As palavras gozam de plena liberdade. Passeiam na frase com desenvoltura. Às vezes, o sujeito aparece no início da oração. Outras, no meio. Aqui e ali, no fim. As voltinhas não se restringem ao sujeito. Boa parte dos termos lança mão do privilégio sem cerimônia. Mas o vai e vem tem limite. O freio tem tudo a ver com as exigências da clareza e da coerência. Exemplo citado a torto e a direito é este:
Comprei uma meia de mulher de náilon.
A primeira leitura deixa a mensagem: a mulher é de náilon. Falso. A meia, sim, é de náilon. Como fugir da ambiguidade? Há jeito. Aproxime os termos que têm relação. Eis três saídas: Comprei uma meia de náilon para mulher. Comprei uma meia de náilon feminina. Para mulher, comprei uma meia de náilon.