O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Polícia Judiciária (PJ) decidiram apertar a fiscalização nos aeroportos para voos oriundos do Brasil. Com isso, quase todos os dias, pelo menos uma pessoa é presa com drogas ao desembarcar em território luso, principalmente com cocaína, seja no corpo, nas malas ou em bagagens de mão.
A frequência das prisões aumentou tanto, que os três consulados do Brasil em Portugal — Lisboa, Porto e Faro — reforçaram o serviço jurídico para dar assistência aos detidos. Por lei, as autoridades portuguesas são obrigadas a comunicar os consulados sobre as prisões.
Segundo o SEF, nem todos os presos em voos que saíram do Brasil são brasileiros. Há estrangeiros também entre os detidos. A assistência consular, porém, só vale para cidadãos com passaporte do Brasil. Eles, no entanto, são maioria dos detidos por porte de drogas.
Quando pegos pela polícia portuguesa, os traficantes — ou mulas — são apresentados aos tribunais para que a prisão seja decretada. Os consulados acompanham todo esse processo e advogados são disponibilizados para averiguar a situação nas cadeias.
Em alguns casos, há a extradição para o Brasil. Muitos cumprem parte das penas em Portugal e parte, em solo brasileiro. Atualmente, são mais de 300 os brasileiros detidos em território luso.