CBIFOT240220213046roma The Brazilian President Jair Bolsonaro (L) hugs his new Minister of Citizenship Joao Roma (R) during his take office ceremony at the Planalto Palace in Brasilia, on February 24, 2021. / AFP / EVARISTO SA

Governo decreta o fim do auxilio emergencial e fala em “piso” de R$ 400 para novo benefício

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

O governo decretou o fim do auxílio emergencial e informou que, a partir de novembro, vai começar a pagar, pelo menos, R$ 400 para as famílias cadastradas no Bolsa Família. Ele ainda garantiu que vai acabar com a fila no programa até o fim do ano, quando pretende passar dos atuais 14,7 milhões cadastradas para quase 17 milhões.

“Vamos zerar a fila até dezembro”, disse, nesta quarta-feira (20/10),  o ministro da Cidadania, João Roma. Atualmente, quase 2 milhões de famílias aguardam a inclusão no Bolsa Família.  “Neste mês, será o pagamento da última parcela do auxilio emergencial. A partir de novembro, iniciaremos a execução do Auxilio Brasil, que é um avanço do programa de transferência de renda”, afirmou Roma, destacando que o governo desembolsou R$ 359 bilhões para o benefícios em suas várias etapas entre 2020 e 2021.

 

Contudo, o ministro anunciou o novo benefício com reajuste de 20%, para as famílias cadastrados no Bolsa Família, deixando a entender que os beneficiários do auxílio emergencial que não estão cadastrados no Bolsa devem deixar de receber o benefício a partir do próximo mês.  “Estamos falando em um reajuste de quase 20% no programa permanente (o Auxílio Brasil). O programa (atual, o Bolsa Família) tem valores que oscilam de valores de R$ 100 até R$ 500. Portanto, o programa de uma maneira geral, terá um reajuste de 20%”, declarou Roma, a jornalistas durante “declaração” sobre estratégias e os rumos do Auxílio Brasil, mas evitou responder a perguntas.

 

Durante a fala, Roma disse que o presidente Jair Bolsonaro demandou que sejam incluídos “aqueles que fazem parte da pobreza extrema e estão no Cadastro Único (CadUnico). Ele não revelou o valor do custo total desse novo programa, mas reconheceu a necessidade de uma fonte de recursos permanente para custear a benefício.

 

De acordo com o ministro, o governo está negociando com o Congresso Nacional um “entendimento” para a execução do novo auxílio. Para conseguir recursos para a ampliação dos valores, o governo depende da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.  Segundo ele, a medida “não é eleitoreira”. “Esse programa permanente e seguirá em 2021, em 2022, em 2023 e sucessivamente “São despesas permanentes e o que está ele sendo estruturado para que avance cada vez mais com políticas integradas. E, portanto esse 20% não é em cima de um valor unitário, mas o em execução do programa que começa a ser implementado”, disse.

 

O ministro da Cidadania acrescentou que o governo está estruturando um benefício transitório que funcionaria até dezembro do próximo ano, mas não disse qual seria a fonte de financiamento para o reajuste de 20%. “Esse benefício transitório teria como finalidade equalizar o pagamento desses benefícios para que essas famílias não recebam menos de R$ 400”, declarou. Segundo técnicos da pasta, o pagamento desse benefício deverá começar entre novembro e dezembro.