vannessa2 Fotos: Vinicius Mochizuki/ Divulgação

Vannessa Gerbelli sem medo de se arriscar

Publicado em Novela

Atriz Vannessa Gerbelli passeia pelos vários tipos de personagem e de linguagem nas telonas e nos palcos

Há 29 anos, Vannessa Gerbelli subia ao palco pela primeira vez, com o musical Quixote. De lá pra cá, a atriz cresceu e foi conquistando o próprio espaço. Um dos caminhos seguidos por Vannessa para prosperar na profissão é a versatilidade. Atualmente, ela pode ser vista como a divertida Lindinha de O cravo e a rosa (2000) e esteve há pouco na reprise de Da cor do pecado (2004), na qual interpretou Zuleide. Na pandemia, Vanessa encenou o espetáculo on-line Sombras no final da escadaria e, agora, canta, dança e interpreta no presencial Copacabana Palace – O musical.

“Precisamos estar abertos para diversificar e gostar disso, porque corremos o risco de sempre sermos chamados para determinado tipo de papel, o que não nos satisfaz. Ator precisa criar, experimentar, ter estímulos diferentes”, defende a atriz, que ainda estará na série Maldivas, da Netflix.

Sobre as reprises constantes, Vannessa não se incomoda em rever o que fez no passado. “Gosto de ver coisas que eu criei, possibilidades que eu arrisquei ou que deixei de arriscar. Obstáculos que deixaram de existir ou outros que se apresentam mais tarde… O nosso trabalho nos revela muito, sempre. Eu tenho um caminho de busca de aperfeiçoamento ( tanto profissional quanto pessoal) que fica mais fácil com essas reapresentações”, explica.

Foto: Vinicius Mochizuki/ Divulgação

A primeira novela, O Cravo e a rosa, tem um lugar cativo no coração de Vannessa: “Foi uma boa estreia, um papel bem diferente do que eu era, outro sotaque, outra voz, outros movimentos. Acho que fui corajosa na composição dela, para um primeiro trabalho. Aprendi muito!”

Vannessa é daquelas que não podem ficar paradas. Mesmo durante a pandemia, ela criou o monólogo on-line Sombras no final da escadaria. “É preciso ainda explorar as possibilidades desse formato, Não dá pra simplesmente encenar o que é feito para uma plateia de teatro colocando as câmeras à distância. Perde- se muito, se não usarmos outros enquadramentos. A câmera tem uma linguagem que pode ser muito interessante e é preciso repensar todo o espetáculo para a linguagem dela”, reflete.

Para voltar aos palcos, ela não mediu esforços. Antes da estreia, o elenco de Copacabana Palace – O musical ensaiou de máscara, por 6, 7 horas. “A retomada foi com muita comoção, estamos todos sensibilizados com tantas perdas com essa doença e com um momento tão delicado para a cultura do país, em vários sentidos”, orgulha-se.