Ato dá início a campanha 2015
Mais de 1,2 mil pessoas são esperadas amanhã no ato que os servidores públicos farão em frente à sede do Ministério do Planejamento (MPOG) para marcar o lançamento da campanha salarial unificada de 2015 dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A manifestação tem como objetivo, também, cobrar uma audiência com o ministro Nelson Barbosa, que segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condesef), no discurso de posse afirmou que abriria o diálogo com a categoria, e até agora não recebeu as lideranças.
De acordo com o MPOG, o encontro do ministro com representantes dos servidores já tem data marcada, 20 de março.
Os servidores reivindicam reajuste linear de 27,3%, que considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2010 e julho de 2016. A projeção do período feita pelo Dieese é de algo em torno de 44%, já descontados os 15,8% concedidos pelo governo em três parcelas (2013, 2014 e 2015), mais ganho real de 2%.
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos, que reúne 33 representantes de classe, criou uma agenda de atividades para março, com discussão sobre indicativo de greve, e jornada nacional, em Brasília, em 7, 8 e 9 de abril, para uma força tarefa no Congresso. E não exclui outras demandas e a correção de distorções que, inclusive, fazem parte de termos de acordo já firmados com o governo.
A campanha unificada envolve outros eixos a serem defendidos ao longo do ano como concurso público; aprovação da PEC 555 que extingue cobrança previdenciária dos aposentados; revogação das MPs 664 e 665 e das que retiram direitos dos trabalhadores; transposição dos anistiados para o Regime Jurídico Único; liberdade de organização sindical nos locais de trabalho; política adequada de saúde do servidor e combate ao assédio moral e às opressões; readmissão dos temporários demitidos na greve do IBGE; regulação da jornada de trabalho de 30 horas no serviço público sem redução salarial, entre outros. Os federais protocolaram também uma carta no Congresso apontando projetos, na Câmara e no Senado, que devem ser votados ou rejeitados, caso interessem ou prejudiquem as categorias
Apagão no Judiciário
Os trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público (MPU) se anteciparam ao dia de luta e fazem hoje manifestação em frente ao Congresso Nacional. O movimento está sendo chamado por eles de “apagão” contra o tratamento diferenciado entre servidores, magistrados e procuradores. No fim de 2014, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República tiveram os salários aumentados de R$ 29,4 mil para R$ 33,7 mil.
“Vamos mostrar que estamos insatisfeitos, usando roupas pretas e guarda-chuvas pretos, em alusão ao luto pela Justiça e a favor da inclusão dos recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA)”, declarou Ana Paula Cusinato, diretora do sindicato da categoria (Sindijus-DF). Ontem, os servidores cruzaram os braços durante uma hora.
Brasília, 11h45min