MPF/RJ contesta comércio de tempo televisivo para igrejas

Publicado em Deixe um comentárioServidor

Limite legal de 25% do tempo para comercialização do espaço está sendo descumprido pela Rede TV, Record e Band Rio. As ações do MPF são com base no tempo de programação religiosa por terceiros, bem como no tempo de publicidade comercial informado pelas próprias concessionárias de radiodifusão. O MPF também acusa a União de ser omissa na fiscalização da Lei

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) entrou hoje com três ações civis públicas contra as emissoras Rede TV, Record e Band Rio, apontando o descumprimento da Lei Geral de Radiodifusão, no que se refere ao limite máximo de 25% para comercialização do tempo de programação.

Segundo apurou o MPF/RJ, em inquérito civil instaurado em 2016, as três emissoras descumprem o limite legal ao comercializar, além do tempo destinado à publicidade de produtos e serviços, até 9 horas e 30 minutos diários para divulgação de prosélitos religiosos.

Especificamente, o MPF apurou que a emissora Rede TV comercializa, uma média semanal de 39% de seu tempo de programação, sendo 33,33% a igrejas diversas. A TV Record comercializa 28,19% do tempo, destinando 20,83% semanais para programas de responsabilidade da Igreja Universal do Reino de Deus. A Band Rio, por fim, disponibiliza 25,98%, em média, para fins comerciais, burlando, também, o limite legal. Na Band, o tempo destinado à programas religiosos contratados é de 20,38%.

As ações do MPF estão baseadas no tempo de programação religiosa produzida por terceiros constante da grade das emissoras, bem como no tempo de publicidade comercial informado pelas próprias concessionárias de radiodifusão.

O MPF também acusa a União de ser omissa na fiscalização da Lei de Radiodifusão no que se refere ao limite legal. Para os Procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama, Renato Machado e Ana Padilha de Oliveira, que assinam as ações, “o limite de 25% faz parte da própria estrutura do serviço de radiodifusão, pois os demais 75% do tempo (equivalentes a 18 horas diárias) devem ser utilizados para atender aos objetivos do art. 221 da Constituição, dentre os quais a preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, a promoção da cultura nacional e regional e o estímulo à produção independente e a regionalização da produção cultural, artística e jornalística”, afirmam.

“O limite de 25% aplica-se isonomicamente a todos os concessionários e permissionários de radiodifusão. O agente que o viola obtém uma receita ilegal, que lhe permite aumentar arbitrariamente seus lucros em prejuízo de seus concorrentes. Logo, a não observância do limite constitui infração à ordem econômica, nos termos da Lei nº 12.529/2011”, acrescentam.

Veja a íntegra das ACPs

“Gay Cristão”

Publicado em Deixe um comentárioServidor

Filme, que aborda a relação entre fé e homossexualidade, inaugura o canal IGTV no Instagram do portal. O curta, produzido exclusivamente para a rede social, em parceria da Smarty Talks e Catraca Livre, é do autor e idealizador do projeto Diego Monteiro

1

Os cristãos devem rejeitar, respeitar ou aceitar a homossexualidade? É com essa pergunta que a Smarty Talks, produtora especializada em vídeos para Instagram, inicia o documentário “Gay Cristão”, que acaba de ir ao ar no Instagram do portal Catraca Livre. O filme debate a relação entre o cristianismo e a homossexualidade, trazendo depoimentos de líderes de igrejas, com diferentes visões sobre o tema.

Segundo Diego Monteiro, diretor da Smarty Talks e idealizador do projeto, a iniciativa tem como objetivo contribuir para o debate acerca de um dos temas mais relevantes da sociedade atual. “Baseadas em interpretações de determinadas passagens da Bíblia, as igrejas consideram a relação homoafetiva pecaminosa. Mas até que ponto isso é verdade? Como os cristãos devem encarar verdadeiramente essa questão? É preciso que esse assunto seja amplamente discutido, levando-se em consideração que o Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo todo. O cenário é alarmante”, afirma.

A editora de Cidadania e parcerias do portal Catraca Livre, Paula Lago, explica que uma das motivações do Catraca, ao realizar a parceria com a Smarty Talks para a divulgação do documentário, é o modelo com o qual a produtora desenvolve os vídeos. “A produção de conteúdo específico para o Instagram é, de certa forma, inovadora no Brasil e este projeto, em especial, chamou a nossa atenção tanto pelo modelo quanto pelo conteúdo”, avalia.

Evidenciar a importância e a urgência do debate sobre religião e homossexualidade é outro ponto relevante, segundo Paula. “O sentimento de pertencimento passa, necessariamente, pela inclusão religiosa. A Catraca Livre tem como premissa divulgar ações transformadoras, e ‘Gay Cristão’ assume este papel, ao propor a reflexão sobre a forma como pessoas LGBTs são recebidas por cristãos das mais variadas denominações”, declara.

A exemplo de outros documentários criados pela Smarty Talks, “Gay Cristão” também foi pensado e desenvolvido para o ambiente mobile, seguindo a proposta de gerar conteúdos que se aproximem do consumo casual das pessoas na tela do celular.

O filme não é o primeiro material criado pela produtora com foco na temática LGBT. Recentemente, a Smarty Talks produziu e lançou a série e o documentário para Instagram intitulados “Homem de Verdade”, que também abordaram o assunto, questionando os paradigmas de conduta e a postura masculina na sociedade. “Nós, da Smarty Talks, sempre tentamos tratar nos nossos documentários temas relacionados a questões sociais, a exemplo do filme ‘Quarta de Cinzas’, que fizemos para a Ong Não Foi Acidente, falando de álcool e direção. Temos esse compromisso de debater pontos urgentes para o coletivo”, esclarece Diego. Todos os documentários produzidos pela Smarty Talks estão disponíveis na página da produtora @smartytalksbr.

Sobre a Smarty Talks

Criada por Diego Monteiro, um dos criadores da rede social Via6, e, da primeira plataforma brasileira de monitoramento para redes sociais, o Scup, a Smarty Talks é uma produtora de filmes e documentários no formato “micro movies”. Especializada em vídeos no formato mobile, a empresa oferece conteúdos de audiovisual diferenciados, com base nas estratégias de storytelling e branded content.