HAMILTON FERRARI
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), superou a marca de 100 mil pontos na tarde desta quarta-feira (19/6). Após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em manter os juros americanos no mesmo nível, houve um otimismo no mercado doméstico.
Na prática, quanto menores os juros nos países desenvolvidos, há maior possibilidade de que investidores apliquem recursos em nações emergentes, como o Brasil. As taxas foram mantidas em 2,25% e 2,50%.
No comunicado, o Fed defendeu que há os sinais de continuidade do crescimento econômico no país, mas também citou aumento de incertezas. Os EUA estavam num processo de alta de juros que foi encerrado em dezembro do ano passado. Parte do mercado esperava, inclusive, redução das taxas nesta reunião.
Há uma expectativa menor em relação à atividade econômica mundial. Entidades internacionais, como a Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziram as projeções para o crescimento, em razão da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Há também maior otimismo em relação à reforma da Previdência. Segundo analistas do mercado, o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) surpreendeu positivamente, porque garante uma economia maior do que o previsto. Além disso, a percepção dos economistas é de que há uma disposição maior do Congresso em aprovar a reforma.
A primeira vez que o Ibovespa superou 100 mil pontos foi em 18 de março.
Brasília, 16h04min