ROSANA HESSEL
O governo não bateu o martelo sobre a idade mínima da reforma da Previdência, de acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Segundo ele, 57 anos para as mulheres e 62 anos para os homens, como foi aventado pelos representantes da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), ontem, após uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, está na mesa, mas não é uma certeza no desenho que está sendo feito pela equipe econômica. No entanto, ele garantiu que os militares estarão na mesma proposta, que será única.
“Essa é uma das possibilidades e um dos cenários que foram levados (na reunião) com os prefeitos. Não está fechado”, afirmou Marinho, após participar de uma reunião com Guedes e o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Alberto Santos Cruz, na sede do Ministério da Economia.
Marinho reforçou que os militares estarão na proposta de reforma, que será única para todas as categorias. “O timing quem vai determinar é o ministro. A gente espera anunciar tudo quando fecharmos a proposta”, disse o secretário, que vem sinalizando que pretende entregar o projeto da reforma no Congresso Nacional até a terceira semana de fevereiro. No entanto, ele não confirmou qual será o prazo de transição do regime atual para o novo, que será de capitalização.
Ontem, em reunião com os prefeitos, Guedes também sinalizou que a reforma da Previdência valerá para estados e municípios, o que agradou muito os representantes da FNP.