Abre as asas sobre nós

Publicado em Íntegra

VISTO, LIDO E OUVIDO – Abre as asas sobre nós

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil

 

No Evangelho de Cristo, o sentido de liberdade e principalmente a busca de libertação das amarras e agruras do mundo estão associadas à luta contra o que a Igreja chama de pecado. Nesse sentido, o pecado não seria muito distante de tudo aquilo, que de uma forma ou outra, atenta contra a dignidade humana.
À libertação do que a Igreja qualifica como pecado está associado também a tudo que nesse mundo, ou no plano secular, contribui para a infelicidade do ser humano. A plenitude humana se liga à libertação dos muitos grilhões que aprisionam o homem, quer no plano econômico, cultural, social ou político.
Só há verdadeira liberdade, no sentido do Evangelho, quando essa alcança a dignidade do homem sobre a Terra. Afinal, a opressão exercida contra a plena liberdade humana é, antes de tudo, um pecado tanto no âmbito espiritual como terreno. Os obstáculos terrenos, não são impostos pelas condições exigidas no Evangelho, mas são, sobretudo, fruto da ação de homens contra homens.
É nesse ponto que o cercear das liberdades passa a constituir na mais grave das faltas sobre a Terra e contra o que orientam as luzes do céu. Assim, é que a liberdade é um ganho de dois mundos. A liberdade do espírito é também a liberdade da carne.
Não chega a ser uma surpresa o fato de que quanto mais os homens sentem na carne o sentimento opressor da falta de liberdade, mais e mais partem em busca de brechas que religuem a liberdade do espírito à sua condição humana. A liberdade que vem do Evangelho é sempre uma esperança para as brutalidades desse mundo. De fato, quando os homens negam a liberdade a outros, estão, em sentido direto, negando tudo aquilo que prega o Evangelho.
A transformação da Terra de Éden a inferno é obra humana, e não um castigo vindo do alto. Não há, pois, no sentido cristão, maior falta ou pecado do que negar a emancipação. Nenhuma política ou ação econômica e social, que vá concorrer para diminuir a liberdade humana pode ser vista como uma medida dentro do que prega o Evangelho.
Há uma interligação entre independência, dignidade humana e as condições necessárias para exercer essa liberdade plenamente na Terra. O céu e o inferno estão aqui no mesmo lugar, sendo que esse segundo é erguido por ação daqueles que, pelo poder que desfrutam momentaneamente permanecem longe do Evangelho.
Notem que o sentido de restrição dos direitos é sempre orientado para alcançar o outro distante e nunca erguida para todos igualmente. A liberdade é um dom de Deus e não pode, por isso mesmo, ser usada de forma leviana, para promover a desarmonia entre os homens.
Modernamente, podemos dizer que o estado do pecado é dado pelo Estado cerceador da liberdade. Não se enganem: a dignidade humana só é realizada plenamente quando a justiça passa a trabalhar pela verdade e pela liberdade. Não de alguns; mas de todos.

» A frase que foi pronunciada
“Quando o povo teme o governo, há tirania. Quando o governo teme o povo, há liberdade.”
John Basílio Barnhill.

Paixão
Por um preço bem acessível, a professora Maria das Dores Brigagão criou Ebooks, disponíveis na Amazon, que vão convencer a criançada de que o mundo da matemática é realmente fantástico. Sempre acompanhando o tempo, Brigagão compartilha sua paixão pelos números desde o início de Brasília, onde entre outras escolas ensinava no antigo Sacre Coeur de Marie. Para encontrar os livros basta informar o sobrenome da mestra.

Golpe?
Certamente, não é para conservar as bombas de combustível. Se fosse, o plástico protetor não precisaria estar em frente aos números, confundindo os clientes sobre o total a pagar.

Hoje
Na Câmara Legislativa do DF, a CPI dos Atos Antidemocráticos é transmitida pela TV Câmara Distrital, Youtube, e-Democracia. Às 10h.

» História de Brasília
Há muitos dados técnicos que poderíamos exibir, mas o que interessa a você, leitor, é isto. Por todo o mês de março, continuará a mesma dificuldade, até que Cachoeira Dourada possa produzir mais, com a baixa das águas.
(Publicada em 22/3/1962)

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