Amor de Mãe Vitoria (Taís Araujo), Lurdes (Regina Casé) e Thelma (Adriana Esteves)

“Primeira temporada” de Amor de mãe chega ao fim. Veja o que vai fazer falta na novela das nove!

Publicado em Novela

Amor de mãe ganha uma pausa forçada pela pandemia de coronavírus, em decisão acertada da Globo. A chamada “primeira temporada” da novela chega ao fim deixando algumas saudades. Veja também o que poderia nem voltar!

O capítulo deste sábado (21/3) marca o fim da “primeira temporada” de Amor de mãe. Para evitar contato entre atores e equipe técnica da novela, as gravações desse e de outros folhetins e programas da Globo foram interrompidas, numa decisão mais do que acertada. Com isso, a partir de segunda-feira (23/3), a novela das 21h passa a ser a reprise da irregular Fina estampa, mas isso é assunto pra outro post. Esse é dedicado à pausa de Amor de mãe.

A interrupção da trama de Manuela Dias, que vinha agradando à crítica desde o início e ensaiando uma trégua com a audiência, vai nos deixar órfãos especialmente de Lurdes (Regina Casé), Thelma (Adriana Esteves) e Vitória (Taís Araújo), mas vai nos dar certo descanso de outros personagens também. Veja abaixo do que o Próximo Capítulo vai sentir saudades em Amor de mãe e o que nem precisava voltar na segunda temporada!

O que vai deixar saudades em Amor de mãe

O trio de protagonistas – Cada uma à sua maneira, Lurdes, Thelma e Vitória conquistaram os noveleiros de plantão. Com as atrizes em estado de graça e Manuela Dias inspirada no texto, não tem pra ninguém. Vão fazer falta e é muita.

Sandro (Humberto Carrão) – O personagem tinha tudo pra ser um marrentinho chato com discurso de quem saiu do morro e se deu bem. Mas Humberto Carrão deu humanidade a ele. O ator está tão bem que não importa se contracena com Regina Casé, com Taís Araújo ou com Murilo Benício (Raul); se faz um par explosivo com Isis Valverde (perfeita como Betina, aliás outro destaque) ou romântico com Nanda Costa (Érica).

Camila, a filha de Lurdes – No início da novela, a personagem de Jéssica Ellen era quase uma protagonista de Amor de mãe. A professora de história engajada tinha cenas emocionantes, com falas empoderadas e necessárias sobre a trajetória da mulher negra na construção da sociedade brasileira. Tudo isso sem soar piegas ou excessivamente didático. Era bonito.

A trilha sonora – De Maria Bethânia (aliás, de várias Marias Bethânias) a Rubel; de Gal Costa a Baco Exu do Blues; de Clara Nunes a O Terno. A extensa trilha sonora de Amor de mãe atende a gostos variados e a emoções distintas. É interessante ver que às vezes a mesma canção tem diferentes versões, caso, por exemplo, de Fracasso, presente nos registros de Fagner e de Alice Caymmi.

Nem precisa voltar

Ryan (Thiago Martins) – O filho de Lurdes não tem função alguma na trama de Manuela Dias. Ou, se tem, ficou para a segunda temporada. De quebra ela pode deixar a namorada dele, a ex-tenista Marina (Erika Januza, lembra dela?) no passado também. Quem sabe o cantor sai para uma turnê e fica por lá?

Matias (Milhem Cortaz) – Ainda bem que o cinema está aí para mostrar que Milhem Cortaz é bom ator porque ele não dá sorte com novela. Matias é mais um péssimo personagem para a galeria dele. Vai fazer um favor enorme se aproveitar a quarentena para estudar para o próximo papel.

Camila, a nora de Thelma – Sabe aquela coprotagonista citada ali em cima? Casou e mudou. Foi isso que aconteceu com Camila. Ela se casou com Danilo (Chay Suede) e mudou completamente de rumo. Parece outra pessoa. A personagem ficou chata, perdeu o engajamento, só sabia falar de maternidade e ganhou uma implicância infantil com a sogra (que aprontou das suas, furando a camisinha, é verdade). Espero que Camila coloque a cabeça no lugar e reencontre o espaço dela na trama.

Cenas como Danilo não se reconhecer numa foto criança ou Vitória pegar dinheiro com Penha (Clarissa Pinheiro) sendo namorada de Raul – Manuela Dias não precisa nos lembrar de Walcyr Carrasco e subestimar nossa inteligência. Ela pode mais que isso!