A equipe de analistas do Itaú Unibanco, liderada pelo economista-chefe Mario Mesquita, revisou de 5,5% para 5,8%, a expectativa de expansão do PIB de 2021, que tinha sido elevada em 10 de junho. E, para 2022, a instituição mudou de 1,8% para 2%, a previsão de avanço do PIB em 2022.
“A vacinação tem avançado e deve permitir uma volta à normalidade econômica ainda neste ano. O principal risco a considerar é o surgimento de variantes do vírus que afetem a eficácia das vacinas aqui aplicadas”, destacou o documento do banco com a revisão de cenário, que aponta uma “aceleração relevante no PIB do terceiro trimestre de 2021, à medida que o setor de serviços se recupera e o setor de bens se mantém bem sustentado”.
Por outro lado, as previsões para inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA0 pioraram, passando de 5,6% para 6,1%%, neste ano, incorporando a expectativa de melhor atividade no terceiro trimestre. E, “devido à inércia maior para 2022”, o banco também elevou a projeção de 3,6% para 3,7%, acima do centro da meta, de 3,5% no próximo ano. A instituição, contudo, manteve em 6,5% a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) no fim deste ano e do seguinte.
Já as projeções para o câmbio foram mantidas, apesar da forte oscilação do dólar nos últimos dias, que voltou a ficar acima de R$ 5,20. “A despeito da volatilidade que vem sendo observada nos mercados, mantivemos a nossa projeção de R$ 4,75 por dólar ao final de 2021 e de R$ 5,10 por dólar ao final de 2022”, informou o relatório da instituição financeira.
A instituição manteve um cenário otimista para o mercado de trabalho, prevendo queda na taxa de desemprego no fim do ano dos atuais 14,7%, recorde histórico, para 12%, dado levemente abaixo da taxa de 12,1% prevista anteriormente. Para o fim de 2022, o banco revisou de 12,1% para 11,9% a expectativa da taxa de desocupação.
Com a melhora nas previsões de crescimento, o banco reduziu as previsões de deficit primário nas contas do governo, para 1,8% e 0,7% do PIB para 2021 e 2022, respectivamente. Antes, essas estimativas para o rombo fiscal estavam em 2% e 1% do PIB. A projeção para a dívida pública bruta do governo geral passou para de 81,9% para 81% e de 81,6% para 80,2% do PIB na mesma base de comparação.