ROSANA HESSEL
O presidente Jair Bolsonaro encaminhou mensagem ao Senado Federal solicitando apreciação da indicação da economista Fernanda Guardado para a diretoria do Banco Central, conforme nota publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (30/04).
Graduada, mestre e doutora em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Fernanda Guardado foi indicada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para substituir Fernanda Nechio, em 18 de março. Guardado é economista-chefe no Banco Bocom BBM desde 2019 e tem mais de 12 anos de experiência como economista no setor financeiro, de acordo com informações da autoridade monetária.
Há dois anos à frente da diretoria de Assuntos Internacionais e Riscos Corporativos do BC, Fernanda Nechio deixa o BC, “por razões pessoais”. Ela deixará suas funções após a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 4 e 5 de maio, ou antes dessa data, “caso sua substituta seja aprovada pelo Senado Federal e nomeada pelo senhor presidente da República antes de 4 de maio”, segundo a instituição.
Mandatos fixos
No último dia 20, por meio de decreto, Bolsonaro nomeou Campos Neto e sete diretores do Banco Central para cumprirem mandatos fixos na diretoria colegiada da autoridade monetária, cumprindo o previsto na Lei Complementar 179/2021, que trata da autonomia do BC e foi aprovada pelo Congresso neste ano.
Conforme decreto presidencial, o presidente Roberto Campos Neto, e os diretores de Administração, Carolina de Assis Barros, e de Regulação, Otávio Ribeiro Damaso, terão mandatos até 31 de dezembro de 2024. Já os mandatos dos diretores de Política Monetária, Bruno Serra Fernandes; e de Fiscalização, Paulo Sérgio Neves de Souza; e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Maurício Costa de Moura, vencem em 28 de fevereiro de 2023. O diretores de Política Econômica, Fabio Kanczuk; e de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, João Manoel Pinho, terão mandato até 28 de fevereiro de 2022.