Quando o homem se afasta da natureza chega mais perto da morte

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Foto: Lalo de Almeida

 

Destruir 19 hectares a cada hora é um dado alarmante e expõe o Brasil à crítica unânime internacional, colocado como um país que, em pleno período de grandes mudanças climáticas, faz vista grossa e orelhas moucas aos alertas mundiais sobre a destruição do planeta.

O pior é que o número de multas por esses crimes ambientais vem caindo sensivelmente no mesmo período, o que reforça as suspeitas do poder de lobby desse setor que, aliado à extração ilegal de madeiras, está abrindo chagas imensas e definitivas na floresta. O problema também é que o atual presidente da República parece reforçar a tese daqueles que fazem pouco caso da preservação ambiental. Em entrevistas onde tem falado sobre o assunto, o presidente tem criticado, insistentemente, o que chama de “indústria das multas”, além de promover um amplo desmonte nos órgãos que combatem e controlam o desmatamento, como é o caso do fechamento do Departamento de Florestas e Combate ao Desmatamento que atuava no Ministério do Meio Ambiente, além de desprestigiar o trabalho do ICMBio e das unidades de conservação por todo o país.

Ao lado desse descaso com a biodiversidade do país, encarada como empecilho ao livre desenvolvimento do agronegócio, paralelamente, o que se tem verificado também é a liberação recorde e sem precedentes de novos agrotóxicos para esse setor, muitos dos quais, definitivamente, banidos da União Europeia e dos Estados Unidos.

O próprio Ministério da Agricultura informa que, num espaço de poucos meses, 197 novos registros de agrotóxicos foram liberados para uso no campo. Desses, mais de um quarto são proibidos nos países desenvolvidos e com legislações mais rigorosas. Para o governo, esse número maior se explica pelo fato de essa nova gestão estar priorizando aspectos mais racionais no trâmite desses produtos, como, por exemplo, o aumento da concorrência desses produtos no mercado e uma queda em seus preços para o consumidor.

Sobre esse ponto, algumas análises feitas nos itens dessa agroindústria do país têm revelado que nossa agricultura e pecuária estão hoje entre os produtos mais contaminados do planeta. Não é por outro motivo que carnes e grãos são, volta e meia, rejeitados pelo teor de veneno que apresentam. Os longos trâmites para a liberação desses venenos foram também encurtados de forma radical, o que não tem impedido que combinação de venenos, alguns, inclusive, de efeitos desconhecidos para o homem, passem a ser apresentados nas prateleiras dos mercados para os agricultores.

Ignorância e ganância. Desse binômio tem surgido, e em tempo célere, um tipo de agronegócio que não se intimida em jogar com a vida e com o futuro do país. Um exemplo claro dessa irresponsabilidade na liberação desses venenos é o glifosato. Considerado pela Organização Mundial de Saúde com um produto altamente cancerígeno, como ficou provado nos casos de Linfona Não-Hodgkin, e que é proibido na União Europeia e nos Estados Unidos, vem sendo largamente utilizado no Brasil, sob o consentimento da Agência de Vigilância Sanitária e outros órgãos do atual governo. Como resultado dessa incúria com relação a esses agrotóxicos, vem aumentando em todo o país os casos de intoxicação e de envenenamento.

De 2009 para cá, segundo o Ministério das Saúde, os casos de intoxicação passaram de 7. 000 para 14.664, ou mais do que o dobro, embora as autoridades estimem que esses casos sejam ainda maiores, já que muitos centros de saúde ou não reconhecem esses efeitos ou não notificam corretamente as autoridades. A situação tem chegado a tal ponto que, em comunicado assinado há pouco por todos os ex-ministros do meio ambiente do país, desde a criação da pasta em 1992, alertam para a política sistemática de desconstrução que vem sendo empreendida pelo atual governo com relação ao meio ambiente, com o desmantelamento dos principais organismos de proteção e fiscalização da nossa biodiversidade.

Para esses ministros, que trabalharam na área e conhecem a fundo a questão, o atual governo não possui, nem de longe, uma agenda ambiental minimamente séria e comprometida com as novas gerações de brasileiros. Essa preocupação também já chegou aos mercados internacionais, principalmente da União Europeia, que já estuda proibir produtos do agronegócio brasileiro que não possuam certificado reconhecido de produto que não afeta o meio ambiente. Medidas como essas poderão, no futuro, prejudicar os produtores nacionais e, quem sabe, obrigarem eles a refazerem seus modos de produção, de olho não apenas no lucro imediato, mas com vistas no amanhã.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Glifosato à sorte é perigo de morte”

Faixa no protesto do Porto, em Portugal

Foto: noticiasaominuto.com

 

 

Espalhe

Sabe aquela pessoa que fica na frente do banco, no estacionamento do seu trabalho ou no sinal, pedindo dinheiro, comida ou que você compre algo dela? Ela também merece atenção e dignidade. Nesse domingo, a loja de rua será dedicada a ela e outras pessoas que estejam passando por dificuldades. Trata-se de uma loja de rua, montada entre o Planetário e o Clube do Choro, que vai funcionar entre 9h e 13h. Quem nunca teve oportunidade de escolher roupas, sapatos, acessórios, brinquedos, por não ter dinheiro, terá no domingo a oportunidade de escolher o que quer. Quem você indicar também receberá alimento, terá o cabelo cortado. O ambiente é do bem.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Com a Câmara em recesso, não houve, ontem, o movimento de segunda-feira no aeroporto. As companhias fizeram voos nem sempre lotados, e o movimento na estação de passageiros era dos menores. (Publicado em 21.11.1961)

Ponto de inflexão

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Cartaz publicado no tercalivre.com

Independentemente do que possa vir a ocorrer nesse domingo 26, com as manifestações de rua convocadas por apoiadores do atual governo pelas redes sociais, é certo que essa data marcará um ponto de inflexão no recentíssimo mandato do presidente Jair Bolsonaro. Fazer apostas sobre sucesso ou fracasso dessas manifestações, mostrando a adesão da maioria da população às teses do governo ou, o que é pior, a apatia dos brasileiros frente a uma crise por demais anunciada, pouco importa.

O fato é que dia 26 marcará uma encruzilhada clara para o governo, que terá que optar por qual caminho seguir. Ou endurece de vez seu discurso, de que os Poderes Legislativo e mesmo o Judiciário atrapalham e sabotam seu governo com medidas que visam sempre a manutenção do antigo status quo, também chamada de velha política, ou adere ao modus operandi desse mesmo esquema e segue cambaleante até as próximas eleições.

Na realidade, desde o retorno da democracia plena em 1985, os brasileiros têm experimentado seguidas crises políticas e econômicas que acabaram por contaminar e tornar calamitosas a situação social do país, com desemprego de milhões de trabalhadores, violência altíssima, com mais de 60 mil mortes a cada ano e outras tragédias que têm arrastado nosso país para a rabeira de todos os índices internacionais de desenvolvimento humano. Essa situação permanente de crise foi agravada ainda pelo período em que a esquerda pretendeu transformar ideologicamente as estruturas do país e suas instituições num modelo de socialismo revisitado pós queda do muro de Berlim.

É justamente o resultado dessa aventura recente e das que as antecederam, que levaram o país à situação atual incontornável. Para os que torcem pelo pior, com o país pegando fogo, com olho, obviamente, no retorno do esquema petista nas próximas eleições, quanto mais radicais forem as arruaças, melhor para as oposições. Do alto do muro do oportunismo, o bloco do Centrão, com os representantes do atraso e das prebendas do Estado, miram essas manifestações com receio e apreensão, já que estão na alça de mira dos protestantes.

À semelhança das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), todos sabem como esses movimentos começam não fazendo a mínima ideia de como podem terminar. O problema com megamanifestações de rua é que elas só são controláveis pelo uso massivo de força, o que pode resultar em mortes. De todo o modo, após esse domingo, os Poderes da República, mais precisamente seus atuais ocupantes, terão que rever seus comportamentos, muitos dos quais claramente reprováveis, se desejam evitar que a crise acabe descambando para uma revolta popular de consequências imprevisíveis, dado o enorme desgaste e o baixo prestígio das instituições do Estado junto à população.

O povo na rua sinaliza, muito além das propaladas benesses da liberdade e da democracia, que algo no ordenamento do Estado não está bem e vai contra a vontade soberana da Nação e que, portanto, precisa ser imediatamente corrigida.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Tomara que esse esforço de controlar o déficit nas contas do governo valha à pena. Já pensou se o próximo presidente for eleito por uma urna eletrônica burlável?

Dona Dita, dona de casa enquanto ouve notícias no rádio

 

 

Divulgação

Espaço Itaú de Cinemas do CasaPark convida a comunidade para participar neste sábado, 10h, do Cine Debate sobre adoção. Depois da exibição do filme “De repente, uma família,” haverá um bate papo com os presentes sobre o assunto. A programação é coordenada pelo Grupo Aconchego, que trabalha há duas décadas promovendo a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento institucional. O respaldo vem também da parceria com Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad) e a Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF).

Cartaz: jornaldoguara.com.br

 

 

Nacional

De acordo com Soraya Pereira, psicóloga e presidente do Grupo Aconchego, várias cidades brasileiras estão realizando, nesta semana, atividades alusivas ao Dia Nacional da Adoção (25 de maio). “A nossa ideia é sensibilizar a sociedade para um tema tão delicado e, ao mesmo tempo, apresentar um pouco do nosso trabalho para quem se interessa pelo assunto”, afirma. Todas as atividades são franqueadas ao público. Os organizadores dão a dica: chegue cedo para poder entrar!

Link para mais informações: aconchegodf.org

 

 

Inconcebível

Depois de saber o quanto se paga de impostos, não há nada mais revoltante do que receber um documento da Fazenda do DF informando que, em 65 dias, o contribuinte receberá uma resposta sobre a solicitação feita, apenas pelo sistema. E pede o favor de não responder à mensagem. Pior, em apenas alguns minutos na fila, as narrativas são de desanimar. “Estive aqui na quinta, fui o primeiro da fila. Ao chegar no atendimento a funcionária bem desembaraçada confessou sem corar o rosto: Ah, disso aqui eu não entendo nada… Tem que aguardar a chegada da fulana.”

Quadrinho: Turma da Mônica

 

 

Segurança

Em Minas Gerais, a Polícia Rodoviária Federal adquiriu, para sete cidades da região, o bafômetro passivo. Apenas por estar próximo do cidadão, já acusa se houve ou não ingestão de álcool. O aparelho que precisa ser soprado pelo motorista é a segunda parte da abordagem. As saídas de festas são os locais de maior apreensão.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Cogita-se, no seio do funcionalismo federal de Brasília, a fundação de uma Associação que agrupe os funcionários, nos moldes da existente no Estado da Guanabara. O movimento, agora, está muito mais forte, porque anunciaram que o presidente iria cortar a “dobradinha” e depois do novo horário das repartições públicas. (Publicado em 21.11.1961)

A educação é sempre um processo político

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Foto: colegioweb.com.br

 

Como enunciado pelo título acima, o processo educativo, por suas características próprias e por sua natureza intrínseca nas relações humanas, acaba sendo sempre um ato e uma ação política, quer os governos de plantão queiram ou não. Isso não quer dizer, absolutamente, que a educação seja uma ferramenta de doutrinação política, do ponto de vista das ideologias, como erroneamente vem sendo feito no Brasil nesses últimos anos.

A verdade, e muitos podem até discordar, é que desde março de 1964, com a tomada do poder pelos militares no Brasil, rompendo a normalidade constitucional, sobretudo após o falecimento do primeiro presidente da República daquele período, Castelo Branco, as escolas públicas, especialmente as universidades, foram transformadas em espécie de trincheiras ideológicas contra o que chamavam de ditadura militar. Mesmo o grande expurgo ávido de professores e pesquisadores em muitas instituições de ensino superior acusados, na ocasião, de algo vago como “subversão”, serviu apenas para intensificar e aguçar os protestos contra o regime no poder. Mesmo as invasões, promovidas pela polícia política (DOPS) e outras, em campi universitários, como ocorreu aqui mesmo na Universidade de Brasília, ocupada por quatro vezes pela polícia, resultando na prisão de mais de uma centena entre alunos e professores, serviram apenas para acirrar os ânimos do alunado e de parte dos docentes, criando um ambiente propício para a disseminação das ideias e dos ideólogos da esquerda, nacionais e internacionais.

Com isso, o partido comunista e suas vertentes, mesmo na condição de clandestinidade, passaram a ter suas ideias acolhidas, de bom grado, dentro desses estabelecimentos de ensino. Naquela ocasião é correto afirmar que o pensamento e as doutrinações de esquerda dentro dessas universidades eram correntes e não havia movimentos internos capazes de se contrapor a essas tendências. Estudantes e professores eram, majoritariamente, adeptos do pensamento da esquerda. Até mesmo as bibliotecas passaram a abrigar, de forma absoluta, obras de escritores e pensadores da esquerda.

Não é de todo errado afirmar que as universidades pelo país foram empurradas para essa situação, por conta justamente da repressão. Esse processo de dominação das ideologias de esquerda nas universidades públicas é uma realidade que já perdura há mais de meio século, sendo uma tendência que, de certa forma, encontra-se já enraizada e estabelecida em muitos desses centros de ensino superior. Pretender acabar com essa tendência, da noite para o dia, por meio de decreto ou por orientação da burocracia com assento momentâneo no Ministério da Educação, é uma tarefa impossível a curto e médio prazos.

Na realidade, pouco adiantaria banir o pensamento de esquerda da educação brasileira, colocando seus autores, como Paulo Freire, como responsáveis pela decadência evidente da educação nacional, impondo uma nova metodologia mais aceita ou digerível pela direita. O problema, e muitos educadores sabem disso, não está nem a Leste nem a Oeste, ou seja, o nó na educação do país, não é obra dessa ou outra ideologia, mas tão somente decorrente do abandono relegado ao processo educacional, em todos os seus níveis, ao longo dessas últimas décadas, o que torna a questão muito mais complexa e trabalhosa.

A escola sem partido é, portanto, uma fantasia tola. Da mesma forma, professores que agem como doutrinadores políticos, deixando de lado o papel de educador, colaboram, ao seu modo, para formar e transformar legiões de alunos em correligionários desses partidos e não cidadãos cônscios e críticos do mundo em volta.

Doutrinação não é educação; possuem origem e finalidades distintas. Enquanto a primeira se ocupa tão somente em arregimentar massa para um objetivo determinado por uma cartilha específica, a segunda cuida dos princípios básicos e universais que movem as verdadeiras democracias do nosso mundo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se você quer saber como é um homem, dê uma boa olhada em como ele trata seus inferiores, não seus iguais.”

– JK Rowling, autora da saga Harry Potter

Foto: Debra Hurford Brown © J.K. Rowling 2018

 

 

MP 863/18

Participação de até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas sediadas no Brasil. Duas correntes se sobressaíram. A do deputado federal gaúcho Marcel Van Hatten, que defende a liberdade econômica das empresas para definir quanto cobrar e que serviço oferecer; e, no lado oposto, o deputado federal Celso Russomanno, que afirma que cobrar pela bagagem é uma configuração clara de “venda casada”. Seguem abaixo o e-mail e o telefone dos dois deputados para você atacar ou acatar a ideia sobre cobrança de bagagem em viagens de avião.

Fotos: camara.leg.br/deputados

E- mail: dep.marcelvanhattem@camara.leg.br
Telefone: (61) 3215-5271

E-mail: dep.celsorussomanno@camara.leg.br
Telefone: (61) 3215-5960

 

 

MP 881/19

Em contraponto, a MP 881 assegura empresas na cobrança de preços, reforçando “garantias livres de mercado” intitulada como MP da Liberdade Econômica. O alcance se dá tanto no direito civil como empresarial. Se for aceito o preço dado, deverá ser acatado inclusive judicialmente. É o fim da intervenção.

Bolsonaro assina MP da Liberdade Econômica para desburocratizar startups – InfoMoney (Foto: Alan Santos/PR)

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Ministério da Agricultura, sempre o mais pobre do “país essencialmente agrícola”, está dando uma nova demonstração de sua pobreza; é, atualmente, em Brasília, o único órgão federal que não dispõe de ônibus para a condução dos seus funcionários. (Publicado em 21.11.1961)

Temos muito ainda que avançar para sermos um país respeitado e exemplo para o mundo

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FOTO: ZECA RIBEIRO /CREATIVE COMMONS

 

Para um país em que a cada dez habitantes cinco são do sexo feminino, fica difícil entender e mais ainda explicar o baixo índice de participação das brasileiras no processo político eleitoral. O normal seria que a metade das cadeiras no parlamento fosse delas. A questão assume caráter ainda mais complicado quando se percebe que essa distorção não é provocada pelo desinteresse das mulheres sobre os destinos políticos do país, como muitos não se cansam de repetir. Existe esse interesse e ele chega, em algumas situações, a ser maior, inclusive, que o demonstrado pela ala masculina dos brasileiros.

O que, de fato, tem ocorrido com essa desproporção na representação por sexos entre mulheres e homens nos partidos é que, infelizmente, a maioria das legendas que participam dos pleitos eleitorais a cada quatro anos são, invariavelmente, comandadas por homens. São esses caciques, que agindo como verdadeiros donos das siglas, determinam as vagas que serão oportunizadas para a participação feminina. O pior é que, como ficaram demonstradas por investigações feitas, ainda de forma preliminar sobre as últimas eleições, muitas mulheres foram simplesmente usadas como laranjas para as movimentações e locações irregulares dos recursos partidários.

Os partidos, que deveriam investir o mínimo de 5% do Fundo Partidário, na promoção política das mulheres entre 2010 e 2018, simplesmente usaram esses recursos para turbinar candidaturas dos homens e daqueles indivíduos, escolhidos a dedo pela direção das legendas, burlando a lei, fraudando a justiça eleitoral e, de quebra, enganando os eleitores de todo o país. Acima de tudo, essa manobra malandra representou uma afronta direta e um desrespeito à toda cidadã brasileira, mostrando até onde esses partidos são capazes de descer para fazer valer seus propósitos.

Apenas por essa manobra sem ética, num país sério, essas legendas seriam exemplarmente punidas, inclusive com a cassação do registro partidário. Mas estamos no Brasil do realismo fantástico, onde uma coisa pode ser avessa, num passe de mágica. Com a perspectiva de virem a ser punidos pela justiça eleitoral, com a chance de terem recusadas suas prestações de contas, os mesmos legisladores que criaram a lei que incentiva um mínimo de 30% de mulheres nos pleitos eleitorais acabam de levar à sanção presidencial uma espécie de contraproposta, que anistia o não cumprimento dessa regra, livrando os partidos e seus dirigentes de punição.

Antigamente, tal atitude era classificada com o ditado: “desfez com os pés, o que foi feito pelas mãos”, querendo significar uma reação bruta contra o que foi construído com trabalho e empenho. A anistia aprovada agora pelo presidente Bolsonaro, depois de negá-la de forma incisiva, demonstra o quanto ainda temos que avançar em civilização e ética até alcançarmos o patamar de país respeitado pelo mundo.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A participação efetiva das mulheres na política, ao mesmo tempo em que é uma forma de garantia da própria igualdade de gênero, também se constitui em um alicerce sobre o qual é possível almejar transformações mais profundas nas estruturas da nossa sociedade.”

Nota assinada pela  Comissão Nacional da Mulher Advogada, a Comissão Especial de Estudo da Reforma Política e a Comissão Especial de Direito Eleitoral do Conselho Federal da OAB

 

 

 

Encontro

Na Comissão de Direitos Humanos do Senado, audiência sobre violência sexual contra vulneráveis, estava presente a delegada federal, Paula Mary Albuquerque, chefe da Delinst/RJ.

 

 

Capacitação

Uma das observações da Dra. Paula Mary é que nem hospitais ou escolas de todo o país estão prontos para tomar a atitude certa em casos suspeitos de abuso sexual. A capacitação de profissionais da área de saúde e educação é um passo importante.

Foto: Fernanda Dias/Agência O Dia

 

 

De volta

Outro dado fundamental trazido nessa reunião é que os criminosos sexuais são reincidentes. Quando as autoridades conseguem prender, em 4 anos já estão de volta para a sociedade. Geralmente buscam uma nova chance em escolas para manter os mesmos crimes.

 

 

 

Inépcia

Segundo informações da delegada Paula Mary, casos de abuso sexual em escolas geralmente são encerrados com a demissão do criminoso e o silêncio da direção.

Arte: R7 (noticias.r7.com)

 

 

Interligados

Dentro de uma perspectiva de política pública sobre o assunto, a delegada Paula Mary sugere que seja montada uma teia de comunicação que comece nas delegacias municipais, estaduais e federais; todas interligadas. As folhas de antecedentes criminais de um estuprador registradas em um município não chegam ao conhecimento da delegacia estadual nem de outros municípios, dando ao criminoso mais liberdade de agir. A legislação deve proteger a criança e não o estuprador. Por isso, um banco nacional com dados dos criminosos sexuais deveria ser formado e disponibilizado para consulta (pelo menos de autoridades).

 

 

 

Educar

Dra. Paula Mary reforça o perigo de uma criança ficar sozinha navegando pela Internet. Os criminosos não descansam e os pais só conseguem descansar se conseguirem a confiança dos filhos.

Charge do Ricardo Jottas

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O supermercado UV-1 dispõe apenas de sacos pequenos, e por isto, as filas ainda são maiores, atualmente. (Publicado em 21.11.1961)

Mercado informal vai engolindo a economia tradicional

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

Dados do desemprego tanto no Brasil quanto em sua capital não param de crescer. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice médio de desempregados saltou de 11,6% para 12,4%. No Distrito Federal, a situação parece ser a mesma. O índice médio de desemprego na capital subiu de 18,2% para 18,7%. No país são mais de 13 milhões de desempregados. Em Brasília esse número é de 315 mil pessoas sem emprego. Com índices dessa magnitude e sem quaisquer perspectivas à frente de que a situação vá melhorar a curto prazo, o Brasil e sua moderna capital enfrentam situações de grande instabilidade econômica e sobretudo social.

Basta dizer que onde existe desemprego existe também uma série de fatores negativos que acabam influenciando outros setores, mesmo aqueles que aparentemente estão imunes a esse tipo de situação, tanto na cidade como nas áreas rurais. Não há dúvidas de que além da crise econômica persistente, exista ainda uma mudança, trazida pelas novas tecnologias, no perfil dos profissionais buscados tanto pelas empresas como pela indústria. Uma coisa não mudou durante todos esses anos. O desemprego continua a afetar mais mulheres, negros e jovens. O Estado que era o grande empregador, quando chegou nos anos sessenta e setenta a contratar até 30% da força de trabalho, reduziu esse número, com o encolhimento do chamado Estado do bem-estar social e das políticas estatizantes, verificadas sobretudo no período militar.

É preciso levar em conta que, num mundo globalizado, as oscilações da economia em outros países acabam influenciando também a situação local, principalmente nos países periféricos dependentes. Ao lado das consequências já conhecidas advindas da falta de trabalho como o aumento da violência, da pobreza e das desigualdades, do qual o Brasil é ainda campeão mundial, o desemprego fez explodir a níveis nunca antes verificados do emprego informal e sua congênere, o mercado informal. Com isso, aumentou também a quantidade de produtos contrabandeados nas ruas e avenidas de todo o país.

Segundo dados fornecidos pelo Índice de Economia Subterrânea (IES), fosse um país, o mercado informal brasileiro ocuparia a 39ª posição entre as economias do planeta, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1,173 trilhão, o que equivale a 16,9% do PIB nacional. Não há como negar: andar pelas ruas do Brasil é como se movimentar dentro de uma feira a céu aberto. Por todo lado que se olha, comerciantes e camelôs estão vendendo todo o tipo de produto.

A situação chegou a tal limite que muitas prefeituras e administrações já não conseguem mais controlar essa multidão de gente negociando pelas ruas. O pior é que esse comércio informal, que não paga e ainda por cima sonega impostos, e não cumpre as obrigações trabalhistas vem se expandindo enormemente por toda a parte.

Em Brasília essa é uma realidade que parece ter vindo para ficar. Ambulantes armam suas barracas em frente ao comércio legalizado. Para piorar, o brasiliense assiste também à proliferação dos chamados comércios de lata. São Barracos de lata fixos em todas as quadras residenciais e os chamados foodtrucks, que se espalharam pela cidade, formando um verdadeiro exército de ambulantes que trabalham sem fiscalização, em áreas públicas, nas entre quadras e em qualquer estacionamento vazio. Trata-se de uma situação que exigirá enorme esforço das autoridades, caso elas venham realmente a cuidar dessa questão. Por sua magnitude e pelo pouco caso demonstrado até agora pelos governantes, diante de uma situação de desemprego geral, não seria exagero se o país e sua capital não viessem a ser totalmente dominados por esse tipo de comércio ambulante, transformando nossas ruas em feiras abertas, sujas, perigosas, intransitáveis. Um decadente retrato do terceiro mundo, em pleno século XXI.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Por volta de 2035, não haverá quase nenhum país pobre deixado no mundo. Quase todos os países serão o que agora chamamos de renda média-baixa ou mais rica.”

Bill Gates, empresário, filantropo e autor americano

Foto: gatesnotes.com/Bio

 

 

Celebração

Chega a notícia do Ceará, pelo Cel Jucenilio Evangelista da Silva, que convida todos os ex-alunos espalhados pelo país para participar dos eventos da Solenidade do Centenário do Colégio Militar de Fortaleza. Dia 31, a partir das 19h na Aldeota.

Cartaz: cmf.eb.mil.br

 

 

Souza Cruz

“Estamos confiantes que as autoridades entenderão que esses dispositivos são importantes para a redução dos danos do cigarro à saúde e uma forma de preservar a sustentabilidade da cadeia produtiva do tabaco”, disse o executivo sul-mato-grossense, Liel Miranda, à revista DINHEIRO. Se faz mal à saúde, a cadeia produtiva do tabaco precisa ser interrompida. O que não faz sentido é o país ter sido vitorioso na diminuição de mortes por fumo através de uma legislação moderna e a fundamentação para que tudo vire fumaça seja a produção do tabaco.

Foto: istoedinheiro.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A mudança das favelas tem tomado tempo demais do Prefeito, e com isto, até o momento, não sabemos quando teremos novo supermercado, que é, atualmente, o de que mais se ressente a população. (Publicado em 21.11.1961)

A força do parlamentarismo branco

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Charge: Laerte

 

Hoje o que se pode afirmar, no mínimo, é que as relações entre o governo Bolsonaro e o Legislativo vão seguindo como num jogo de xadrez, com recuos e avanços, mas com uma ligeira vantagem para os políticos, que dia a dia vão tomando ciência da capacidade de obstruir e esvaziar os planos do governo, levando o Executivo para uma situação de xeque-mate. Não é por outro motivo que já se ouvem nos corredores do Congresso o retorno do tema parlamentarismo.

A formação, sempre oportunista, de um chamado Centrão, composto, entre outros, por políticos desgarrados dentro do Legislativo, políticos com pendências junto à justiça, velhas lideranças, magoadas com a perda de prestígio e outros indivíduos sem compromisso com o país, é um sintoma claro do prenúncio de mais uma crise institucional.

Reuniões se sucedem até madrugada adentro. Acordos, conchavos e alianças vão se sucedendo com os políticos, cada vez mais ávidos com a possibilidade de vir a comandar os destinos do país. Para reforçar essa turma, que joga pesado, a oposição, por total falta de alternativa, juntou suas forças ao Centrão, criando um supergrupo que pressiona e até ameaça o atual governo com a instauração de um parlamentarismo branco. Na tentativa de ganhar protagonismo, o Congresso vem ocupando espaços até fora de seu âmbito de ação constitucional, trabalhando com uma agenda própria e fazendo valer sua força nessa queda de braço. Incrível que com sua experiência no parlamento, tanto o presidente Bolsonaro, como seu chefe de gabinete, Onyx Lorenzoni, parecem atordoados com a hipertrofia do Legislativo e sua sede de poder.

Pelo o que se tem visto até aqui, o parlamento tem colocado o Executivo contra a parede, fazendo-o ver que, sem o apoio dos congressistas, o governo Bolsonaro não irá muito longe. A interferência do Legislativo nos domínios do Executivo já foi inclusive levada ao limite, com os deputados e senadores determinando até a formação e atuação de cada um dos ministérios do atual governo. O caso do Coaf é emblemático. No parlamentarismo branco que, parece, vai ganhando configuração a cada dia, o Legislativo não assumiria de forma institucional e formal o poder, mas agiria, como de fato vem fazendo, para impor, par i passo a agenda para o governo.

Com uma reflexão mais acurada, a essa altura, o Palácio do Planalto percebe a falta que faz o apoio dos atuais presidentes da Câmara e do Senado. O que se sabe, e o governo já se inteirou disso, é que as reformas tributária, política e a própria reforma da previdência irão ser alinhavadas, costuradas e entregues ao país, diretamente pelas mãos dos políticos, os representantes do povo.

É claro que essas mudanças virão exatamente com a digital dos atuais políticos, o que pode decepcionar ainda mais a sociedade que não aposta grandes expectativas com a legislatura do momento, apesar de tê-la instalado no Congresso.

Um exemplo dessa deformação das propostas do Executivo dentro do parlamento, que pode ser conferida e que remete ao passado e à velha política, são as criações de antigos ministérios para alojar correligionários, a possível volta do imposto sindical e outros retrocessos como o orçamento impositivo. Visto apenas sob o ângulo constitucional da divisão tripartite do Estado, Artigo 2º da CF de 1988.

Parece natural que a continuar nessa interpenetração de funções dos poderes da República, os atropelos jurídicos virão com certeza. Nesse ponto, a persistir a queda de braço entre Legislativo e Executivo, o Supremo seria chamado a se pronunciar, em meio a paralisação do governo. Com isso um terceiro poder entraria nessa contenda, conferindo maior confusão a um cenário, a essa altura, já bastante caótico.

A chamada politização da justiça ou a judicialização da política voltaria aos debates engrossando, ainda mais, o caldo republicano e com consequências, nesses tempos de extremismos, imprevisíveis. Correndo paralelo a essa crise que se anuncia, a população quer mesmo é ver resolvido a questão do desemprego, pelo menos.

Mas pode também voltar às ruas, em grandes massas, para resolver, ao seu modo, uma crise que todos já sabem que não nos levará a nada de bom e útil. De certo, é que essas disputas não interessam nem um pouco aos cidadãos, o que pode ser provado em qualquer pesquisa de opinião pública, onde os três poderes parecem na rabeira tanto de prestígio junto à população quanto em confiança.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Todos os nossos problemas procedem da injustiça. O privilégio foi o estigma deixado pelas circunstâncias do povoamento e da colonização, e de sua perversidade não nos livraremos, sem a mobilização da consciência nacional.”

Ulisses Guimarães, ex-deputado federal

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A medida do sr. Alcindo Pacheco, chefe do Serviço de Administração da Soib, suspendendo as marmitas que a cantina do Ipase fornecia, pode ter sido um gesto de vingança, mas prejudicou muitas famílias que usam àquela cantina em todas as refeições. (Publicado em 21.11.1961)

Centrão e a hipertrofia do Legislativo

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Foto: CEDI/Câmara dos Deputados

 

Tradicionalmente, em nosso sistema de presidencialismo, o poder de governar, de fato, sempre esteve centrado no Executivo, com o presidente e sua equipe pautando inclusive a agenda e os trabalhos do Legislativo. Esse modelo de superposição de um poder sobre o outro sempre mereceu críticas por parte de alguns parlamentares que não aceitavam ser comandados de fora para dentro, falando em perda de prerrogativas.

Com ou sem reclamações, esse foi o modelo que sempre vigorou, obviamente com sua balança de pesos e contrapesos com o governo, ou prestigiando os políticos com cargos na administração pública ou simplesmente ignorando-os, como faziam os presidentes militares entre os anos de 1964 e 1985. Essa foi a tradição que mereceu, inclusive, o apoio da população que rejeitou, por meio de plebiscito, a ideia da adoção do parlamentarismo em 1993.

Dos 67 milhões de brasileiros que votaram naquela ocasião, 37,1 milhões escolheram o presidencialismo como sistema de governo para o Brasil, confirmando um modelo ao gosto da população e já conhecido e testado por décadas. Em nossa história republicana, o parlamentarismo só foi usado como medida de caráter urgente para sanar crises institucionais, como no caso da renúncia de Jânio Quadros em 1961, quando se instituiu esse sistema para tornar palatável, aos militares e aos setores conservadores, a posse de Jango Goulart, considerado um político por eles de esquerda e nacionalista. De crise em crise, prosseguimos sempre sob o predomínio do presidencialismo. Ainda bem, já que, graças a figura do vice-presidente, o Brasil, em diversas ocasiões, foi salvo de crises que poderiam, inclusive, levar a uma conflagração civil de proporções imprevisíveis.

De fato, o que se pode observar é que sempre que o ocupante do Executivo, por qualquer razão, demonstra pouca aptidão em comandar o país com determinação e autoridade, o legislativo passa a ocupar esses espaços e se tornar dono da situação, quer pressionando o governo a adotar medidas ao gosto dos políticos, quer, simplesmente, boicotando o próprio governo, não votando matérias de interesse do Executivo, desfigurando outras e até ameaçando o mandatário com a possibilidade de impeachment, caso venha a perder sua base política de sustentação dentro do Congresso. Tem sido assim desde a proclamação da República em 1889.

Não restam dúvidas de que o Congresso, ao longo de nossa história, tem sido, há um só tempo, a causa e a solução de nossas crises institucionais. Com o atual governo que assumiu esse ano, a história não tem sido diferente. Eleito na onda do descontentamento geral com os petistas, Bolsonaro, como uma espécie de anticandidato, chegou ao poder quase que de maneira improvisada, sem um projeto acabado de governo e com uma equipe montada às pressas e sem expertise comprovada em administração pública.

A essas deficiências, vieram se somar as declarações, corretas, feitas pelo presidente eleito de que a velha política, do toma lá, dá cá, não teria espaço em seu governo. Acostumados justamente ao jogo imposto pelo chamado presidencialismo de coalizão, no qual ninguém governa se não estiver em alta sintonia com o Congresso, os políticos passaram a sentir na pele os efeitos do novo modelo de governo e, obviamente, não gostaram do que viram.

A partir daí, uma série ininterrupta de acontecimentos vem abalando as relações entre o Palácio do Planalto e o Congresso. As seguidas derrotas sofridas na Câmara e no Senado das propostas do governo e, principalmente, a possibilidade de a reforma da previdência vir a ser desfigurada pela atual legislatura acendeu a luz vermelha no Executivo.

Os vacilos de lideranças políticas e a falta de coesão do próprio partido do presidente, o PSL, ajudaram a pôr mais lenha nessa fervura.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A voz do povo é a voz de Deus. Com Deus e com o povo venceremos, a serviço da Pátria, e o nome político da Pátria será uma Constituição que perpetue a unidade de sua Geografia, com a substância de sua História, a esperança de seu futuro e que exorcize a maldição da injustiça social.”

Ulisses Guimarães, ex-deputado federal

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

 

 

“Siesta”

Sair com um cadeirante não é tarefa simples. Na Internet estava a informação de que o Centro de Saúde UBS nº 1 da QI 21 do Lago Sul fecha às 12h e reabre às 13h. Na realidade, antes das 12h, uma senhora de 75 anos, cadeirante, com recomendação médica de repouso, foi, acompanhada da filha, ao local, mas não houve atendimento. Veja como tudo aconteceu a seguir. O vídeo foi gravado por Dib Franciss. Cidadão sempre atento às injustiças cotidianas.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Supermercado precisa receber, também, a produção dos granjeiros de Brasília. Dentro de 15 dias, Várzea Bonita poderá abarrotar a cidade de verdura e as providências de distribuição estão sendo tomadas, faltando, apenas, a colaboração do supermercado. (Publicado em 19.11.1961)

Oportunismo oposicionista

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Com o contingenciamento, obrigatoriamente imposto pelo atual governo nos recursos destinados a diversas áreas e ministérios, sobretudo no custeio de algumas despesas na educação pública, a oposição, ou o que restou dela, parece ter encontrado aí uma fórmula fácil para tentar reavivar o apoio popular, perdido nas últimas eleições. Apoio do eleitorado, assim como o apoio político é tão consistente como fumaça ao vento, mudando de direção conforme o deslocamento do ar.

Ainda assim, e contando com a solidariedade oportunista do chamado Centrão, um aglomerado de parlamentares que se juntam em determinados momentos para fazer valer suas ambições pessoais e assim fugir de compromissos que possam instaurar princípios mínimos de ética pública, a oposição pegou carona nas manifestações de rua e, num primeiro momento, parece ter readquirido certa visibilidade.

Parte da imprensa, que vai nessa mesma linha, ajudou a difundir e a exagerar esse renascer. De cara, o que se observou nessas manifestações, ocorridas em diversas partes do país, foi o enorme esforço da oposição na feitura desses protestos. A tal ponto que o objetivo original que seria o da defesa por mais verbas para a educação, ficou totalmente em segundo plano. O que se via e ouvia nas ruas eram os antigos gritos de guerra entoados de forma ensaiada de Lula Livre, fora Bolsonaro e outras sandices bem ao estilo oportunista dessa gente.

Bandeiras dos partidos da oposição, do MST, MTST, CUT e outros satélites da esquerda reapareceram em grande quantidade. De fato, o que se pode constatar é que houve a utilização dos professores e estudantes como massa de manobra ou, como afirmou o presidente, “idiotas úteis”, para os partidos e movimentos de esquerda, voltarem às ruas de onde foram banidos recentemente. Engana-se quem acredita que a esquerda, assim como seus movimentos e filiais, possui algum interesse na questão da educação.

Os rankings internacionais que avaliam o desempenho e a qualidade da educação em diversos países vêm, seguidamente, colocando o Brasil nas últimas posições em diversos quesitos, o que prova que, depois de quinze anos ininterruptos de gestão esquerdista, esse setor ainda represente o calcanhar de Aquiles do nosso país. Ainda assim, contando com o apoio sincero de professores e alunos, sempre abduzidos pelas narrativas fantasiosas das esquerdas, os protestos foram aparentemente significativos.

De toda a forma, esse é um fato do qual o governo precisa tomar todas as preocupações possíveis se deseja continuar governando, sem maiores sobressaltos, o Brasil. Ao juntar-se ao Centrão, as oposições conseguiram, pelo menos nesse instante, reacender sua performance não apenas no parlamento, mas nas ruas. Da mesma forma que as esquerdas usam despudoradamente o apoio de professores e estudantes para seus propósitos de poder, utiliza também o Centrão e outros grupos de políticos desgarrados dentro do Congresso para impor sua pauta e dificultar a vida do atual governo.

Tão logo tenha obtido aquilo que almeja, essa mesma esquerda, sem o menor remorso, irá deixando, estendido pelo caminho, antigos companheiros de batalha. Para quem duvida desse tipo de estratégia sem ética, basta ouvir o que tem dito pessoas outrora importantes dentro dessa corrente, como é o caso do ex-ministro, e ex-Todo Poderoso dos governos petistas, Antônio Palocci.

O que a esquerda e os doidivanas do Centrão assinam em baixo não é a melhoria da educação ou qualquer outra melhoria para o país, mas tão somente o poder, nem que para isso tenha que sacrificar 200 milhões de brasileiros.

 

*Obs. quanto à imagem em destaque: o verbo ter empregado no sentido de existir é considerado gramaticalmente incorreto pela norma culta. Além disso, nesse sentido e na pior das hipóteses, ele seria impessoal; logo, não admite sujeito e, se não admite sujeito, não deveria ter sido conjugado no plural.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O carioca votou no macaco Simão pensando que só fosse roubar bananas!”

Dona Dita, aposentada com seus pensamentos

 

 

Parceria

Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio estão prontos para produzir textos literários para a 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. Numa parceria entre o Itaú Social e o Ministério da Educação, sob a orientação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, o evento é um incentivo aos professores da rede pública na prática literária voltada aos estudantes.

 

 

Fonética

Por falar em Educação, veja a seguir uma das fotos que simbolizaram o movimento nas ruas pela Educação. Pela idade de quem segura o cartaz, prova-se que é o legado do governo anterior.

 

 

Gestão

Uma das principais inovações implementadas administrativamente pela Diretoria Geral do Senado foi o processo de seleção interno, que resultou na escolha de Daliane Aparecida Silvério de Sousa para a direção da Secretaria de Gestão da Informação e Documentação. O próximo processo seletivo interno será para ocupar a direção da Secretaria de Gestão de Pessoas, que era ocupada por Paulo Ricardo dos Santos Meira.

Foto: Pedro França/Agência Senado

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A lagarta vai acabar com a grama da Esplanada dos Ministérios, e embora o prefeito tenha autorizado, o Departamento Geral de Agricultura não recebeu, até hoje, uma única lata de veneno para extermínio das lagartas. (Publicado em 19.11.1961)

Governança ao invés de privatizações açodadas

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Charge do Genildo

Ficasse firmado na Constituição, logo em seu preâmbulo, que todos os recursos públicos, emanados da força de trabalho do povo brasileiro, por se tratar de riquezas de alta relevância capaz de garantir a vida e o futuro da população, devem ter destino absolutamente justificável, aplicado com transparência e rastreado pelo próprio contribuinte, muitos problemas seculares de nosso país seriam evitados na origem.

Com isso, mordomias nababescas e corrupção sistêmica, duas pragas oriundas e permanentes nas altas cúpulas do poder, assim como a má gestão de recursos, seriam banidas ou ao menos minoradas. A essa altura, todos já perceberam que está na malversação do dinheiro público grande parte dos problemas financeiros do Estado, justamente naqueles quesitos relativos ao bem-estar da sociedade. Não é possível haver justificativa plausível quando se destina milhares de reais para a compra de guloseimas e outros acepipes requintados, como vinhos caríssimos e outros mimos, também a preço de ouro, apenas para uma pequeníssima parcela do funcionalismo público, enquanto faltam leitos e remédios em hospitais, merendas e materiais didáticos nas escolas, por absoluta falta de verbas.

Nas altas esferas da administração federal, os altos salários, seguidos das generosas aposentadorias, demonstram, de modo claro, a pouca sensibilidade para reais problemas do país e as flagrantes injustiças na repartição dos recursos da União. Fossem estabelecidas, ao menos, prioridades, poderíamos contornar o problema. Enquanto não forem atendidas as necessidades básicas como escolas modernas, hospitais de qualidade, segurança, moradia digna e outras benesses necessárias e urgentes, nenhum recurso deveria ser gasto, de modo supérfluo em outras áreas. O desrespeito e o modo perdulário como são gastos os recursos da população, priorizando sempre o atendimento do topo da pirâmide da administração pública, soa, ao brasileiro comum, como uma afronta.

A questão é como estabelecer uma convivência pacífica entre um Estado absolutamente rico e poderoso e uma população pobre e desassistida, forçada ainda a bancar essas desigualdades. O dinheiro, como dizia o filósofo de Mondubim, não suporta desaforos. Esse descompasso entre o que pagam os brasileiros de impostos, tributos, tarifas e contribuições, entre outras cobranças, é agravado ainda quando se verifica que muitas obras de vital importância para o cidadão, financiadas com recursos públicos, muitas inclusive ultrapassando as cifras de centenas de milhões de reais, tão logo começam a apresentar problemas que o governo considera momentaneamente incontornável, são imediatamente postas à venda, dentro da bacia das almas das privatizações. Essa é realmente uma situação grave de desrespeito e desprezo pelo dinheiro do contribuinte.

Privatizar ou entregar à iniciativa privada, que todos já conhecem bem o perfil, setores como o fornecimento de água potável, coleta de esgoto, fornecimento de energia elétrica ou transporte de massa, como o metrô, todas elas obras caríssimas e que sorveram, por anos, montanhas de recursos preciosos, a particulares para que explorem esses serviços com vista, obviamente, em lucros fabulosos, parece insano e até criminoso. Ao bom gestor, cabe sanear essas empresas, eliminando altos salários, mordomias, incúrias, nomeações políticas e outras distorções, deixando essas empresas em condições de fornecer os serviços solicitados pelo cidadão.

Falar em privatização quando se sabe da importância estratégicas dessas empresas para a vida das pessoas é um contrassenso suspeito. Muito mais barato é a adoção das chamadas boas práticas administrativas de gestão, conhecidas por governança ou compliance. Infelizmente esse tipo de fórmula não consta do manual político, por excesso de itens de ética pública.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A moral e a ética são duas invenções humanas que dependem muito do espaço geográfico que você ocupa.”

Augusto Branco, poeta e escritor

facebook.com/AugustoBranco2020

 

 

Sempre limpo

Até agora ninguém entende qual a finalidade dos banheiros públicos na estação 108 do metrô. Os seguranças da área desconhecem o paradeiro das chaves e o local fica trancado.

 

 

Insubstituível

Outro fato interessante acontece no HRAN. A informação é que uma funcionária dos Recursos Humanos faleceu e quem precisa de documentos e declarações não têm a quem recorrer.

Foto: sindsaude.org.br

 

 

Mudanças

Entre as novidades do Estatuto da Criança, está a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Menores de 16 anos não viajam desacompanhados; apenas se tiverem autorização. Tecnologia de ponta ajudará a identificar menores desaparecidos.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Jc – Jornal Do Comércio

 

 

Ecosociólogo

Sem se intimidar com a potência da comunicação digital, Eugênio Giovenardi tem um excelente blog intitulado “O Observador”. Assista uma entrevista, dada ao Correio Braziliense no Projeto Pioneiro, com o ecosociólogo a seguir.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Foi proibida a pesca no Lago, mas ninguém se lembrou de prender os caçadores que espantaram as garças que enfeitavam as margens, e o pântano do Jardim Zoológico. (Publicado em 19.11.1961)

A era do fanatismo

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Charge do Laerte

 

Que o Brasil vive um momento de grande estranhamento entre as pessoas, muita gente já percebeu. O que muitos têm afirmado é que esse fenômeno de animosidade mais acirrada entre diversos grupos é um acontecimento natural, próprio de períodos de transição de século e de milênio, com o esgotamento de alguns modelos e falta de outros mais adequados ao tempo presente. Atribuem também a esses fenômenos de agressividade a fatores como superpopulação, migrações de grandes massas, fomes, mudanças climáticas, internet, decadência nos modelos das democracias atuais, das incertezas diante de um mundo cada vez mais distópico e niilista, no esgotamento do modelo de educação atual, no individualismo, cada vez mais exacerbado e a diversos outros fatores presentes em nosso tempo.

Seja o que for isoladamente ou um pouco de tudo somado, o fato é que vivemos, no nosso caso particular, uma era de fanatismos sem precedente, interpondo pessoas contra às outras por motivos muitas vezes banais e sem sentido. O homem universal que se dizia surgiria da interligação instantânea de todas as pessoas do planeta, o que a internet, de certa forma, possibilitou, ao invés de trazê-lo para o mundo fora de seu quadrado, o que parece ter feito, foi encarcerá-lo em seu cubículo.

No Brasil esse isolamento voluntário foi intensificado ainda pela extrema violência que tomou conta de nossas principais cidades. Por mais que seja acurada a análise dessa questão social, o fato é que os antigos marinheiros que anteriormente exploravam o mundo para recontá-los em seus romances, hoje limitam-se a navegar pela internet e no máximo dão likes e outros sinais mínimos de que estão vivos.

Contraditoriamente, o mundo civilizado ficou ainda mais hostil ao homem, mais perigoso do que na pré-história da humanidade. Os inimigos são os diversos grupos e instituições tomadas pelo fanatismo patológico. Partidos políticos, times de futebol, igrejas neopentecostais e vertentes religiosas distorcidas, para ficar apenas nesses três grupos mais presentes na vida das pessoas, se esmeram nas práticas do fanatismo e na elevação do fervor de seus membros na busca vã de adquirir personalidade distinta. Mas não se enganem: todas essas instituições agem com um único objetivo: destruir o indivíduo e suas opções, torná-lo um zero imerso num coletivismo sem personalidade de modo a colocá-lo a serviço de um ideal prometido e nunca entregue pela cúpula.

Os partidos vivem em função unicamente de sua cúpula. Aos correligionários cabe votar no indicado, pagar fundos de campanha e fundos partidários. Contribuição para o aperfeiçoamento democrático é nenhuma. Os times de futebol e principalmente as torcidas organizadas, impregnadas de fanatismo paranoide, incentivam suas hordas a destruir o adversário, transformado em inimigo de guerra. Os jogadores e dirigentes, de posse de altíssimos salários e outros benefícios enxergam esses torcedores como massa de manobra a serviço de uma causa que não existe. O mesmo ocorre com essas novas igrejas que têm surgido nessas últimas décadas, no embalo das mídias sociais. Seus pastores dirigentes, por conta da cobrança de dízimos cada vez mais escorchantes, se tornaram verdadeiros magnatas a quem nem o governo e nem os órgãos de fiscalização do Fisco, tão zeloso em cobrar da população em geral, incomodam.

Para piorar uma situação que em si já é perigosa, assiste-se parte da imprensa a dar vazão a um grupo ou outro, levando e trazendo recados, aumentando a temperatura e os maus humores das pessoas. Um sintoma claro de que as personalidades que comandam esses grupos de fanáticos estão fazendo a coisa errada e de modo enviesado é que a maioria delas não pode mais circular em público, sob o risco de linchamento e de outras agressões. Até mesmo as universidades, que outrora eram os centros por excelência da pluralidade de opinião e da democracia, se fecharam em copas e vivem seu próprio tormento sonhando com um mundo pré-queda do muro de Berlim. A unanimidade burra, de que falava Nelson Rodrigues, está por toda a parte.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nas grandes multidões, acumula-se a estupidez, em vez da inteligência. Na mentalidade coletiva, as aptidões intelectuais dos indivíduos e, consequentemente, suas personalidades se enfraquecem”

Gustave Le Bon (7 de maio de 1841—13 de dezembro de 1931) foi um polímata francês cujas áreas de interesse incluíam antropologia, psicologia, sociologia, medicina e física. (Wikipedia)

Retrato de Gustave Le Bon (1881). Foto: Morphart Creation / Shutterstock.com

 

Gratidão

Gentis palavras sobre essa coluna e o Correio Braziliense. Nossos agradecimentos ao Dr. Lecir Luz.

 

 

 

Baixa qualidade

Depois de alguns dias de trânsito completamente parado na Barragem do Paranoá para a recapagem do asfalto, um resultado bastante sofrível. Nota-se que a qualidade do serviço feito deixou a desejar.

Foto: der.df.gov.br

 

 

Ponte já

Está na hora de o governador do DF enfrentar a realidade e começar a pensar em concretizar o projeto da ponte UnB/Península Norte/Setor de Mansões. Depois de tantos condomínios, piscinão e projetos residenciais populares, a DF 005 já não comporta mais o movimento.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há pescadores profissionais no Lago de Brasília. Apesar da proibição, nas proximidades da ponte da Asa Norte, muita gente vai pescar para vender. (Publicado em 19.11.1961)