O italiano Vincenzo Richy foi conquistado pelo Brasil (e por uma brasileira) e agora não quer mais sair daqui. Em entrevista, ele fala sobre teatro, música e o nosso país. Confira!
Quem vê o desajeitado Vinicius de As aventuras de Poliana não imagina que por trás daquela imagem está um galã italiano, Vincenzo Richy. O rapaz mora no Brasil desde 2010, quando veio para o casamento da irmã e se apaixonou por uma menina, e diz que, agora, o Brasil é o país que ele quer chamar de dele.
“Eu amo o Brasil de paixão. É o país mais livre que eu conheço. Aqui você pode ser e se tornar quem você quiser que o Brasil te dá chances”, afirma o ator.
Vincenzo confessa que conhecia pouco do Brasil até então — um pouco da música e Terra nostra, novela de Benedito Ruy Barbosa que alçou Thiago Lacerda ao posto de símbolo sexual na Itália.
Coisas da vida, a primeira cena de Vincenzo em novelas brasileiras foi ao lado de Thiago, em Alto astral. “Tinha que entregar flores para ele numa cena de Alto astral. Quando postei essa cena nas redes sociais, foi um sucesso na Itália”, conta, aos risos.
Vincenzo se diverte com o trabalho, mas sabe que é coisa séria. Tanto que conta que, ao ler Poliana e Poliana moça (obras que servem como base para As aventuras de Poliana) o que chamou a atenção dele foram os “valores da vida” apresentados no texto.
Outro exemplo de como Vincenzo une a arte ao social, à reflexão foi a participação dele no Projeto Escola, que levava teatro a crianças de escolas públicas.
“Foi mágico. Acho que essa é a melhor palavra para descrever o tanto que é gratificante poder levar teatro para as escolas públicas. Ver o sorriso no rosto de uma criança, alegra todo meu dia”, lembra o ator.
Vincenzo é assim: aposta na transformação social pela arte. “A arte e o teatro me ensinaram e me tornaram o que eu sou hoje”. Se a arte o transformou tanto, porque não pode fazer o mesmo pelos outros, não é mesmo?
Leia entrevista com o ator Vincenzo Richy
Você é italiano. Como veio parar no Brasil?
Longa história, meus queridos (risos). Tudo começou em 2010, quando vim para o Brasil para o casamento da minha irmã. Nessa vinda, acabei indo a um show, onde acabei conhecendo uma menina que se tornou minha namorada e, por conta dela, fiquei no Brasil.
Está gostando daqui?
Eu amo o Brasil de paixão. É o país mais livre que eu conheço. Aqui você pode ser e se tornar quem você quiser que o Brasil te dá chances.
Você conhecia nossas novelas?
Quando eu morava na Itália, chegou a passar uma lá. Terra nostra e foi um sucesso! Os italianos amavam ver e o Thiago Lacerda era o sonho de qualquer mulher italiana. A maior coincidência da minha vida foi na minha primeira participação como ator em novela no Brasil ter que entregar flores para ele numa cena de Alto astral. Quando postei essa cena nas redes sociais, foi um sucesso na Itália (risos).
As aventuras de Poliana é sua primeira novela no SBT. Como está sendo a experiência?
Trabalhar no SBT é aquilo que vemos na tevê: Um lugar com muita alegria, diversão e, principalmente, respeito. Pelos corredores, sempre falamos que somos uma grande família. Desde quando comecei a fazer parte do elenco, o SBT vem me ensinando muitas coisas que vou levar para o resto da vida, como valores familiares, respeito ao próximo, profissionalismo. É uma marca que cumpre com os seus pilares. Espero manter as portas sempre abertas com essa emissora.
As aventuras de Poliana é baseada num clássico da literatura infantojuvenil. Já conhecia a obra?
Não conhecia e foi uma grande surpresa para mim. Me lembro bem das minhas reações ao ler as duas obras, Poliana menina e Poliana moça. Fiquei muito emocionado e elas me fizeram refletir bastante sobre os valores da vida.
Seu personagem em As aventuras de Poliana, Vinicius, exige uma caracterização que o deixa com menos pinta de galã. Como fica a vaidade de ator?
Não tenho nenhum problema quanto a isso. O Vinicius foi o maior presente que eu já tive, ele tem tudo que eu buscava em um personagem. O Vinicius me desafia todo dia como ator.
Apesar da pouca idade, você já tem 12 anos de carreira. Como foi passar a infância nas coxias?
Não me arrependo e faria tudo novamente. A arte e o teatro me ensinaram e me tornaram o que eu sou hoje. Eu confesso que nunca fui um bom aluno na escola, sempre focava em distrações e menos nos livros. Mas o teatro me colocou com prazer com a cara nos livros. Com eles, realmente aprendi a ler e entender a vida humana.
Você participou do Projeto Escola. Como foi a experiência?
Foi mágico. Acho que essa é a melhor palavra para descrever o tanto que é gratificante poder levar teatro para as escolas públicas. Ver o sorriso no rosto de uma criança, alegra todo meu dia.
Você se prepara para gravar um EP. Como será esse projeto?
Eu me cobro muito como artista e todo projeto que eu encaro, mergulho de cabeça. Posso dizer que eu criei o Método Vincenzo de preparação, onde juntei tudo que aprendi com todos os mestres que passaram pela minha carreira e vi o que mais funciona para mim. Esse projeto promete! (risos).
Você curte música brasileira?
Amo música brasileira, eu sou muito eclético, não defino um estilo único de gosto. Por isso que falo que deixei o Brasil me levar. Brasil leva eu!
Você se identifica mais como a carreira de ator ou com a de cantor?
Ator. Sou um intérprete da vida. O canto é algo novo. Estou aprendendo ainda as técnicas para poder humanizá-lo e quem sabe um dia poder emocionar alguém com a minha voz cantada.
Você tem mais de 400 mil seguidores no Instagram. Como é sua relação com os seguidores e com as redes sociais?
Estou muito feliz, não esperava por todo esse retorno. As fãs mudam meu humor todo dia com o carinho e atenção que elas dão. É um amor muito lindo de se viver.
