O cineasta Walter Moreira Salles, por exemplo, está encabeçando um manifesto suprapartidário contra a eleição de Bolsonaro. O documento também é apoiado pelo banqueiro Fernão Bracher, fundador do Banco BBA e ex-presidente do Banco Central. O manifesto tem mais de 15 mil assinaturas.
O manifesto assinado por lideranças políticas e da sociedade pede um entendimento mais amplo para enfrentar os riscos trazidos pela eleição de Bolsonaro, que representa a extrema direita e ameaça direitos civis conquistas depois de uma longa batalha. Esse grupo teme retrocessos importantes.
Em festa
O mercado financeiro está em festa com Bolsonaro. Pelos cálculos de André Perfeito, economista-chefe da Spinelli Corretora, o Índice Ibovespa, que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), acumula alta de 18,86% em dólar somente neste mês. Já o índice Merval, de Buenos Aires, acumula baixa de 1,66%. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caiu 3,96%. O índice S&P, da Bolsa de Nova York, desabou 4,02%. O índice Chile Select recuou 4,36%.
O mercado financeiro, em sua maioria, acredita que Bolsonaro, se eleito, terá uma política mais amigável para os investidores. Por já ter anunciado Paulo Guedes como futuro ministro da Fazenda, Bolsonaro se apresenta mais liberal que Haddad, com um perfil desenhado para os donos do dinheiro.
Nesta quarta-feira (17/10), o dólar cai mais de 1%, cotado a R$ 3,68. A Bovespa chegou a operar em alta, mas, por volta das 16h20, caia 0,17%. Os analistas acreditam que, depois de forte valorização no mês, os investidores aproveitaram o dia para embolsar parte dos lucros acumulados. Mas a tendência, dizem os especialistas, é de Bolsa em alta e de dólar em baixa se Bolsonaro vencer as eleições.
Brasília, 16h20min