Assédio Eugênia (Paula Possani) , Stela (Adriana Esteves), Vera (Fernanda D’ Umbra) , Maria José (Hermila Guedes) e Daiane (Jéssica Ellen) reunidas com Mira (Elisa Volpatto) e Navas (Theo Werneck). Crédito: Ramón Vasconcelos/Divulgação

Três motivos para assistir a Assédio, minissérie da Globo

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Após ter sido lançada com exclusividade no Globoplay, minissérie Assédio estreia com exibição às sextas depois do Globo repórter

No ano passado, a Globo disponibilizou no Globoplay a minissérie Assédio e até divulgou o primeiro episódio na Tela quente no período (na época, publicamos a crítica, confira aqui), porém, só a partir desta sexta-feira (3/5), a produção será exibida oficialmente na televisão, sempre depois do Globo repórter.

Com roteiro de Maria Camargo e direção de Amora Mautner, a minissérie é inspirada num caso real que ganhou bastante proporção no Brasil: a investigação e o julgamento do médico especialista em reprodução Roger Abdelmassih, que foi condenado por estupro de mais de 40 mulheres.

Motivos para assistir Assédio, da Globo

1. A história em si

Retratada em 10 episódios, a história é focada nas vítimas do médico, que, na produção, ganha o nome de Roger Sadala (Antonio Calloni). A narrativa começa pelo ponto de vista de Stela (Adriana Esteves), uma mulher que sonha em engravidar. Mas vê o desejo se tornar pesadelo quando é abusada, durante o processo, pelo médico. O estupro faz a vida da personagem desmoronar. Ela vê o casamento terminar, perde o prazer no trabalho, entra em depressão, tudo isso sem falar com ninguém do estupro.

Adriana Esteves em cena da série Assédio
Assédio estreia nesta sexta-feira na Globo

Só que não é apenas Stela que está passando por isso. Então, a minissérie vai mostrando outras mulheres que foram vítimas do especialista. A cada episódio, Assédio foca em uma personagem diferente e vai mostrando os dramas de Eugênia (Paula Possani), Maria José (Hermila Guedes), Vera (Fernanda D’umbra) e Daiane (Jéssica Ellen), mulheres que ajudam a construir a acusação contra Roger.

Em meio a essa história, a produção ainda aborda a relação abusiva do médico com a mulher dele, Glória (Mariana Lima), a quem ele trai constantemente; e o começo da investigação do caso iniciada com a repórter Mira (Elisa Volpatto), que foi quem recebeu a primeira denúncia contra Sadala, até seguir para os desdobramentos, como o julgamento do caso.

2. O tema

Assédio é uma produção difícil de assistir. As cenas são fortes, chocantes e causam impacto — e não serão cortadas para a exibição na tevê. Mas esse é um dos maiores motivos porque a minissérie deve ser vista e exibida na televisão aberta. Os casos de abuso sexual no Brasil são uma dura realidade no contexto do país. Sem falar no número de estupros que não são denunciados. Então a minissérie tem também um papel de alerta.

3. As atuações

Roger Sadala (Antonio Calloni). Crédito: Ramón Vasconcelos/Divulgação

Além de ter um papel importante socialmente falando, Assédio faz um ótimo trabalho no aspecto de produção televisiva, com um visual ótimo e atuações de tirar o chapéu.

Antonio Calloni entrega um personagem que dá nojo ao espectador, o que mostra a tão boa atuação do ator. Adriana Esteves, mais uma vez, é um dos destaques. É possível sentir do outro lado da tela a dor de Stela. Também é preciso destacar os trabalhos de Paula Possani, Mariana Lima e Elisa Volpatto. Mas o elenco, em geral, faz um ótimo trabalho, digno de prêmio.