção de Brasília, no Supremo Tribunal Federal. Bem que poderia ficar naquele espaço até o aniversário da cidade. Deve ter sido um trabalho hercúleo para Tânia Fontenele montar todo aquele material.
Ibaneis Rocha
Por falar nisso, a torcida dos pioneiros é grande para que o governador abrigue a exposição Memórias Femininas da Construção de Brasília em local fixo. Afinal, nossa história merece mais do que carinho, merece respeito. Se precisarem, o contato de Tânia Fontenele está no convite da exposição a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Funcionários da Rádio Nacional e da Novacap, despejados da “Coréia”, deixaram os apartamentos completamente danificados. Destruíram pias, banheiros, arrancaram tacos, estragaram a pintura, fechaduras e vidraças. Afora o despejo, se o IAPI cumprisse com a sua missão, cobraria, também, os prejuízos causados. (Publicado em 17.11.1961)
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Em nosso país, o fenômeno da corrupção, apenas se observado nas últimas três décadas, foi o resultado quase natural de um pacto oligárquico que, de modo profissional, arrecadou e distribuiu ilegalmente dinheiro público dentro de um sistema estrutural, sistêmico e institucionalizado, ou seja, entranhado nas instituições da República.
A avaliação foi feita pelo ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal, em um encontro promovido pelo Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP), em conjunto com o jornal Estado de S. Paulo, nessa segunda-feira. Segundo o magistrado, esse mega esquema só foi possível porque envolveu um espantoso arco de aliança que incluiu empresas privadas, empresas estatais, agentes públicos, agentes privados, partidos políticos, membros do Legislativo, membros do Executivo e outros. Todos, segundo diz, absolutamente despojados do senso crítico, crentes de que a naturalização dos procedimentos errados não haveria de produzir resposta alguma da justiça. Nesse sentido até gente bem-nascida e rica passou também a roubar, porque esse era o modo natural de se comportar no espaço público. Daí porque o ministro Barroso acredita ser esse um bom exemplo de pacto oligárquico, de saques e desvios ao Estado Brasileiro para fins privados.
Pessoas que acreditavam ser uma espécie de sócios do Brasil, e que cobravam uma participação em todos os contratos públicos relevantes. Esse modo de agir, segundo o ministro que relatou alguns desses casos, não havia casos isolados, mas um modo de se fazer negócios, de se fazer política. Portanto, nesses casos, não havia um só negócio público relevante em que os agentes públicos não cobrassem um percentual, como se fossem sócios no negócio. Graças ao que classifica como uma imensa reação da sociedade é que foi possível barrar esse esquema. A sociedade brasileira deu início então a um grande movimento por integridade, por idealismo, por patriotismo que acabaram por empurrar as instituições na direção de adoção de novas jurisprudências, como o fim mafioso dos financiamentos de campanha, a redução do foro privilegiado, a possibilidade de prisão em segunda instância entre outras alterações importantes.
Também merece destaque no combate a esses crimes, segundo Barroso, o estabelecimento de legislação sobre lavagem de dinheiro, sobre a Lei da Ficha Limpa e sobre a chamada colaboração premiada, mudanças incentivadas por um processo histórico realizado em boa medida pela sociedade.
Obviamente que um movimento pela ética, dessa natureza, iria produzir uma grande reação levada a cabo justamente por esse pacto oligárquico, que aposta no atraso secular desse país, como meio de prosseguir em seus intentos criminosos. Com isso o ministro passou a alertar a todos sobre a possibilidade de uma grande operação abafa que estava por vir e que, de fato, veio com força total. Foi, em sua opinião, a energia que emanada pela sociedade, a grande responsável por deter essa reação dos oligarcas, interessados em perenizar o status quo.
É essa elite extrativista que impede a construção de instituições políticas e econômicas verdadeiramente inclusivas que devemos combater. Estamos do lado certo da história.
A frase que não foi pronunciada:
“Voto não tem preço. Aprovação de PEC também não.”
Linha tênue entre o eleitor e o eleito corrupto
Civilização
Festa agradável na embaixada da Noruega. Com um toque da pimenta baiana e os melhores bacalhaus noruegueses, o embaixador Nils Martin Gunneng foi o anfitrião de um encontro memorável em Brasília.
Perigo
Chama a atenção, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a banalização da intervenção cirúrgica feita pelas redes sociais, principalmente por influenciadoras digitais, que são remuneradas (sem necessidade de pagar impostos) para fazer propaganda até de operações desnecessárias.
Ceará
Não são só a Paraíba e Pernambuco que atraem o turismo em tempos de São João. Fortaleza está investindo pesado para que a festa seja um sucesso. Dentro do projeto turístico organizado pela Secretaria de Turismo serão espalhadas dezenas de feiras internacionais e nacionais.
Posse
Assim os parlamentares da Câmara dos Deputados e Senado, que fazem parte da base do governo, receberam a sugestão para indicar pessoal para cargos comissionados com ficha limpa e qualificação. Além disso, há publicidade e transparência nos atos. A lista de documentos para a habilitação e posse é longa.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Alegam, ainda, concorrentes, que durante os exames, alguns candidatos marcaram suas provas, no que foram repreendidos pela assistente, ficando, entretanto, as provas marcadas. (Publicado em 15.11.1961)
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Passados mais de três décadas da promulgação da Constituição de 1988, já deu tempo suficiente para desconfiar e perceber que o modelo desenhado por aquela Carta para o funcionamento e composição dos tribunais de contas está muito longe do que exige um Estado Moderno, principalmente no que concerne as questões relativas ao controle e fiscalização dos gastos públicos. A quebradeira dos estados e os recorrentes e múltiplos casos envolvendo a malversação do dinheiro público, bem como os escândalos em que membros destacados dessas cortes surgem no noticiário policial, reafirmam a urgência e tornam inadiáveis a realização de profundas reformas dos tribunais de contas. Há inclusive um consenso daqueles que conhecem o assunto de perto, que dizem que as reformas políticas, de segurança pública ou mesmo a reforma de previdência perderiam sentido, caso não sejam acompanhadas de reformas também nessas Cortes.
Mesmo que as propostas apresentadas pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, venham a ser aprovadas no Legislativo, perderá fôlego e pode vir a se desidratar seriamente, caso a reforma dos tribunais de contas não seja feita de forma correta.
Falar em aprimoramentos e modernização e outros eufemismos com relação às mudanças nesses tribunais que fiscalizam o dinheiro dos contribuintes, de nada adianta dado o adiantado estado de descontrole por que passam essas cortes. A tese central, num problema dessa magnitude, é reconhecer, logo de saída, a enorme importância que os tribunais de contas têm para a sobrevivência de um Estado Democrático de Direito e para o bom funcionamento das instituições republicanas, conforme exige a Constituição. Para tanto, é importante que esses tribunais estejam afinados às novas exigências de uma administração pública transparente e eficaz. Existem hoje em muitas empresas privadas que passaram a adotar o compliance, a governança e as boas práticas como modelo para sobreviver num mundo cada vez mais vigiado. Entre os especialistas e procuradores, há unanimidade quanto a receita a ser adotada para se iniciar, de forma efetiva, a reforma dos tribunais de contas, a começar pelo cancelamento de todas as indicações políticas para a composição dessas cortes, de modo que os conselheiros e ministros passem a ser alçados a essas funções somente por meio de concurso público rigoroso. Desse modo, os tribunais de contas ganhariam em qualidade técnica e ficariam onde sempre deveriam estar, ou seja, equidistantes e imparciais no julgamento das contas públicas.
Outra medida que parece ser consenso a todos que desejam um Tribunal de Contas eficiente e atuante é quanto ao fim dos chamados cargos vitalícios, que mais se assemelham a uma espécie de reserva de mercado, o que impede também o costume salutar das renovações nessas cortes.
A posse dos governadores, agora em janeiro, serviu bem para exemplificar essa falta de sintonia entre o que, eventualmente, havia apurado os tribunais de contas e o que os novos governadores encontram ao assumir seus postos. O que esses novos governadores encontraram ao abrir os cofres locais foram estados quebrados e falidos financeiramente em decorrência da irresponsabilidade fiscal ou de desvios de recursos, e que não foram devidamente investigados por esses tribunais além de não ter havido punição alguma.
O mais espantoso é que muitas dessas unidades da federação tiveram as contas julgadas regulares. A interferência política nos tribunais de contas é tamanha e tão nefasta que em certos lugares, como em Mato Grosso, a Assembleia Legislativa local resolveu que membros desse tribunal não necessitam ter curso ou formação superior. Note-se ainda que os TCs consomem algo em torno de R$ 10 bilhões ao ano e representam nossa mais importante trincheira ao combate à corrupção nos estados.
Sem essa reforma, em particular, fica um flanco aberto para que o país permaneça acorrentado a um passado de ilegalidades e abusos de toda a ordem.
A frase que foi pronunciada:
“É tanta mentira que o dia 1º de abril perdeu a graça.”
Dona Dita, aprendendo a ter cuidado com as fake news.
Bem lembrado
Agora que motoristas são chamados pelo telefone ou aplicativos, não há mais necessidade de reservar as melhores vagas para Táxis.
Fica a dica
Na estranha engenharia de trânsito na saída do CA2, há eventos nas instituições firmadas por ali, onde filas de carros ocupam a passagem, atrapalhando o trânsito e os moradores.
Sucesso
A partir da compilação de textos do Estado de S. Paulo, Correio Braziliense e do jornal eletrônico Diário do Poder, Dr. Almir Pazzianotto construiu alternativas definitivas para o combate ao desemprego. Lançado pela editora Anjos o livro “30 Anos de Crise – 1988-2018”, assinado pelo ex-ministro, torna-se leitura obrigatória por quem tem as ferramentas nas mãos para mudar esse país. Veja no blog do Ari Cunha a foto do ex-ministro com a irmã caçula, Zaire, no lançamento do livro.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Enquanto isto, candidatos a Inspetor de rendas reclamam que fizeram provas de outras matérias, antes de ter conhecimento da nota de uma prova eliminatória (Português). (Publicado em 15.11.1961)
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Qualquer indivíduo que venha se sentar na cadeira de ministro da Educação, por mais preparado que esteja para o cargo, encontrará diante de si, ao examinar de perto essa missão, uma tarefa muito complexa e de proporções gigantescas. Sendo o quinto país em número de habitantes e em extensão territorial, o Brasil, por suas características continentais e diversidades regionais, apresenta desafios imensos para a implementação de quaisquer políticas públicas, sobretudo quando se trata de assunto tão melindroso como a gestão de políticas educacionais.
Com 5.570 municípios espalhados numa vasta área de 8,5 quilômetros quadrados, e com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, qualquer política pública eficaz e justa tem necessariamente que lidar com essa realidade concreta, e ainda obedecer ao fato de que cada ente federativo é autônomo e com atribuições múltiplas e descentralizadas, conforme estabelecido pela Constituição atual.
Implementar serviços públicos de qualidade, num país tão complexo como o Brasil, onde existem diferenças fiscais de toda a ordem e onde variam também a capacidade de gestão de cada uma dessas unidades, não é, definitivamente, um trabalho para principiantes ou indivíduos sem o devido preparo e ânimo. Por mais complicada e difícil que seja a tarefa de educar.
Todo o esforço se esvai se o trabalho de implantar uma educação de qualidade e inclusiva no Brasil não se iniciar pela qualificação e melhoria nos planos de carreira daqueles que atuam nesse setor, melhorando salários, incentivando cursos de aperfeiçoamento, além é claro de construir e equipar as escolas com tudo que seja necessário para o pleno desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
Diagnósticos feitos recentemente adiantam ainda que nenhum esforço, por mais bem-intencionado que seja, terá o poder de melhorar nossos índices educacionais, se não contar com a mobilização em massa da sociedade e sobretudo com o apoio e presença de pais de alunos e da comunidade no entorno de cada escola. Sem o envolvimento da população em peso, dificilmente uma tarefa dessas proporções terá êxito, ainda mais quando se sabe que, pela Constituição, a educação é posicionada como sendo um esforço de natureza nacional e com sistemas de ensino organizada em regime de colaboração.
Note-se que essa união da sociedade em torno desse objetivo, apesar de extremamente necessária, não pode ser feita no período de um ou dois governos, mas terá que ser rigorosamente cumprido no longo prazo, durante gerações. Para tornar essa missão ainda mais complicada, é preciso ver que, dentro de cada questão relativa aos problemas da educação, existe ainda uma espécie de subproblemas que parecem embaralhar ainda mais essa tarefa. Dessa forma, de nada adianta universalizar o acesso à educação, se os alunos não forem mantidos nas escolas até a conclusão, ao menos, do ciclo básico com o acompanhamento dos pais. Da mesma forma, tornam-se inócuos manter os alunos nas escolas, se ao final desse primeiro ciclo eles não forem capazes de resolver as questões inerentes a essa etapa, como compreensão de textos, e resoluções de operações simples matemáticas entre outras habilidades próprias para a idade.
Para dar início a esse verdadeiro trabalho de Hércules, é preciso antes resolver o problema das profundas e persistentes desigualdades regionais, consideradas, por especialistas no assunto, como uma das maiores do planeta. Somos um país imenso territorialmente e imensamente desigual na distribuição e concentração de rendas. Nesse ponto, é próprio considerar que em nossa desigualdade e concentração de renda está uma das principais raízes de nosso subdesenvolvimento prolongado, e enquanto esse problema não for solucionado, todos os outros também não o serão.
Dessa forma, políticas públicas desenvolvidas sobre um país tão desigual estão fadadas ao fracasso ou a um sucesso pífio e momentâneo. Infelizmente até aqui, e diante desse quadro, o Brasil não tem sido capaz de desenvolver programas e modelos capazes de enfrentar e superar essa dura realidade histórica.
Por outro lado, é preciso atentar também para o gigantismo da estrutura educacional pública do país. São quase 50 milhões de alunos matriculados na educação básica, principalmente na rede pública; quase 2 milhões e meio de professores, a maior categoria profissional do país, além de 184, 1 mil estabelecimentos escolares, o que faz do Brasil um gigante mundial, também no setor educacional.
Trata-se, portanto, de um desafio imenso que precisa ser feito por milhões de brasileiros ao longo de muitas décadas. Falta apenas o primeiro passo.
A frase que foi pronunciada:
“O desejo de conhecimento é como a sede de riqueza – aumenta durante a aquisição.”
Laurence Sterne (1713-1768), autor de: A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No concurso de Inspetor Sanitário, para a prefeitura, diversos candidatos pediram revisão de prova, e, depois, alcançaram notas superiores aos aprovados inicialmente. Está havendo muita reclamação em torno disto, mas a repartição informa que é norma do DASP. (Publicado em 15.11.1961)