Funcionários da Projectus Consultoria, Toyo Setal, Genpro, Progen, Techint, Cnec, Hemisul, Saga, UTC Engenharia, Enfil, Veolia, KTY, Poyry e outras empresas participam do movimento.
Funcionários de diversas empresas de engenharia que tem como principal cliente a Petrobrás se reunirão, amanhã, na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), para protestar contra a retirada de projetos e montagem de plataformas e cascos do Brasil para o exterior.
Um abaixo-assinado também está sendo organizado na internet. Qualquer pessoa pode se juntar contra a saída desses projetos. A organização de um protesto começou há meses, quando foi iniciado o processo de demissão de funcionários e boatos sobre a retirada de projetos começaram a circular.
A área de engenharia da Petrobrás, e o diretor José Figueiredo (foto), são os principais alvos de reclamações. A declaração de que o repasse para o exterior dos projetos das plataformas P-75, P-76, P-77 não cumpre as regulamentações de conteúdo local definidas pela ANP não foi bem digerida pelos trabalhadores do setor.
Outros casos também são emblemáticos, como a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN) III, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. O projeto ficou sob responsabilidade do consórcio formado pela Galvão Engenaria, empresa investigada na Operação Lava-Jato por participar de esquemas corruptos dentro da Petrobras, e a empresa chinesa Sinopec. Outra UFN, a de número V, que será construída em Uberaba, Minas Gerais, está tendo diversos equipamentos feitos na Índia.
Outra reivindicação é a mudança iniciada no dia 01 de janeiro, quando a tributação para os profissionais liberais optantes pelo simples nacional teve um aumento de uma alíquota de 6% inicial para 16,93%.
O texto, que pode ser assinado na internet, termina com algumas propostas definidas, como: garantir a lei de conteúdo local, continuidade da política industrial, revisão das alíquotas para profissionais que atuam na atividade intelectual optantes pelo simples e a não importação de profissionais para esta área.
A intenção é entregar o abaixo-assinado para partidos políticos, representantes dos governos e entidades solidárias à situação. O movimento não conta com ajuda de entidades representativas ou federações. Um contato com sindicatos e com a CUT foi tentado, mas sem retorno até o momento.
Fonte: PetroNotícias
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