A piora das expectativas dos agentes econômicos está se refletindo de forma mais intensa nas projeções de inflação para 2022, ano de eleições. Algumas casas bancárias e consultorias estão convencidas de que a inflação está saindo do controle e dará muita dor de cabeça aos consumidores.
Há previsões de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) baterá em 6,3% no próximo ano, quase o dobro da meta de 3,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguida pela Banco Central. Não está descartada a possibilidade de que passe de 7%, mesmo com o forte aumento dos juros. Para 2021, o consenso caminha para inflação de 10%.
Os analistas mais pessimistas estão muito incomodados com a resposta pouco contundente do Banco Central em relação ao descalabro fiscal patrocinado pelo governo. Nesta sexta-feira (29/10), os novos secretários do Ministério da Economia, Esteves Colnago à frente, disseram que estão excluídos das discussões do Congresso sobre a PEC dos Precatórios.
Por isso, o pessimismo gigantesco do mercado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, que deveria liderar o processo de resgate da confiança dos investidores tornou-se um zumbi, só faz o que o presidente Jair Bolsonaro quer. E o presidente do BC, Roberto Campos Neto, está espremido entre a política e o tecnicismo. O caminho para o caos é logo ali.
Brasília, 18h55min