Minha experiência na cidade inglesa de onde saiu a mais importante banda da história do rock’n’roll
Paixão musical da juventude, os Beatles se mantêm presentes em minha memória afetiva. Nos velhos e bons tempos de estudante do Elefante Branco — na década de 1960 –, ao passar pela W3 Sul, costumava parar no Bazar Paulistinha, uma loja de discos que ficava na 508, para ouvir as canções do Fab Four. Mais tarde já fazendo Comunicação na UnB e trabalhando, passei a adquirir os LPs do grupo. Embora o Sgt Peppers Lonely Heart Club seja o mais cultuado, tinha o Rubber Soul como o preferido.
Hoje em dia, possuo um vasto acervo de CDs DVDs, fotos, camisetas e outros objetos que contribuem para manter vivo o meu lado beatlemaníaco. Isso foi reforçado agora em junho, quando numa viagem à Inglaterra estive dois dias em Liverpool — cidade que embora se orgulhe atualmente do seu time de futebol, campeão da última Champion League, continua tendo na banda formada por John Lenon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star o item de maior apelo na área do turismo.
O som dos Beatles é ouvido em quase toda Liverpool, mas predominantemente na região portuária, onde existem museus, lojas com souvenirs e uma gigantesca escultura de John, Paul, George e Ringo. Estive lá duas vezes e me mantive atento a tudo o que via e ouvia, dividindo os espaços com outros beatlemaníacos de diferentes gerações.
Embarquei também na Magical Mytery Tour e fui levado a locais da cidade que remetem à história dos quatro, como as casas onde John e Paul moraram, a St.Peter Church, igreja onde os dois se conheceram em 1957; o jardim — abandonado — Straberry Fields; e a Penny Lane Street cantadas em canções clássicas.
Obviamente, fui ao Cavern Club, o bar e a casa de show de onde o Beatles saíram para a fama e a glória. Soube que ali a mais importante banda da história do rock tocou, entre 1961 e 1963 por 292 vezes. Foi lá também que os Beatles tiveram o primeiro encontro com Brian Epstein, que viria a ser seu empresário. Assisti a dois shows de bandas covers e percebi que, cinco décadas depois, a magia da beatlemania mantém-se vivíssima e estimulada por fãs de várias partes do mundo.
Fotos: @iugh_mattar (Instagram)