Crédito: Reprodução. Coluna Negocios. B3 bolsa de valores de São Paulo Crédito: Reprodução. Coluna Negocios. B3 bolsa de valores de São Paulo

Bolsa reage com mercado externo e mudança na Petrobras

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

A troca de comando na Petrobras, uma das empresas que mais pesam no Índice Bovespa (IBovespa), principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), ajudou, junto com a melhora do humor externo, a embalar nova alta no mercado de ações brasileiros nesta terça-feira (29/3).

 

Enquanto as bolsas internacionais subiam devido à expectativa de trégua na guerra do Leste Europeu, o pregão de de hoje da B3 abriu em alta o IBovespa ensaiou ficar acima de 120 mil pontos, mas o patamar não se sustentou por muito tempo. Após abrir em 118.470, o indicador chegou ao teto de 120,9 mil, mas às 11h55, estava em 119.954, com valorização de 1,03% e, às 12h12, passou para 119.925, com elevação de 1%.

 

No início do pregão, as ações ordinárias (com direito a voto) e preferenciais (sem direito a voto, mas com preferência no recebimento dos dividendos) da Petrobras registravam alta após a indicação do economista Adriano Pires, sócio e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), para o comando da estatal, substituindo o general Joaquim Silva e Luna, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Luna é o segundo presidente da estatal do governo atual.

 

A avaliação dos analistas é de que, com a nomeação de Pires, não deverá haver grandes mudanças na política de preços da companhia, que acompanha as cotações do petróleo no mercado internacional. Para André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, o desafio do novo presidente da estatal é grande, “afinal, é agora que a população irá começar a sentir o efeito da alta dos combustíveis recentemente anunciada e pressão será grande sobre a diretoria da empresa”.

 

Às 10h11 as ações ordinárias da Petrobras subiam 1,88%, a R$ 34,69, enquanto as preferenciais ganhos mais significativos, de 2,97%, a R$ 32,52, mas ao longo da manhã os ganhos diminuíram, mas continuaram no campo positivo.  O dólar comercial, por sua vez, voltou a registrar queda e abriu as negociações do pregão com queda de quase 0,20%, cotado a R$ 4,762 para a venda.