Ainda nos Estados Unidos, onde finaliza os trâmites para retornar ao Brasil, André Brandão já dá as cartas no Banco do Brasil, do qual será presidente. Ele vem se reunindo virtualmente com os principais executivos da instituição a fim de dar as diretrizes que serão a tônica de sua gestão.
Brandão, que substituirá Rubem Novaes no comando do BB, quer agilizar uma série de processos, uma vez que o banco corre contra o tempo para ampliar sua competitividade no mercado. Há projetos cujos prazos de execução terminam no fim deste mês. Boa parte, na área de tecnologia, que receberá investimentos totais de R$ 2,3 bilhões.
A princípio, Brandão desembarca no Brasil na semana que vem. E deve tomar posse até o fim de setembro. Quem teve contato com o executivo destaca a vontade que ele tem demonstrado para assumir o cargo afim de promover uma “revolução” no BB. Nas conversas, tem destacado os potenciais da instituição.
Desafios do BB são enormes
Para Brandão, no entanto, os desafios do Banco do Brasil são enormes, sobretudo por causa das mudanças que estão sendo promovidas pelo Banco Central no sistema financeiro. O objetivo é ampliar substancialmente a competição no mercado, não apenas entre os grandes bancos, mas com novos atores, como as fintechs. O PIX, que permitirá pagamentos e transferência eletrônica 24 horas, é um desses instrumentos.
Além das diretrizes operacionais, o futuro presidente do BB indicou que pode promover algumas mudanças no alto escalão do banco, o que é natural uma vez que ele quer estar cercado de pessoas mais alinhadas com seu estilo de gestão. Nada será feito, porém, de forma atropelada. Não há porque gerar turbulências desnecessárias.
Está certo, por exemplo, que Brandão terá participação direta na escolha do sucessor de Joaquim José Xavier da Silveira, que renunciou a uma vaga no Conselho de Administração do Banco do Brasil. O comunicado do desligamento foi encaminhado na sexta-feira (11/09) à Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Brasília, 20h01min