Ainda não falamos das flores

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Reprodução/iStock/lolostock

 

Dados fornecidos pelo Núcleo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostraram que a cada duas horas, aproximadamente, uma mulher é morta de forma violenta em nosso país.

O grau de violência que tem as mulheres, de todas as idades e das mais variadas camadas sociais, como seu principal alvo demonstra, de forma cabal, que existe em nossa população uma patologia e uma anomalia de tal proporção que não seria exagerado considerar que a sociedade brasileira parece rumar para sua própria desintegração.

Observem que esse é um dado verídico, que apresenta apenas aqueles casos que culminaram com a morte, de forma absolutamente criminosa, dessas mulheres. Se formos levar em conta também as denúncias feitas formalmente por mulheres que foram vítimas de violência doméstica, de ameaças e de assédios sexuais, de estupros, os registros não deixam dúvidas de que ser mulher neste país é uma missão que envolve altíssimos riscos.

O que mais chama a atenção nesses dados é que esse tipo de crime vem aumentando a uma taxa de quase 10% ao ano, isso de acordo apenas com as estatísticas oficiais. Ocorre que esse tipo de violência, quando praticado por pessoa da família, não chega sequer a ser denunciado às autoridades. Daí que muitos acreditam que os dados reais relativos às práticas de violência contra as brasileiras são estarrecedores.

De tão recorrentes e bárbaros, foi preciso o estabelecimento de uma nova tipicidade de crime, no caso, o feminicídio, como forma de conter essa escalada de violência. Infelizmente, a criação de delegacias especiais para o atendimento de mulheres e mesmo o advento de leis, como a Maria da Penha, e a inclusão do feminicídio como crime hediondo, com endurecimento severo nas penas, não tiveram o condão de abrandar os registros de violência praticada contra as mulheres no Brasil.

Além da violência física e moral, as mulheres são vítimas de uma outra forma de crime, aceita por muitos como fatos de menor importância, mas que demonstra um certo comportamento misógino enraizado em nossa cultura há séculos.

As discriminações no ambiente de trabalho com as diferenças salariais entre homens e mulheres e as oportunidades diferentes de crescimento dentro da profissão evidenciam essas injustiças mesmo em pleno século 21.

Outro caso de flagrante discriminação contra as mulheres ocorre durante as eleições. Para burlar a lei eleitoral que obriga uma cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos ao Legislativo, muitos partidos passam a adotar a estratégia de candidaturas do tipo laranja, na qual mulheres são inscritas, não realizam campanhas e devolvem o dinheiro do fundo eleitoral e partidário diretamente para os caciques desses partidos, que dão a destinação que bem querem a esses recursos públicos.

Com isso, a representação feminina no Congresso e nas assembleias legislativas permanecem desiguais, em torno de 30%, isso para um país onde em cada 10 habitantes, cinco são do sexo feminino. O aumento de mulheres na Câmara dos Deputados, nas últimas eleições, foi de apenas 18%.

Esse fato não é apenas um desrespeito e um crime praticado contra as mulheres, mas um grave delito contra a própria democracia representativa e o futuro do país.

 

A frase que foi pronunciada:

“A grande dificuldade nessa área é que o Judiciário não tem poder de construir prisões, de melhorar prisões. Tudo isso é tarefa do Poder Executivo. O Poder Executivo, pelo visto, não tem interesse em nada disso. Eu acho que há exemplos no direito comparado que exigiriam uma ação bem mais enérgica e atenta por parte do Ministério Público. Eu não entendo por que o Ministério Público não propõe ações de ordem coletiva para forçar os Executivos a investir.”
Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa. Foto: STF/Divulgação

 

Pauta
Quem gosta da boa música prepare-se para o que há de melhor. Nos dias 23 e 24 de março, às 20h, na Escola de Música de Brasília, o coral Cantus Firmus e orquestra apresentarão o Requiem de Mozart, conduzido pela maestrina Isabela Sekeff, conhecida internacionalmente por diversas premiações. Nos solos, Renata Dourado, Érika Kallina, Jean Nardotto, Guilherme Aquino e Regiane Cruzeiro.

EMB. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

 

Estáticos
Os Correios não são os mesmos. Uma cartinha enviada com a inscrição “Nesta” demorou duas semanas para chegar. Bem diferente do tempo do general Floriano.

Imagem: correios.com

 

História de Brasília

Está definitivamente acertado que a Universidade não terá aulas noturnas. Isso vem prejudicar uma boa parte dos alunos aprovados, e que é integrada de funcionários públicos. Esses alunos, entretanto, estão procurando a chefia da Casa Civil para que o presidente Mazzili possibilite aos funcionários, civis e militares , aprovados nos exames, frequentar os cursos. (Publicado em 04.04.1962)

Neymar caiu fora de campo

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Foto: Damir Sagolj/Reuters

 

Segundo as estimativas contidas no Atlas da Violência, elaboradas pelo (Ipea/FBSP) de 2018, temos a cada ano uma média que varia entre 300 a 500 mil no número de casos de estupros cometidos em todo o território nacional. Esses números alarmantes, e que nos colocam na dianteira mundial de episódios desse gênero, são estimados, já que se sabe que os dados oficiais sobre o problema estão muitíssimos subestimados.

Calcula-se, segundo o Atlas, que apenas 10% a 15% dos casos são reportados, em decorrência de uma espécie de tabu, engendrado, desde sempre, pela nossa cultura patriarcal e que, de certa forma, faz com que as vítimas se calem, por vergonha, medo ou sentimento de que o ocorrido não vá ser levado a sério, quer pelos familiares ou autoridades.

Quem sofre esse tipo de crime geralmente se cala para sempre e, para sempre também, levam consigo as cicatrizes na alma, dessa que é, ao lado da pedofilia, uma das maiores vilanias que um ser humano pode cometer contra outro. Acabar com sevícias dessa natureza, enraizadas há séculos na cultura de uma nação, não é tarefa simples e nem pode ser levada a cabo no espaço de uma geração. Trata-se de um esforço que também exigiria o empenho de cada um dos brasileiros, a começar pelas autoridades e por todos que detém o poder político, de forma a fazer valer o peso das leis sobre esses criminosos.

É justamente nesse ponto que parecem ocorrer as principais falhas no combate ao estupro. A legislação, como de resto a própria justiça, só é aplicada, de fato, ou quando o caso ganha dimensões nacionais por ação da imprensa, ou quando o criminoso não pertence ao andar de cima, onde as leis são mais elásticas e benevolentes. Oficialmente são 135 casos de estupros por dia em todo o país. Fossem registrados todos os casos, a cada dia teríamos uma média entre 822 a 1.370 estupros em todo o Brasil.

Diante de um quadro desses, qualquer atitude por parte da justiça, das autoridades e da própria população, demonstrando desdém por esses episódios, só faz assegurar que essa é uma realidade já assentada na tradição nacional, contra a qual não adianta agir. Muito mais ainda quando acontecimentos dessa natureza envolvem personalidades acima de quaisquer suspeitas e sobre as quais as leis não possui poder algum.

É o que parece ocorrer agora com o jogado de futebol Neymar, acusado de estupro por uma modelo brasileira em Paris. Sem qualquer pré-julgamento esse seria mais um caso típico de figurão inimputável por sua posição. Tanto o técnico atual da seleção de futebol como o próprio dirigente da CBF correram para garantir que o jogador continua no escrete, quando a situação impunha que o atleta prove, primeiro, sua inocência para depois voltar a integrar o que chamam de Seleção e que representa todo um país.

 

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Pior são os que conseguem escutar, mas não ouvem a voz do povo.”

Deficiente auditivo pensando enquanto lê as notícias.

 

 

 

Geólogos

Contagiados pela paixão do professor da UnB, Luiz José H D’el-Rey Silva, alunos de geologia estrutural desbravavam o solo em frente ao piscinão do Lago Norte. A geologia precisa de investimentos, divulga o professor e dá o caminho das pedras. Com a invasão tecnológica, os metais de baterias e níquel estão em alta. Veja a seguir a foto do grupo in loco durante a pesquisa.

 

 

$ do contribuinte

Em nota, a Controladoria-Geral do Distrito Federal divulga que pretende acelerar o trâmite para recuperar verbas desviadas da administração pública. Aldemario Araújo Castro, controlador-geral do DF denuncia que há uma diferença monumental entre os débitos apurados e o efetivo ressarcimento aos cofres públicos. “Colocando em grandes números, só a CGDF apurou R$ 300 milhões a serem ressarcidos e o efetivo ingresso de recursos nos cofres públicos dessas Tomadas de Contas Especiais foi na casa de R$ 20 a R$ 50 mil”.

Foto: cg.df.gov.br

 

 

Ineficiência

Aos poucos, vans e transporte pirata vão se chegando nos pontos de ônibus, certos de que não serão incomodados. Os passageiros só se arriscam porque a espera é longa. Principalmente nos fins de semana.

Foto: TV Globo/Reprodução

 

 

Simples assim

Alunos de um colégio paulista em Carapicuíba resolveram agredir a professora e quebrar a mobília da sala. A professora relutou, mas saiu da sala. Depois, com a direção, listou os estragos feitos, chamou a polícia e o Conselho Tutelar. Os pais serão obrigados a pagar o prejuízo e os alunos foram expulsos.

 

 

Credibilidade

No Plenário do Senado o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, tranquilizou os Bombeiros Militares do DF sobre um projeto de Lei que a classe aguarda a aprovação já há algum tempo. Alcolumbre prometeu uma saída honrosa com a assinatura de todos os partidos políticos em favor da causa. A redação da matéria e emendas precisa ser refeita.

Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado

 

 

Vontade política

Por falar em Corpo de Bombeiros, o governador ainda não chamou a turma do concurso de 2017. Mesmo tendo 42% de defasagem no quadro efetivo do Corpo de Bombeiros, nada de nomeações. O risco é que o prazo vença e seja necessário novo contrato de nova banca para outro certame, gastando milhões desnecessariamente. Nem capacitação pode ser feita no atual quadro, extremamente defasado. A verba é do Fundo Constitucional. A seca vem aí!

Foto: Divulgação/Bombeiros (correiobraziliense.com.br)

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Falta, na Estação Rodoviária, uma camada de asfalto. Com isto, seriam evitados os baques que os carros sofrem naquele local, e seriam cobertos os pontos altos que já causaram um desastre com o carro do sr. Quintanilha Ribeiro. (Publicado em 22/11/1961)

Vida em jogo

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Charge: Kleber/CB/D.A Press

 

“Gritou com você uma vez? Vai gritar de novo. Empurrou você contra a parede? Vai empurrar de novo. Bateu em você? Vai bater de novo.” Infelizmente, essa é a situação clássica de nove em cada dez casos de agressão contra a mulher. A experiência tem ensinado que a grande parte desses casos de maus tratos contra mulheres começam sempre com pequenos atos de hostilidade contra a parceira e acabam evoluindo para um desfecho mais dramático e violento até, finalmente, terminar em morte.

Em decorrência dos elevados casos de crimes cometidos contra as mulheres registrados em todo o país, e que alçou o Brasil ao quinto lugar mundial no quesito violência contra as mulheres, obrigou as autoridades a incluir no Código Penal uma modificação muito específica que passava a qualificar, entre os crimes contra a vida, o chamado feminicídio, que é o crime com envolvimento de violência doméstica ou discriminação contra a condição de mulher.

Tanto o feminicídio (Lei 13.104/2015) quanto sua congênere (Lei 11.340 /2006), também conhecida como Lei Maria da Penha, foram instituídos quase que de forma emergencial e tópica, para coibir os recorrentes episódios de assassinatos de mulheres bem como os casos violência doméstica e familiar contra a mulher que acontecem às centenas a cada 24 horas.

Levantamento feito pelo Mapa da Violência mostrou que em 2017 ocorreram mais de 60 mil estupros em todo o Brasil. Buscar em nossa sociedade aspectos históricos do patriarcalismo e mesmo da misoginia pouco esclarece os milhares de casos de violência e morte de tantas brasileiras de forma cruel. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que, das mulheres que sofrem violência doméstica, 91% foram mortas na própria residência. Na maioria dos casos, 54,4%, o parceiro já possuía antecedentes criminais. Dessas vítimas, quase a metade, 43%, já tinha sido agredida anteriormente. Dados apresentados no painel de violência contra as mulheres do Senado mostram que, em 2016, 4.635 mulheres foram assassinadas. No mesmo ano, foram 185.308 notificações no sistema de saúde que apontavam para violência doméstica.

Curioso observar que o endurecimento das penas para os agressores e criminosos parece não ter surtido o efeito desejado, com a multiplicação de casos não só no Distrito Federal como em todo o país. O que surpreende é que, na maioria dos casos (60%), os crimes foram cometidos em razão de brigas ou de ciúmes. Com isso, fica evidenciado também o sentimento de posse sobre a mulher, que passou a ser a principal motivação alegada por esses covardes tanto para os maus tratos como para o assassinato da companheira.

O que mais chama a atenção em todos esses tristes episódios é que a grande maioria desses crimes (72%) poderia ser evitada caso essas mulheres tivessem apresentado, desde a primeira ocorrência, queixa de agressão contra o autor. Na realidade há o adiamento pela dependência financeira, pelos filhos ou pela falta de forças para enfrentar a situação. Por outro lado, é preciso destacar ainda que boa parte dessas queixas, mesmo formalmente registradas nas delegacias, não foram levadas devidamente a sério pelas autoridades. Mesmo naqueles poucos casos em que todos os procedimentos legais foram feitos, muitos agressores simplesmente ignoraram a decisão judicial de não se aproximarem de suas vítimas, encorajados, quem sabe, pela impunidade e pouca atenção do Estado com esses crimes que destroem o Brasil por dentro, bem no seio das famílias.

Diante de uma realidade social que é muito maior do que o Estado pode lidar, a única saída segura é não dar uma segunda chance ao agressor, por menor que seja caso.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Amor com violência é doença./“Em briga de marido e mulher se mete a colher…”. Denuncie! Ligue – 180, e evite mais um feminicídio. Esse ódio de morte é sentença.”

Osmar Fernandes, no Pensador

Foto: Agressão gravada por câmera em elevador do Paraná (brasil.elpais.com)

 

 

Em teste

Homens que cometerem o feminicídio serão responsabilizados pelos gastos do SUS no tratamento da mulher e precisarão ressarcir o Fundo Nacional de Saúde. Terão bens bloqueados e esse pagamento não deverá afetar o patrimônio da esposa e dos filhos. Soam estranhas as novas regras. Vamos acompanhar se serão realidade.

 

 

Pés no chão

O novo filme A cinco passos de você traz a realidade do mundo de quem vive a Fibrose Cística. Veja a seguir o depoimento de Fernanda Gomide, enquanto mostra alguns trechos do filme colocando a realidade em que ela vive desde que recebeu o diagnóstico.

 

 

Eleição na Ascade

Amanhã é dia de eleição de diretoria na Ascade para o triênio 2019/2021. A atual presidente da Ascade empunha a bandeira do candidato Francisco Morais. “Servidor aposentado da Câmara, com vasta experiência na casa onde fez grandes amigos, ele tem todas as credencias para conquistar a vitória e fazer uma excelente gestão”.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na ponte de Taguatinga, também, na junção com a pista, há uma depressão que pode provocar um sério acidente, considerando-se, além do mais, a velocidade desenvolvida pelos carros na Estrada Parque. (Publicado em 15.11.1961)

Laranjal e feminicídio mostram um Brasil que não respeita suas mulheres

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Charge do Moises Cartuns

 

Dados fornecidos pelo Núcleo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostraram que a cada duas horas, aproximadamente, uma mulher é morta de forma violenta em nosso país. O grau de violência que tem nas mulheres, de todas as idades e das mais variadas camadas sociais, seu principal alvo, demonstra, de forma cabal, que existem em nossa população uma patologia e uma anomalia de tal proporção, que não seria exagerado considerar que a sociedade brasileira parece rumar para sua própria desintegração. Observem que esse é um dado verídico que apresenta apenas aqueles casos que culminaram com a morte, de forma absolutamente criminosa dessas mulheres. Se formos levar em conta também as denúncias feitas formalmente por mulheres que foram vítimas de violência doméstica, de ameaças e de assédios sexuais, de estupros e mesmo assédios morais praticados nos locais de trabalho, os registros não deixam dúvidas de que ser mulher nesse país é uma missão que envolve altíssimos riscos.

O que mais chama a atenção nesses dados é que esse tipo de crime vem aumentando a uma taxa de quase 10% ao ano, isso, de acordo apenas com as estatísticas oficiais. Ocorre que esse tipo de violência, quando praticada por pessoa da família, não chega, sequer, a ser denunciada às autoridades. Daí que muitos acreditam que os dados reais, relativos às práticas de violência contra as brasileiras são estarrecedores. De tão recorrentes e bárbaros, foi preciso o estabelecimento de uma nova tipicidade de crime, no caso o feminicídio, como forma de conter essa escalada de violência. Infelizmente, a criação de delegacias especiais para o atendimento de mulheres e mesmo o advento de Leis como a Maria da Penha e a inclusão do feminicídio como crime hediondo, com endurecimento severo nas penas, não tiveram o condão de abrandar os registros de violência praticada contra as mulheres no Brasil.

Além da violência física e moral, as mulheres são vítimas também de uma outra forma de crime, aceita por muitos como fatos de menor importância, mas que demonstram um certo comportamento misógino enraizado em nossa cultura há séculos. As discriminações no ambiente de trabalho com as diferenças salarias entre homens e mulheres e as oportunidades diferentes de crescimento dentro da profissão, evidenciam essas injustiças mesmo em pleno século XXI.

Um outro caso de flagrante discriminação contra as mulheres ocorreu durante as últimas eleições. Para burlar a lei eleitoral, que obriga uma cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos ao Legislativo, muitos partidos, passaram a adotar a estratégia de candidaturas do tipo laranja, na qual mulheres são inscritas, não realizam campanhas e devolvem o dinheiro do fundo eleitoral e partidário diretamente para os caciques desses partidos, que dão a destinação que bem querem a esses recursos públicos. Com isso, a representação feminina no Congresso e nas Assembleias Legislativas permanecem desiguais, em torno de 30%, isso para um país onde em cada dez habitantes, 5 são do sexo feminino.

Esse fato não é apenas um desrespeito e um crime praticado contra as mulheres, mas um grave delito contra a própria democracia representativa e o futuro do país.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ninguém é dotado de tamanho espírito filantrópico que se disponha a investir com o propósito de empregar. O empresário investe movido pela ambição de ganhar dinheiro. Entre o equipamento de alto rendimento que lhe amplia o lucro e o recrutamento, seleção, treinamento e administração da mão de obra instável, o empresário não vacila. Afinal, a máquina é fria, não tem aspirações, não reclama, não tem ideologia.”

Dr. Almir Pazzianotto, advogado, ex- ministro do TST, ex-ministro do Trabalho

 

 

Profissional

Deu o que falar a postagem de Paulinho Duque no Programa Bronca da Pesada de Ariquemes. O garoto, da APAE, com uma voz afinadíssima e suave, flutua como uma pena enquanto canta Hear me Now, do DJ Alok. A postagem tem, até agora, 728.530 curtidas no perfil do DJ no Instagram.

Print: Reprodução/Instagram

 

 

 

Agenda

Veja a seguir toda a programação do Cine Le Corbusier para o mês de março, na Embaixada da França. É bom lembrar que a sala só comporta 120 pessoas. Veja também a programação de março a junho do Circo Literário na Biblioteca Nacional.

–> Link para mais informações: Programação do Cinema Le Corbusier – Março 2019

 

–> Mais informações sobre O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional

O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional
Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares

Circo e literatura de mãos dadas com muitas atividades, com censura indicativa livre e com acesso gratuito, é a proposta do Circo Literário da Palhaça Biliska que terá sua primeira apresentação neste domingo (17/03), das 16h às 18h, no hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília. Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares. Esse projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cutura do DF (FAC/DF).

Por meio de parceria, o projeto foi incluído na programação do Movimento Brasília Leitora, criado em conjunto entre a Câmara do Livro do DF, o Instituto Latinoamerica e o Sindicato dos Escritores do DF.   

Palhaça Biliska
O projeto consiste em ocupação na Biblioteca Nacional de Brasília por meio de intervenções circenses da palhaça BILISKA interpretada por Daiane kelly Siqueira Santana, artista que em 2018 completou 10 anos de estudos, pesquisas e atuação na arte da palhaçaria. 

A ocupação é intitulada O CIRCO LITERÁRIO DA PALHAÇA BILISKA. Uma vez por semana a palhaça BILISKA montará seu circo poético na biblioteca.”A intervenção é livre para todas as idades e contará muito improviso e participação do público”, explica Daiane Kelly. 

A artista explica que o público alvo será de crianças/estudantes entre 04 e 13 anos, além de pais e familiares. 

“Será uma ocupação tranquila na área externa da biblioteca com sonoridade adequada para não atrapalhar a concentração dos frequentadores. 
A Intervenção terá a duração de 2 horas  com disponibilidade para atender algumas turmas de escolas que visitarem a biblioteca. Teremos no espaço além de cenário do circo, um baú com livros pra trocas, além de outros utensílios de palhaçaria, formando a imagem poética de um pequeno circo guarda-sol  A proposta visa estimular a produção, a fruição e a difusão das obras literárias com  com o apoio da arte circense”, finalizou a palhaça Biliska.

Cronograma das apresentações
Março: 17, 24 e 21
Abril: 07,14, 21 e 28
Maio: 05,12, 19 e 26
Junho: 02, 09,16 e 23
Serviço:
O que: 1a. apresentação de O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional
Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares
Quando: Domingo (17/03), das 16h às 18h
Onde: Hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília
Esse projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cutura do DF (FAC/DF).

 

Assessoria de Imprensa
Marcos Linhares – (61)- 99905-5905

 

 

Pauta

Entre os dias 22 e 23 de março, acontece, na capital federal, a Jornada Brasil Central de Mastologia. O Congresso organizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB, reúne diversos especialistas renomados da área de saúde. Entre eles, a médica oncologista Ludmila Thommen, que coordena umas das mesas redondas de debate no evento. Junto a outros profissionais, a oncologista irá falar sobre o processo de imunoterapia aplicado ao câncer de mama.

Link para mais informações: http://www.sbmastologia.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Creio na Lei, creio na Justiça, creio nos Homens, quando, longe de um instinto de vingança, ou de benefício pessoal, a determinação abrange a todos, seja qual for o sentido da lei, ou seja, qual for o poder material da pessoa atingida pelo benefício ou pela punição. (Publicado em 15.11.1961)