O Índice Bovespa, principal indicador da B3, encerrou o pregão desta sexta-feira (29/10) a 103.500 pontos, com recuo de 2,09%. No acumulado do mês, a queda do IBovespa foi de 6,74% e, no ano, o tombo chegou a 13,03%.
Essa piora no desemprenho da Bolsa reflete a piora na confiança dos investidores no governo. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) só pensa na reeleição e como o Centrão não abre mão de um grande volume de recursos para gastar no ano que vem, mostrando que não tem apreço com as regras fiscais, o mercado financeiro amarga prejuízos, apesar de a vacinação da população continuar avançando e as empresas listadas B3 apresentarem lucros bilionários nos balanços recentes. Os riscos fiscais voltaram ao radar diante da sinalização de que as regras não devem ser cumpridas para atender ambições eleitoreiras. A frustração está tomando conta as previsões, que estão cada vez mais pessimistas e mexeram com o mercado acionário e com o dólar, que voltou a subir. Já Guedes, assim como Bolsonaro, que chamou a pandemia da covid-19 de “gripezinha”, minimiza o problema e chama de “conversinha”.
De acordo com os dados da Economática desde janeiro deste ano até outubro, as ações listadas na B3 registraram perdas no valor de mercado de R$ 718,6 bilhões. Os papéis da mineradora Vale estão no topo do ranking com a maior desvalorização em 2021, de R$ 98,3 bilhões. A varejista Magazine Luiza, em segundo lugar, registrou depreciação de R$ 89,6 bilhões na Bolsa no mesmo período. Em terceiro lugar, o valor das ações do Itaú Unibanco contabilizou R$ 73,6 bilhões em perdas no ano.