Durante cinco anos e quatro temporadas de série, o protagonista de Um contra todos, Cadu, vivido pelo ator Júlio Andrade, passou por diferentes situações. No primeiro ano, o personagem foi preso de forma injusta em São Paulo. Na temporada seguinte, já solto, se candidatou, foi eleito e se mudou para Brasília. No terceiro ano, entrou para o mundo do tráfico e teve que ir para a Bolívia. No quarto e último ano da produção, Cadu terá que ajustar as contas com o passado, passando por todos os lugares pelos quais esteve nos últimos anos, além de Miami, nos Estados Unidos.
Essa mudança de tom, de narrativa e até de cenário a cada temporada é explicada pelo diretor Breno Silveira. “Quando a gente terminou a primeira temporada, queria experimentar coisas novas para o protagonista. Eu me juntei aos roteiristas, o Thomas (Stavros) e o Gustavo (Lipsztein), e começamos a criar desafios. Foi bom passear entre o gênero drama e a ação. E, para essa construção, foi importante, também, que cada temporada se passasse em um ambiente diferente”, conta.
Tendo Miami como um dos principais cenários, o quarto ano de Um contra todos começa com Cadu assumindo os negócios do traficante Pepe (Roberto Birindelli). A primeira missão dele é levar da Bolívia para a cidade norte-americana uma tonelada de drogas passando pelo Brasil. Paralelamente, Malu (Júlia Ianini) tenta reconstruir a vida, mas será impactada pelas decisões de Cadu, que colocará em perigo todos ao redor dele. “(É) O acerto de contas do Cadu com o próprio passado. Vamos entender que aquele cara que se dizia honesto não é tão bacana assim. Ele vai pagar por tudo o que fez nas temporadas anteriores”, adianta o diretor.
Sobre a decisão de Cadu e Pepe, o intérprete do chefe do Cartel diz que era um caminho natural na trama. “Pepe sempre manifestou o desejo que Cadu fosse seu braço direito e vai protegê-lo como um filho. Como chefe do cartel, manteve o controle da situação, até nos momentos em que tudo parecia perdido”, afirma. Em relação à narrativa, Roberto Birindelli ainda completa: “Nesta temporada, novas situações colocarão Pepe frente a riscos e limites até então não ultrapassados. Vem muita ação por aí!”.
Ao todo, a quarta e última temporada contará com oito episódios, que são exibidos semanalmente, às sextas, às 22h30, no canal Fox Premium 2. Assinantes do Fox Play também podem assistir no serviço on-demand.
Um contra todos é uma das séries nacionais de maior destaque na tevê fechada. Ao longo da trajetória foi indicada a diversos prêmios, entre eles, o Emmy Internacional, com nomeações para Júlio Andrade em duas oportunidades e também duas vezes na categoria de melhor série dramática.
“Um contra todos se tornou não só a série de maior audiência na tevê paga no Brasil em 2016, ano do lançamento, como a série de maior audiência entre todas as produções originais da Fox até hoje. É também a obra brasileira com mais indicações ao Emmy Internacional, o maior prêmio da tevê mundial, o que é um marco na história do audiovisual latino-americano. Mostra que as séries brasileiras estão cada vez mais consolidadas como conteúdos competitivos internacionalmente”, avalia Breno Silveira.
O sucesso da produção nacional garantiu uma versão mexicana, ainda a ser lançada. “Pensar que quando terminamos a primeira temporada nem havia perspectiva de ter outra. A produção de séries mal estava começando no Brasil. Um dia, Breno juntou a turma e avisou, a Fox pediu outra temporada. Bora lá? Anos depois, várias indicações ao Emmy, muito retorno lindo de vários países da América Latina, e a notícia que haverá uma nova produção no México… Pode crer que nos enche de orgulho”, comemora Birindelli.
Teremos novos personagens nesta quarta temporada?
Em cada temporada, Cadu enfrenta um vilão. Nessa temporada, não vai ser diferente. Ele vai conhecer Angel, um traficante de Miami que vai infernizar a sua vida e tenta roubar sua família.
Para você, como é fechar esse ciclo?
Eu acho que nós conseguimos explorar todas as nuances do Cadu ao longo das quatro temporadas. A gente fez de tudo. Então, a história se fecha bem amarrada. O único spin-off interessante seria seguir a história da Malu, sua mulher. Daria uma outra série muito interessante. (Spoiler) Por que a Malu acaba dona de uma casa de prostituição em Brasília, onde a gente sabe que muitas histórias desse país passaram. (risos)
Um contra todos é uma série que teve muitas reviravoltas ao longo das temporadas. Como foi para você integrar essa produção durante essas quatro temporadas?
Pensa na alegria de fazer parte disso. No projeto original, Pepe morreria no final da primeira temporada. Mas foi ganhando espaço, a relação com Cadu foi ganhando camadas e significados que dava pra desenvolver mais e aproveitar, e chegamos na quarta com muita coisa ainda pra acontecer entre eles.
O que mais vai sentir falta da série?
Esses cinco anos de convivência foram incríveis, acho que foi um projeto pra lá de especial para cada um dos envolvidos. Texto maravilhoso, e a gente acrescentava, sugeria desdobramentos e matizes, os autores estavam sempre por perto pra incorporar no texto, repensar. A direção detalhista, cuidada e parceira do Breno foi memorável. A caracterização e figurinos do Pepe… Vou lembrar sempre! Aquele silêncio triste e cúmplice da última diária explicava que o sentimento era um só.
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