Banda de rock Plebe Rude
2017. Crédito: Plebe Rude/Divulgação. Banda de rock Plebe Rude. Crédito: Plebe Rude/Divulgação

Nova fase da Plebe Rude: música em série, documentário e autobiografia

Publicado em Música

A Plebe Rude, que com a Legião Urbana e o Capital Inicial foram responsáveis por colocar Brasília em destaque na cena do rock brasileiro na década de 1980, volta a viver um bom momento. O clássico Até quando esperar, foi uma das músicas mais tocadas da supersérie Os dias eram assim, da TV Globo. Era ouvida sempre que a ação girava em torno de fatos que remetiam a ditadura militar — pano de fundo da produção.

O documentário A Plebe é rude, de Diego da Costa, está na programação da mostra de filmes do Festival Mimo, que tem início neste fim de semana e prossegue até novembro, em cinco cidades histórias: Ouro Preto, Tiradentes, Paraty, Rio de Janeiro e Olinda. Em novembro a Plebe grava novo DVD em São Paulo, que vai mostrar os primórdios do grupo, entre 1981 e 1983, acentuando a levada punk de suas músicas.

Já Philippe Seabra, o vocalista, guitarrista e líder da banda, está escrevendo uma autobiografia da no qual relata fatos pouco ou nada conhecidos sobre o universo da música na cidade, quando Brasília era tida como a capital do rock. Ele está à frente também de um novo projeto, o Noites de rock na ciclovia, que passa a ocupar, aos sábados, o palco da Stadt Bar (Setor de Indústrias Gráficas), com bandas que têm trabalhos autorais.

Talentos de Brasília

Desde Oswaldo Montenegro, que saiu daqui em meados da década de 1970 para brilhar nacionalmente, Brasília sempre revelou artistas talentosos para a música popular brasileira. Depois dele surgiram a cantora e compositora de bossa Rosa Passos, e na sequência e as bandas Legião Urbana, Capital Inicial, e as cantoras Cássia Eller e Zélia Duncan, nos anos 1980 — todos no segmento pop rock. Raimundos e seu hard rock é da geração de 1990; e o Natiruts da de 2000. Desde  meados dessa mesma década, quem se destaca nacional e internacionalmente é o superbandolinista Hamilton de Holanda. Em 2012 o Brasil tomou conhecimento da voz negra, cheia de suingue, da cantora Ellen Oléria, vencedora da primeira edição do The voice Brasil. Já agora, na edição mais três intérpretes brasilienses foram classificadas na primeira audição e a segunda audições do programa global: Dhi Ribeiro, Nãnan Matos e Deborah Vasconcellos.