Ao fechar as contas para a proposta de deficit fiscal em 2017, o ministro da Fazenda chegou a conclusão que estados e municípios terão deficit neste ano e no próximo. Segundo o secretário de Acompanhamento Econômico da pasta, Mansueto Almeida, as projeções para o rombo de 2016 oscilam entre R$ 14 bilhões e R$ 16 bilhões, um problema a mais para a União, que terá que compensar esse buraco, já que, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelo Congresso, estados e municípios terão superavit de R$ 6,5 bilhões.
Para 2017, acredita Mansueto, o rombo de estados e municípios deverá ficar em torno dos R$ 15 bilhões, que também terão de ser compensados pelo governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) na meta a ser anunciada hoje. Essa estimativa, no.. entanto, dependerá da velocidade de recuperação da economia e, por tabela, das receitas. A boa notícia é que, com o acordo fechado com a União, os estados terão que voltar a pagar parte das dívidas, e isso exige economia de recursos, que, futuramente, possivelmente a partir de 2018, resultará em superavit.
Enquanto o presidente interino, Michel Temer, não bate o martelo sobre a meta de 2017, o que deve ocorrer no fim da tarde de hoje, o clima de apreensão é grande nos ministérios da Fazenda e do Planejamento. A torcida é para que prevaleça um deficit de próximo de R$ 150 bilhões.
Brasília, 10h15min