Os investidores mais pessimistas já projetam taxa básica de juros (Selic) de 14,5% ao ano, acima dos 14,25% observados no fim do governo de Dilma Rousseff.
Para esses investidores, o Banco Central perdeu totalmente o controle das expectativas do mercado, ao não agir com maior rigor ante a farra fiscal do governo. Na quarta-feira (27/10), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1,5 ponto percentual, a maior alta desde 2002, para 7,75% anuais.
No entender dos investidores, se realmente quiser retomar o controle da situação, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve vir a público o mais rapidamente possível e botar o dedo na ferida.
“O presidente do BC deve dizer que, se o governo não reverter o descontrole fiscal, a autoridade monetária terá de ser ainda mais rigorosa. Se ficar quieto em relação a isso, perderá o que ainda lhe resta de credibilidade”, diz um grande investidor.
Nesta quinta-feira (28/10)
Brasília, 18h34min